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das
A
Gabarito
utoatividades
DIALÉTICA
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Rodovia , nº .BR 470 Km 71, 1 040
Bairro Benedito - CEP 89130-000
I daialn - Santa Catarina - 47 3281-9000
Elaboração:
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
2017
Prof. Sidinei Oliveira Nunes
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GABARITO DAS AUTOATIVIDADES DE
DIALÉTICA
Centro Universitário Leonardo da Vinci
Rodovia , nº .BR 470 Km 71, 1 040
Bairro Benedito - CEP 89130-000
I daialn - Santa Catarina - 47 3281-9000
Elaboração:
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
2017
UNIDADE 1
TÓPICO 1
No quadro a seguir há duas colunas. Na primeira há uma afirmação. 
Escreva na linha da segunda coluna o contrário da afirmação.
Tese Antítese
A pergunta é mais importante. A resposta é mais importante / A pergunta não é importante.
Aquiles nunca ultrapassa a 
tartaruga.
Aquiles sempre ultrapassa a tartaruga / 
A tartaruga sempre é ultrapassada por 
Aquiles.
Todo mundo se banha inúmeras 
vezes no mesmo rio.
Ninguém se banha duas vezes no mesmo 
rio / ninguém se banha inúmeras vezes 
no mesmo rio.
Monismo Mobilismo.
O ser é. O ser “não é”.
A realidade é imóvel. A realidade é movimento.
Posso conhecer o Ser. Não se pode conhecer o ser.
TÓPICO 2
Elabore um texto a partir do Resumo do Tópico 2 apresentado na página 
anterior, contemplando cada uma das afirmações. Não é necessário 
seguir a ordem, mas sublinhe no seu texto a frase que contempla cada 
afirmação que está no resumo, de modo que nenhuma fique de fora. 
Bom trabalho!
R.: Esta tarefa tem a função de retomar as ideias principais do texto. Precisando 
reunir em seu texto cada uma das afirmações, o(a) acadêmico(a) precisará 
retornar ao conteúdo do caderno para compreendê-las no seu contexto. A ideia 
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de sublinhar as afirmações contempladas tem apenas finalidade didática, no 
sentido de poder conferir se o texto contempla todas as afirmações. Embora 
não esteja explícito na questão, pensamos não ser necessário contemplar a 
afirmação no seu formato original, permitindo ao(à) acadêmico(a) mudar a 
conjugação verbal, por exemplo, ou a ordem das palavras.
Em suma, o texto confeccionado pelo(a) acadêmico(a) precisa contemplar 
de modo lógico as ideias das afirmações apresentadas no resumo do tópico. 
Citamos novamente a seguir:
• Na Atenas democrática, a palavra era soberana nas decisões da polis.
• Os sofistas eram professores de retórica e estimulavam seus alunos a 
defender teses contrárias de modo dialético.
• Segundo a perspectiva sofista, a verdade é convencional e, portanto, relativa.
• Para Sócrates, o início da sabedoria consiste em reconhecer a própria 
ignorância.
• O mestre nada pode “ensinar”, pode apenas ajudar o discípulo “recordar”.
• A filosofia de Platão se desenvolve num ambiente de decadência política.
• A democracia não é um regime ideal, pois se funda em meras opiniões 
interessadas.
• O conhecimento provindo dos sentidos não é fonte segura de conhecimento.
• Através da dialética, o filósofo pode ascender para as ideias puras.
• Tendo contemplado as ideias puras, o filósofo é o mais apto para promulgar 
as leis e decidir os rumos da polis.
TÓPICO 3
A partir do que você estudou, desenvolva um pequeno texto explicando 
desde a filosofia de Aristóteles a frase "Nada está no intelecto sem antes 
ter passado pelos sentidos”, comparando-a com a teoria das ideias de 
Platão.
R.: A resposta desta questão tende a contemplar mais a teoria do 
conhecimento. A ideia é provocar uma comparação entre Aristóteles e Platão 
e suas compreensões diferentes em relação aos objetos empíricos. A frase de 
Aristóteles acentua a valorização de Aristóteles em relação ao conhecimento 
provindo dos cinco sentidos.
