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1 CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP CURSO: Engenharia Civil 9º Série Disciplinas Norteadoras: Estruturas de Concreto III; Projeto de Edificações; Sistemas, Métodos e Processos de Construção Civil; Estruturas Especiais e Pré-moldados; Infraestrutura Viária II; Saneamento Básico. DESAFIO PROFISSIONAL “Construção de um terminal rodoviário intermunicipal de passageiros na cidade de Belo Horizonte.” Lourisvaldo Benedito de Medeiros – RA 8742153395 Roberto Souza Machado - RA 9526409256 Robson Nogueira - RA 1299101462 Trabalho apresentado à Faculdade Anhanguera de Sorocaba, como exigência parcial das disciplinas do curso sob a orientação da Tutora Presencial: Gabriela Bertoni Belini. Sorocaba / SP 2018 2 SUMÁRIO Introdução..........................................................................................................03 Passo 1: Quais são os aspectos urbanísticos e as características básicas favoráveis e desfavoráveis para a implementação do terminal rodoviario..04 Passo 2: Qual o tipo de fundação mais adequada para construção da rodoviária:..........................................................................................................05 Passo 3: A capacidade de carga da grua apresentada pelo fornecedor, é suficiente para movimentar as vigas pré-moldadas que serão utilizadas na construção:.........................................................................................................07 Passo 4: Quais itens são necessários para garantir acessibilidade nos espaços do terminal rodoviário:.....................................................................................10 Passo 5: Dimensionar o volume útil de um tanque séptico destinado ao tratamento do esgoto do terminal rodoviário:................................................12 Conclusão: ..........................................................................................................14 Bibliografia: .......................................................................................................15 3 DESAFIO PROFISSIONAL Caro aluno, nosso Desafio Profissional ocorrerá no departamento de engenharia do estado de Minas Gerais, que pretende construir um terminal rodoviário intermunicipal de passageiros na cidade de Belo Horizonte. Para tanto, será necessário que o engenheiro responsável pelo departamento desenvolva algumas etapas para o desenvolvimento do projeto de implementação do terminal rodoviário. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizadas no ano de 2017, Belo Horizonte é a sexta cidade mais populosa do Brasil. Nesse sentido, a infraestrutura para transporte coletivo público torna-se uma questão prioritária, uma vez que a mobilidade urbana é fundamental para a organização e o desenvolvimento da cidade. Suponha que, em uma pesquisa de mobilidade, tenha sido detectado que os terminais rodoviários existentes em Belo Horizonte (BH) não estejam suprindo a demanda de passageiros, já que grande parte da população de cidades vizinhas utiliza o transporte público todos os dias para ir trabalhar e/ou estudar em BH, e posteriormente retornar para a cidade. Com isso, notou-se a necessidade de construir uma estação rodoviária que atenda os cidadãos que se deslocam por meio de ônibus intermunicipais. Com base nas informações acima apresentadas, o engenheiro civil terá a missão de desenvolver algumas etapas do projeto para viabilizar esse terminal rodoviário. Neste desafio, propõe-se a resolução das necessidades acima expostas com os conhecimentos que o aluno adquiriu ao longo deste semestre. Para construir o seu Desafio Profissional, será necessário seguir os seguintes passos: 4 Passo 1: Quais são os aspectos urbanísticos e as características básicas favoráveis e desfavoráveis para a implementação do terminal rodoviário. Na escolha da localização de um terminal, é interessante considerar os seguintes fatores: O principal requisito para