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Educação 
Financeira 
Infantil
Guia de Boas Práticas em Finanças Pessoais
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www.maisativos.com.br
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610/1998.
Impresso no Brasil com papel de fontes responsáveis e certificadas.
Produção
Mais Ativos Serviços de Educação Financeira Ltda.
Edição: outubro/2014 – Fascículo 2 - Educação Financeira Infantil
Publicação do SEBRAE PREVIDÊNCIA – Instituto SEBRAE de Seguridade Social. 
Distribuição gratuita.
Permitida reprodução parcial dos textos desde que citadas as fontes completas:
SEBRAE Previdência e Mais Ativos Educação Financeira
DIRETORIA EXECUTIVA
Diretor-Presidente Edjair de Siqueira Alves
Diretor de Seguridade Nilton Cesar da Silva
Diretor de Administração e Investimentos George Alberto C. G. Mota
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CONSELHO FISCAL
Edição e Redação: Mais Ativos Educação Financeira
Edição e coordenação: Álvaro Modernell
Jornalista responsável: Renato Modernell
Projeto gráfico e Diagramação: Nilson Campos (DF-247DG)
Fotos e imagens: Banco de imagens 123bk - Aquisição set/2014 AM
Ilustrações: Cibele Santos
EXpEDIENTE
Editorial
A coleção “Guia de Boas Práticas em Finanças Pessoais” 
faz parte das ações do PLANEJAR - Programa de Educação 
Financeira e Previdenciária do SEBRAE PREVIDÊNCIA. 
Saiba mais visitando o portal www.sebraeprevidencia.com.br
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SEBRAE
PREVIDÊNCIA
GuIA DE BoAS PRÁTICAS EM FINANçAS PESSoAIS
Educação Financeira Infantil
A cada geração são estabelecidos novos paradigmas sobre as prioridades da educação 
infantil e, naturalmente, alguns valores e princípios são substituídos, esquecidos ou revalidados 
e alguns novos são introduzidos, conforme mudanças de conceitos da própria humanidade ou 
da sociedade em que vivemos.
Nesse andar, algumas famílias buscam manter uma educação tradicional enquanto 
outras experimentam novas teorias e práticas. Não há consenso. o certo é que pais e mães 
buscam o melhor para seus filhos, independente do caminho ou das formas escolhidas. Isso 
vale desde a maneira de educar, passando pela opção do tipo de escola, até a escolha dos 
livros, jogos e brinquedos que as crianças terão acesso em casa.
Dentre as boas novidades da educação infantil, está a educação financeira. Sendo o 
dinheiro um instrumento presente em quase todas as atividades da vida, nada mais natural 
do que a preocupação com o ensino do bom uso desse instrumento. Bom uso para que traga 
bons frutos. E isso vai muito além de pensar na educação financeira como instrumento para 
enriquecimento. É um meio para conquistar melhor qualidade de vida.
Felizmente, a sociedade brasileira já está superando a fase de pensar que educação 
financeira é apenas para quem tem muito dinheiro, para quem tem problemas com consumo 
e dívidas ou para quem quer enriquecer. Educação financeira é para todos, inclusive para 
crianças que precisam ser preparadas e orientadas para chegar à vida adulta com condições 
de planejar e gerir a própria vida financeira, sem que sofram consequências do mau uso do 
dinheiro, do abuso do crédito ou da falta de previdência que muitos adultos enfrentam.
Educação financeira para as crianças pode ser-lhes tão útil no futuro quanto o domínio de um 
segundo ou terceiro idioma, ou quanto o desenvolvimento de uma consciência esportiva, ambiental 
ou alimentar, principalmente se lhes for passada com visão humanista, colocando o dinheiro 
no devido lugar: um simples e importante instrumento que pode potencializar oportunidades ou 
problemas. Que sejam, então, oportunidades, segurança, conforto, tranquilidade e lazer, itens 
básicos para uma boa qualidade de vida, muitas vezes baseada, também, na prosperidade.
Álvaro Modernell
Especialista em Educação Financeira
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Educação Financeira Infantil
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Educação Financeira Infantil
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SEBRAE
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SEBRAE PREVIDÊNCIA
EM CASA OU NA ESCOLA? – Em ambas. 
