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Educação Financeira Infantil Guia de Boas Práticas em Finanças Pessoais 2 www.maisativos.com.br Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610/1998. Impresso no Brasil com papel de fontes responsáveis e certificadas. Produção Mais Ativos Serviços de Educação Financeira Ltda. Edição: outubro/2014 – Fascículo 2 - Educação Financeira Infantil Publicação do SEBRAE PREVIDÊNCIA – Instituto SEBRAE de Seguridade Social. Distribuição gratuita. Permitida reprodução parcial dos textos desde que citadas as fontes completas: SEBRAE Previdência e Mais Ativos Educação Financeira DIRETORIA EXECUTIVA Diretor-Presidente Edjair de Siqueira Alves Diretor de Seguridade Nilton Cesar da Silva Diretor de Administração e Investimentos George Alberto C. G. Mota www.sebraeprevidencia.com.br SEPN, Quadra 515, Bloco C, loja 32, 1º andar, SEBRAE PREVIDÊNCIA CEP:70770-503 - Brasília, DF atendimento@sebraeprev.com.br (61) 3327-1226 Titulares José Claudio dos Santos - Presidente Vitor Roberto Tioqueta (PR) - Vice-Presidente Maria Eulália Franco (DF) Nelson Luiz Gomes Vieira da Rocha (AM) Airton Gonçalves Junior (CE) Manoel Antonio Vieira Alexandre (BA) José Paulo de A. Cunha (SP) Clarice Maria Veras (NA) Suplentes José Ricardo Mendes Guedes (NA) Afonso Maria Rocha (MG) Ricardo Jorge Castro Madruga (PB) Luiz Henrique M. Barreto (BA) Jorge C. Fernandez Rincon (NA) Hélio Cadore (Assistido) (PR) Elizandra Litaiff Leonardo (AM) André Luis da Silva Dantas (NA) CONSELHO DELIBERATIVO Titulares Antonio Carlos C.dos Santos (RJ) – Presidente David Hulak (PE) - Vice-Presidente Leide Garcia Novaes katayama (MT) Paulo Eduardo S. de Arruda (SP) Suplentes Miguel Carlos da Silva (SP) Tereza Fátima de Arruda Krauz (MS) Sérgio Fernandes Cardoso (SC) José Roberval Cabral da Silva Gomes (AL) CONSELHO FISCAL Edição e Redação: Mais Ativos Educação Financeira Edição e coordenação: Álvaro Modernell Jornalista responsável: Renato Modernell Projeto gráfico e Diagramação: Nilson Campos (DF-247DG) Fotos e imagens: Banco de imagens 123bk - Aquisição set/2014 AM Ilustrações: Cibele Santos EXpEDIENTE Editorial A coleção “Guia de Boas Práticas em Finanças Pessoais” faz parte das ações do PLANEJAR - Programa de Educação Financeira e Previdenciária do SEBRAE PREVIDÊNCIA. Saiba mais visitando o portal www.sebraeprevidencia.com.br 3 SEBRAE PREVIDÊNCIA GuIA DE BoAS PRÁTICAS EM FINANçAS PESSoAIS Educação Financeira Infantil A cada geração são estabelecidos novos paradigmas sobre as prioridades da educação infantil e, naturalmente, alguns valores e princípios são substituídos, esquecidos ou revalidados e alguns novos são introduzidos, conforme mudanças de conceitos da própria humanidade ou da sociedade em que vivemos. Nesse andar, algumas famílias buscam manter uma educação tradicional enquanto outras experimentam novas teorias e práticas. Não há consenso. o certo é que pais e mães buscam o melhor para seus filhos, independente do caminho ou das formas escolhidas. Isso vale desde a maneira de educar, passando pela opção do tipo de escola, até a escolha dos livros, jogos e brinquedos que as crianças terão acesso em casa. Dentre as boas novidades da educação infantil, está a educação financeira. Sendo o dinheiro um instrumento presente em quase todas as atividades da vida, nada mais natural do que a preocupação com o ensino do bom uso desse instrumento. Bom uso para que traga bons frutos. E isso vai muito além de pensar na educação financeira como instrumento para enriquecimento. É um meio para conquistar melhor qualidade de vida. Felizmente, a sociedade brasileira já está superando a fase de pensar que educação financeira é apenas para quem tem muito dinheiro, para quem tem problemas com consumo e dívidas ou para quem quer enriquecer. Educação financeira é para todos, inclusive para crianças que precisam ser preparadas e orientadas para chegar à vida adulta com