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Quest.: 1 1. Leia o fragmento transcrito a seguir e depois escolha a alternativa correta: Diferentes períodos históricos construíram um Homero e um Shakespeare "diferentes", de acordo com seus interesses e preocupações próprios, encontrando-se em seus textos elementos a serem valorizados ou desvalorizados, embora não necessariamente os mesmos. Todas as obras literárias, em outras palavras, são "reescritas", mesmo que inconscientemente, pelas sociedades que as leem; na verdade, não há releitura de uma obra que não seja também uma "reescritura". (EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2006. pp.15 e 17) o texto literário goza de total autonomia em relação a fatores extraliterários e sua leitura não sofre a interferência de elementos históricos, sociais ou culturais. a interpretação e depreensão dos significados de um texto literário não se alteram ao longo do tempo. todos os leitores de todas as épocas, sociedades e culturas leem de forma uniforme os textos literários. a leitura de um texto literário por uma dada sociedade e cultura em uma dada época implica uma nova construção de sentido para esse texto, a ponto dessa releitura poder ser igualmente considerada uma reescritura. somente os textos com problemas de elaboração suscitam questionamentos aos seus leitores; os textos bem escritos são lidos de forma estável e uniforme por todos os seus leitores. Quest.: 2 2. Podemos definir catharsis como: a escrita baseada na versificação a narrativa no presente a imitação da realidade no ambiente literário a libertação promovida pela criação artística a composição baseada em rima alternadas Quest.: 3 3. Na literatura, as temáticas da luta, do povo em guerra, da coletividade e do herói à frente de um povo traduzem bem o universo: romântico. épico. dramático. cômico. trágico. Quest.: 4 4. O romance, em sua estrutura, apresenta uma série de elementos, exceto: enredo narrador personagens tempo e espaço eu lírico Quest.: 5 5. Sobre o conto, pode-se afirmar que: O conto estrutura-se em torno de várias ideias. O conto valoriza as digressões temporais, as divagações e os excessos de descrição. Numerosas são as personagens que intervêm no conto. O conto despreza tudo o que foge ao núcleo da narrativa e centra-se em torno de uma só ideia. O conto expande-se para vários conflitos simultâneos. Quest.: 6 6. A designação de crônica, cuja etimologia liga-se à chrónos (tempo), no início da era cristã estava vinculada à ordenação cronológica dos acontecimentos. No Renascimento assumiu valor de "história", como ilustra o emprego no título Crônicas da Inglaterra, Escócia e Irlanda (1577), de Raphael Holinshed (1525-1580). Na acepção do século XIX, no entanto, a crônica assumiu caráter literário com extensão, linguagem e veículo de publicação diversos dos verificados em sua origem. Sobre a crônica atual, podemos afirmar que: Não é ficcional, pois trata da realidade cotidiana. É um gênero exclusivamente jornalístico. Evita trivialidades por incompatibilizar-se com os jornais. Privilegia temas do cotidiano. Não é literária, pois é publicada em veículos da imprensa. Quest.: 7 7. Identifique qual é a alternativa abaixo que não pertence às características do gênero dramático cômico, segundo Aristóteles: A crítica social pelo sarcasmo, sátira e ironia. A denúncia dos vícios e da corrupção moral do homem. O final feliz. O caráter lúdico e divertido da linguagem. A tipificação e representação dos homens nobres. Quest.: 8 8. Escolha a opção que completa corretamente as lacunas da sentença. Do ponto de vista da teoria da literatura, ao considerar-se o sujeito da enunciação do discurso no gênero lírico, constata-se que ___________ e ___________ são distintos e não se confundem. tradutor e crítico. escritor e editor. autor e tradutor. autor e leitor. eu biográfico e eu lírico. Quest.: 9 9. Leia o texto a seguir: Vivo só, com um criado. A casa em que moro é própria; fi-la construir de propósito, levado de um desejo tão particular que me vexa imprimi-lo, mas vá lá. Um dia. há bastantes anos, lembrou-me reproduzir no Engenho Novo a casa em que me criei na antiga Rua de Mata-cavalos, dando-lhe o mesmo aspecto e economia daquela outra, que desapareceu. Construtor e pintor entenderam bem as indicações que lhes fiz: é o mesmo prédio assobradado, três janelas de frente, varanda ao fundo, as mesmas alcovas e salas. Na principal destas, a pintura do teto e das paredes é mais ou menos igual, umas grinaldas de flores miúdas e grandes pássaros que as tomam nos blocos, de espaço a espaço. Nos quatro cantos do teto as figuras das estações, e ao centro das paredes os medalhões de César, Augusto, Nero e Massinissa, com os nomes por baixo... Não alcanço a razão de tais personagens. Quando fomos para a casa de Mata-cavalos, já ela estava assim decorada; vinha do decênio anterior. (...) O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mais falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, semelhante à pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo, como se diz nas autópsias; o interno não agüenta tinta. http://fragmentosliterariospauloavila.blogspot.com.br/2011/11/fragmentos-da-obra-prima-de-machado-de.html Sabemos que o narrador exerce um papel muito importante no romance. O texto apresentado é um fragmento do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Após a leitura, identifique a posição assumida pelo narrador. Trata-se de um narrador-personagem que conta a história a partir de um simulacro. Trata-se de um narrador-personagem que apresenta total conhecimento de si mesmo e dos outros. Trata-se de um narrador-observador que fala sobre a casa construída no Engenho Novo. Trata-se de um narrador-observador que conta a história a partir de um prédio abandonado. Trata-se de um narrador que não faz parte da história narrada. Quest.: 10 10. O texto que segue é um poema escrito em 1930, de Ricardo Reis, heterônimo do poeta do Modernismo português Fernando Pessoa. Quando, Lídia, vier o nosso Outono Com o Inverno que há nele, reservemos Um pensamento, não para a futura Primavera, que é de outrem, Nem para o Estio, de quem somos mortos, Senão para o que fica do que passa, O amarelo atual que as folhas vivem E as torna diferentes. Desses versos, é possível extrair o tema da: Relação amorosa. Existência humana e de seus ciclos. Inveja da juventude. Competição entre pessoas de gerações diferentes. Mudança de estação do ano.
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