A seguir apresento algumas afirmações confrontando Platão e Aristóteles, 
que podem ou devem aparecer no texto do acadêmico:
• A teoria das ideias de Platão prevê dois mundos: o mundo material e o 
mundo das ideias. Aristóteles rompe com o dualismo platônico afirmando 
que existe apenas o mundo material.
• Platão afirma que matéria e forma estão separadas e pertencem a mundos 
diferentes. A ideia é eterna, una e imutável, enquanto a matéria e seu 
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movimento são aparentes. Para Aristóteles, não há matéria sem forma, nem 
forma sem matéria, elas existem sempre juntas.
• Para Platão, o que é apreendido pelos sentidos não é fonte segura de 
conhecimento, pelo contrário, a verdade deve ser alcançada pela razão, que, 
num processo dialético, busca relembrar as ideias inatas na alma. Para Platão, 
tudo o que temos na mente, na alma, provém dos sentidos, das sensações. 
"Nada está no intelecto sem antes ter passado pelos sentidos”.
• Seria muito salutar que o acadêmico explanasse sobre o fato de que os 
sentidos são tomados por Aristóteles como princípio, início indispensável 
ao conhecimento, mas que a ciência por excelência é a metafísica: busca 
pelos princípios, pelas causas. Esta busca, no entanto, não pode estar 
desconectada da realidade empírica.
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 A dialética em Kant é equiparada à lógica e como lógica da aparência. 
Elabore um texto com exemplos de usos puros da razão que seriam 
criticados por Kant. Ao final, apresente brevemente por que Kant 
critica tais usos da razão.
R.: A resposta pode conter os seguintes pontos:
• Um exemplo encontra-se na filosofia de Platão, onde, desde ideias inatas 
(a priori) se ascende, relacionando ideias com ideias até chegar à ideia do 
Bem que é fonte de todas as ideias e, por conseguinte, é fonte de tudo que 
há no mundo inteligível no momento sensível. Ou seja, se parte de ideias 
dando-lhes valor de real.
• Outro exemplo é o argumento ontológico de Santo Anselmo. Com o uso 
da lógica procura-se mostrar a existência de Deus. Parte-se da afirmação 
de que Deus é “o ser do qual não é possível pensar nada maior”. Ora, o que 
algo que existe no pensamento e também na realidade é maior do que o que 
existe apenas no pensamento, então é necessário que “o ser do qual não é 
possível pensar nada maior” exista no pensamento e na realidade para poder 
ser “o ser do qual não é possível pensar nada maior”. Desta operação lógica 
totalmente a priori, conclui-se que este ser é real, é objetivo.
• Outro exemplo muito semelhante ao anterior é o seguinte: na concepção 
que temos de Deus ele necessariamente possui todos os atributos, todas as 
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qualidades. A existência é uma qualidade, portanto, Deus existe. Assim, se 
parte de operações lógicas a priori à existência.
O abuso dos usos da razão pura consiste no fato de se passar das ideias 
meramente transcendentais imputando-lhes valor real, da coisa em si. Passar 
do pensamento à existência. É ilusão pelo fato de parecer verdade, mas ser 
desprovido de qualquer possibilidade de comprovação empírica.
TÓPICO 2
1 Para Hegel, a filosofia se equipara ao “pássaro de Minerva” (coruja). 
Elabore um texto comparando os “hábitos” desta ave com o papel 
da filosofia segundo a concepção hegeliana.
R.: A resposta pode conter todos ou alguns dos seguintes pontos:
A coruja tem os olhos grandes e focados: isso passa uma ideia de 
observação constante, qualidade que deve ter o filósofo em analisar cada 
singularidade da história, deve estar atento a cada detalhe que revela o 
movimento do espírito.
A cabeça da coruja gira quase completamente: isso passa uma ideia de 
visão do total ou visão do todo. Também o filósofo não deve deixar passar 
despercebido nenhum momento do desenvolvimento da história. Precisa ter 
a visão do todo, reconstituir a história no conjunto de suas singularidades.