Muitas escolas já oferecem educação 
financeira desde o Ensino Fundamental. 
Algumas desde o Ensino Infantil. A maioria 
pelo menos já incorporou livros de educação 
financeira aos projetos de leitura e formação 
de leitores. Mas, na escola, as crianças têm 
acesso apenas a teorias, histórias e literatura. 
No máximo a alguns exercícios ou dinâmicas 
que imitam a realidade. E, em casa, elas 
poderão ter exemplos, experiências e muito 
mais. A internet e as livrarias estão repletas 
de materiais de apoio para quem quiser!
ESCOLHAS E LIMITES – São palavras- 
-chaves da educação financeira. É preciso 
entender e ensinar que cada escolha implica 
numa renúncia. Quem quer atingir um objetivo 
importante precisa evitar pequenas tentações 
ao longo do caminho. E poucas coisas deixam 
tão claras a questão dos limites quanto o 
dinheiro. Isso ou aquilo? Se não se pode ter 
tudo o que se deseja, deve-se aprender a 
cuidar e apreciar tudo o que se tem.
QUERER E pRECISAR – Crianças precisam 
ser esclarecidas sobre diferenças entre 
simples desejos, necessidades básicas, 
necessidades acessórias e desejos de 
difícil realização. Quando isso fica claro e 
seus impulsos de consumo atendidos, 
especialmente no momento em que 
manifestam o desejo, elas aprenderão que 
muitos dos impulsos são passageiros e que 
não resistem sequer a uma noite de sono. 
Ao aprender a esperar, percebem que certos 
desejos são efêmeros e aos poucos elas vão 
amadurecendo e desenvolvendo hábitos de 
consumo responsável.
RESpEITE A REALIDADE INFANTIL – 
Nada de economês, contabilês ou financês, 
ou seja, deve-se evitar o uso de termos 
técnicos e vocabulários desconhecidos 
que gerem desconforto às crianças. Nem 
conversas chatas sobre o futuro distante. os 
papos com crianças devem ser baseados 
em linguagem simples, baseados no 
cotidiano e no interesse delas. Crianças 
não pensam em aposentadoria. Não 
pensam em universidade. Não se imaginam 
como chefes de família. Enquanto não 
chegarem à adolescência, basta saberem 
que precisarão pensar nisso um dia e que 
precisarão entender para fazerem boas 
escolhas. Melhor investir na sensibilização 
do que descarregar teorias. Se o interesse 
por aprender mais for despertado, o terreno 
estará fértil para as próximas fases, na 
adolescência e juventude. 
USE E ABUSE DO LúDICO – A literatura 
infantil dirigida, jogos especializados e filmes 
são excelentes instrumentos para provocar 
conversas sobre temas importantes de 
educação financeira. Mas é claro que livros, 
jogos e filmes sozinhos não têm a mesma 
capacidade de ensino e atração do que a 
presença e participação dos pais. Leia, jogue 
e assista filmes junto com seus filhos. Lições 
de educação financeira serão apenas parte 
dos benefícios para ambos.■
as prioridades são respeitadas, raramente 
falta dinheiro para o básico e desgastes 
desnecessários são evitados.
DINHEIRO E pRESENTES NãO 
SUBSTITUEM AFETO E pRESENçA – A 
dinâmica da vida moderna faz com que muitos 
pais e mães fiquem bastante tempo fora de 
casa, longe dos filhos.Não são poucos os 
que tentam compensar essa ausência com 
dinheiro ou presentes, e alguns filhos abusam 
disso. É o tipo de situação que pode ajudar no 
momento, mas prejudicar o futuro dos filhos, 
inclusive na relação familiar.
SIM OU NãO? – o uso adequado e balanceado 
dessas respostas pode ajudar na educação 
financeira. Nem tudo o que se pode dar, deve 
ser dado. Nem tudo o que se gostaria de 
negar, deve ser negado. Fazer um adequado 
balanceamento de quando atender ou negar 
algum pedido dos filhos, especialmente em 
relação ao consumo, poderá ensinar-lhes a 
conviver com oportunidades que o dinheiro 
pode proporcionar e a aceitar que nem tudo 
o que se deseja será conquistado facilmente, 
ainda que seja apenas uma questão financeira.
