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Fundação e Evolução do Funcionalismo

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Funcionalismo:
Fundação e Evolução
AULA 06
PROF. MS. THIAGO MARQUES
Herbert Spencer (1820-1903) e a 
Filosofia Sintética
 Foi um filósofo inglês que chegou aos EUA e causou muitos “alvoroços” na alta sociedade
norte-americana em 1882.
 Possuía uma ligação muito estreita com a teoria darwinista.
 A relação não era de discípulo e mestre, mas mais próxima de um “correligionário”.
 Afirmava que todos os aspectos do universo (caráter humano e instituições sociais) eram
evolutivos e operavam pelo princípio da sobrevivência dos mais capazes.
 Darwinismo Social e liberalismo, com implicações em não ocorrer ajuda governamental nem
interferências no processo evolutivos naturais, agora pensados além da evolução das espécies,
no intuito de alcançar a perfeição.*
 Princípios da diferenciação – integração e sucessivos níveis mais complexos.
 A mente, nessa lógica, teria sua forma atual graças aos esforços passados e adaptação a
vários ambientes.
 Apesar de já ter escrito sobre evolução em 1950, foi com o apogeu de Darwin que Spencer foi
recuperado.
William James (1842-1910)
 Precursor da Psicologia Funcional*
 Pioneiro na nova psicologia nos EUA e considerado um (ou o) maior psicólogo americano.
 Foi muito criticado pela vertente da psicologia científica devido a seus interesses telepatia, pela clarividência,
pelo espiritualismo, pela comunicação com os mortos em sessões espíritas e por outras experiências místicas.
 Não foi seguidor, nem líder, nem fundador e, embora não tenha fundado a psicologia funcional, mas
significativo porque “escreveu e pensou, com clareza e eficácia dentro da atmosfera funcionalista que
permeava a psicologia americana na época, e com isso influenciou o movimento funcionalista ao servir de
inspiração às gerações subseqüentes de psicólogos.” (SCHULTZ & SCHULTZ, 2011, p. 147).
 Em sua história pessoal, teve muitos problemas de saúde, viajava muito desde pequeno (para estudos e como
formas de “cura” de seus problemas), a relação entre doença e carinho era curiosa.
 Quis estudar com Helmholtz e Wundt, mas não conseguiu. Porém estava muito atento aos movimentos
científicos da época e que iriam culminar com a instauração desta ciência.
 Formou-se em medicina em Harvard (1869) e entre 1875 e 1876, deu o curso “As Relações entre a Fisiologia e a 
Psicologia”, que foi, inclusive, sua primeira palestra.
William James (1842-1910)
 Apesar de não ser fundador, seu conceito de funcionalismo se tornou básico posteriormente:
[. . .]o objetivo da psicologia não é a descoberta dos elementos da experiência, mas o estudo das
pessoas vivas em sua adaptação ao ambiente. Para ele, a função da consciência é nos orientar
quanto aos fms exigidos pela sobrevivência. A consciência é vital para as necessidades de seres
complexos num ambiente complexo; sem ela, o processo da evolução humana não poderia ter
ocorrido. (SCHULTZ & SCHULTZ, 2011, p. 152).
O livro de James trata a psicologia como ciência natural e, em especial, biológica. Isso não era
novo em 1890; mas, nas mãos de James, a ciência psicológica seguiu uma direção distinta da da
psicologia wundtiana. James interessava-se pelos processos conscientes como atividades orgânicas
que produziam alguma mudança na vida desse organismo. Os processos mentais eram considerados
atividades úteis e funcionais de organismos vivos, em sua tentativa de se manter e se adaptar ao seu
mundo (idem).
William James (1842-1910)
 De modo geral, dava ênfase aos aspectos não-racionais, colocando e foco a ação e a
paixão em paralelo ao pensamento e a razão.