A coruja é discreta e paciente e seu voo é silencioso: estas características 
passam a ideia de prudência e de paciência, como de quem pensa e analisa 
minuciosamenteantes de agir. Também o filósofo precisa “voar” pela história 
pacientemente, observando cada detalhe, de modo a não se precipitar e tomar 
uma parte dando-se o valor da totalidade. É preciso ter paciência para juntar 
todos os passos do espírito.
O hábito mais relevante da coruja é aguardar o anoitecer para caçar: 
assim como a coruja precisa aguardar o anoitecer para então exercer sua 
atividade de caça, também a filosofia precisa aguardar o final da história 
para se apropriar da visão privilegiada do todo. Ao fim da história o filósofo 
revoa por toda a história vendo-a em sua totalidade do mesmo modo como 
a coruja vê à noite. Como o papel da filosofia é compreender, só pode falar 
do que foi e do que é, só pode falar do todo, portanto, quando ele estiver 
plenamente realizado. Assim, só ao fim da história, quando o “dia terminar”, 
poderá desenvolver plenamente o saber.
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TÓPICO 3
1 Complete o quadro ao lado explicando, segundo Marx, o resultado 
do encontro dialético entre as seguintes afirmações contrárias. 
Apresente um exemplo para cada relação.
Homem ↔ Natureza
• Na relação dialética entre homem e natureza, o 
homem transforma a natureza e é transformado 
por ela.
• Ao transformar o objeto, o homem se 
reconhece no fruto do seu trabalho.
• Exemplo: ao confeccionar uma ponta de flecha 
esfregando uma pedra na outra o homem se 
reconhece como apto para caçar (caçador 
armado). Ele altera o ser da pedra e se altera 
neste processo.
Homem ↔ outro Homem
• No encontro com outros homens se funda a 
sociedade e nesta relação aparece a cultura.
• Exemplo: duas pessoas passam a morar 
juntas e discutem (dialética) sobre o horário de 
dormir e firmam normas para isso. Cria-se uma 
cultura coletiva.
Capitalista ↔ Operário
• Na relação dialética entre o capitalista e o 
operário, quem trabalha é o operário, mas quem 
desfruta do produto é o capitalista, dando ao 
operário apenas uma recompensa insignificante 
ao operário. O operário se aliena, ou seja, sua 
essência pertence ao capitalista e o capitalista 
se reconhece no fruto do trabalho do outro.
• Exemplo: o operário que fabrica carros na 
fábrica não possui um carro, ou seja, não 
desfruta do resultado de seu trabalho. O dono 
da fábrica, que não produz os carros, desfruta 
de todos os carros produzidos.
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UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 Qual é a diferença, na teoria de Karl Marx, entre o conceito de 
alienação e o de reificação?
R.: O conceito de alienação remete à ideia de uma verdadeira natureza, que 
não seria realizada na sociedade capitalista. Já o conceito de reificação indica 
que as pessoas não são sujeitos no processo social, mas, sim, engrenagens 
de um mecanismo que não controlam.
2 Para Lukács, qual é o aspecto objetivo da reificação e qual o seu 
aspecto subjetivo?
R.: O aspecto objetivo é que as próprias pessoas se tornam coisas na medida 
em que passam a vender a si mesmas enquanto força de trabalho ou tornam-
se engrenagens do mecanismo social, ao passo que o aspecto subjetivo diz 
respeito à forma como isto aparece na consciência das próprias pessoas, 
portanto, na forma de pensamento e racionalidade específicas desta etapa 
histórica, o capitalismo. 
3 Qual é o efeito da reificação nas ciências e na filosofia?
R.: O abandono da questão da totalidade e a predominância da especialização.
4 Por que o proletariado, segundo Lukács, consegue transcender o 
fenômeno da reificação?
R.: Basicamente por dois motivos: 1) por estar na base da sociedade e, assim, 
ter um ponto de vista que lhe permite ver a totalidade da sociedade e 2) por 
ser ao mesmo tempo sujeito e objeto.
5 Por que em Lukács a própria teoria do conhecimento é dialética?
R.: Por que Lukács historiciza a própria teoria do conhecimento e mostra 
como ela está imbricada com o processo sócio-histórico.
