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Documento de Apoio de Voleibol 
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 VOLEIBOL 
 
1. História do Voleibol 
O Voleibol foi criado em 1885, em Massachussets, por William G. Morgan, responsável pela Educação Física no Colégio 
de Holyoke, no Estado de Massachussets, nos Estados Unidos da América. Este professor de Educação Física, ao procurar criar 
uma nova actividade que fosse suave e motivante, que se pudesse praticar no Inverno e que não colocasse tantos problemas de 
material e de ocupação como o ténis, inventou uma nova modalidade, a que chamou de “minnonette” e que deu origem ao 
voleibol dos nossos dias. Só mais tarde, é que o nome do jogo foi alterado para Volley-ball. 
William Morgan tentou criar uma actividade de carácter mais recreativo, que se adaptasse aos seus alunos e aos 
homens de negócios que frequentavam os seus cursos e que simultaneamente exigisse um grande esforço e uma movimentação 
variada. Ter-se-á inspirado do ténis, uma vez que permaneceu na sua ideia uma rede a dividir o espaço de jogo, ao mesmo 
tempo que o jogo deveria ser jogado num recinto rectangular, entre duas equipas separadas por uma rede, mantendo uma bola 
em movimento, até que esta tocasse no solo, ou fosse batida para além dos limites do campo. 
O número de jogadores não era limitado só tinha de ser igual para ambas equipas. O sistema de rotação era já usado, 
para que todos jogadores pudessem servir. Era pois, um jogo que poderia ser jogado em recintos cobertos ou ao ar livre, por um 
qualquer número de jogadores, que não precisavam de material para bater a bola, pois poderiam fazê-lo com as próprias mãos. 
 
2. Caracterização do Voleibol 
 O voleibol é um jogo desportivo colectivo, praticado por duas equipas, cujo objectivo é enviar a bola por cima da rede, 
fazendo-a cair no campo adversário e evitando que ela caia no nosso próprio campo. 
Cada equipa é constituída por doze jogadores, sendo seis efectivos e seis suplentes. 
 O campo é rectangular (18mx9m), delimitado por duas linhas laterais e duas finais, e é dividido ao meio por uma linha 
central, sobre a qual se situa a rede. Esta deve ser colocada a 2,24m de altura, para os jogos femininos e 2,43m para os jogos 
masculinos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2. Regras do Voleibol 
PONTUAÇÃO - As partidas de voleibol são disputadas à melhor de cinco sets, e vence quem primeiro ganhar três deles. Um set 
consiste num conjunto de 25 pontos mas, para que termine é necessário que uma das equipas tenha uma vantagem de pelo 
menos dois pontos (exemplo: 25-23; 27-25). No entanto, se houver igualdade a dois sets, o 5º set será disputado até aos 15 
pontos acabando sempre com uma diferença mínima de dois pontos. 
 
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ROTAÇÃO - Após cada serviço ganho, a equipa em causa executa a 
rotação na direcção dos ponteiros do relógio, isto é, a rotação é 
efectuada segundo a seguinte sequência de posições: 1, 6, 5, 4, 3, 
2, e o jogador da posição 6 tem que estar atrás do jogador da 
posição 3 e entre os jogadores das posições 1 e 5; o jogador da 
posição 5 tem que estar atrás do jogador da posição 4 e à esquerda 
do jogador da posição 6; o jogador 1 tem que estar à direita do 
jogador 6 e atrás do jogador 2. 
NÚMERO DE TOQUES - A cada equipa só é permitido realizar três 
toques e a cada jogador não é permitido realizar dois toques 
consecutivos. Esta regra é alterada quando há uma situação de bloco, isto é, quando um jogador efectua a acção técnica de 
bloco pode realizar outro toque logo de seguida e consequentemente a equipa nesta situação poderá optar por dar quatro 
toques. Se a bola for tocada, por um jogador, em duas partes distintas do seu corpo é falta, excepto, por exemplo, na recepção 
(em manchete) ao serviço da equipa adversária. 
ÁREA DA LINHA DOS 3 METROS - Um jogador só pode realizar acções técnicas (remate e bloco) acima do bordo superior da rede 
se a chamada for realizada à frente da área da linha dos 3 metros e se estiver nas posições 2, 3 ou 4. Caso isto não se verifique 
o ponto é da equipa adversária. 
BOLA FORA - A bola é considerada fora quando toca fora dos limites do terreno no chão ou num objecto. Se cair na linha é 
considerada como bola válida. 
VIOLAÇÃO DA REDE E DA LINHA DE MEIO CAMPO - Tocar na rede ou passar com um ou dois pés para além da linha divisória do 
meio-campo é falta (a linha divisória pode ser pisada, mas nunca ultrapassada). 
 