 Para ele, “o intelecto opera sob as influências fisiológicas do corpo, que as crenças são
determinadas por fatores emocionais, e que a razão e a formação de conceitos são
afetadas pelos desejos e necessidades do homem. Para James, os seres humanos não são
criaturas inteiramente racionais (SCHULTZ & SCHULTZ, 2011, p. 153).
 Assim, temos como objeto de estudo da psicologia os “fenômenos” (experiência imediata) e
as “condições” (corpo, cérebro, ...) nas experiências (as quais não são amálgamas dos
elementos básicos simplesmente).
 A consciência (mente) seria um contínuo (sem rupturas no fluxo dela mesma) em constante
mutação e em função da sobrevivência.
 Para tal, a mente “seleciona” os estímulos relevantes para que se possa operar e se chegar a
um final racional e lógico.
William James (1842-1910)
 Método
 Introspecção
 Destaque para o pragmatismo (postulada pelo amigo Charles Sanders Peirce): “qualquer 
coisa é verdadeira se funcionar”.
 Publicações
 Princípios de Psicologia (1890) – um sucesso ao longo de vários anos, mesmo com críticas externas e 
pessoais.
 Palestras e Professores (1899)
 As variedades da Experiência Religiosa (1902) – tema muito discutido à época.
Fundação do Funcionalismo: John Dewey (1859-1952)
 John Dewey (1859-1952)
 Universidades de Michigan e Minnesota.
 Conceito de Arco reflexo:
 Anteriormente, cada unidade de comportamento se iniciaria com o estímulo e se encerraria com a 
resposta.
 Para ele, o comportamento seria um circuito com “estímulo – mente – resposta”.
 Além disso, o comportamento possui uma significação para o indivíduo funcionando em seu ambiente 
(lembrar também de sobrevivência) e não uma construção artificial.
 Publicações
 Psicologia (1884)
James Rowland Angell (1869-1949)
 Universidade de Chicago
 Trabalhou com William James e tentou fazer o Ph.D. com Wundt.
 Afirmava que a consciência tinha a função de aperfeiçoar as capacidades de adaptação e a 
Psicologia deveria estudar a mente neste processo de ajustamento no ambiente.
 Postulou três princípios funcionalista.
1. A psicologia funcional é a psicologia das operações mentais, estando em contraste com a psicologia dos 
elementos mentais (o estruturalismo).
2. A psicologia funcional é a psicologia das utilidades fundamentais da consciência.
3. A psicologia funcional é a psicologia das relações psicofísicas, voltada para o relacionamento total do 
organismo com o seu ambiente, não havendo distinção entre mente e corpo.
 Foi muito importante nas questões administrativas da universidade, apesar de poucas publicações.
 Publicação:
Manual de Psicologia (1904)
Harvey A. Carr (1873-1954)
 Matemático, foi aluno de Stanley Hall e de Angell.
 Estudou com John B. Watson (comportamentalismo), com quem conheceu os estudos com
animais.
 Sucedeu Angell no departamento de Psicologia de Chicago.
 Na publicação Psicologia (1925), Carr definiu o
o objeto de estudo da psicologia como a atividade mental — processos como a memória, a percepção, o
sentimento, a imaginação, o julgamento e a vontade. Em segundo, a função da atividade Mental é registrar,
fixar, reter, organizar e avaliar experiências e usá-las na determinação da ação. Carr denominou de
comportamento adaptativo ou de ajustamento a forma específica de ação em que as atividades mentais
aparecem. (SCHULTZ & SCHULTZ, 2011, P. 161).
 Concordava com Wundt a respeito da dificuldade de estudar processos superiores, mas foi com
ele que o funcionalismo deixou de existir como uma oposição ao estruturalismo e passou a ser uma
corrente própria.
 Foi o elo de passagem do estudo da mente subjetiva (consciência) para o comportamento
manifesto e objetivo, o qual terá no comportamentalismo sua própria diferenciação)
Robert Sessions Woodworth (1869-1962)
 Apesar de uma postura mais eclética, foi sucessor de Angell e Carr na corrente funcionalista.
