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Músico postula o reconhecimento de vínculo empregatício com bar e restaurante. Na petição inicial, o músico informou que trabalhava sozinho (no formato voz e violão), nos fins de semana, recebendo valor fixo por apresentação. Depois, um dos sócios do restaurante teria solicitado a formação de um grupo para apresentação somente aos sábados, outro sócio escolhido o nome da banda e, juntos, segundo o trabalhador, eles indicavam eventuais substitutos para os músicos ausentes ou retirantes, controlavam os horários de apresentação e ensaio e interferiam na formação do repertório. Em sua defesa, o restaurante alegou que o artista jamais foi seu empregado, mas sim prestava serviço autônomo apenas uma vez por semana, não caracterizados os requisitos de subordinação e não-eventualidade. Eis, no que importa, o depoimento da primeira testemunha, João Souza: “... que o depoente foi convidado pelo reclamante para integrar a banda, todavia, com o aval do Sr. Edson, dono do restaurante; que o depoente acertou com o Sr. Edson o cachê que iria receber; que o conjunto Adrenalina só tocava na reclamada; que foi dispensado pelo Sr. Edson; esclarece que o gerente da reclamada controlava o horário que os músicos chegavam para entregar ao Sr. Edson”. Por fim, eis o depoimento da segunda e última testemunha ouvida, Sr. Carlos Costa: "que trabalhou para a ré por 08 anos; que o depoente era músico integrante da banda 'Adrenalina'; que pelo que tem conhecimento a banda não existe mais; que o depoente trabalhou na banda de 2001 a 2008; que o depoente foi convidado pelo reclamante para integrar a banda, todavia, com o aval do Sr. Edson, dono da ré; que o depoente acertou com o Sr. Edson o cachê que iria receber; que o depoente esclarece que no início, no auge da 'lambada', chegou a trabalhar algumas quintas-feiras e depois passaram a trabalhar apenas aos sábados; que o conjunto 'Adrenalina' só tocava na reclamada; que os músicos tocavam em outros estabelecimentos, mas não com o nome da referida banda; que o depoente esclarece que foi dispensado pelo Sr. Edson; que o Sr. Edson inclusive nem chegou a falar pessoalmente com o depoente; que foi o reclamante quem informou a respeito da sua dispensa; que o depoente esclarece que o gerente da reclamada controlava o horário que os músicos chegavam para entregar ao Sr. Edson; que o Sr. Edson dava opinião sobre o repertório; que havia influência forte do Sr. Edson na banda; que o Sr. Edson pedia para retirar músicas de que não gostava; que o reclamante recebia o pagamento no escritório e passava o valor para os outros músicos". A seu ver, estariam presentes os requisitos da relação de emprego? Justifique. Sim, pois houve vinculo de emprego, o musico trabalhou inicialmente sozinho, recebendo um valor fixo por cada apresentação, que posteriormente, o socio da reclamada, o Sr.Edson que solicitou um grupo para apresentações nos sábados, que ele e o outro sócio, Sr. Ronaldo, escolheram o nome da banda, indicavam eventual substituto para o músico ausente ou retirante, controlavam os horários de apresentação e ensaio do grupo, que ocorria em média duas vezes por semana, exigiam otimização das apresentações e interferiam na formação do repertório; que sempre agiu como líder e porta voz do grupo, repassando o pagamento dos salários, sem qualquer tipo de vantagem; e que a banda foi atração fixa da casa por mais de quinze anos. Por isso, o reconhecimento do vínculo de emprego com a reclamada. Um bombeiro militar treinou as equipes de handball do Colégio Nossa Senhora da Penha de França, localizado na zona norte do Rio de Janeiro, durante mais de vinte anos, todos os sábados. O bombeiro é ex-aluno da escola e assumiu o compromisso de freqüentar a escola nesse dia para ajudar a coordenação nas atividades esportivas e recreativas e ser supervisionado pelos responsáveis pelo esporte. Nada recebeu ao longo do tempo por esse serviço, porém a escola concedeu uma bolsa de estudos integral para sua filha. O bombeiro ajuiza ação postulando o reconhecimento da relação de emprego. Em defesa, a reclamada alega a inexistência de relação de emprego, argumentando que não estão presentes os requisitos da definição legal de empregado. Decidir acerca da existência do vínculo empregatício. No caso do teletrabalho, ou seja, de trabalho remoto, preponderantemente fora das dependências do empregador, a possibilidade de serem adotadas medidas de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais e do trabalho. Nada obstante, não é difícil imaginar as hipóteses de o teletrabalhador ser acometido por moléstias em tese vinculadas à prestação de serviços. Nesses casos, questiona- se a) Se o empregado vier a sofrer de uma moléstia tradicionalmente ligada à prestação de trabalho, a exemplo da LER/DORT, é possível que o empregador responda por esse dano, mediante pagamento de indenização por danos materiais e morais? Justifique. Sim, pois o empregado está prestando serviço para o empregador, dentro dos domínios da empresa. b) Que providências preventivas o empregador poderia tomar nesses casos? Ter um contrato ou assinar a carteira do empregado, Uma vez configurado o acidente de trabalho, o empregado receberá o auxílio-acidentário do Instituto Nacional da Segurança Social (INSS), independentemente de ter concorrido com culpa ou dolo para a ocorrência do acontecimento danoso. A responsabilidade indenizatória do empregador, contudo, não será automática, sendo aplicável a estes casos o disposto nos artigos 186 e 927 do Código Civil. Se um empregado é dispensado sem justa causa e está cumprindo o período do aviso prévio, no qual vem a sofrer acidente de trabalho, deveria ser reconhecida a estabilidade no emprego, de modo a postergar o contrato de trabalho para um ano após a alta previdenciária do empregado? Justifique. https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10718759/artigo-186-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10677854/artigo-927-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002 https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028078/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02 Sim, o trabalhador que sofre um acidente, seja acidentário ou comum, terá o seu aviso prévio suspenso até que retorne a atividade, e no caso do primeiro tipo de acidente, terá direito à estabilidade provisória, além de direito à indenização, recolhimento de FGTS, 13º, férias, etc.