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MICROBIOLOGIA-Completa

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1 
 
 
MICROBIOLOGIA – Ciência que estuda os microorganismos vivos de dimensões 
microscópicas. 
 
MICROBIOLOGIA: 
➢ Geral – Estuda os microorganismos sem particularizar. 
➢ Veterinária – estudo do controlo e disseminação de doenças infecciosas nos animais. 
➢ Agrícola – Microorganismos benéficos ou prejudiciais usados na agricultura. 
➢ Sanitária – Estuda microorganismos do processamento e eliminação de lixos e 
esgotos e na água de abastecimento público. 
➢ Industrial – Microorganismos utilizados no fabrico de alimentos ex. queijo; vinho; 
iogurtes... 
➢ Ambiental – ou ecologia microbiana – estuda todos os microorganismos existentes 
no meio ambiente (solo, água, ar). 
 
Médica – Ciência aplicada que engloba a etiologia da infecção (a sua causa), a patogenia 
(mecanismo de ataque dos tecidos), o diagnóstico laboratorial, a terapêutica (tratamento 
da doença), a epidemiologia (estudo da frequência das doenças e seus factores 
condicionantes) e a prevenção da infecção na comunidade. 
 
 
 
 
Microorganismos: seres 
vivos de dimensões microscópicas. 
•Patogénicos – capazes de provocar doença. 
•Saprofitos – inofensivos. 
•Comensais – fazem parte da flora normal do organismo. 
•Oportunistas – subgrupo dos comensais; em determinadas circunstâncias os comensais 
tornam-se patogénicos, quando invadem o organismo (zonas em que não deveriam estar). 
 
•Patogénicos – 3% 
• Bacteriologia (função, estrutura das bactérias) 
• Virulogia (vírus) 
• Parasitologia (parasitas, protozoários) 
• Micologia (fungos) 
 
 
Microbiologia 
2 
 
•Oportunistas – 10% 
•Comensais – 87% 
 
Relação Parasita – Hospedeiro: 
➢ Parasitismo – Quando um deles tira partido da associação em detrimento do outro. 
➢ Mutualismo – Ambos tiram partido da relação. 
➢ Comensalismo – Há um deles que tira beneficio e o outro não é prejudicado nem 
beneficiado. 
 
Em condições normais o Homem vive em associação com biliões de 
microorganismos: 
• Bactérias +++++ 
• Fungos ++ 
• Protozoários ++ 
• Vírus ??? (raramente) 
 
Localização na flora normal do organismo saudável: 
➢ Pele 
➢ Cavidade Oral 
➢ Tracto Respiratório 
➢ Tracto gastrointestinal 
➢ Tracto génito-urinário 
 
Zona estéreis do organismo saudável (isolada de microorganismos): 
➢ Sangue 
➢ LCR – líquido céfalo-raquidiano 
➢ Órgãos 
➢ Tecidos internos 
 
Os verdadeiros microorganismos patogénicos tem a capacidade de: 
➢ Vencer as defesas do organismo 
➢ Invadir os tecidos 
➢ Produzis substâncias tóxicas 
3 
 
➢ Proliferar (poder invasivo / multiplicação) 
 
O TRATAMENTO DAS INFECÇÕES CONSEGUE-SE ATRAVÉS DE: 
Capacidade de identificar o quadro patológico - sintomas e sinais as doença, 
características de determinado agente microbiano. 
➢ SINTOMA – o que o doente diz que sente 
➢ SINAIS – aquilo que é observável no doente. 
 
DIFICULDADES NO DIAGNÓSTICO: 
 
 recurso ao laboratório: 
• Isolamento e identificação do agente microbiano 
• Antibiograma ou TSA (teste de sensibilidade ao antibiótico) 
A ACTIVIDADE PROFISSIONAL DOS ENFERMEIROS 
 
Primeira linha na batalha contra as doenças infecciosas. 
 
 
RAZÕES DA IMPORTÂNCIA DOS CONHECIMENTOS EM 
MICROBIOLOGIA 
➢ Fácil integração do profissional de enfermagem na equipa de saúde. 
➢ Prestação de bons cuidados de saúde aos doentes. 
➢ Junto do doente, o enfermeiro deve conhecer os mecanismos das infecções 
cruzadas de modo a evitar contágios desnecessários (a si próprio, aos colegas, aos 
outros doentes ou a própria família). 
➢ Ao nível das unidades de saúde (centros de saúde / hospitais) o enfermeiro deve 
prestar especial atenção ás infecções nosocomiais (infecções hospitalares), causa 
de elevados índices de morbilidade e mortalidade. 
➢ O enfermeiro deve possuir conhecimentos de antibioterapia e quimioterapia que 
lhe permitam vigiar e acompanhar as prescrições terapêuticas feitas pelo médico. 
➢ Ao efectuar colheitas de produtos biológicos (sangue, urina,...) para exames 
laboratoriais, o enfermeiro deve saber quais os perigos/riscos de contaminação ou 
de adulteração das amostras (tanto no acto da colheita, como no seu transporte ao 
laboratório). 
4 
 
➢ O enfermeiro deve conhecer e estar familiarizado com o PNV (plano nacional de 
vacinação) e também com a composição das diversas vacinas, as reacções 
adversas que podem provocar, a cadeia do frio, etc. 
 
 Pelo exposto, conclui-se que a microbiologia é uma das ciências fundamentais na 
preparação do futuro profissional de enfermagem. 
 
PRESPECTIVA HISTÓRICA 
 
O nascimento da microbiologia: 
 
Microscópios 
 
Anthony Van Leeuwenhoek (pai da bacteriologia) (1632-1723) 
 
Construção dos primeiros microscópios 
 
Observou, descreveu e desenhou 
 
“ANIMÁCULOS” 
 
• Verificou também que esses seres presentes em infusões, com o tempo, apareciam em 
maiores quantidades, o que o fez pensar que os mesmos se multiplicariam a partir dos 
pré-existentes. 
• Desde a época de Aristóteles até à renascença, surgiram diversas teorias que defendiam 
a geração espontânea. 
• Durante séculos - Enorme polémica entre duas correntes de opinião: 
 
• Aqueles que defendiam a teoria da geração espontânea. 
• Os que afirmavam que todos os seres vivos tinham progenitores. 
 
- Francesco Redi; John Needham; Félix Pouchet; entre outros defendiam a teoria da 
geração espontânea. 
5 
 
 -Lazzaro Spallantani; Louis Pasteur; John Tyndall; defendiam que os seres vivos 
provinham de outros seres pré-existentes. 
 
• A suspeita de que os microorganismos seriam agentes etiológicos de doenças e que 
esses agentes passariam de pessoa a pessoa, foi lançado por muitos investigadores. 
 Investigadores como Fracastorius de Verona; Agostino Bassi Schöelin; Joseph Lister, 
conduziram as suas pesquisas no sentido de tentarem provar que os microorganismos 
eram agentes da doença e que se transmitiam de indivíduos doentes a indivíduos sãos. 
 
• Lister (cirurgião inglês) deu um grande contributo na introdução de medidas de assepsia 
em cirurgia, uma vez que es infecções era a causa de grande mortalidade entre os 
indivíduos operadores e as grávidas. 
 
TEORIAS E DESCOBERTAS DE PASTEUR 
 
início da moderna microbiologia 
 
Época de ouro da microbiologia (quando foram descobertos o grande numero de agentes 
microbianos que hoje se conhecem). 
 
• Robert Koch - o agente da tuberculose (BK) e o agente do carbúnculo (bacillus 
anthracis). 
 
Define os princípios da microbiologia. 
 
 
POSTULADOS DE KOCH 
 
Transmissão e isolamento de agentes infecciosos. 
 
• Antraz = Carbúnculo 
 causa: BACILLUS ANTHRACIS - produz esporos 
 (Bactéria) 
6 
 
• Transmissão: 
 1 - Contacto com a pele 
 2 - Inalação 
 3 - Ingestão de carne mal cozida 
 
Nos finais do séc. XIX, Elie Metchnikoff descobriu o papel dos leucócitos na destruição 
das bactérias; Emil Von Behring e Kitasato descobriram a acção das toxinas e antitoxinas 
e Dimitri Ivanowski e Beijerinek descobriram os vírus. 
No início do séc. XX, Schandinn e Hoffman relacionaram a existência do treponema 
pallidum com a sífilis. 
 
Paul Ehrlich descobriu um derivado do arsénio - o salvarsan - com a acção específica 
sobre aquela bactéria. 
 
Outras descobertas, já no séc. XX, marcaram a história da microbiologia como a lisozima 
e da penicilina por Fleming e a da sulfonamida (prontosil) por Domagk. 
 
A Biologia Molecular e a genética surgem como novas áreas de estudo e de investigação, 
tendo por base os microrganismos, após a descoberta da estrutura do DNA por Watson e 
Crick. 
 
Ernest Ruska e Max Knoll foram os pioneiros na construção do microscópio electrónico, 
instrumento que permitiu a descoberta dos diferentes tipos de estrutura celular presente 
nos seres vivos - CÉLULAS PROCARIÓTICAS E EUCARIÓTICAS. 
 
Oswald Avery, C. Mc Leode M. Mc Carty, realizaram trabalhos notáveis ao nível dos 
processos de transformação bacteriana que revelaram a possibilidade da passagem de 
material genético de uma bactéria para a outra. 
 
MICROBIOLOGIA EM PORTUGAL 
 
Câmara pestana 
 
7 
 
Fundador da bacteriologia 
 
Estagiou em paris e em 1892 é nomeado director do Real Instituto Bacteriológico de 
Lisboa. 
 