AgORA OU DEpOIS? – Ao acostumar 
as crianças a esperar, a não terem todos 
Educação Financeira Infantil
A educação financeira infantil deve ir, e vai, além da simples preocupação com o ensinar 
sobre o manuseio de dinheiro, a começar pela necessidade de conscientização sobre a 
importância relativa do dinheiro e das riquezas na vida das pessoas. Há muitas coisas e 
valores mais importantes do que o dinheiro, claro! Mas isso não reduz a importância dele 
em nossas vidas. Se o dinheiro é importante, precisamos conhecê-lo, aprender a usá-lo, e 
saber cuidar dele, principalmente do nosso – nossas finanças pessoais. E precisamos nos 
preocupar para que nossos filhos também sejam preparados para isso, ou se tornarão adultos 
tão despreparados para lidar com suas finanças quanto muitas pessoas da nossa geração. 
Eis alguns pontos de reflexão importantes a serem ponderados na educação financeira infantil:
“Eduquem as crianças e não será preciso castigar os adultos.” 
(Pitágoras)
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GuIA DE BoAS PRÁTICAS EM FINANçAS PESSoAIS
COM QUE IDADE COMEçAR? – Não existe 
consenso entre os especialistas, mas a 
maioria concorda que a partir da alfabetização, 
geralmente aos seis ou sete anos, a mesada 
pode ser introduzida, se a criança quiser. 
A MESADA DEVE SER MENSAL? – Mesada 
é o nome genérico do dinheiro dado com 
regularidade pelos pais aos filhos, seja ela 
com frequência semanal, quinzenal ou mensal. 
Crianças menores geralmente têm dificuldade 
para lidar com horizontes temporais longos. Isso 
poderia causar-lhes frustração e ansiedade. o 
ideal é customizar o intervalo de acordo com a 
idade, conforme sugerido no gráfico ao lado. ■
Mesada em detalhes...
A mesada geralmente constitui a 
primeira fonte de renda regular das crianças 
e jovens. É um excelente instrumento 
para educação financeira. Proporciona 
experiências, motivação, responsabilidade, 
conquistas, reflexões e outras oportunidades 
de aprendizado, inclusive diante de 
algumas frustrações e limitações. Sendo um 
instrumento, precisa ter seu uso orientado 
para que seja bem aproveitada. Não basta 
colocar dinheiro nas mãos das crianças e 
esperar que aprendam a fazer o uso correto 
por si mesmas. Além de dar instrumentos, os 
pais precisam orientar, acompanhar, avaliar 
o uso, ajudar a corrigir rumos, tirar proveito 
das oportunidades para explorar lições de 
educação financeira relacionadas à realidade 
e, de preferência, às próprias experiências e 
expectativas da criança.
Dentre os benefícios de educação 
financeira que a mesada oferece, podemos 
destacar: o convívio com limites – o próprio valor 
da mesada; situações de escolhas – comprar 
isso ou aquilo; planejamento e autocontrole – 
esperar a data de receber o dinheiro ou dois 
ou mais períodos para obter a soma desejada 
para algum objetivo; desenvolvimento de 
autoconfiança, independência e autoestima – 
gestão dos próprios recursos. Com o tempo, 
crianças que recebem mesada perceberão 
que se gastarem rapidamente, ou gastarem 
tudo, se defrontarão com situações em que 
prefeririam não ter gastado todo o dinheiro 
antes. Muitas aprenderão a poupar, juntar e 
até a investir. De maneira geral, a prática do 
manuseio da mesada ajudará as crianças a 
vivenciarem situações próximas da realidade 
da vida financeira dos adultos. A vantagem é 
que nessa fase os erros são inconsequentes e 
os benefícios de aprendizagem, ao contrário, 
trarão boas consequências para a vida toda. 