 Postulou a necessidade da investigação da natureza do estímulo e da resposta sem deixar o
organismo fora da equação. Para ele,
O estímulo externo e a resposta manifesta podem ser descobertos pela observação objetiva do
comportamento, ao passo que o que ocorre no interior do organismo só pode ser conhecido mediante
a introspecção. Assim, Woodworth aceitava esta última como um instrumento útil à psicologia, ao lado
dos métodos observacional e experimental. (SCHULTZ & SCHULTZ, 2011, P. 169).
 Esta posição foi adotadaposteriormente pela psicologia Humanista nos EUA.
 Publicações:
Psicologia Dinâmica (1818)
A Dinâmica do comportamento (1958)
Psicologia (1947)
Psicologia Experimental (1938 e 1954)
Evolução do 
Funcionalismo
PSICOLOGIA
NORTE-AMERICANA
E AS APLICAÇÕES PRÁTICAS
Aspectos iniciais
 Segundo Schultz e Schultz (2011), a sociedade americana do final do séc. XIX e início do séc.
XX possuía características voltadas ao pragmatismo, remontando, inclusive à influência de
Spencer, mas, sobretudo pelo próprio “espírito da época”.
 Vindos da Alemanha, os psicólogos lá formados iniciaram suas pesquisas de modo mais
autônomo, porém sendo influenciados por seus aprendizados na Europa, pelas novas teorias
e correntes na Inglaterra e nos EUA, em oposição ou em paralelo a outras correntes vigentes,
mas, especialmente, sob influência da demanda norte-americana de “utilidade” da ciência
em geral.
 Já característico da época, cada departamento recebia verbas conforme o número de
matrículas, além de financiamentos privados ou de organizações.
 Além disso, a constante necessidade de fornecer “utilidade” fez com que a ciência
psicológica, gradativamente, passasse a ser menos “acadêmica” e mais “prática”.
 Para se firmar nesse ambiente “pragmático”, a jovem psicologia deveria encontrar uma
forma de ter recursos e o caminho estaria associado ao “progresso” tecnológico americano.
 Segundo Schultz e Schultz (2011, p. 177),
A solução, portanto, era evidente: tomar a psicologia mais valiosa mediante sua aplica ção. Mas aplicá-
la a quê? Felizmente, a resposta logo se tomou clara: as matrículas nas escolas públicas sofriam um
crescimento dramático; entre 1870 e 1915, o número de alunos matricu lados elevou-se de sete para vinte
milhões. A quantidade de dinheiro gasta na educação pública no período passou de 63 para 605 milhões
(Siegel e White, 1982). A educação de repente se tomava um grande negócio e chamou a atenção dos
psicólogos.
 Neste caminho, algumas áreas de atuação da psicologia surgiram: os testes psicológicos, a 
psicologia industrial/organizacional e a psicologia clínica.
Granville Stanley Hall (1844-1924)
 Primeiro doutor em Psicologia, fundou o primeiro laboratório e a primeira revista nos EUA.
 A vida pessoal é marcada por diversas críticas e pontos controversos, mas foi pioneiro em
aplicar a psicologia à educação.
 Tornou a Universidade mais receptiva às mulheres, grupos minoritários, afro-descentes a fazer
graduação, não apoiou restrições à contratação de judeus nas univeridades e encorajou
estudantes asiáticos a se matricularem nos EUA. O primeiro americano negro a conseguir o
Ph.D. em psicologia, Francis Summer, foi aluno de Hall na Clark University.
 Convidou Freud e Jung para palestras em 1909 e foi um do primeiros instigadores para a
fundação da APA.
 Apesar de seu gosto eclético, Hall tinha na teoria darwiniana seu pilar, mas contribui mais na
psicologia educacional que na experimental.
Granville Stanley Hall (1844-1924)
 Acreditava que as crianças repetem em seu desenvolvimento pessoal a história de vida da 
raça humana.*
 Algumas publicações
Adolescência: psicologia e relações com a psicologia, antropologia, sociologia, sexualidade, crime, 
religião e educação (1881)
Senescência (1922)
Recreações de um Psicólogo (1920)
Vida e confissões de uma Psicólogo (1923)
James McKeen Cattell (1860-1944)
 Universidade de Colúmbia.