EPIDEMIA DA PESTE BUBÓNICA 
 
(Porto 1899) 
 
Câmara Pestana e outros investigadores europeus no combate ao flagelo 
 
Câmara Pestana viria a falecer no Porto vitimado por essa doença (36 anos) 
 
# Yersinis Pestis (bactéria) - Pulga do Rato (Xenopsyla Cheopsis) 
 
 Bubão = gânglio linfático aum. de volume 
 
 
EVOLUÇÃO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS AO LONGO DO TEMPO 
 
Conceito de saúde - Estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas 
ausência de doença (OMS). 
 
Saúde Individual - Capacidade de cada Homem, mulher ou criança, para lutar pelo seu 
projecto de vida pessoal e original, em direcção ao bem-estar. 
 
Saúde Pública - Saúde do povo, das comunidades ou de grupos de populações humana, 
no meio ambiente em que vivem. 
A prática da saúde pública é uma profissão que assenta no conhecimento científico de 
várias disciplinas nomeadamente: a medicina, a biologia, a engenharia, a sociologia, a 
epidemiologia, a demografia, a estatística, a nutrição,... 
 
E através de uma organização de serviços próprios, utiliza esses conhecimentos no sentido 
da resolução dos problemas de saúde das populações. 
8 
 
 
Conceito de Saúde Pública - É a ciência e a arte de prevenir as doenças, de prolongar a 
vida e melhorar a saúde e a eficiência mental e física dos indivíduos por meios de esforços 
organizados da comunidade tendo em vista o saneamento do meio ambiente, a luta contra 
as doenças que apresentam a importância social, o ensino aos indivíduos das regras de 
higiene pessoal, a organização de serviços médicos e de enfermagem com finalidade do 
diagnóstico precoce e do tratamento preventivo das doenças, assim como pôr em 
execução as medidas sociais convenientes para assegurar a cada membro da 
colectividade, um nível de vida adequado à manutenção da saúde de forma que cada 
indivíduo possa usufruir o seu direito à saúde e à longevidade. 
 
Nesta definição estão implicadas: 
• Medidas de ordem sanitária 
• Medidas de medicina preventiva 
• Medidas de medicina curativa 
• Medidas de promoção de saúde 
• Medidas de melhoria do nível de vida. 
 
QUATRO GRANDES ÉPOCAS: 
1 - Dos primeiros tempos históricos até ao renascimento. 
2 - Do renascimento até meados do séc. XIX. 
3 - Da segunda metade do séc. XIX até à segunda metade do séc. XX 
4 - Período actual (após a segunda guerra mundial) 
 
1 - ATÉ AO RENASCIMENTO: 
 
 Doenças - autenticas calamidades 
• Carácter endémico – aparecimento regular da doença ao longo do ano (malária, lepra, 
tuberculose...) 
• Forma epidémica – há picos da doença em determinadas alturas do ano (varíola, peste, 
tifo exantemático) 
  
Invasões Intermitentes - dizimam grandes massas da população. 
9 
 
 
 A vida humana tinha duração muito curta (esperança média de vida: 18-20 anos); cheia 
de sofrimento, de riscos desde o nascimento (fome, lutas, assaltos, migrações, acidentes 
...) muitos morriam de maneira pouco diferente da dos animais selvagens. 
 
 Na Grécia clássica, iniciou-se uma nova fase da história da medicina, baseada no 
empirismo com duas descobertas importantes: 
 - As doenças não eram caprichos dos deuses nem matéria de magia, mas sim 
processos da natureza. 
 - O corpo humano era dotado de poder natural de cura, que era preciso auxiliar em 
vez de contrariar durante a doença. 
 
2 - DO RENASCIMENTO AO INDUSTRIALISMO E AO MOVIMENTO 
SANITÁRIO: 
 
Novas tendências na maneira de pensar e de viver da parte mais evoluída da humanidade; 
a Europa ficou marcada pelo desenvolvimento do comercio, da industria e dos 
descobrimentos. 
 
Misericórdias fundadas em 1512 pela rainha D. Leonor tiveram um papel decisivo nessa 
época. 
 
Descoberta da acção dos frutos citrinos na cura e prevenção do escorbuto (J. Lind, 1748); 
experiências de Jenner (1796) demonstraram a possibilidade da prevenção da varíola 
através da vacina. 
 
No entanto, só vieram a ter verdadeiramente importância prática, em termos de saúde 
publica, muitos anos mais tarde. 
 
Este período caracteriza-se por más condições de habilidade e de higiene geral (casas sem 
água, luz, mal ventiladas, sem dispositivos de eliminação de esgotos e / ou recolha de 
lixo); indivíduos mal alimentados, sem assistência médica eficaz, sem educação e 
trabalhando mais de 14 horas/dia 
 
10 
 
3 - DO ÍNICIO DO MOVIMENTO SANITÁRIO ATÉ CRIAÇÃO DA OMS: 
 
Neste período a saúde publica começa a desenvolver-se de forma definitiva. 
 
O primeiro congresso internacional de saúde (Paris, 1851) foi ainda dominado pela 
discussão acerca da origem miasmática ou por contágio das doenças. Nesta altura não 
havia prova absoluta da origem bacteriana das doenças infecciosas. 
 
Cinco influências poderosas, todas resultantes do progresso técnico e científico vieram 
mudar radicalmente, poucos anos a compreensão dos problemas: 
 I - O movimento iniciado por Chadwick em Inglaterra sobre a importância das 
condições de higiene e do saneamento do meio ambiente, foi progressivamente 
estendendo-se a outros países. 
 II - A descoberta da era bacteriológica por Pasteur, Koch, Lister (1870). 
 III - A formação das enfermeiras profissionais que em combinação com as medidas 
de assepsia transformou o hospital de um simples lugar de refugio e morte num centro de 
tratamento e recuperação da saúde. 
 IV - O registo de dados sobre a estatística da população e sobre os inquéritos sociais 
relacionados a mortalidade e a morbilidade com as condições económicas e sociais de 
indivíduos. 
 
 V - A acção dos reformadores sociais que começou a influenciar e esclarecer a 
opinião pública e acção dos políticos. 
 
A necessidade de formar técnicos com formação específica, capazes de compreender, 
planear e executar as tarefas, levou á organização de cursos especiais e mais tarde, á 
criação de escolas de saúde pública, a primeira das quais (Jonhs Hopkins school of 
Hygiene) começou a funcionar em 1918 na universidade de Baltimore (EUA). 
 
4 - PERIODO ACTUAL: 
 
Depois da segunda guerra mundial, assistiu-se a uma evolução generalizada da saúde 
pública, devido à influência de três factores principais: 
 
11 
 
 I - A pressão social e política sobre os governos no sentido do aperfeiçoamento da 
política de saúde. 
 II - O progresso da medicina. 
 III - A entrada em funcionamento da OMS criada através da carta das nações unidas 
(1945) e posta a funcionar em 1948 como agencia oficial de coordenação no campo da 
saúde internacional, com fim de ajudar os países membros a organizarem eles próprios os 
seus serviços de saúde pública e a luta contra as grandes doenças. 
 
O FUTURO DA SAÚDE PÚBLICA: 
O progresso nas ciências solitárias, médica e social e o aperfeiçoamento das estruturas de 
aplicação prática dos conhecimentos adquiridos em beneficio da população. 
 
A melhoria progressiva e rápida das condições sociais e económicas com a eliminação 
das carências e deficiências elementares dos indivíduos ou grupos de indivíduos. 
 
O reconhecimento generalizado que a protecção da saúde é uma responsabilidade 
primária das comunidades e dos governos e implica a organização de serviços adequados. 
 
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA 
 
 - Evolução ao longo do tempo de uma determinada doença não afectada pelo tratamento. 
 - Cada doença tem a sua história natural própria. 
 
ESTADO DE SUSCEPTIBILIDADE 
 
 A doença ainda não se desenvolveu mas os seus alicerces já estão criadospela presença 
de factores que favorecem a sua ocorrência. 
Exemplos: A fadiga e o alcoolismo crónico aumentam a susceptibilidade á pneumonia; 
um elevado teor de colesterol sérico, aumenta a probabilidade de ocorrência de uma 
cardiopatia isquémica. 
 
 O conjunto de factores cuja presença no indivíduo, está associada a uma maior 
probabilidade de uma determinada doença, são designados por factores de risco. 
 
12 
 
✓ A identificação desses factores é fundamental na prevenção de doenças. 
✓ os factores de risco podem ser imutáveis ou susceptíveis de modificação. 
 
 Factores de risco imutáveis: - idade 
 - sexo 
 - raça 
 - história familiar 
 
 Factores de risco susceptíveis de modificação: 
 - tabaco 
 - bebidas alcoólicas (excesso) 
 - excessos alimentares (sal; gorduras) 
 - sedentarismo 
 - stress 
 
CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA 
 
 Ciência que estuda a frequência e a distribuição das doenças nas populações humanas 
bem como os factores condicionantes dessas doenças. 
 
CASUALIDADE MULTIPLA NA DOENÇA 
 
 A exigência de presença de mais do que um factor para que a doença se desenvolva, é 
designado por CAUSALIDADE MULTIPLA ou ETIOLOGIA MULTIFACTORIAL. 
 