condições de planejar e gerir a própria vida financeira, sem que sofram consequências do mau uso do dinheiro, do abuso do crédito ou da falta de previdência que muitos adultos enfrentam. Educação financeira para as crianças pode ser-lhes tão útil no futuro quanto o domínio de um segundo ou terceiro idioma, ou quanto o desenvolvimento de uma consciência esportiva, ambiental ou alimentar, principalmente se lhes for passada com visão humanista, colocando o dinheiro no devido lugar: um simples e importante instrumento que pode potencializar oportunidades ou problemas. Que sejam, então, oportunidades, segurança, conforto, tranquilidade e lazer, itens básicos para uma boa qualidade de vida, muitas vezes baseada, também, na prosperidade. Álvaro Modernell Especialista em Educação Financeira Guia de Boa Práticas em Finanças Pessoais Educação Financeira Infantil 4 Guia de Boas Práticas em Finanças PessoaisseBrae Previdência Educação Financeira Infantil 5 SEBRAE PREVIDÊNCIA SEBRAE PREVIDÊNCIA EM CASA OU NA ESCOLA? – Em ambas. Muitas escolas já oferecem educação financeira desde o Ensino Fundamental. Algumas desde o Ensino Infantil. A maioria pelo menos já incorporou livros de educação financeira aos projetos de leitura e formação de leitores. Mas, na escola, as crianças têm acesso apenas a teorias, histórias e literatura. No máximo a alguns exercícios ou dinâmicas que imitam a realidade. E, em casa, elas poderão ter exemplos, experiências e muito mais. A internet e as livrarias estão repletas de materiais de apoio para quem quiser! ESCOLHAS E LIMITES – São palavras- -chaves da educação financeira. É preciso entender e ensinar que cada escolha implica numa renúncia. Quem quer atingir um objetivo importante precisa evitar pequenas tentações ao longo do caminho. E poucas coisas deixam tão claras a questão dos limites quanto o dinheiro. Isso ou aquilo? Se não se pode ter tudo o que se deseja, deve-se aprender a cuidar e apreciar tudo o que se tem. QUERER E pRECISAR – Crianças precisam ser esclarecidas sobre diferenças entre simples desejos, necessidades básicas, necessidades acessórias e desejos de difícil realização. Quando isso fica claro e seus impulsos de consumo atendidos, especialmente no momento em que manifestam o desejo, elas aprenderão que muitos dos impulsos são passageiros e que não resistem sequer a uma noite de sono. Ao aprender a esperar, percebem que certos desejos são efêmeros e aos poucos elas vão amadurecendo e desenvolvendo hábitos de consumo responsável. RESpEITE A REALIDADE INFANTIL – Nada de economês, contabilês ou financês, ou seja, deve-se evitar o uso de termos técnicos e vocabulários desconhecidos que gerem desconforto às crianças. Nem conversas chatas sobre o futuro distante. os papos com crianças devem ser baseados em linguagem simples, baseados no cotidiano e no interesse delas. Crianças não pensam em aposentadoria. Não pensam em universidade. Não se imaginam como chefes de família. Enquanto não chegarem à adolescência, basta saberem que precisarão pensar nisso um dia e que precisarão entender para fazerem boas escolhas. Melhor investir na sensibilização do que descarregar teorias. Se o interesse por aprender mais for despertado, o terreno estará fértil para as próximas fases, na adolescência e juventude. USE E ABUSE DO LúDICO – A literatura infantil dirigida, jogos especializados e filmes são excelentes instrumentos para provocar conversas sobre temas importantes de educação financeira. Mas é claro que livros, jogos e filmes sozinhos não têm a mesma capacidade de ensino e atração do que a presença e participação dos pais. Leia, jogue e assista filmes junto com seus filhos. Lições de educação financeira serão apenas parte dos benefícios para ambos.