 Funcionalista e influenciado por Galton, se dedicou ao desenvolvimento de testes mentais.
 Estudou com Wundt.
 Se interessou, provavelmente, pelas alterações de consciência provocadas pelo uso de 
drogas.
 Também se dedicou ao estudo do tempo das reações do organismo e, posteriormente, pela 
medição das diferenças individuais e pela estatística (apesar de não ser bom em 
matemática).
 Tinha ideias eticamente complicadas, inclusive para a época (esterilização de delinquentes e 
de pessoas imperfeitas, casamento entre pessoas “bem dotadas” intelectualmente, etc.)
James McKeen Cattell (1860-1944)
 Segundo Schultz e Schultz (2011, p. 189),
O impacto de Cattell sobre a psicologia americana não veio do desenvolvimento de um sistema de
psicologia — ele tinha pouca paciência com teorias — nem de uma impressionante lista de publicações.
Sua influência veio principalmente do seu trabalho como organizador, executivo e administrador da
ciência e da prática psicológicas, e como elo de ligação entre a psicologia e a comunidade científica
mais ampla. Cattell tomou-se um embaixador da psicologia, fazendo palestras, editando publicações e
promovendo as aplicações práticas do campo.
Lightner Witmer (1867-1956)
 Enquanto Hall trazia a psicologia para a aplicação à criança e à sala de aula e Cattell se dedicava à
mensuração de aptidões mentais, Witmer, aplicava a psicologia ao tratamento de comportamentos anormais.
 Ex-aluno de Hall, de Cattell, Külpe e de Wundt, Witmer abriu a primeira clínica de psicologia e utilizou o termo
“psicologia clínica”. Apesar do termo, o que ele fazia seria hoje categorizado como “psicologia escolar”.
 Demandado por uma intervenção com um aluno com dificuldades de aprendizado de leitura, após suas
intervenções, veio a pedir que psicólogos deixassem a pesquisa em laboratório e descobrissem como treinar
alunos para se tornarem psicólogos educacionais.
 Com Hall, foi um dos fundadores da APA e faleceu aos 89 anos.
 Alguns trabalhos:
 O Trabalho Prático em Psicologia
 Fundou a revista Psicologia clínica (1907)
 Internato para crianças retardadas e perturbadas (1908)
 Clínica Universitária (1909)
Lightner Witmer (1867-1956)
 Segundo Schultz e Schultz (2011, p. 191),
Witmer reconhecia que problemas médicos podem interferir no funcionamento psicológico, razão por
que submetia as crianças a um exame clínico para determinar se a subnutrição ou defeitos visuais e
auditivos contribuíam para as suas dificuldades. Os pacientes eram testados e entrevistados amplamente
por psicólogos; ao mesmo tempo, os assistentes sociais preparavam históricos de caso acerca de sua
situação familiar.
A princípio, Witmer acreditava que os fatores genéticos eram amplamente responsáveis por muitos dos
distúrbios de comportamento e déficits cognitivos que via; mais tarde, porém, com o aumento da sua
experiência clínica, percebeu que os fatores ambientais eram mais importantes. Ele enfatizou a
necessidade de oferecer, ainda em tenra infância, uma variedade de experiências sensoriais à criança
[. . .]
 Em decorrência a Witmer, Morris Viteles fundou uma clínica dedicada à orientação vocacional em
1920.
Waiter Dili Scott (1869-1955)
 Também aluno de Wundt, voltou para os EUA e dedicou-se a tornar o mercado e o
ambiente de trabalho mais eficientes.
 Segundo Schultz e Schultz (2011, p. 191),
Scott reuniu um impressionante número de primeiros lugares. Foi o primeiro a aplicar a psicologia à
publicidade e à seleção e administração de pessoal, o primeiro a ostentar o título de professor de
psicologia aplicada, o fundador da primeira empresa de consultoria psicológica e o primeiro
psicólogo a receber a Distinguished Service Medal, uma condecoração do Exército dos Estados
Unidos.