Microorganismo → Homem → Doença 
 
CONJUNTO DE FACTORES QUE PODEM FAVORECER OU NÃO O 
APARECIMENTO DA DOENÇA 
 
➢ Nível de imunidade da população (grau de vacinação; protecção da população) 
➢ Condições do meio ambiente (água potável; boas ou más condições de higiene) 
➢ Grau de contacto com o agente (mais ou menos contacto com o agente) 
➢ Nível de hábitos higiénicos 
13 
 
➢ Presença de outros microorganismos 
 
Um agente é considerado uma causa necessária mas não suficiente de doença. 
Para que a doença se desenvolva devem também estar presentes condições favoráveis no 
hospedeiro e no ambiente. 
Os factores que afectam o desenvolvimento da doença dividem-se em dois grupos: 
Factores do hospedeiro (intrínsecos) e factores do ambiente (extrínsecos). 
 
FACTORES DO HOSPEDEIRO (intrínsecos): O estado do hospedeiro num 
determinado momento é o resultado das interacções que ao longo de toda a sua vida, se 
estabelecem entre a sua carga genética e o ambiente. 
Por exemplo, o indivíduo com um grupo sanguíneo do tipo A, têm um risco acrescido de 
cancro gástrico; os de tipo O têm mais probabilidade de desenvolver úlcera duodenal. 
 
 FACTORES AMBIENTAIS (extrínsecos): 
 1. Ambiente biológico 
 2. Ambiente social 
 3. Ambiente físico 
 
 1 - Ambiente Biológico: a) agentes infecciosos 
 b) reservatórios infecciosos 
 c) vectores que transmitem doenças 
 d) plantas e animais 
 
2. Ambiente Social: a) organização sócio-económica e política (determinar hábitos 
sociais que podem afectar a saúde). 
 b) nível geral de receptividade a novas ideias (nível cultural 
das pessoas). 
 c) grau de integração dos indivíduos numa sociedade. 
 
 3 - Ambiente Físico: a) calor 
 b) luz 
 c) ar 
 d) água 
14 
 
 e) radiações 
 f) pressão atmosférica 
 g) agentes químicos 
 
RELAÇÕES ENTRE OS FACTORES DO HOSPEDEIRO E DO AMBIENTE NO 
ECOSSISTEMA 
 
  
 Modelos ecológicos 
 
  
 1 - Triângulo Epidemiológico 
 2 - Teia de casualidade (ver sebenta) 
 3 - Roda de interacções Homem-Ambiente 
 
 1 - Triângulo Epidemiológico: 
 
 Hospedeiro 
 
 Agente Ambiente 
 
 2 - Teia de casualidade: 
 
 Os efeitos não dependem de uma causa isolada mas sim de um resultado de cadeia de 
causas em que cada um dos elos é ele próprio resultado de uma “complexa genealogia de 
antecedentes” 
 
 3 - Roda de interacções Homem-Ambiente: 
 
 A roda consiste numa área central (o hospedeiro ou Homem) com o seu núcleo genético. 
Rodeando o hospedeiro está o ambiente (biológico, social, físico). Os tamanhos relativos 
dos diferentes componentes da roda, dependem da doença especifica em causa. 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPONENTES DO 
PROCESSO INFECCIOSO 
 
 Infecção - Situação que se verifica quando um microorganismo patogénico entra em 
contacto com o hospedeiro. 
 
  
 Quando essa infecção produz sintomas, designa-se por doença infecciosa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Infecção  Doença infecciosa 
 Sintomas  Sinais 
 
A infecção assintomática tem lugar quando, o indivíduo é hospedeiro de um 
microorganismo patogénico, sem mostrar qualquer sintoma cínico. 
 
Estado de Portador - Verifica-se quando um agente infeccioso se mantém nem indivíduo 
sem causar qualquer sinal de doença sendo uma fonte potencial de transmissão de doença 
a outros indivíduos. 
Ambiente social 
 
 
 
Núcleo genético 
 
 
 
Ambiente físico 
 
Ambiente 
 biológico 
 Doença 
1º contacto com 
o agente 
infeccioso 
Período de 
incubação Sintomas e 
sinais 
da doença 
INFECÇÃO 
 Hospedeiro 
 
 
 
 Homem 
16 
 
 
 - Os portadores assintomáticos constituem um problema importante de saúde 
pública. 
 - As medidas de controlo dessa infecção estão dificultadas. 
 
Existem 4 tipos de portadores: 
 1 - Portador com infecção inaparente - Indivíduos que tem uma infecção mas não 
apresentam qualquer sintoma. 
 2 - Portadores em fase de incubação - Indivíduos capazes de transmitir o agente 
infeccioso mesmo antes de mostrar qualquer sinal de doença. 
3 - Portadores Convalescentes - Indivíduos que mantém a sua infecciosidade mesmo 
depois da fase aguda da infecção. 
 4 - Portadores crónicos - Indivíduos que continuam a albergar o agente muito 
tempo depois das fases aguda e de convalescência da infecção. 
 
Reservatórios - Organismos vivos ou matéria inerte (p. ex. solo) nos quais os agentes 
infecciosos vivem e se multiplicam. 
 Ex. O Homem, os animais, ambiente. 
 
A transmissão de um agente infeccioso de um reservatório para um hospedeiro pode 
ocorrer por vários processos (directos e indirectos). 
 
Transmissão directa - Passagem imediata do agente infeccioso, do reservatório para o 
hospedeiro por contacto directo. 
 Ex. Mononucleose infecciosa; doenças sexualmente transmissíveis; varicela. 
 
Transmissão indirecta - O agente infeccioso é transportado do reservatório até ao 
hospedeiro, por intermédio de vectores animais (moscas ou mosquitos), partículas em 
suspensão no ar ou veículos inanimados. 
 Ex. Malária; Infecções respiratórias; Toxinfecções alimentares... 
 
Período de incubação - Intervalo de tempo entre o primeiro contacto com o agente 
infeccioso até ao aparecimento dos primeiros sintomas da doença. É muito variável e 
17 
 
depende da relação em causa. Pode ir desde algumashoras ou poucos dias (gripe; 
meningite meningocócica), até alguns anos (HIV). 
 
Tempo de geração - Intervalo de tempo entre a infecção do hospedeiro e o momento em 
que atinge máxima comunicabilidade (infecciosidade). 
 
Imunidade de grupo - Resistência de um grupo ou comunidade à invasão e disseminação 
de um agente infeccioso, baseada na imunidade de uma elevada proporção dos membros 
individuais dessa comunidade. 
 
Taxa de ataque secundária - Numero de casos de doença que se desenvolvem durante um 
determinado período de tempo, entre os membros de um grupo fechado que estejam em 
risco. 
A disseminação de uma doença num determinado grupo (creche, jardim de infância, casa, 
escola...) é medida pela taxa de ataque secundária. 
 
Tx de ataque = n.º de novos casos num grupo x 100 
 
 
Resistência Natural - Capacidade de um indivíduo conseguir evitar que um agente 
patogénico, com o qual entra em contacto, nele produza a doença. 
 
Imunidade Adquirida - Conjunto de defesas que se desenvolvem com o tempo, numa 
resposta do hospedeiro ao microorganismo. 
Actualmente, assiste-se cada vez mais ao aparecimento de condições que colocam o 
hospedeiro numa situação de maior susceptibilidade, em que as suas defesas de se tornam 
deficientes ou mesmo inexistentes, conduzindo a uma situação designada por 
imunodeficiência. 
 
PROPRIEDADES INTRÍNSECAS DOS AGENTES INFECCIOSOS 
 - morfologia 
 - tamanho 
 - características químicas 
 - composição antigénica 
n.º de pessoas susceptíveis no grupo 
18 
 
 - exigências de crescimento 
 - capacidade de sobrevivência fora do hospedeiro 
 - viabilidade sob diferentes condições de temperatura e ambiente 
 - capacidade de produzir toxinas 
 - capacidade de resistir aos antibióticos e outras substâncias químicas. 
 
INTERACÇÕES HOSPEDEIRO PATOGÉNICO 
• Infecciosidade 
• Patogenicidade 
• Virulência 
• Imunogenicidade 
 
Infecciosidade - A capacidade de um agente para invadir e multiplicar-se no hospedeiro 
(provocar infecção). 
 
Patogenicidade - A capacidade de um agente para produzir doença clinicamente aparente. 
 
Virulência - A proporção de casos clínicos que apresentam manifestações clinicas graves 
incluindo sequelas. 
 
Imunogenicidade - A capacidade de uma infecção para produzir uma imunidade 
especifica. Por ex.: o agente do sarampo produz imunidade para toda a vida enquanto que 
os gonococos não possuem essa capacidade. 
 
 I. de letalidade = n.º mortos 
 n.º casos dessa doença 
 
As condições ambientais, a dose infecciosa e a via da infecção, podem interferir nas 
propriedades dos agentes infecciosos. 
Factores do hospedeiro - a idade, a raça, o estado de nutrição - podem alterar a capacidade 
de um agente para infectar, para produzir doença ligeira ou grave e para imunizar um 
hospedeiro. 
 
19 
 
A dose infecciosa necessária para um organismo causar a doença varia muito entre as 
bactérias patogénicas (por ex.: a dose infecciosa de Shigella é inferior a 100 organismos, 
enquanto a dose infecciosa de Salmonella é da ordem de 100.000 organismos). 
 
A dose infecciosa de uma bactéria depende dos factores de virulência da bactéria. 
 