■ as prioridades são respeitadas, raramente falta dinheiro para o básico e desgastes desnecessários são evitados. DINHEIRO E pRESENTES NãO SUBSTITUEM AFETO E pRESENçA – A dinâmica da vida moderna faz com que muitos pais e mães fiquem bastante tempo fora de casa, longe dos filhos.Não são poucos os que tentam compensar essa ausência com dinheiro ou presentes, e alguns filhos abusam disso. É o tipo de situação que pode ajudar no momento, mas prejudicar o futuro dos filhos, inclusive na relação familiar. SIM OU NãO? – o uso adequado e balanceado dessas respostas pode ajudar na educação financeira. Nem tudo o que se pode dar, deve ser dado. Nem tudo o que se gostaria de negar, deve ser negado. Fazer um adequado balanceamento de quando atender ou negar algum pedido dos filhos, especialmente em relação ao consumo, poderá ensinar-lhes a conviver com oportunidades que o dinheiro pode proporcionar e a aceitar que nem tudo o que se deseja será conquistado facilmente, ainda que seja apenas uma questão financeira. AgORA OU DEpOIS? – Ao acostumar as crianças a esperar, a não terem todos Educação Financeira Infantil A educação financeira infantil deve ir, e vai, além da simples preocupação com o ensinar sobre o manuseio de dinheiro, a começar pela necessidade de conscientização sobre a importância relativa do dinheiro e das riquezas na vida das pessoas. Há muitas coisas e valores mais importantes do que o dinheiro, claro! Mas isso não reduz a importância dele em nossas vidas. Se o dinheiro é importante, precisamos conhecê-lo, aprender a usá-lo, e saber cuidar dele, principalmente do nosso – nossas finanças pessoais. E precisamos nos preocupar para que nossos filhos também sejam preparados para isso, ou se tornarão adultos tão despreparados para lidar com suas finanças quanto muitas pessoas da nossa geração. Eis alguns pontos de reflexão importantes a serem ponderados na educação financeira infantil: “Eduquem as crianças e não será preciso castigar os adultos.” (Pitágoras) Guia de Boa Práticas em Finanças Pessoais Educação Financeira Infantil 6 SEBRAE PREVIDÊNCIA 7 SEBRAE PREVIDÊNCIA GuIA DE BoAS PRÁTICAS EM FINANçAS PESSoAIS COM QUE IDADE COMEçAR? – Não existe consenso entre os especialistas, mas a maioria concorda que a partir da alfabetização, geralmente aos seis ou sete anos, a mesada pode ser introduzida, se a criança quiser. A MESADA DEVE SER MENSAL? – Mesada é o nome genérico do dinheiro dado com regularidade pelos pais aos filhos, seja ela com frequência semanal, quinzenal ou mensal. Crianças menores geralmente têm dificuldade para lidar com horizontes temporais longos. Isso poderia causar-lhes frustração e ansiedade. o ideal é customizar o intervalo de acordo com a idade, conforme sugerido no gráfico ao lado. ■ Mesada em detalhes... A mesada geralmente constitui a primeira fonte de renda regular das crianças e jovens. É um excelente instrumento para educação financeira. Proporciona experiências, motivação, responsabilidade, conquistas, reflexões e outras oportunidades de aprendizado, inclusive diante de algumas frustrações e limitações. Sendo um instrumento, precisa ter seu uso orientado para que seja bem aproveitada. Não basta colocar dinheiro nas mãos das crianças e esperar que aprendam a fazer o uso correto por si mesmas. Além de dar instrumentos, os pais precisam orientar, acompanhar, avaliar o uso, ajudar a corrigir rumos, tirar proveito das oportunidades para explorar lições de educação financeira relacionadas à realidade e, de preferência, às próprias experiências e expectativas da criança. Dentre os benefícios de educação financeira que a mesada oferece, podemos destacar: o convívio com limites – o próprio valor da mesada; situações de escolhas – comprar isso ou aquilo; planejamento e autocontrole – esperar a data de receber o dinheiro ou dois ou mais períodos para obter a soma desejada para algum objetivo; desenvolvimento de autoconfiança, independência e autoestima – gestão dos próprios recursos. Com o tempo, crianças que recebem mesada perceberão que se gastarem rapidamente, ou gastarem tudo, se defrontarão com situações em que