 Influenciado pala demanda prática da psicologia e do percurso pela educação que esta
ciência estava se aventurando, em 1902 foi procurado para aplicar os princípios de
psicologia à publicidade, o que levou à publicação de “Teoria e Prática da Publicidade”.
Waiter Dili Scott (1869-1955)
 Em pouco tempo diversas marcas estavam utilizando os “cupons” para recebimento de
amostras de produtos e expressões imperativas/sugestivas em propagandas.
 Também atuou, apesar da relutância inicial, com seleção de soldados para a primeira Guerra
Mundial e, devido a esta atuação, ganhou a medalha.
 Em 1919, fundou a empresa The Schott Company para serviços de consultoria para seleção e
aumento da eficiência do trabalhadores e em 1920 se tornou presidente da Northwester, até
1939.
 Grosso modo, atese seria associada ao fato de que as sensações seriam a “janela” para que
o indivíduo tivesse acesso ao mundo e, consequentemente, quanto melhor a sensibilidade e
capacidade de percepção para o mundo, tanto melhor a possibilidade de bom desempenho
no trabalho.
Hugo Münsterberg (1863-1916)
 Figura extremamente controversa na sociedade e na psicologia como ciência, não foi “lembrado” como uma
figura importante.
 A importância mais evidente foi de atuação com a psicologia forense durante a vida e a inspiração desta
como área de atuação.
 Estudou com Wundt (Ph.D. em 1885) e formou—se em medicina em 1887.
 Incialmente, criticava os psicólogos que escreviam para os leigos, mas acabou fazendo o mesmo (influências
da cultura x renda).
 Escreveu sobre julgamentos nas cortes e no sistema de justiça, propaganda de produtos, orientação
vocacional, saúde mental e psicoterapia, psicologia educacional, industrial e aplicada ao cinema.
 Chegou a fazer filmes sobre testes mentais (cinema).
 Era machista, foi rechaçado em suas obras e ideias, mas sua contribuição foi a expansão da aplicação da
psicologia em diversas área que, mesmo tendo sido deixado de lado posteriormente, manteve a psicologia sob
os olhos da sociedade da época e o interesse de outros profissionais. Seu libro “Psicoterapia” de 1909,
contribuiu para a área de saúde
 No anos 70 nos EUA, a temática forense retornou, assim como outras.
Alguns pontos de atenção
 Conforme discutido por Schultz e Schultz (2011), essas figuras históricas foram importantes para
que a psicologia acadêmica/pura conseguisse se manter enquanto ciência, mas precisou, para
isso, passar a entregar para a sociedade uma psicologia “aplicada”.
 Verificamos, assim:
 A necessidade de que a ciência psicológica entregue resultados para a vida prática;
 Passe a ter uma aplicação para os problemas sociais/educacionais/corporativos/saúde, dentre outros.
 Problemas históricos:
 A primeira guerra e a aplicação psicológica;
 O crescimento econômico e os “volumosos” recursos financeiros;
 A Psicologia como uma “mania nacional” que tudo resolve
 O crescimento econômico dos EUA e de suas empresas;
 O muitos militares que retornaram para os EUA e a demanda em saúde;
Alguns pontos de reflexão
 Porém um preço é pago pela “confiança” e pelo “investimento”:
 A garantia dos serviços;
 O risco de promessas incompatíveis com o saber psicológico;
 O charlatanismo e a pseudociência;
 A ciência com um “simples” fazer tecnológico preconizado pelo iluminismo/positivismo
 Etc.
❖ Pensando nisso, Quais as consequências e marcas que estes movimentos podem ter
deixado para a psicológica ao longo de sua história?
❖ Quais implicações dos teóricos/pioneiros da psicologia na formação, nas áreas de atuação
e no fazer psicológico atuais?

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