1 - Se os pili permitem ou não uma boa aderência às membranas mucosas. 
2 - Se as bactérias produzem exotoxinas ou endo toxinas. 
3 - Se possuem cápsula para protecção contra a fagocitose. 
4 - Se sobreviverem às defesas não-especificas do hospedeiro (acidez no estômago) 
 
TIPOS DE INFECÇÕES BACTERIANAS 
 
 As bactérias podem causar doença por dois mecanismos principais: 
 1 - Produção de toxinas 
 2 - Invasão e Inflamação 
 
 Toxinas 
 
 Exotoxinas Endotoxinas 
 
Exotoxinas - São polipéptidos segregados pelas bactérias (gram positivas e gram 
negativas) e são substâncias muito toxicas. 
 
Endotoxinas - Estão presentes apenas nas bactérias gram negativas e são um componente 
da parede celular. São lipolissacarídeos (LPS). 
 
MECANISMOS PATOGÉNICOS 
 
 1 - invasão dos tecidos 
 2 - produção de toxinas 
 3 - estímulos imunológicos 
 4 - infecção latente ou persistente 
 5 - sensibilização do hospedeiro a drogas que normalmente toxicidade mínima. 
20 
 
 6 - imunossupressão 
 
 1 - Invasão dos tecidos (directa) - Grande numero de agentes patogénicos provoca 
doença por invasão directa dos tecidos. 
 Ex: - doenças parasitárias (amebiase, giardiase) 
 - meningites bacterianas 
 - infecções do tracto urinário 
 - faringites / amigdalites 
 - otites 
 
2 - Produção de toxinas - Algumas doenças resultam fundamentalmente da produção de 
toxinas. 
 Ex: - tétano 
 - difteria 
 - infecções causadas por Escherichia Coli 
 
 3 - Estímulos Imunológicos - Muitas doenças tem um componente imunológico 
significativo no processo patogénico. 
 Ex: - Tuberculose 
 - Glomerulonefrite estreptocócica 
 
 4 - Infecção Latente ou Persistente - Infecções bacterianas persistentes ou crónicas e 
infecções virais latentes são um mecanismo patogénico importante na produção de várias 
doenças. 
 Ex: - Infecções na laringe (Haemophilus inluenzae; Neisseria meningitidis; 
Streptococcus) 
 - Infecções da vesícula (Salmonella typhi) 
 - Infecções virais (Herpes zoster; Hepatite B) 
 
 5 - Sensibilização do hospedeiro a drogas que normalmente tem toxicidade mínima 
- Um agente infeccioso pode causar doença grave por um mecanismo de sensibilização 
do hospedeiro a drogas que noutras condições seriam relativamente não toxicas. 
 Ex: Síndrome de Reye (doente com infecções viricas - varicela ou gripe - tratados 
com ácido acetil salicilico) 
21 
 
 
 6 - Imunossupressão - Algumas doenças estão relacionadas com um mecanismo de 
alteração ou supressão da imunidade celular. 
 Ex: SIDA (infecções oportunistas causadas por Pneumocystis carini; Mycoplasma) 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS MICROORGANISMOS 
 
Seres vivos - Objectos de várias classificações ao longo do tempo. 
LINNAEUS (1735) - Reinos: x animalia 
 x plantae 
Com as descobertas dos microscópios HAECKEL (1866) propôs a criação de mais um 
reino: x reino protista ( bactérias, fungos, protozoários, algas) 
Com os avanços da tecnológicos (microscópio electrónico) 
  
 Robert Whittaker (1969) 
  
reinos: animalia; plantae; protista; fungi; monera ou procaryotae. 
- Descoberta dos vírus (parasitas intracelulares obrigatórios) 
CLASSIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS 
(forma e tamanho) 
 
bactérias: 
 - cocos: a) estafilococos (staphilococcus) 
 b) estreptococos (streptococcus) 
 c) diplococos (diplococcus) 
 - bacilos 
 - espiroquetas 
 
CLASSIFICAÇÃO TAXONÓMICA ACTUAL DAS BACTÉRIAS 
 
• Bactérias Gram-positivas (azul) - ex: estreptococos; estafilococos; bacilos. 
• Bactérias Gram-negativas (vermelho) - ex: bacilos 
 
22 
 
 - violeta genciana 
 - safranina (vermelha) 
 
- bactérias gram-positivas clinicamente importantes 
- bactérias gram-negativas clinicamente importantes 
 
ESTRUTURA DA CÉLULA EUCARIÓTICA (+ complexas) 
 
-célula (Robert Hooke - 1680) 
 
membrana celular 
citoplasma 
 núcleo 
 
• Protoplasma: 1. Citoplasma 
 2. Nucleoplasma 
•Parede Celular: - plantas - celulose 
 - fungos - quitina 
•Existência de centríolos na célula animal 
•Vegetal - cloroplastos; grandes vacuolos 
•Célula eucarióticas e procarioticas. 
 
ESTRUTURA DA CÉLULA PROCARIOTICA 
 
• Possui a informação genética no citoplasma 
• Possuem: - cápsula 
 - parede celular- membrana plasmática 
 - citoplasma: - ribossomas 
 - mesossomas 
 - material genético 
 - flagelo 
23 
 
• Espessura da parede celular: 
 + nas gram-positivas 
 - nas gram-negativas 
 
COMPARAÇÃ0 ENTRE CÉLULAS EUCARIOTICAS E PROCARIOTICAS 
 
Parede Celular bacteriana: 
 
 Composição Química: 
 - Peptidoglicano (mucopéptido ou moreína) 
 - Ácidos lucóticos 
 - Polissacaridios 
 - Lipopolissacarídeos (endotoxinas) (Gram - ) - LPS 
 - Lípidos 
 Funções: 
 - protecção 
 
Membrana Citoplasmática: 
 
  Composição química: 
 - camada fosfolipidica (dupla) 
 - macromoleculas - proteínas. 
  Funções 
 - transporte cetico de moléculas para o interior da célula. 
 - produção de energia por fosforilação oxidativa. 
 - síntese de precursores (síntese da parede celular). 
 - secreção de enzimas e toxinas. 
 
Outras estruturas: 
 - cápsulas 
 - flagelos (locomoção) 
 - pili ou fímbrias (fixação) 
 - esporos ou endosporos 
 
24 
 
Quanto aos flagelos as bactérias podem classificar-se em: 
 
 1 - bactéria monotríquia - 1 só flagelo numa das extremidades 
 2 - bactéria anfitríquia - 2 flagelos (um em cada extremidade) 
 3 - bactéria lofotríquia - muitos flagelos concentrados na mesma zona 
 4 - bactéria peritríquia - em toda a bactéria 
 
 
 
 
 
Esporulação: dá-se quando a bactéria está inserida num meio em condições adversas. O 
esporo é muito é muito resistente face às condições do meio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Esporulação  Reprodução 
 
- Esporulação: - há individualização do material genético 
 - ácido dipicolinico na parede que confere rigidez e força ao esporo. 
 
- Reprodução: Dá-se através de divisão binária em que uma célula-mãe dá origem a duas 
células-filhas perdendo a sua individualidade. 
 
 
 
 
- Francesco Redi; John Needham; Félix Pouchet; entre outros defendiam a 
teoria da geração espontânea. 
 -Lazzaro Spallantani; Louis Pasteur; John Tyndall; defendiam que os seres 
vivos provinham de outros seres pré-existentes. 
1. 2. 3. 
4. 
 esporulação 
 
 
 
 
 
 
 
 
germinação 
esporo 
esporo germinação 
- célula-mãe 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPARAÇÃO ENTRE ORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA: 
 - Consultar quadro c/ características de vírus, bactérias, fungos e protozoários. 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS DIVERSOS GRUPOS BIOLÓGICOS: 
Bactérias: 
- Organismos unicelulares com grande diversidade em relação ao tamanho, à forma e ao 
tipo de agrupamento celular, com parede celular rígida sem organismos citoplasmáticos 
(à excepção de membrana envolvente). 
 Exs: - Staphilococcus aureos 
 - Streptococcus pneumoniae 
 - Neisseria meningitidis 
 - Escherichia coli 
 - Treponema pallidum 
 - Mycoplasma (é a bactéria mais pequena s/ parede celular) 
 - (....) 
 
Protozoários: 
 - Microorganismos eucarióticos, unicelulares, não-fotossintéticos, sendo aos maiores do 
reino prótista. Ingerem algas inteiras, leveduras, bactérias e outros protozoários como 
fonte de nutrientes. 
 Exs: - Plasmodium falciparum 
 - Entamoeba histolytica 
 - Giardia lamblia 
 - Toxoplasma gondii 
- células- filhas: 
geneticamente iguais 
26 
 
 - (....) 
 
Fungos: 
 - Microorganismos eucarióticos, não fotossintéticos, que incluem os bolores e as 
leveduras. Possuem parede celular rígida (quitina). Muitos fungos são unicelulares, outros 
crescem em filamentos ramificados (hifas). 
 Exs: - Candida albicans 
 - Trichophyton tonsurans 
 - Micosporum canis 
 - (....) 
 
Vírus: 
 - Os vírus não são células, i.e., não são capazes de reproduzir-se independentemente 
(parasitas intracelulares obrigatórios); não possuem núcleo e não têm organitos celulares 
(ribossomas, mitocôndrias, lisossomas...), são menores que as células (invisiveis à 
microscopia óptica) 
Exs: - VIH 
 - Herpes vírus 
 - vírus Varicela-Zoster 
 - vírus de Epstein-Barr 
 
NUTRIÇÃO E CRESCIMENTO DE MICROORGANISMO 
 
 1 - Nutrição e exigências nutricionais 
 
 2 - Crescimento microbiano: 
 2.1 - Meios de cultura 
 2.2 - Contagem da população microbiana 
 2.3 - Curva de crescimento microbiano 
 
 3 - Factores que influenciam o crescimento microbiano 
 
 1 - NUTRICÃO E EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS: 
 
27 
 
O crescimento de qualquer ser vivo é um processo dinâmico que requer energia e 
nutrientes para a síntese dos componentes e manutenção da célula. 
 