prefeririam não ter gastado todo o dinheiro antes. Muitas aprenderão a poupar, juntar e até a investir. De maneira geral, a prática do manuseio da mesada ajudará as crianças a vivenciarem situações próximas da realidade da vida financeira dos adultos. A vantagem é que nessa fase os erros são inconsequentes e os benefícios de aprendizagem, ao contrário, trarão boas consequências para a vida toda. Questões importantes com as quais muitos pais se deparam: Não existe regra adequada a todas situações. o local onde moram, o tamanho da família, a situação financeira, a renda familiar e os hábitos de cada família diferem uns dos outros. um bom parâmetro pode ser obtido a partir da observação dos hábitos e necessidades da criança durante dois a três meses, antes de iniciar o pagamento da mesada. outra base pode ser obtida a partir da conversa com pais dos amiguinhos próximos para que a mesada de seu filho fique compatível tanto com a capacidade financeira da família, quanto com os valores da mesada da turminha dele. Nem muito acima, nem muito abaixo – na média seria ótimo! Na dúvida entre dois valores, opte pelo menor, pois a escassez ensina mais do que a abundância. Com o tempo, acompanhe o uso da mesada e as Como definir o valor da mesada? mudanças de hábitos naturais da infância e da adolescência. Periodicamente avalie se o valor está adequado para evitar defasagens. O VALOR DA MESADA DEVE CONTEMpLAR O LANCHE NA ESCOLA? – No caso de as crianças levarem dinheiro para lanchar na escola, esse deve ser dado e acompanhado separadamente do valor da mesada. Isso para evitar que a criança opte por deixar de se alimentar para fazer uso do dinheiro com outra finalidade. O VALOR DA MESADA DEVE OSCILAR DE ACORDO COM O DESEMpENHO ESCOLAR? – Isso é delicado, pois pode estimular uma personalidade mercenária na criança. o desempenho escolar deve ter outras motivações, independente do dinheiro. AS CRIANçAS pODEM RECEBER MESADA pARA ARRUMAR SEU QUARTO? – A mesada, por princípio, não deve exigir contrapartida em atividades. Aí vira salário ou honorário. Arrumar o próprio quarto, cuidar dos próprios bens ou do material escolar são obrigações sociais que podem ou não ser dispensadas, mas não devem ser remuneradas. Assim como para tirar a própria louça da mesa, guardar seus brinquedos, dar banho em seu cachorro ou coisa parecida. Porém, podem ser combinadas regras na família em que as crianças assumam, às vezes, algumas responsabilidades que não sejam naturalmente delas, em troca de pequena remuneração. Mas isso não deve ter relação com a mesada. Também não se trata de educação financeira, tem relação com empreendedorismo, outro tema igualmente importante para a educação financeira infantil. ■ 9 SEBRAE PREVIDÊNCIA GuIA DE BoAS PRÁTICAS EM FINANçAS PESSoAIS Guia de Boa Práticas em Finanças Pessoais Educação Financeira Infantil 8 SEBRAE PREVIDÊNCIA SEBRAE PREVIDÊNCIA GuIA DE BoAS PRÁTICAS EM FINANçAS PESSoAIS Dicas para Pais Dicas de Livros (Angélica Rodrigues e Rogério olegário) (Carlos Von Sohsten)(Gustavo Cerbasi) (Álvaro Modernell) (Álvaro Modernell) (Álvaro Modernell) (La Fontaine) (Jonas Ribeiro) (Vera Lúcia Dias) (Cora Coralina) (Robert Kiyosaki)(T.H.Harvey) (Fabio Araujo) → Escolham dias fixos para pagamento da mesada ou semanada. Para pagamentos semanais, o domingo é o dia geralmente escolhido. No caso de pagamentos mensais, o bom seria coincidir com a data da principal fonte de renda do pai ou da mãe, especialmente quando são assalariados. → Evitem atrasar ou adiantar a mesada. É importante as crianças se acostumarem com conceitos de regularidade, adimplência e responsabilidade. Façam a sua parte. Se houver atraso no pagamento, pode caber uma multa simbólica. Se insistirem em pedir adiantamentos, cabe negociar algum desconto. → O acompanhamento e os controles podem ser mais flexíveis para crianças que demonstrem mais responsabilidade e mais estreitos para aquelas que