Questões importantes com as 
quais muitos pais se deparam:
Não existe regra adequada a todas 
situações. o local onde moram, o tamanho 
da família, a situação financeira, a renda 
familiar e os hábitos de cada família 
diferem uns dos outros. um bom parâmetro 
pode ser obtido a partir da observação 
dos hábitos e necessidades da criança 
durante dois a três meses, antes de iniciar 
o pagamento da mesada. outra base pode 
ser obtida a partir da conversa com pais dos 
amiguinhos próximos para que a mesada 
de seu filho fique compatível tanto com a 
capacidade financeira da família, quanto 
com os valores da mesada da turminha 
dele. Nem muito acima, nem muito abaixo – 
na média seria ótimo! Na dúvida entre dois 
valores, opte pelo menor, pois a escassez 
ensina mais do que a abundância. Com o 
tempo, acompanhe o uso da mesada e as 
Como definir o valor da mesada?
mudanças de hábitos naturais da infância e da 
adolescência. Periodicamente avalie se o valor 
está adequado para evitar defasagens.
O VALOR DA MESADA DEVE CONTEMpLAR 
O LANCHE NA ESCOLA? – No caso de as 
crianças levarem dinheiro para lanchar na 
escola, esse deve ser dado e acompanhado 
separadamente do valor da mesada. Isso 
para evitar que a criança opte por deixar de 
se alimentar para fazer uso do dinheiro com 
outra finalidade.
O VALOR DA MESADA DEVE OSCILAR 
DE ACORDO COM O DESEMpENHO 
ESCOLAR? – Isso é delicado, pois pode 
estimular uma personalidade mercenária na 
criança. o desempenho escolar deve ter outras 
motivações, independente do dinheiro.
AS CRIANçAS pODEM RECEBER MESADA 
pARA ARRUMAR SEU QUARTO? – A mesada, 
por princípio, não deve exigir contrapartida em 
atividades. Aí vira salário ou honorário. Arrumar 
o próprio quarto, cuidar dos próprios bens ou 
do material escolar são obrigações sociais que 
podem ou não ser dispensadas, mas não devem 
ser remuneradas. Assim como para tirar a própria 
louça da mesa, guardar seus brinquedos, dar 
banho em seu cachorro ou coisa parecida. Porém, 
podem ser combinadas regras na família em 
que as crianças assumam, às vezes, algumas 
responsabilidades que não sejam naturalmente 
delas, em troca de pequena remuneração. Mas 
isso não deve ter relação com a mesada. Também 
não se trata de educação financeira, tem relação 
com empreendedorismo, outro tema igualmente 
importante para a educação financeira infantil. ■
 
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Dicas para Pais Dicas de Livros
(Angélica Rodrigues e Rogério olegário) (Carlos Von Sohsten)(Gustavo Cerbasi)
(Álvaro Modernell)
(Álvaro Modernell)
(Álvaro Modernell)
(La Fontaine) (Jonas Ribeiro)
(Vera Lúcia Dias)
(Cora Coralina)
(Robert Kiyosaki)(T.H.Harvey) (Fabio Araujo)
→ Escolham dias fixos para 
pagamento da mesada ou 
semanada. Para pagamentos 
semanais, o domingo é o dia 
geralmente escolhido. No 
caso de pagamentos mensais, 
o bom seria coincidir com 
a data da principal fonte 
de renda do pai ou da mãe, 
especialmente quando são 
assalariados.
→ Evitem atrasar ou 
adiantar a mesada. É 
importante as crianças 
se acostumarem com 
conceitos de regularidade, 
adimplência e 
responsabilidade. Façam 
a sua parte. Se houver 
atraso no pagamento, 
pode caber uma multa 
simbólica. Se insistirem em 
pedir adiantamentos, cabe 
negociar algum desconto.
→ O acompanhamento e os 
controles podem ser mais 
flexíveis para crianças 
que demonstrem mais 
responsabilidade e mais 
estreitos para aquelas que 
apresentem sinais de que não 
vêm fazendo uso adequado.
→ Regras claras evitam 
problemas.Estabeleçam 
regras e limites de maneira 
clara. Acordem o que pode 
ou não ser feito com o 
dinheiro da mesada. 
→ Procurem contemplar na 
mesada um valor destinado 
à poupança. É importante 
que as crianças criem esse 
hábito desde pequenas. 