Os microorganismos são os seres vivos mais diversificados nas suas exigências 
nutricionais. 
 Alguns podem crescer exigindo apenas substâncias inorgânicas enquanto outros exigem 
a presença de compostos orgânicos complexos. 
 
A água representa cerca de 80% a 90% do peso total das células. 
 
Composição química das células microbianas: MACRONUTRIENTES; 
MICRONUTRIENTES. 
 
 - Macronutrientes - Nutrientes exigidos em quantidades relativamente elevadas e 
que desempenham papeis fundamentais na estrutura metabólica da célula. 
 Ex: Carbono; Oxigénio; Hidrogénio; Azoto; Enxofre; Magnésio; Fósforo. 
 
 - Micronutrientes - Nutrientes exigidos em menor quantidade, mas 
funcionalmente muito importantes, i.e., são elementos essenciais para actividade de certas 
enzimas. 
 Ex: Manganês; Cobalto; Cobre; Zinco. 
 
O carbono é um dos elementos necessários ao crescimento microbiano mais importantes. 
 
Todos os organismos necessitam de carbono, embora os microorganismos sejam muito 
diversificados quanto ao tipo e numero de compostos orgânicos que podem utilizar. 
 
 - Microorganismos heterotróficos - são aqueles que usam carbono orgânico como 
principal fonte de carbono. 
 - Microorganismos autotróficos - são aqueles que usam o CO2 como principal ou 
exclusiva fonte de carbono. 
 - Microorganismos autotróficos facultativos. 
 
28 
 
•Fonte de energia 1 - Fototróficos (Luz) 
 2 - Quimiotróficos (R. Química) 
 
• Fonte de carbono 1 - Heterotrógicos 
 2 - Autotróficos 
 
• Quimioheterotróficos - maioria das bactérias; fungos; protozoários. 
 
 
 
 2 - MEIOS DE CULTURA: 
 
 O conhecimento dos mecanismos e exigências da nutrição microbiana permite cultivar 
microorganismos em laboratório usando substratos alimentares adequados (meios de 
cultura). 
 Neles é possível manipular, isolar e identificar microorganismos, através de técnicas 
adequadas. 
 
 - Ao meios de cultura depois de inoculados, devem ser incubados, através de 
técnicas adequadas. 
 
 - Classificação dos meios de cultura: 
 1 - Estado Físico 
 2 - Composição Química 
 3 - Objectos Funcionais 
 
1 - Estado Físico - meios sólidos; líquido; semi-sólidos. 
2 - Composição Química -meios quimicamente definidos e quimicamente complexos. 
3 - Objectivos Funcionais - meios simples selectivos, diferenciais e enriquecidos. 
 
 # Temperatura : Máxima; Mínima; Óptima 
  
 - Microorganismos Psicrófilos - baixas temperaturas 
29 
 
 - Microorganismos Termófilos - altas temperaturas 
 - Microorganismos Mesófilos - médias temperaturas (20-50ºC) 
 
Embora, o crescimento dos microorganismos possa ser considerado a nível individual, de 
modo geral devido ao seu pequeno tamanho, osmicrobiologistas estudam populações 
microbianas (culturas). 
 
 Cultura pura ou axénica - cultura com apenas um tipo de microorganismos. 
 Cultura mista - quando existe mais do que um tipo de microorganismo. 
 
AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO CRESCIMENTO MICROBIANO 
 
Para seguir a evolução do crescimento de uma população microbiana, é necessário fazer 
avaliações quantitativas. Os parâmetros normalmente utilizados são: 
 
 1 - A massa celular e o numero de células: 
 
Métodos de determinação do numero de células: 
 a) câmaras de contagem 
 b) contadores electrónicos 
 
 2 - Curva de crescimento microbiano: 
 
 a) Fase de latência 
 b) Fase exponencial 
 c) Fase estacionária 
 d) Morte das bactérias 
 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tempo /hora 
 
 
 
3-FACTORES QUE INFLUENCIAM O CRESCIMENTO MICROBIANO: 
 1 - temperatura 
 2 - pH 
 3 - oxigénio 
 4 - concentração de nutrientes 
 6 - actividade da água 
 
Infecções Hospitalares 
 
Uso disciplinado de técnicas assépticas (regras básicas) 
Evitar a disseminação das doenças contagiosas 
 
Infecções associadas à hospitalização 
 
• Infecções adquiridas na comunidade 
• Infecções hospitalares ou nosocomiais (infecções iatrogénicas- resultam do 
acto médico) 
 
Razões que explicam o aumento acentuado das infecções nosocomiais: 
 
1. Uso indiscriminado de antibióticos de largo espectro 
2. Falso conceito de segurança em relação á eficácia dos antibióticos 
A) B) 
C) 
D) 
 0 4 10 20 
(tempo/horas) 
N.º bactérias 
31 
 
3. Longo período de duração das cirurgias mais complicadas 
4. Sobre lotação dos hospitais e escassez de pessoal ao serviço 
5. Aumento do uso de drogas anti-inflamatórias e agentes imunossupressores 
6. Uso de equipamento médico no domícilio 
 
Microrganismos causadores de infecções hospitalares 
Escherichia coli, Straphylococus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Enterococus 
 
Tipos mais frequentes de infecções hospitalares 
• Infecções do tracto urinário 
• Infecções resultantes de lesões cirúrgicas 
• Infecções do tracto respiratório 
• Queimaduras 
• Feridas 
 
Áreas mais críticas para a transmissão de doenças no hospital 
1. Serviços de urgência/emergência 
2. Bloco operatório/serviços de cirurgia 
3. Sala de partos 
4. Berçário/unidade de cuidados intensivos 
5. Área central de fornecimento e manutenção 
 
O maior risco para os profissionais de saúde que manipulam sangue e outros 
fluidos orgânicos é a transmissão de: 
Vírus da Hepatite C (VHC), Vírus da Hepatite B (VHB), Vírus da Sida (VIH) 
 
Precauções universais com os fluidos orgânicos de qualquer doente 
(Num ambiente hospitalar, todos os doentes são considerados potencialmente 
infecciosos) 
 
1. As mãos devem ser sempre lavadas antes e após o contacto com os doentes, 
antes e após o uso de luvas e sempre que entrarem em contacto com sangue e/ou outros 
32 
 
fluidos orgânicos de qualquer doente, devem ser imediatamente lavadas com água e 
sabão 
2. Usar sistematicamente luvas, sempre que for previsível o contacto com sangue, 
outros fluidos orgânicos, tecidos do corpo e superfícies contaminadas 
3. Usar bata limpa/esterilizada 
4. Usar máscara sempre que necessário 
5. Os objectos perfurantes (agulhas, lancetas, lâminas...) devem ser manipulados 
com cuidado, as agulhas usadas nunca devem ser dobradas ou reinseridas no seu 
revestimento original, devem ser imediatamente colocadas em recipientes apropriados. 
 
 
FLORA NORMAL DO ORGANISMO 
Residentes Permanentes: 
(bactérias; fungos; protozoários) 
 
 1 - Pele 
 2 - Orofaringe 
 3 - Cólon 
 4 - Vagina 
 - O cólon é o principal ponto de localização de bactérias no corpo, principais bactérias 
do cólon: 
 - bacteroides (B. Fragilis) 
 - Coliformes 
 - Streptococcuus (S. Faecalis) 
 - Clostridium (C. Perfrigens) 
 
 
IMUNOLOGIA 
 
1 - Introdução: 
 
A principal função do sistema imunológico é prevenir ou limitar infecções causadas por 
microorganismos. 
A protecção é principalmente medida por células e por anti-corpos. 
33 
 
Outros componentes importantes do sistema imunológico são: o sistema do complemento 
e os fagócitos. 
 
As principais funções dos anti-corpos são: 
 - neutralização de toxinas e vírus. 
 - opsonização de bactérias. 
 
A imunidade mediada por células inibe bactérias e fungos intracelulares e mata células 
infectadas por vírus e células tumorais. 
 
As repostas mediadas por quer por células quer por anticorpos, apresentam 3 
características importantes: 
 - Diversidade 
 - Longa memória 
 - Especificidade 
 
Especificidade da resposta imune (defesa do hospedeiro): 
 
 - Reconhecimento do organismo estranho através de células especificas do sistema 
imunológico. 
 - Activação das células do sistema imunológico à produção de uma resposta 
específica (anticorpos). 
 - Resposta que identifica o organismo para a destruição. 
 
Imunidade Natural (inata) - É a resistência não adquirida por um contacto com o 
antigénio. É inespecífica e inclui as defesas do hospedeiro: as barreiras aos agentes 
infecciosos (pele e membranas mucosas, certas proteínas, proteínas de cascata) do sistema 
complemento, a fagocitose, a febre e a inflamação. 
 
 
34 
 
 
 
 
 
 
Imunidade 
(resistência) 
 
 
 
 
 
Imunidade Adquirida - (adaptativa) - Conjunto de defesas que se desenvolvem com o 
tempo, numa resposta do hospedeiro ao microorganismo. É especifica e é mediada por 
anticorpos e por linfócitos T. Pode ser activo ou passivo. 
 