apresentem sinais de que não vêm fazendo uso adequado. → Regras claras evitam problemas.Estabeleçam regras e limites de maneira clara. Acordem o que pode ou não ser feito com o dinheiro da mesada. → Procurem contemplar na mesada um valor destinado à poupança. É importante que as crianças criem esse hábito desde pequenas. Quando cabível , forneçam também cofrinho, conta de poupança, conta em corretora de valores, etc. → Até a criança acostumar- se com a mesada, o ideal é fazer pagamento em espécie – em dinheiro mesmo. Depois, e já na adolescência, principalmente em grandes centros, pode-se adotar outros instrumentos, como um cartão de débito ou cartão- mesada. Para Pais Para Crianças Para Jovens Guia de Boa Práticas em Finanças Pessoais Educação Financeira Infantil 10 Sebrae Previdência 11 SEBRAE PREVIDÊNCIA GuIA DE BoAS PRÁTICAS EM FINANçAS PESSoAIS Na base, sempre na base! Em quase todas as áreas humanas, quando se fala em investimento, o consenso diz para direcionar as energias para a base, para os fundamentos, o alicerce. E claro que em se tratando de educação infantil, isso não seria diferente. Então, ao focarmos na preparação dos aspectos econômico--financeiros dos futuros profissionais, sugerimos ponderar pelo menos esses três: educação financeira, empreendedorismo e sustentabilidade. São temas em moda, mas que possuem conceituações e interpretações variadas. Então, é preciso compreendê- los bem para que se aproveite melhor as energias e se evite desperdícios. EDUCAçãO FINANCEIRA – É cada vez mais claro como algo relacionado com posturas, valores e atitudes que possam resultar em boa condição financeira para conquistar melhorias na qualidade de vida, presente ou futura, e melhorar a gestão dos recursos financeiros que passam pelas mãos de todo trabalhador. Prover educação financeira aos filhos está se tornando tão essencial quanto vaciná- los. Afinal, se parte dos males da vida moderna estão associados ao estresse e parte significativa das causas disso está relacionada com questões financeiras, natural que se invista na prevenção das causas e não apenas no tratamento dos sintomas ou das consequências. EMpREENDEDORISMO – Pode ser visto como algo mais amplo do que o conceito voltado para as questões empresariais. um profissional autônomo ou mesmo um empregado pode ser, também, empreendedor. Basta enxergarmos o empreendedorismo como capacidade de assumir riscos, tomar iniciativas, ser realizador de sonhos e de projetos, alguém que aceite desafios em busca de algo melhor. A vontade de fazer, de transformar, de conquistar, de evoluir, também caracteriza um empreendedor. Nem todos têm essa característica, e nem sempre ela é voltada para o mundo dos negócios ou para o campo empresarial. Mas quando estimulada adequadamente para os aspectos da evolução pessoal, a tendência é resultar em um ser humano que busque mais o próprio crescimento. SUSTENTABILIDADE – uma visão moderna da análise de projetos e de iniciativas que abrangem mais do que resultados imediatos, parciais ou financeiros. Espera-se que um projeto ou negócio seja capaz de manter-se por longo tempo, sem exaurir ou prejudicar fontes naturais ou fontes de recurso e energia dos stakeholders. Mas, pela ótica humana, podemos associar a sustentabilidade à capacidade de se adaptar e evoluir diante de novas regras e cenários. Algo que fica mais fácil quando a formação é holística, equilibrada, abrangente. Parte- se do princípio que com boa base, emocional, espiritual e, obviamente, intelectual e cultural, a pessoa fique mais resiliente e, ao mesmo tempo, mais apta para superar desafios e manter-se atualizada. Assim, ao desejarmos contribuir para a prosperidade das crianças e jovens, é importante que ajudemos no seu desenvolvimento também nesses três aspectos da base de sua formação. ou você prefere ter filhinhos da mamãe e do papai embaixo da asa para sempre? ■ NEM 8, NEM 80! Muitos pais ficam orgulhosos