o planejamento e implantação de um terminal é a determinação dos fluxos de tráfegos. O uso e ocupação do solo na área de entorno, A acessibilidade ao terminal, A área para expansão futura, A proximidade de centros geradores de tráfego, O custo de implantação e construção (água, eletricidade, esgoto, lixo, terraplenagem). De acordo com esses parâmetros e considerando que respeitadas as normas para classificação e dimensionamento do terminal conforme dita o Manual de Implantação de Terminais Rodoviários de Passageiros – MITERP, e analisando os aspectos urbanísticos da região que circunda a área escolhida, observamos que o acesso às rodovias e avenidas se dá muito rápido e fácil. Os principais fatores que julgamos favoráveis com a implantação de um terminal rodoviário são: O aumento exponencial no fluxo de pessoas no seu entorno, o que contribui para o crescimento do comércio local, aquecendo a economia e gerando renda. Fácil acesso à Avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira que dá acesso à duas principais rodovias (040 e 318). Distante de centros geradores de tráfego. Pontos Desfavoráveis: Pouca reserva de área para expansão futura, caso haja demanda. Acesso por duas vias locais, o que atrapalha o fluxo local e dificulta o tráfego de ônibus. De modo geral, os terminais são pontos, ou instalações, onde as pessoas e/ou cargas iniciam e terminam uma viagem, devendo oferecer uma infraestrutura de espera ou armazenagem. Sendo assim, os terminais agregam o que será transportado para, então, direcionar para os respectivos destinos. Com isso, cada modalidade de transporte possui um terminal específico para que possa ser realizado o transbordo, tendo a função de proporcionar um determinado nível de conforto às pessoas e proteção às cargas. Então, resumidamente, as especificações dos terminais são as seguintes: • Devem concentrar o tráfego de veículos enquanto aguardam o embarque dos passageiros e/ou carregamento das cargas; • Devem ter áreas que possibilitem, de acordo com o tipo de terminal, o processamento de bilhetes de viagens, manuseio da bagagem e preparação de guias para cargas; • Devem possuir classificação de acordo com o destino ou tipo de mercadoria; 5 • Devem dispor de local para armazenagem, ou seja, salas de espera ou barracão para carga • Devem embarcar e desembarcar passageiros, por meio de plataformas, ou carregar e descarregar cargas, por meio de baias; • Devem possibilitar a transferência de um veículo para outro, ou seja, troca de modo de transporte; • Devem disponibilizar serviços para o público viajante e/ou para o despachante de carga; • Devem dispor de facilidades para manutenção e serviços de veículos, como: abastecimento, lavagem, inspeção e reparo. Passo 2: Qual o tipo de fundação mais adequada para construção da rodoviária. Para uma melhor condição de segurança e dimensionamento, o uso de uma fundação profunda, e de melhor condição. Além de ter uma condição de segurança e uma futura construção maior, para melhor atendimento do município. Sobre a questão do tipo do solo a ser usado na fundação, podemos dizer que e de extrema importância o estudo do mesmo para uma classificação do mesmo, onde podemos realizar de varias formas. Tipo de sondagem: Sondagem nome do processo utilizado na engenharia para o reconhecimento de uma determinada superfície no solo ou água. Através deste processo é possível saber qual será o melhor tipo de fundação a ser empregado. SPT é a sigla para Teste de penetração padrão em inglês. É o método indicado para obter os índices de resistência do solo através do reconhecimento do local e as espessurasde cada camada do terreno. Com ele também é possível recolher amostras do solo, nível do lençol freático e também outros ensaios. Sondagem Mista: É o nome da sondagem rotativa utilizada em conjunto com a sondagem SPT. Sondagem a Trado: Este método de sondagem é realizado manualmente com um instrumento constituído com lâminas cortantes. São indicado para