Quando cabível , forneçam 
também cofrinho, conta 
de poupança, conta em 
corretora de valores, etc.
→ Até a criança acostumar-
se com a mesada, o ideal é 
fazer pagamento em espécie 
– em dinheiro mesmo. 
Depois, e já na adolescência, 
principalmente em grandes 
centros, pode-se adotar outros 
instrumentos, como um 
cartão de débito ou cartão-
mesada.
Para Pais
Para Crianças
Para Jovens
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GuIA DE BoAS PRÁTICAS EM FINANçAS PESSoAIS
Na base, sempre na base!
Em quase todas as áreas humanas, 
quando se fala em investimento, o consenso 
diz para direcionar as energias para a 
base, para os fundamentos, o alicerce. 
E claro que em se tratando de educação 
infantil, isso não seria diferente. Então, 
ao focarmos na preparação dos aspectos 
econômico--financeiros dos futuros 
profissionais, sugerimos ponderar pelo 
menos esses três: educação financeira, 
empreendedorismo e sustentabilidade.
São temas em moda, mas que 
possuem conceituações e interpretações 
variadas. Então, é preciso compreendê-
los bem para que se aproveite melhor as 
energias e se evite desperdícios.
EDUCAçãO FINANCEIRA – É cada vez 
mais claro como algo relacionado com 
posturas, valores e atitudes que possam 
resultar em boa condição financeira para 
conquistar melhorias na qualidade de vida, 
presente ou futura, e melhorar a gestão 
dos recursos financeiros que passam 
pelas mãos de todo trabalhador. Prover 
educação financeira aos filhos está se 
tornando tão essencial quanto vaciná-
los. Afinal, se parte dos males da vida 
moderna estão associados ao 
estresse e parte significativa 
das causas disso está 
relacionada com questões 
financeiras, natural que 
se invista na prevenção 
das causas e não apenas no 
tratamento dos sintomas ou das 
consequências.
EMpREENDEDORISMO – Pode 
ser visto como algo mais amplo 
do que o conceito voltado para 
as questões empresariais. um 
profissional autônomo ou mesmo 
um empregado pode ser, também, 
empreendedor. Basta enxergarmos o 
empreendedorismo como capacidade 
de assumir riscos, tomar iniciativas, 
ser realizador de sonhos e de projetos, 
alguém que aceite desafios em busca 
de algo melhor. A vontade de fazer, de 
transformar, de conquistar, de evoluir, 
também caracteriza um empreendedor. 
Nem todos têm essa característica, e nem 
sempre ela é voltada para o mundo dos 
negócios ou para o campo empresarial. 
Mas quando estimulada adequadamente 
para os aspectos da evolução pessoal, a 
tendência é resultar em um ser humano 
que busque mais o próprio crescimento.
SUSTENTABILIDADE – uma visão 
moderna da análise de projetos e 
de iniciativas que abrangem mais do 
que resultados imediatos, parciais ou 
financeiros. Espera-se que um projeto ou 
negócio seja capaz de manter-se por longo 
tempo, sem exaurir ou prejudicar fontes 
naturais ou fontes de recurso e energia 
dos stakeholders. Mas, pela ótica humana, 
podemos associar a sustentabilidade à 
capacidade de se adaptar e evoluir diante 
de novas regras e cenários. Algo que fica 
mais fácil quando a formação é holística, 
equilibrada, abrangente. Parte-
se do princípio que com boa 
base, emocional, espiritual 
e, obviamente, intelectual e 
cultural, a pessoa fique mais 
resiliente e, ao mesmo tempo, 
mais apta para superar desafios 
e manter-se atualizada. Assim, 
ao desejarmos contribuir para a 
prosperidade das crianças e jovens, 
é importante que ajudemos no seu 
desenvolvimento também nesses três 
aspectos da base de sua formação. 
ou você prefere ter filhinhos da 
mamãe e do papai embaixo 
da asa para sempre? ■
NEM 8, NEM 80!
Muitos pais ficam orgulhosos quando seus filhos são “econômicos”, 
não gostam de gastar o próprio dinheiro, juntam 100% da mesada 
e não ficam pedindo para comprar isso ou aquilo o tempo todo. 