quando seus filhos são “econômicos”, não gostam de gastar o próprio dinheiro, juntam 100% da mesada e não ficam pedindo para comprar isso ou aquilo o tempo todo. Atenção! Se isso acontecer com frequência e por longos períodos, sem motivação aparente, pode ser indicativo de muito apego ao dinheiro, o que não é saudável. Bom atentar para outros sinais, como não querer desfazer-se de roupas e calçados que não usa ou não servem mais, não aceitar fazer doação de brinquedos que não brinca há muito tempo, não gostar de compartilhar ou dividir o lanche, bebidas e outros itens que crianças costumam dividir com naturalidade. Esses sinais, quando combinados a outros fatores, podem ser indicativos de personalidade com traços de egoísmo ou avareza. Nada a preocupar se for algo eventual, ou com motivação clara. Caso contrário, pode ser recomendável buscar apoio ou avaliação de um profissional especializado, como psicólogos. Crianças no supermercado Há quem diga que não se deve levar crianças ao supermercado, para reduzir os gastos. Mas, se elas não forem com os pais, como aprenderão a fazer compras para suas futuras casas? Como perceberão o quanto custa manter um lar? Levar as crianças eventualmente ao mercado pode resultar em mais integração familiar e os pais conhecerão mais os gostos dos filhos, perceberão melhor suas vontades e jeito de ser e terão boas oportunidades para oferecer-lhes lições de educação financeira com bastante naturalidade. uma boa tática para evitar problemas nessas horas é previamente estabelecer um limite de compras para cada criança: R$ 5,10, 20... Não importa. o importante é as crianças terem esse orçamento pessoal para fazerem suas escolhas, depararem-se com limitações de gastos, com a necessidade de decidir por um ou outro produto ou tamanho de embalagem, descobrirem preços dos produtos preferidos, e tudo isso ao invés de ficar discutindo com os pais por querer comprar muito, independente do preço e da quantidade. outras oportunidades interessantes que podem ser exploradas são: comparação de diferentes tamanhos de embalagem para ver a mais econômica; pesquisa de marcas de produtos similares em busca de produtos melhores ou mais econômicos; atenção às promoções, falsas e verdadeiras; atenção à variação de preços de produtos sazonais. Sem contar a comodidade de poder contar com pilotos profissionais de carrinhos de supermercado. Cofrinhos são apenas para crianças? De jeito algum. São ótimos instrumentos para estimular e manter presente a importância do hábito de poupar, juntar, acumular recursos. o importante é manter a frequência, associar o hábito ao alcance de objetivos e lembrar que cofrinhos são para juntar dinheiro, não são fontes de recurso para comprar pão, encontrar troco ou bolsos onde o dinheiro entra e sai a toda hora. Sebrae Previdência guia de Boas práticas em Finanças pessoais Educação Financeira Infantil Este guia faz parte do planejar - programa de Educação Financeira e previdenciária do SEBRAE pREVIDÊNCIA. SEBRAE pREVIDÊNCIA – Instituto SEBRAE de Seguridade Social SEpN, Quadra 515, Bloco C, loja 32, 1º andar CEp: 70770-503 – Brasília (DF) Fone/Fax: (061) 3327 1226 – 3327 1669 Fascículos da Coleção guia de Boas práticas em Finanças pessoais: • Rendas Passivas • Educação Financeira e Orçamento Familiar • Prevenção e Combate às Dívidas e Consumo Responsável • Educação Financeira Infantil • Estratégias de Investimento e Previdência Complementar o Programa de Educação Financeira e Previdenciária do SEBRAE PREVIDÊNCIA – PLANEJAR tem como foco orientar as pessoas para que tomem melhores decisões relacionadas às suas finanças e sua aposentadoria. objetivo: Aumentar o nível de adesão ao Plano SEBRAEPREV. orientar e informar com relação ao planejamento financeiro e tratar sobre a importância da previdência complementar. Ação NúMERo 10 Produzido por (61) 3205-3405 e 8161-0000.
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