Imunidade Activa - Resistência induzida após o contacto com antigénios estranhos (por 
exemplo: os microorganismos). Este contacto pode ser através de uma infecção clínica, 
imunização com agentes infecciosos, atenuados ou inactivados, ou exposição a produtos 
microbianos (toxoides). 
 - Vantagens - Resistência a longo prazo. 
 - Desvantagens - Início lento de acção. 
 
Imunidade Passiva - Resistência com base anticorpos pré-formados em outros 
organismos (gamaglobulinas). 
 - Vantagens - Disponibilidade imediata de grandes quantidades de 
 anticorpos. 
 -Desvantagens-Curta duração do tempo de vida útil desses anticorpos; 
hipersensibilidade. 
Imunidade Activa-Passiva - Implica a administração de anticorpos pré-formados 
conferindo protecção imediata e simultaneamente uma vacina capaz de fornecer 
protecção a longo prazo. 
 Essas preparações devem ser administradas em locais diferentes do corpo, para evitar 
que os anticorpos neutralizem os imunogénios da vacina. 
Natural 
 
 
 Activa 
 
Adquirida 
(Adaptativa) 
 
 Passiva 
Natural 
 (doença) 
 
Artificial 
 (vacinas) 
35 
 
 
Antigénios - são moléculas que reagem com anticorpos. 
 
Imunogénios - são moléculas que induzem uma resposta imune. 
 
Na prática Antigénios = Imunogénios 
 
Excepção de Haptenos - Moléculas que não são imunogénicas por si só, mas podem 
reagir com anticorpos específicos (ex: as penicilinas). 
 
Resistência (imunidade): 
 - 1ª linha de defesa (inespecifica) - Pele intacta; Membranas mucosas. 
 - 2ª linha de defesa (inespecifica) - Fagócitos; Febre; Inflamação; 
Complemento. 
 - 3ª linha de defesa (especifica) - Linfócitos B; Linfócitos T. 
 
IDADE VS RESPOSTA IMUNE 
 
A imunidade é mais fraca no início e no fim da vida, i. e. no período de recém-nascido e 
na 3ª idade. 
No período recém-nascido, parece haver uma ausência de funções das células T. 
Os anticorpos são adquiridos através da transferência de IgG materna (placenta); a partir 
dos 6 meses de idade, as IgG maternas desaparecem. 
O colostro também contém anticorpos sobretudo IgA secretória (leite materno). 
 
BASES CELULARES DA RESPOSTA IMUNE 
 
A capacidade de responder a um estímulo imunológico pertence ás células linfoides. 
Durante o desenvolvimento embrionário,as células sanguíneas percursoras originam-se 
no fígado fetal. Após o nascimento as células percursoras estão localizadas na medula 
óssea. 
 
 As células linfoides dão origem a duas importantes populações de linfoides: as células T 
e as células B. A proporção de células T e B é aproximadamente de 3:1. 
36 
 
 
Células T: desempenham várias funções que podem ser agrupadas em 2 categorias: 
REGULADORA E EFECTORA. 
 
As funções reguladoras são desempenhadas por células T auxiliares (CD4 positivas) e as 
funções, pelas células T citotóxicas (CD8 positivas). 
 
Os linfócitos CD4 positivos ou T auxiliares, desempenham as seguintes funções 
auxiliares: 
 1 - auxiliam as células B diferenciam-se em células plamáticas produtoras de 
anticorpos. 
 2 - auxiliam as células CD8 positivas a tornarem-se células T citotóxicas 
activadas. 
 3 - auxiliam os macrófagos no desenvolvimento da hipersensibilidade tardia. 
 
Os linfócitos CD8 positivos executam funções citotóxicas, i. e., eliminam células 
infectadas por vírus, células tumorais e enxertos. 
 
A semi-vida dos linfócitos T é bastante longa (meses a anos). 
 
Células B desempenham duas funções importantes: 
 1 - diferenciam-se em células plasmáticas produtoras de anticorpos. 
 2 - são células apresentadoras de antigénios 
 
As células B apresentam cerca de 30% da pool (quantidade) de pequenos linfócitos 
circilantes. Têm curta duração (dias ou poucas semanas). 
 
Macrófagos - exercem 3 funções principais: 
 1 - Fagocitose 
 2 - Apresentação de antigénio (o material estranho é ingerido e degradado e os 
fragmentos de antigénio são apresentados à superfície do macrofago). 
 3 - Produção interleucinas (ITL e TNF*) 
*TNF - factor necrose tumoral 
 
37 
 
ANTICORPOS 
 
São proteínas globulínicas (imunoglobulinas) que reagem especificamente com o 
antigénio que estimula a sua produção. 
Constituem cerca de 20% do total de proteínas plasmáticas. 
O sangue contém 3 tipos de globulinas: , , . 
Os anticorpos são gamaglobulizados. Existem 5 classes de anticorpos (imunoglobulinas): 
 IgG; IgM; IgA; IgE; IgD 
Os anticorpos POLICLONAIS VS anticorpos MONOCLONAIS 
 
ESTRUTURA DAS IMUNOGLOBINAS 
 
São glicoproteínas constituídas por cadeias polipéptidicas leve (L) e pesada (H) 
 - estão relacionadas com o peso molecular. 
 - As cadeias L e H são subdivididas em regiões variáveis e regiões constantes; 
 - as regiões variáveis são responsáveis pela ligação dos anticorpos; 
 
 
• esquema da IgG: 
 
 
 
 
 
 -cadeia leve - 1 variável; 1 constante 
 -cadeia pesada - 1 variável; 3 constantes 
 
Região variável 
Região 
constante MONÓMERO 
38 
 
As regiões constantes são responsáveis por várias funções biológicos (activação do 
complemento, ligação a receptores da superfície celular). 
As regiões variáveis de ambas as cadeias (leve e pesada) possuem 3 sequências de 
aminoácidos extremamente variáveis - REGIÕES HIPERVARIÁVEIS. 
 
 
As cadeias L são de 2 tipos : K e , conforme a sequência de aminoácidos da região 
constante. Os 2 tipos estão presentes em todas as classes de imunoglobulinas. 
As cadeias H são distintas para cada uma das 5 classes de imunoglobulinas e tem os 
seguintes símbolos: , , , ,  
 
 - 2º esquema pontes de dissulfidricas. 
CLASSES DAS IMUNOGLOBULINAS 
 
 IgG - Cada molécula consiste em duas cadeias L e duas cadeias H, ligados por pontes 
dissulfidricas. É o anticorpo predominante na resposta secundária e constitui uma 
importante defesa contra bactérias e vírus. 
 É o único anticorpo que atravessa a placenta. É a imunoglobulina mais 
abundante nos recém nascidos (70% a 80% total das hemoglobulinas). Opsoniza 
bactérias, tornando-as mais fáceis de serem fagocitadas. 
 
hipersensibilidade 
- Existem forças electrostáticas 
 de Van Der Walls. 
 
-determinantes 
antigénios ou epítetos 
39 
 
 - Nas grávidas quando IgM  IgG torna-se perigoso, podendo significar uma 
infecção recente. 
 
 IgA - É a principal imunoglobulina das secreções (colostro, saliva, lágrimas, secreções 
dos aparelhos respiratório, intestinal e genital). Evita a ligação de bactérias e vírus às 
membranas mucosas. Não fixa o complemento. 
 
 IgM - É a principal imunoglobulina produzida no início da resposta primária. É o 
receptor de antigénio da superfície das células B. Fixa o complemento. Não atravessa a 
placenta. 
 
 IgE - É clinicamente importante por 2 razões: 
 1ª - responsável pela reacção de hipersensibilidade imediata (anafilaxia); 
desencadeando uma resposta alérgica. 
2ª - É a principal defesa do organismo contra infecção por parasitas (vermes). 
 - não fixa o complemento 
 - indivíduos com reacções alérgicas tem níveis aumentados de IgE. 
 
 IgD - É encontrada na superfície de muitos linfócitos B e com pequenas quantidades no 
soro. 
 - As suas funções são desconhecidas. 
 
 * ver quadro das propriedades das imunoglobinas humanas humanas (tabela 59-1; 
tabela 59-2 funções importantes. 
 
IMUNIDADE HUMORAL 
 
 A imunidade humoral é dirigida primariamente contra: 
 
 1º - doenças induzidas por toxinas; 
 2º - infecções em que a virulência está relacionada com a presença de polissacrídeos 
capsulares; 
 - pneumococo; meningococo; haemophilus influenzae. 
 3º - algumas infecções víricas. 
40 
 
 
 RESPOSTA PRIMÁRIA: (1ª exposição do antigénio) 
 
 - Quando há um primeiro contacto com um anti-séptico. Os anticorpos específicos são 
detectados no soro, após um período de latência variável (7 a 10 dias), que depende da 
NATUREZA DA DOSE, do ANTIGÉNIO, e da VIA DE ADMINISTRAÇÃO. 
 - Forma-se um pequeno clone de células B e de células plasmáticas específicas para 
este antigénio. 
 - O primeiro anticorpo a ser formado é IgM seguida de IgG ou IgA. 
 - Os níveis de IgM diminuem antes dos níveis de IgG. 
 
• ver gráficos 1 e 2 sobre exposição do antigénio 
 
RESPOSTA SECUNDÁRIA: (2ª exposição do antigénio); 
 
 - Quando ocorre uma 2ª exposição do mesmo antigénio, meses ou anos após i 1º 
contacto; há uma resposta de anticorpos muito rápida (3 a 4 dias) e com níveis muito mais 
elevados do que a resposta primária.. 
 - Este facto deve-se à persistência de células de memória específicas do antigénio após 
o 1º contacto (clones de células B e células plasmáticas). 
 - Maiores quantidades de IgG são produzidas e os níveis tendem a manter-se elevados 
por períodos mais longos que na resposta primária. 
 - A quantidade de IgM produzida é semelhante aquela após o primeiro contacto com o 
antigénio. 
 
