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ATIVIDADE MICRO GENETICA BACTERIANA - ANA CLARA F FREITAS 27-05

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ATIVIDADE AVALIATIVA REFERENTE ÀS AULAS DE 30/04 e 07/05/20
	Assunto: Genética Bacteriana
	Data de postagem: 27/05 até às 18:00
	Valor: 3,0
	Aluno: ANA CLARA FERREIRA FREITAS 
1- Sobre as alterações fenotípicas bacterianas, responda:
a) Por que elas não são transmitidas aos descendentes ? (0,2)
As alterações fenotípicas geralmente ocorrem para adaptação ao ambiente, são frequentes, provisórias e não são transmitidas aos descendentes, uma vez que são estimuladas por fatores ambientais e não por uma informação genética, não há alteração nos genes, eles continuam os mesmos, então não é possível passar para os descendentes uma característica que não está presente nos genes. 
b) Explique porque as alterações metabólicas contribuem para a adaptação das bactérias ao ambiente. (0,4)
As alterações metabólicas proporcionam às bactérias a síntese de enzimas digestivas de acordo com o substrato presente no ambiente, o que é muito importante para a adaptação, algumas bactérias conseguem produzir várias enzimas diferentes que vão ser usadas para digerir alimento. Essas enzimas digestivas são indutivas (são produzidas quando encontram o alimento), por exemplo, se a bactéria estiver em um ambiente rico em amido, vai produzir amilase para digerir o amido. Essa é uma característica única das bactérias, capacidade de alterar o fenótipo metabólico para digerir o substrato presente no ambiente, o que vai favorecer a ela adaptação a diversos ambientes, independente do substrato. 
2- Explique como a presença de plasmídeo de resistência pode conferir à bactéria a capacidade de resistir à ação de uma substância química (ex: antibiótico) e como o aparecimento de bactérias multi-resistentes aos antibióticos (“super bactérias”) está relacionado ao mau uso destas substâncias. (0,6)
O plasmídeo de resistência (R) confere à bactéria a capacidade de resistir à ação de substâncias químicas (ex: antibióticos), essa resistência não é física, mas sim metabólica, quando entra em contato com uma substância química, produz e excreta uma enzima que digere, degrada a substância, e como degradada, não faz efeito. Se trata de uma enzima indutiva (só é produzida quando entra em contato com a substância química). E para produzir essa enzima é necessário uma informação genética, a qual está presente nos plasmídeos de resistência, por isso eles conferem resistência às bactérias, contra substâncias químicas. 
Antibióticos (substância mais eficaz para combater bactérias patogênicas) devem ser tomados obedecendo rigorosamente as instruções médicas de uso, todas as doses e no horário certo, pois assim vai aumentando a quantidade na corrente sanguínea e circulando pelo corpo, mantando as bactérias. Porém o mau hábito de parar de tomar o medicamento quando os sintomas diminuem, interrompendo o tratamento, ocasiona que não morrem 100% das bactérias, se o sistema imunológico estiver comprometido, essas bactérias não são combatidas pelo anticorpos e vão se reproduzir e desenvolver a mesma infecção, e vão se tornar resistentes, pois o hospedeiro é portador de várias bactérias mutualistas que estão cheias de plasmídeos, e como estes são móveis, são transferidos para essas bactérias patogênicas, já que elas convivem com as mutualistas. Quando voltam a se reproduzir, devido a falha do sistema imune, tem uma nova informação genética (plasmídeos), produzindo então varias bactérias resistentes, as quais podem ainda ser disseminadas. 
Por isso o uso correto de antibióticos é extremamente essencial.
3- Bactérias patogênicas portadoras de plasmídeos de virulência provocam doenças mais intensas nos hospedeiros do que bactérias patogênicas que não possuem estes plasmídeos. Por que? (0,6)
Quando a bactéria patogênica possui plasmídeo de resistência tem a capacidade de produzir e secretar uma toxina contra o hospedeiro, dificultando a defesa do hospedeiro e intensificando a doença. Essa é uma estratégia de sobrevivência da bactéria, pois ela viverá mais tempo no hospedeiro, já que este tem que neutralizar a substância tóxica liberada por ela, logo facilita a sobrevivência da bactéria e agride de forma mais intensa o hospedeiro. 
4- Qual tipo de mutação é mais prejudicial à uma bactéria, a mutação pontual errônea ou a mutação pontual sem sentido? Por que? (0,6)
Na mutação errônea o códon alterado codifica outro aminoácido, resultando em uma proteína alterada, a proteína pode ou não ser comprometida, se for uma proteína estrutural pode ser que uma alteração nos aminoácidos não a comprometa, mas se a proteína for uma enzima pode ser comprometida, se caso afetar uma via metabólica vital, que pode levar à morte da bactéria.
Na mutação sem sentido o códon alterado codifica um aminoácido de terminação, e a proteína liberada é incompleta, então nesse caso o fenótipo com certeza vai ser alterado, vai sofrer algum prejuízo, já que a proteína formada não foi produzida completamente. 
Então, o tipo de mutação mais prejudicial à bactéria é a mutação pontual sem sentido, já que ela produz uma proteína mal formada que compromete o fenótipo. 
5- A bactéria receptora, no processo de transdução, é infectada por um vírus (bacteriófago), mas não produz novos vírus. Explique esta afirmativa. (0,6)
A transdução é o processo em que uma bactéria receptora recebe o material genético de uma bactéria doadora, através de um vírus, o bacteriófago, que atua como vetor. Esse bacteriófago “joga” o genoma dentro da bactéria receptora, assim o DNA do vírus (introduzido na bactéria) comanda a bactéria, e ela irá sintetizar DNA viral, e o DNA da bactéria é fragmentado e fica misturado com o DNA viral que esta sendo produzido pela bactéria. Além do DNA, produz a parte estrutural viral, e colocar dentro dessa estrutura o genoma viral produzido por ela. Porém nessa montagem pode acontecer um erro: ao invés de montar a parte estrutural com o genoma viral, monta com o genoma bacteriano dela, não produzindo novos vírus. 
Depois dessa montagem são liberados lise (rompimento), e os vírus produzidos infectam novas bactérias, repetindo o processo, e quando infectar vai ser a mesma coisa de antes, mesmo vírus ( mesmo genoma). 
Já os vírus do erro vão infectar uma bactéria, mas vai jogar dentro dela genoma bacteriano, não viral, e como as bactérias eram geneticamente compatíveis, provavelmente vão se integrar.

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