coletar amostras para análise em laboratório e demais testes que não exijam muita profundidade. Ensaio de perda d’água sob pressão: 6 Realizado através de furos de sondagem e é essencial para projetos de construção de barragens, túneis e canais. Ensaio de permeabilidade: Através deste ensaio é possível determinar à medida da vazão em um período do tempo em resposta a aplicação de pressões diferentes de colunas d’água Coleta de amostras indeformadas: Amostra indeformada é o nome dado ao pedaço de solo retirado e acondicionado de forma a manter o máximo de suas características originais para que seja verificado em laboratório informações mais detalhado. Em conformidade com a NBR8036 são necessário que seja feito pelo menos 25 (vinte e cinco) pontos de sondagens, afim de garantir uma excelente cobertura do terreno. Uma das mais importantes fases preliminares em qualquer tipo de construção é a investigação sobre as características do terreno. Para projetar as fundações, por exemplo, a providência inicial é a realização de ensaios de campo para identificar as camadas que formam o perfil geotécnico. Nessa fase, é possível identificar se o terreno é arenoso ou não. A análise determinante para essa finalidade é a granulometria em laboratório. Entretanto, na prática, o teste mais realizado é o de campo, do tipo Standard Penetration Test(SPT), com uma análise tátil-visual do sondador. O resultado obtido no ensaio de SPT varia desde SPT≤4, que indica que a areia é fofa e tem baixa capacidade de suporte, até SPT≥40, para areia classificada como muito compacta e com grande capacidade de suporte. Após confirmação de que o solo é arenoso, o projetista define se a fundação será apoiada na camada de areia ou se apenas irá atravessá-la. A maioria das alternativas de fundação é passível de ser projetada em solo arenoso. As opções não indicadas são poucas, como as estacas escavadas a céu aberto sem fluido estabilizante em areia com nível de lençol freático elevado, assim como os tubulões a céu aberto nas mesmas condições. A missão essencial da geotecnia é, oferecer ao projetista, o quadro completo dos fenômenos geológico-geotécnicos que podem potencialmente ser esperados da interação entre as solicitações próprias da obra que será implantada e as características geológicas (materiais e processos) dos terrenos que serão por ela afetados. Assim, todo o esforço investigativo deve ser orientado, desde o primeiro momento, propondo, aferindo, descartando e confirmando hipóteses fenomenológicas, para que, ao final, tenha um quadro fenomenológico real. https://www.aecweb.com.br/Gdp-busca-resultado.aspx?busca=funda%C3%A7%C3%B5es&Pagina=1 7 Passo 3: A capacidade de carga da grua apresentada pelo fornecedor, é suficiente para movimentar as vigas pré-moldadas que serão utilizadas na construção. Após verificada a capacidade de carga da grua, calcule qual o ponto correspondente ao centro de massa da pré-viga V1, apresentada na Figura 3.2, para o auxílio do içamento da peça. Apresente os valores para X e Y (em módulo), referente às cotas desse ponto, indicados também na Figura 3.2. Considere sua altura constante igual a 43 cm. 9 Fundamente sua resposta com base nas matérias das disciplinas de Estruturas Especiais e Pré-Moldados. Para auxiliá-lo no cálculo do peso próprio das vigas, realize a leitura dos textos sugeridos abaixo: Figura 3.1 – Capacidade de carga da grua Fonte: Elaborado pela autora (2017). Tabela 3.1 - Dados para análise da capacidade de carga da grua Alcance (m) Largura (m) Altura (m) Comprimento (m) VIGA 1 8 0,25 0,6 8 VIGA 2 15 0,19 1 7 VIGA 3 12 0,19 0,8 5 VIGA 4 3 0,19 1 6 Viga 1 Vol = 1.20 m Viga 2 Vol = 1.33 m Viga 3 Vol = 0.76 m Viga 4 Vol = 1.14 m 8 Viga 1 Peso = 3.000 tf Viga 2 Peso = 3. 325 tf Viga 3 Peso = 1.900 tf Viga 4 Peso = 2.850 tf Concluímos que para viga 2 a grua não atende aos requisitos mínimos para o içamento da peça, pois para a distância de 15 metros, a carga máxima é de 2.500 tf e a peça pesa 3.325 tf. Para todas as demais vigas a grua possui capacidade de carga superior a exigida para o içamento das peças. Planta de posicionamento das pré-vigas. 