 3. Fundamentos Técnico-Tácticos 
3.1. POSIÇÃO BASE 
Objectivo: Permitir que o jogador se desloque rapidamente em todas as direcções e possa adoptar a técnica mais adequada em 
função da trajectória da bola, bem como o seu posicionamento táctico. 
Componentes críticas: 
 Colocar os apoios (pés) ligeiramente afastados, à largura dos ombros; 
 Flectir ligeiramente os braços à frente do corpo 
 Inclinar o tronco à frente; 
 Flectir ligeiramente os joelhos; 
 Dirigir o olhar para cima e para a frente (possível trajectória da bola). 
 
3.2. DESLOCAMENTOS 
Objectivo: Permitir o rápido posicionamento em campo, mediante a trajectória da bola e da função específica de cada jogador. 
Os deslocamentos são movimentos de locomoção dos jogadores 
determinantes na realização correcta dos gestos técnicos. 
Componentes críticas: 
 Partir da posição base; 
 Olhar a trajectória da bola; 
 Utilizar o “passo caçado” (não cruzar os apoios); 
 Fixar os apoios antes do contacto com a bola. 
 
 
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3.3. PASSE DE FRENTE 
Componentes críticas: 
 Braços flectidos, ficando os cotovelos mais altos do que os ombros; 
 Pernas flectidas, pés afastados e colocados à largura dos ombros; 
 Contacto com a bola à frente da testa com os dedos bem afastados e cotovelos orientados para a 
frente; 
 Extensão dos braços e das pernas no momento do contacto. 
 
3.4. MANCHETE 
Componentes críticas: 
 um pé ligeiramente avançado em relação ao outro e ambos afastados à largura 
dos ombros 
 Pernas flectidas; 
 ligeira inclinação do tronco à frente; 
 estender e unir os braços, com as “mãos dadas”, uma por cima da outra; 
 dirigir o olhar para a bola; 
 contacto com a zona média dos antebraços, acompanhado da extensão das pernas e por uma ligeira elevação dos braços. 
 
3.5. SERVIÇO POR BAIXO 
Componentes críticas: 
 perna do lado que serve ligeiramente recuada, estando o peso do corpo mais sobre a perna que está mais adiantada; 
 agarrar a bola à altura da cintura, com a mão do braço contrário aquele que 
vai realizar o batimento; 
 ligeira inclinação do tronco à frente; 
 manter o braço de batimento estendido durante o movimento de trás para a 
frente; 
 zona de contacto com a bola é a palma da mão (mão rígida e dedos unidos); 
 bater a bola abaixo da linha de cintura com um gesto balanceado e definido. 
 
3.6. SERVIÇO POR CIMA 
Componentes críticas: 
 A perna contrária ao braço de batimento avançada; 
 O tronco dirigido para o campo adversário; 
  Segurar a bola à frente com a mão contrária à do batimento e à altura do ombro; 
 Armar braço de batimento - puxar o braço à retaguarda com a mão aberta (o braço e antebraço formam um ângulo inferior de 
90º); 
 Lançamento da bola na vertical; 
 O batimento na bola deve ser feito com a mão bem aberta e dedos unidos, realizando uma pancada seca; 
 Passagem do peso do corpo para a perna da frente. 
 