RESPOSTA A MULTÍPLOS ANTIGÉNIOS ADMINISTRADOS 
SIMULTÂNEAMENTE: 
 
 - Quando 2 ou mais antigénios são administrados ao mesmo tempo, o organismo reage 
produzindo anticorpos contra todos esses antigénios (por ex a imunização combinada - 
DTP ou VASPR / MMR - vacina anti-sarampo, papeira e rubeola. 
 
ANTOCORPOS NO FETO: 
 
41 
 
 - A IgM é o anticorpo produzido em maiores quantidades pelo feto; 
 - São também produzidas IgG e IgA fetais (pequenas quantidades); 
 - O feto tem maiores quantidades de IgG do que IgM; 
* ver figuras de imunoglobulinas no soro do feto e do ARN 
 
IMUNIDADE MEDIADA POR CÉLULAS: 
 - A imunidade celular é dirigida fundamentalmente contra: 
 1º - Infecções bacterianas causadas por organismos intracelulares 
(Mycobacterium tuberculosis) e certas infecções orais. 
 2º - Infecções causadas por fungos e parasitas; 
 3º - Protege contra tumores e rejeição de órgãos transplantados; 
 
 - Os constituintes do sistema imunológico responsáveis pela imunidade mediada por 
células são: 
  macrofagos 
  células T auxiliares 
  células T citotóxicas 
  células NK (killer cells) - matadoras de células; 
 
TESTES PARA AVALIAÇÃO DA IMUNIDADE CELULAR 
 
 1º - testes in vivo para competência das células linfóides (testescutâneos para a presença 
de hipersensibilidade do tipo tardia) - faz-se na própria pessoa. 
 2º - testes in vitro para competência das células linfóides (laboratório). 
 
COMPLEMENTO 
 
 O sistema de complemento consiste em cerca de 20 proteínas presentes no soro; 
 O termo “complemento” refere-se à capacidade dessas proteínas complementarem, i é, 
potenciam o efeito de outros componentes do sistema imunológico (anticorpos); 
 O complemento é sensível ao calor (inactivado pelo aquecimento de soro a 56ºC, 
durante 30 minutos); 
 As proteínas de complemento são sintetizadas principalmente pelo fígado. 
 
42 
 
PRINCIPAIS EFEITOS BIOLÓGICOS DO COMPLEMENTO FUNÇÕES): 
 
1 - Citólise (lise das células) - C5b,6, 7, 8, 9 - complementar de ataque à membrana. 
2 - Produção de mediadores que participam na inflamação (C3a e C5a); 
3 - Opsonização (C3b) - ajudar na fagocitose. 
 
ACTIVAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO 
 
 - Via clássica - complexo antigénico - anticorpo 
 - Via alternativa - moléculas não imunogénicas (endotoxinas). 
 
 - A via alternativa é a mais importante na primeira vez que somos infectados por um 
microorganismo. 
 - Quer a via clássica, quer a via alternativa, levam à produção de C8b - molécula central 
da cascata do complemento. 
 - C3b possui 2 funções importantes: 
 1º - combina-se com outros componentes do complemento para produzir a C5 
convertase; 
 2º - Opsoniza bactérias. 
 
HIPERSENSIBILIDADE (ALERGIA) 
 
 Verifica-se quando uma resposta imune origina uma reacção exagerada ou imprópria 
que provoca lesão no hospedeiro; 
 
Principais tipos de reacções de hipersensibilidade: 
 - tipo I (IgE) 
 - tipo II (IgG e IgM) 
 - tipo III (IgG) 
 - tipo IV (células) 
 Hipersesibilidade: 
 A - Imediata (<24H): 
 - tipo I (anafilótica) - alergia ao pó; 
 - tipo II (citotóxica) - Transfusão de sangue incompatibilidade mãe-filho; 
43 
 
 - tipo III (complexo imune) - doenças auto-imunes; 
 B - Tardia (>24H): 
 - tipo IV (celular) - teste da tuberculose - no braço; os tipos de células 
envolvidas são:macrofagos e linfócitos T. 
 
VACINAS 
 
 1 - Princípios gerais; objectivos; 
 2 - Transporte e armazenamento de vacinas - cadeia do frio; 
 3 - Normas e recomendações; 
 4 - Plano nacional de vacinas; 
 5 - Papel do enfermeiro no controlo / erradicação das doenças evitáveis; 
 
CONCEITO DE VACINA: 
 
 Vacinar significa introduzir um antigénio num organismo de forma a provocar, por 
parte deste, uma resposta imunitária comparável à que se segue quando o indivíduo 
contacta com o agente patogénico. 
*ver quadro 11 
 
OBJECTIVO DE VACINAÇÃO: 
 
 - Proteger o indivíduo contra a doença e as suas complicações; 
 - Proteger a comunidade contra a transmissão da doença através dos indivíduos 
afectados; 
 - Reduzir o numero de indivíduos susceptíveis para que a “imunidade de grupo” os 
possa proteger; 
 - Controlo / Erradicação da doença. 
 
 
TIPOS DE ANTIGÉNIOS UTILIZADOS NA VACINAÇÃO: 
 
Microorganismos vivos atenuados (DCG) 
44 
 
Microorganismos mortos (tosse convulsa) 
Toxóides (toxinas bacterianas inactivadas); 
Polissacarídeos bac~terianos. 
 
 1 - Microorganismos vivos atenuados: 
 São microorganismos vivos, agentes da doença em causa, que sofrerem um processo 
de atenuação que lhes retira o poder patogénico, mantendo-se o poder imunogénico. 
 Exs: vacinas contra tuberculose; poliomielite; sarampo; rubéola; parotidite; febre 
amarela. 
 
2 - Microorganismos mortos: 
 Tem um poder imunogénico inferior e uma menor duração de acção, em relação aos 
antigénios de microorganismos vivos, necessitam de reforços mais frequentes; 
 Exs: vacinas contra a tosse convulsa, febre tifóide, cólera... 
 
 3 - Toxóides: 
 São antigénios resultantes de substâncias produzidas a partir de microorganismos 
mortos e que tem a capacidade de estimular a formação de antitóxina. 
 Exs: vacinas contra o tétano e a difteria. 
 
 4 - Polissacarídeos Bacterianos: 
 Estes produtos vacinais permitem a formação de anticorpos contra os diversos tipos 
de polissacarídeos capsulares dos microorganismos contidos na vacina. 
 Exs: vacinas contra meningococo, pneumococo e haemoplilus influenzae tipo B. 
 
QUALIDADES EXIGIDAS A UMA VACINA 
 
  Ser inócua e não originar reacções secundárias significativas. 
  Ter poder antigénio suficiente: 
 - tipo de antigénio 
 - modo de preparação 
 - conservação 
  Conferir imunidade duradoura. 
45 
 
 
CONSERVAÇÃO DAS VACINAS MAIS UTILIZADAS 
 
• BCG - entre 0ºC e 3ºC; 
• TETRAC - HIB, DTP, DT e T - entre 3º a 5ºC; 
• VASPR, VAS, VAR e VAP - entre 2º a 8ºC. 
 
- nota - as vacinas não devem ser congeladas. 
 
ACTOS VACINAIS - CUIDADOS GERAIS 
 
1º - Esclarecer os pais sobre o acto a realizar; 
2º - Verificar se é realmente a vacina que se pretende; 
3º - Verificar o prazo de validade, o aspecto do produto e as condições da cadeia do frio; 
4º - Verificar se existe contra-indicação à vacinação; 
5º - Verificar se não houve qualquer reacção secundária significativa anterior à mesma 
vacina; 
6º - Utilizar seringas e agulhas descartáveis; 
7º - Administrar a vacina com técnica adequada; 
8º - Registar correctamente o acto vacinal nos locais indicados (Boletim Individual de 
Saúde e Ficha de Vacinação); 
9º - Esclarecer os pais sobre dúvidas que possam ter e sobre evebtuais reacções esperadas 
á vacina, como actuar nesses casos e relembrar a data do próximo acto vacinal. 
 
VACINAS - FALSAS CONTRA-INDICAÇÕES 
 
- Doenças benignas (infecções respiratórias superiores ou diarreias com temperatura 
inferior a 38,5ºC); 
- Alergias, asma, rinite alérgica; 
- Tratamento com antibióticos, mesmo no decurso da terapêutica, 
- Dermatose, eczemas ou infecções cutâneas localizadas; 
- Doenças crónicas cardíacas, pulmonares, renal ou hepática; 
- Doenças neurológicas não evolutivas (paralisia cerebral e síndrome de Down); 
- História de icterícia neonatal; 
46 
 
- Prematuridade e/ou baixo peso à nascença; 
- Malnutrição; 
- Aleitamento materno; 
- História anterior de sarampo, parotidite ou rubéola; 
- Convalescença de doenças; 
- Exposição recente a uma doença infecciosa. 
 
PRECAUÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES 
 
As contra indicações ás vacinas são raras; 
A decisão de não vacinar deve ser sempre cuidadosamente ponderada e partilhada com o 
médico assistente. 
 
De um modo geral, as vacinas vivas (BCG, VAP, VASPR), não devem ser administradas 
a: 
 - Situações de imunodeficiência congénita; 
 - situações de imunodepressão grave; 
 - situações de transplantes de órgãos; 
 - grávidas. 
 