9 Para calcularmos o CG da peça vamos dividir a figura “T” em dois retângulos denominados fig 1 e fig 2, conforme desenho abaixo: FIG A XG A*XG YG A*YG Fig1 4920 205 1008600 281 1382520 Fig2 3300 269 887700 137,5 453750 ∑ 8220 1896300 1836270 Fazendo os Cálculos temos: 12 Xg1 = 205 X Fig 2 263 275 175 410 Fig 1 Yg2 = 137,5 Yg1 = 281 Xg2 = 269 12 Y 10 Passo 4: Quais itens são necessários para garantir acessibilidade nos espaços do terminal rodoviário. Projeto Arquitetônico – rampa de acesso. 11 Conforme Tabela 5 da NBR 9050, a inclinação das rampas de 1,5 m de altura deve ser de 5%. Para calcularmos a distância x conforme figura 4.1 usamos a seguinte equação: onde: é a inclinação, em porcentagem; é a altura do desnível; é o comprimento da projeção horizontal. 12 Passo 5: Dimensionar o volume útil de um tanque séptico destinado ao tratamento do esgoto do terminal rodoviário. Neste passo, será dimensionar o volume útil de um tanque séptico destinado ao tratamento do esgoto do terminal rodoviário, se faz necessário devido ao fato de que a obra estar situada em região que não possui rede coletora de esgoto e de ter baixa altitude, impossibilitando, assim, a utilização do sistema por gravidade para a condução do esgoto à estação de tratamento. Com base nos estudo realizado na disciplina de Saneamento Básico, e adotando alguns parâmetros previamente definidos como: Contribuição diária de esgoto por pessoa: C 2 L/pessoa dia. Número de pessoas: 3000 pessoas/dia N Taxa de acumulação de lodo: k 94 Para a realização destes calculo utilizamos a seguinte formula: V = 1000 +N (CT +K Lf) (ABNT/NBR/7229/93) N - 3000 C - 2 T - 0,75 K - 94 LF - 0,02 Contribuição de esgoto N*C 3000 * 2 = 6000 Contribuição de lodo fresco C*Lf 3000 * 0,02 = 60 V=1000 (6000*0,75 + 94*60) Após os cálculos conclui que será necessário um tanque séptico, que tenha uma capacidade de 11140L. As dimensões interna do tanque séptico prismático. Comprimento – 2,82 Largura - 1,42 Altura – 2,80 13 Referências Bibliográficas: 14 Conclusão: Após todo esse estudo realizado, pode-se dizer que a implantação do Terminal de Intermunicipal de Belo Horizonte e viável tecnicamente. Concluiu-se também que o terminal conseguira manter um balanço anual positivo. Entendendo que o terminal ira interferir diretamente na dinâmica do transporte, sugere-se que seja realizado um estudo macro logístico da cidade para adaptação da nova infraestrutura de transporte. Nesse estudo, poderão ser identificadas outras necessidades para complementação do projeto inicial do terminal, como a criação de novas linhas auxiliares, modificações noitinerário e no quadro de horário das linhas existentes, para que o terminal interfira positivamente na vida da população e dos municípios vizinhos. 15 Bibliografia: ABNT. Associacao Brasileira de Normas e Tecnicas. Disponivel em: <http://www.abnt.org.br> Acesso em 09/2012. BHTRANS - Empresa de Transporte e Transito de Belo Horizonte S/A. Normas Para Elaboracao de Projetos de Estacoes de Integracao do BHBUS, Anexo II do Edital de Concorrencia Publica No 004/98. CBTU – Companhia Brasileira de Trens Urbanos. A concepcao de um terminal multimodal de passageiros. Disponivel em: <http://www.cbtu.gov.br/estudos/pesquisa/antp_15congr/pdf/TP-139.pdf>.Acesso em 10/2012. DER/MG. Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais. Governo Estadual Disponivel em: <http://www.der.mg.gov.br/> Acesso em 08/2012. EMTU/SP. Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de Sao Paulo. Manual de implantacao de terminais de onibus urbano: normas para projeto regulamento de operacao. Sao Paulo. FERIASTUR. Disponivel em: <http://www.ferias.tur.br/index.asp> Acesso em 09/2012. FJP. Fundacao Joao Pinheiro. Disponivel em: <http://www.fjp.gov.br/> Acesso em 08/2012
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