 
 
 
 
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3.7. REMATE EM APOIO 
Componentes críticas: 
Olhar dirigido para a bola; 
 Preparação do braço que vai efectuar o remate; 
 Braços em extensão no momento do contacto com a bola; 
 Contacto com a bola com a palma da mão tensa; 
 Batimento imprimindo uma trajectória descendente; 
 Transferência do peso do corpo para o apoio mais adiantado. 
3.8. REMATE EM SUSPENSÃO 
Componentes críticas: 
 Iniciar a corrida de aproximação quando a bola atinge o pontomais alto da sua trajectória; 
 Executar 1 a 3 passos de balanço, oblíquos à rede, seguidos da chamada (deve ser feita a 2 pés com início do apoio pelo 
calcanhar); 
 Fazer o último apoio com o pé contrário ao do braço rematador; 
 Flectir as pernas, inclinar o tronco à frente e estender os braços à retaguarda; 
 Executar impulsão vertical com extensão dos da perna simultaneamente à elevação dos braços; 
 Flectir o braço que bate a bola, com a mão ao nível da cabeça, dedos estendidos e unidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.9. BLOCO 
Componentes críticas: 
 Braços em posição alta; 
 Palmas das mãos viradas para a rede; 
 Dedos afastados; 
Olhar dirigido para a bola; 
 Em função do ponto de remate, efectuar deslocamento paralelo à rede sem cruzamento dos apoios, mantendo os MI em flexão; 
 Saltar com os braços em completa extensão, ligeiramente oblíquos em relação à rede, colocando-os na área de jogo do 
adversário; 
 Com as mãos afastadas em flexão, tentar cobrir a maior superfície de rede possível; 
 Contactar o solo com flexão das pernas, sem deixar de ver a trajectória da bola. 
 
 
 
 
 
 
 
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3.10. Situação de Jogo 
- Inicio do jogo ou da “jogada”  Serviço por Baixo 
 Objectivo: colocar a bola numa zona de difícil recepção. 
- 1º Toque / Recepção do serviço (de acordo com a trajectória da bola):  Manchete 
  Passe com as duas mãos por cima 
 Objectivo: evitar que a bola toque no solo e dirigir a bola para cima e para a frente de forma a iniciar a 
organização do ataque. 
- 2º Toque/ passe para um colega finalizar  Passe com as duas mãos por cima 
 Objectivo: colocar a bola em situação favorável para que o companheiro consiga finalizar com êxito o ataque. 
- 3º Toque/ finalização do ataque  Passe colocado ou Remate 
 Objectivo: enviar a bola em passe colocado ou em remate para o campo contrário (espaço vazio), de forma a 
dificultar as acções da equipa contrária. 
 
Situação de Jogo 6 x 6 
 
É uma formação sem jogadores especializados em situação de jogo 6x6. A forma mais indicada para iniciar a prática de 
jogo formal é a indefinição de funções, ou seja, a função de cada jogador é unicamente determinada pela sua posição em campo. 
Desta forma em cada rotação roda também o jogador que assume o papel de distribuidor. Neste sistema o distribuidor é o 
jogador da posição 3, sendo responsável pelo segundo toque e efectuando de preferência passes altos. 
 
 
 
 
Defesa 
Devido às carências técnicas e com o intuito de conseguir maior tempo de 
sustentação da bola em jogo, opta-se por utilizar um grande número de jogadores na 
recepção ao serviço. Este sistema é caracterizado pela posição mais recuada dos dois 
rematadores (posições 2 e 4), que deste modo poderão intervir mais frequentemente na 
recepção. O defesa da posição central (posição 6) vai situar-se ligeiramente avançado. O 
alinhamento dos jogadores neste sistema caracteriza-se pela forma de um “W”. 
 
 
 
 
Ataque 
O sistema ofensivo procura que, a partir da recepção do serviço e através da colocação mais adequada dos jogadores, 
se consigam combinações de passe que permitam a concretização do ataque e a obtenção de pontos. Uma vez que não há 
especialização a disposição será 6:0, em que o jogador que se encontra na altura na posição 3 jogará como passador. 
O jogador que recebe o serviço, envia a bola ao passador, que dispõe de duas hipóteses: 
 - ou passa ao jogador mais afastado uma bola alta; 
 - ou utiliza um passe tenso para o jogador mais próximo.

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