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TÓPICO 2
1 Quais são as principais diferenças entre a teoria crítica da sociedade 
e a teoria tradicional?
R.: A teoria tradicional busca o ideal de neutralidade (de não valoração); 
ela não questiona a finalidade de seu fazer e, com isso, contribui para a 
reprodução da situação vigente; já a teoria crítica busca a emancipação, a 
consecução de uma situação mais justa, seu fazer, por isso, é sempre crítico 
da injustiça existente e assim contribui para a transformação do mundo.
2 Em que a teoria crítica de Horkheimer se diferencia da obra teórica 
de Lukács?
R.: Sobretudo por não acreditar que o proletariado tenha um conhecimento 
exato da totalidade social e, por conseguinte, tampouco ser um sujeito 
necessariamente revolucionário, transformador.
3 Segundo Horkheimer, o que caracteriza o mundo do capital? E o que 
caracterizaria o mundo dos homens?
R.: O mundo do capital é caracterizado, sobretudo, pelo predomínio das 
relações econômicas, pelo fato de o sistema produtivo almejar o lucro e não 
a satisfação das necessidades. O mundo dos homens, ao contrário, não 
seria caracterizado pelo predomínio das relações econômicas e seu sistema 
produtivo serviria principalmente à satisfação das necessidades.
4 Em que consiste o materialismo dialético da teoria crítica da 
sociedade? Em que ele se distingue do materialismo mecanicista?
R.: O materialismo dialético, característico da teoria crítica, acredita que o 
predomínio econômico é algo específico da sociedade capitalista, ao contrário 
do materialismo mecanicista, que crê que as relações econômicas sempre 
predominam.
TÓPICO 3
1 O que é o pensamento identitário? Por que a sua predominância é 
problemática aos olhos de Adorno?
R.: O pensamento identitário é aquele que prioriza a rotulação e a classificação 
dos objetos, isto é, aquele que busca, sobretudo, identificar o objeto com um 
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conceito universal. Tal pensamento é problemático porque visa à dominação 
da natureza como um fim em si mesma, por sua falta de autorreflexão.
2 O que é o pensamento não identitário? Como ele poderia ajudar a 
transformar o mundo em algo melhor?
R.: O pensamento não identitário é um tipo de racionalidade que busca 
compreender os objetos em seus detalhes, nuances, a partir de distintas 
perspectivas, com uma constelação conceitual capaz de mostrar os diversos 
elementos que compõem tal objeto, contextualizá-lo e mostrar seu processo 
de formação, sua gênese. Ele é autorreflexivo e, assim, crítico da sociedade 
existente.
3 Quais são os dois sentidos em que Marx usa o termo “ideologia” em 
A Ideologia alemã?
R.: Marx usa ideologia com o sentido de ideias desconectadas da prática, da 
realidade, e usa também ideologia no sentido de ideias da classe dominante 
que passam a ser, por isso, também as concepções predominantes em uma 
determinada época social.
4 Por que o procedimento dialético negativo é uma forma de crítica da 
ideologia? Como crítica da ideologia, o que o procedimento dialético 
negativo critica? A sociedade? O conceito? Ambos?
R.: O procedimento dialético negativo é crítico tanto da realidade quanto 
do conceito. Ele quer mostrar como a realidade não está de acordo com os 
conceitos que a legitimam e também como tais conceitos estão contaminados 
pela prática abjeta. Por isso ela é uma forma de crítica da ideologia, isto é, 
crítica das ideias legitimadoras da sociedade (no segundo sentido do uso 
marxiano, de ideias predominantes oriundas da classe predominante).
5 Quais são, segundo Adorno, os problemas do conceito kantiano de 
liberdade? E qual conceito de liberdade Adorno propõe no lugar do 
kantiano? 
R.: Adorno critica o conceito kantiano de liberdade por Kant não perceber como 
este é um construto sócio-histórico, que torna-se possível numa sociedade 
e corre o risco de desaparição, e por ver a natureza, e não a sociedade, 
como o principal obstáculo para a liberdade. Adorno sugere outro conceito 
de liberdade, a saber,a ideia de que liberdade é a possibilidade de crítica e 
transformação do mundo existente.

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