VACINAS - INTERVALOS ENTRE AS DOSES 
 
A maior parte das vacinas requer a administração de várias doses, para se obter uma 
resposta imunológica adequada; 
Sempre que se verifiquem intervalos superiores ao estabelecimento no calendário vacinal 
(vacinas em atraso) consideram-se válidas as doses já administradas, nestes casos, será 
apenas necessário completar o esquema recomendado, independentemente do tempo 
decorrido desde a administração da última dose. 
 
Intervalos entre a administração de vacinas de antigénios diferentes: 
 
As vacinas inactivadas (microorganismos mortos), não interferem com a resposta 
imunológica de outras vacinas. Por isso, podem ser administradas quer simultaneamente, 
quer antes ou depois de outra vacina (viva ou inactivada); 
47 
 
A administração de duas ou mais vacinas vivas, deve ser feita no mesmo dia (locais 
diferentes), ou respeitando um intervalo mínimo de 4 semanas; 
As vacinas (VAS e VASPR) podem interferir com a resposta antituberculínica, por isso 
deve-se respeitar o intervalo mínimo de 4 semanas, ou então serem feitas no mesmo dia.; 
 
ACTO VACINAL - TÉCNICA ADEQUADA 
 
A técnica inclui a via, o local e o modo de administração; 
A utilização de uma via errada, pode originarreacções locais ou sistemáticas indesejáveis, 
além de comprometer a eficiência da vacina; 
As vacinas indesejáveis devem ser administradas em locais onde haja menor 
probabilidade de lesão de tecidos, nervos e vasos sanguíneos; 
As injecções subcutâneas devem ser administradas na coxa (latentes e crianças pequenas), 
ou na região deltóide (crianças mais velhas e adultos); 
As injecções intradérmicas devem ser administradas na face anterior ou latero-externa da 
1/3 médio do antebraço, o aspecto de “casca de laranja” no local de administração é 
indicativo de boa técnica; 
O local preferido para as injecções intramusculares é a face antero-lateral da parte 
superior da coxa (latentes e crianças pequenas), e o músculo deltóide (crianças mais 
velhas e adultos); 
Atenção - Não se devem injectar vacinas nas nádegas como rotina pelo risco de lesão do 
nervo ciático. 
 
Nota - Após a inserção da agulha, puxar o êmbolo para trás sempre que surja sangue deve 
retirar-se a agulha e escolher outros local de inoculação. Se várias vacinas forem 
administradas simultaneamente e não fizerem parte do mesmo produto deverão ser 
escolhidos locais diferentes (por ex: DTP + VASPR + VHB) 
 
 
 
RECOMENDAÇÕES 
 
 Para que todas as vacinas mantenham a máxima de eficácia: 
 
48 
 
1 - Respeitar o prazo de validade; 
2 - Proteger todas as vacinas do calo e da luz do sol, com especial atenção para as vacinas 
vivas. 
3 - Não congelar as vacinas, nomeadamente as de microorganismos mortos e as 
constituídas por toxóides; 
4 - Armazenar e transportar as vacinas a temperaturas entre 2º e 8ºC; 
5 - Respeitar as seguintes indicações na utilização do frigorífico: 
 
 - As vacinas devem ser armazenadas no compartimento principal do frigorífico 
com a seguinte disposição: 
 •prateleira superior - vacinas vivas (BCG, VASPR, VAP, VAS e VAR) 
 •prateleira inferior - vacinas mortas e toxóides (DTP, DT, T, VHB) 
 - A temperatura deverá ser controlada por termómetro e regulada através do 
termóstato, mantendo-se dentro dos limites de 2º a 8ºC. 
 - As vacinas nunca devem ser armazenadas na porta do frigorífico porque neste 
local a temperatura é mais irregular. 
 - A porta do frigorífico deve manter-se bem fechada. 
 - O frigorífico onde se armazenam as vacinas, nunca deve ser simultaneamente 
utilizado para a conservação de alimentos e bebidas, que tornam a temperatura irregular. 
 
- Respeitar as seguintes indicações, no uso de recipientes isotérmicos (malas/sacos). 
 - As vacinas devem ser transportadas em recipientes isotérmicos utilizando os 
sacos com o líquido congelado, devidamente acondicionados. 
 - Quando se colocam os produtos dentro dos recipientes isotérmicos, as vacinas 
VAP, VAS, VAR, VASPR, podem ficar próximos dos sacos com o líquido congelado, 
enquanto que a DTP, DT, T e VHB deverão ficar afastados, para evitar possíveis 
congelações. 
 - A temperatura no interior dos recipientes isotérmicos, deverá ser controlada pelo 
uso de um termómetro (2º a 8ºC). 
 - Nos recipientes isotérmicos que contém vacinas, nunca devem ser transportados 
alimentos e/ou bebidas que tornam a temperatura irregular. 
 
CONCEITO DE CADEIA DO FRIO 
 
49 
 
 Consiste no agrupamento e nas pessoas que contribuem para manter as vacinas em 
condições adequadas à manutenção da sua eficácia, ao longo das diferentes etapas: 
fabrico, armazenamento, distribuição e administração. 
 
 - É necessário respeitar escrupulosamente a cadeia do frio. 
 - A vacinação é um processo simples, de grande eficácia e eficiência, mas exige que 
sejam respeitadas estratégias, programas, objectivos, métodos e regras precisas. 
 - As vacinas permitem salvar mais vidas e prevenir mais casos de doença do que qualquer 
tratamento médico. 
 - Portugal dispõe desde 1965, de um programa nacional de vacinação, universal e 
gratuito, integrado na rede de cuidados de saúde primários. 
 - O impacto deste programa, depende em grande parte, da motivação da população, da 
formação de profissionais envolvidos e da qualidade de cada acto vacinal. 
 - O actual programa de vacinação, aprovado em 1999 (Despacho nº 8707/99, DR nº 102 
de 03.05.99, II serie) e em vigor a partir de janeiro de 2000, inclui as vacinas contra a 
tuberculose, hepatite B, Difteria, Tétano, Tosse Convulsa, Poliomielite, Sarampo, 
Parotidite Epidémica, Rubéola e doenças provocadas pelo Haemophilus Influenzae tipo 
B (meningite bacteriana). 
 
OBJECTIVOS DO PNV 
 
 - Minimizar o impacto das doenças alvo na saúde da população. 
- Erradicar o sarampo e a poliomielite. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
BACTÉRIAS 
 
 
 
 
 
 1. Cocos 
 
 
Classificação 
 (bactérias) 2. Bacilos 
 
 
 
 
- gram-positivas 
- gram-negativas 
- gram-positivas 
- gram-negativas 
	Microbiologia
	A ACTIVIDADE PROFISSIONAL DOS ENFERMEIROS
	PRESPECTIVA HISTÓRICA
	TEORIAS E DESCOBERTAS DE PASTEUR
	POSTULADOS DE KOCH
	MICROBIOLOGIA EM PORTUGAL
	EPIDEMIA DA PESTE BUBÓNICA
	EVOLUÇÃO DAS DOENÇAS INFECCIOSAS AO LONGO DO TEMPO
	HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
	ESTADO DE SUSCEPTIBILIDADE
	CONCEITO DE EPIDEMIOLOGIA
	CASUALIDADE MULTIPLA NA DOENÇA
	Hospedeiro
	COMPONENTES DO PROCESSO INFECCIOSO
	Sintomas ( Sinais
	PROPRIEDADES INTRÍNSECAS DOS AGENTES INFECCIOSOS
	INTERACÇÕES HOSPEDEIRO PATOGÉNICO
	TIPOS DE INFECÇÕES BACTERIANAS
	MECANISMOS PATOGÉNICOS
	CLASSIFICAÇÃO DOS MICROORGANISMOS
	CLASSIFICAÇÃO DAS BACTÉRIAS
	CLASSIFICAÇÃO TAXONÓMICA ACTUAL DAS BACTÉRIAS
	ESTRUTURA DA CÉLULA PROCARIOTICA
	COMPARAÇÃ0 ENTRE CÉLULAS EUCARIOTICAS E PROCARIOTICAS
	NUTRIÇÃO E CRESCIMENTO DE MICROORGANISMO
	AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DO CRESCIMENTO MICROBIANO
	Infecções Hospitalares
	FLORA NORMAL DO ORGANISMO
	IMUNOLOGIA
	IDADE VS RESPOSTA IMUNE
	BASES CELULARES DA RESPOSTA IMUNE
	ANTICORPOS
	ESTRUTURA DAS IMUNOGLOBINAS
	CLASSES DAS IMUNOGLOBULINAS
	IMUNIDADE HUMORAL
	TESTES PARA AVALIAÇÃO DA IMUNIDADE CELULAR
	COMPLEMENTO
	ACTIVAÇÃO DO SISTEMA COMPLEMENTO
	VACINAS
	QUALIDADES EXIGIDAS A UMA VACINA
	CONSERVAÇÃO DAS VACINAS MAIS UTILIZADAS
	ACTOS VACINAIS - CUIDADOS GERAIS
	VACINAS - FALSAS CONTRA-INDICAÇÕES
	PRECAUÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES
	VACINAS - INTERVALOS ENTRE AS DOSES
	ACTO VACINAL - TÉCNICA ADEQUADA
	RECOMENDAÇÕES
	CONCEITO DE CADEIA DO FRIO
	OBJECTIVOS DO PNV
	BACTÉRIAS

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