Atenção! Se isso acontecer com frequência e por longos períodos, 
sem motivação aparente, pode ser indicativo de muito apego ao 
dinheiro, o que não é saudável. Bom atentar para outros sinais, 
como não querer desfazer-se de roupas e calçados que não usa 
ou não servem mais, não aceitar fazer doação de brinquedos que 
não brinca há muito tempo, não gostar de compartilhar ou dividir o 
lanche, bebidas e outros itens que crianças costumam dividir com 
naturalidade. Esses sinais, quando combinados a outros fatores, 
podem ser indicativos de personalidade com traços de egoísmo ou avareza. 
Nada a preocupar se for algo eventual, ou com motivação clara. Caso contrário, pode ser 
recomendável buscar apoio ou avaliação de um profissional especializado, como psicólogos.
Crianças no 
supermercado
 
Há quem diga que não se deve levar 
crianças ao supermercado, para reduzir os 
gastos. Mas, se elas não forem com os pais, 
como aprenderão a fazer compras para suas 
futuras casas? Como perceberão o quanto 
custa manter um lar?
 Levar as crianças eventualmente ao 
mercado pode resultar em mais integração 
familiar e os pais conhecerão mais os gostos 
dos filhos, perceberão melhor suas vontades 
e jeito de ser e terão boas oportunidades para 
oferecer-lhes lições de educação financeira 
com bastante naturalidade.
 uma boa tática para evitar problemas 
nessas horas é previamente estabelecer 
um limite de compras para cada criança: 
R$ 5,10, 20... Não importa. o importante é as 
crianças terem esse orçamento pessoal para 
fazerem suas escolhas, depararem-se com 
limitações de gastos, com a necessidade de 
decidir por um ou outro produto ou tamanho 
de embalagem, descobrirem preços dos 
produtos preferidos, e tudo isso ao invés 
de ficar discutindo com os pais por querer 
comprar muito, independente do preço 
e da quantidade. outras oportunidades 
interessantes que podem ser exploradas 
são: comparação de diferentes tamanhos 
de embalagem para ver a mais econômica; 
pesquisa de marcas de produtos similares 
em busca de produtos melhores ou mais 
econômicos; atenção às promoções, falsas e 
verdadeiras; atenção à variação de preços de 
produtos sazonais. Sem contar a comodidade 
de poder contar com pilotos profissionais de 
carrinhos de supermercado.
 Cofrinhos são apenas para crianças?
 
De jeito algum. São ótimos instrumentos para estimular e manter presente a importância 
do hábito de poupar, juntar, acumular recursos. o importante é manter a frequência, associar o 
hábito ao alcance de objetivos e lembrar que cofrinhos são para juntar dinheiro, não são fontes 
de recurso para comprar pão, encontrar troco ou bolsos onde o dinheiro entra e sai a toda hora.
Sebrae Previdência
guia de Boas práticas em Finanças pessoais 
Educação Financeira Infantil
Este guia faz parte do planejar - programa de Educação Financeira e 
 previdenciária do SEBRAE pREVIDÊNCIA.
SEBRAE pREVIDÊNCIA – Instituto SEBRAE de Seguridade Social
SEpN, Quadra 515, Bloco C, loja 32, 1º andar
CEp: 70770-503 – Brasília (DF)
Fone/Fax: (061) 3327 1226 – 3327 1669
Fascículos da Coleção guia de Boas práticas em Finanças pessoais:
• Rendas Passivas
• Educação Financeira e Orçamento Familiar
• Prevenção e Combate às Dívidas e Consumo Responsável
• Educação Financeira Infantil
• Estratégias de Investimento e Previdência Complementar
o Programa de Educação Financeira e Previdenciária do SEBRAE PREVIDÊNCIA – PLANEJAR tem como foco 
orientar as pessoas para que tomem melhores decisões relacionadas às suas finanças e sua aposentadoria.
objetivo: Aumentar o nível de adesão ao Plano SEBRAEPREV. orientar e informar com relação ao planejamento 
financeiro e tratar sobre a importância da previdência complementar.
Ação NúMERo 10
Produzido por
(61) 3205-3405 e 8161-0000.

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