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Genética Aula 10: Genética do câncer Apresentação Os cânceres são responsáveis por milhões de mortes todos os anos. O estudo da biologia do câncer é, portanto, uma das maiores áreas de interesse cientí�co. As células cancerígenas desenvolvem marcas especí�cas através de uma série de mutações em ambos os oncogenes e genes supressores de tumores. Não há cura de�nitiva para ele, e a maioria dos tratamentos serve para prolongar a vida dos que sofrem de câncer. O câncer é uma doença genética, isto é, o câncer é causado por certas mudanças nos genes que controlam a maneira como nossas células funcionam, especialmente, como elas crescem e se dividem. Os genes carregam as instruções para produzir proteínas, que fazem grande parte do trabalho em nossas células. Certas alterações genéticas podem fazer com que as células evitem os controles normais de crescimento e se tornem câncer. Por exemplo, algumas alterações genéticas causadoras de câncer aumentam a produção de uma proteína que faz as células crescerem. Outras resultam na produção de uma forma disforme e, portanto, não funcional, de uma proteína que normalmente repara o dano celular. As alterações genéticas que promovem o câncer podem ser herdadas de nossos pais se as alterações estiverem presentes nas células germinativas, que são as células reprodutivas do corpo (óvulos e espermatozoides). Tais mudanças, chamadas de mudanças germinativas, são encontradas em todas as células da prole. Objetivos Identi�car a base genética do câncer; Explicar a importância dos oncogenes em relação às síndromes de cânceres hereditários ou do câncer esporádico; Reconhecer os papéis dos genes supressores tumorais. O que é câncer? Os cânceres são um fardo enorme para a saúde humana, com a organização mundial de saúde (OMS) estimando cerca de 8,2 milhões de mortes atribuídas a essas doenças todos os anos. Células cancerosas replicam incontrolavelmente, livres dos mecanismos de segurança do corpo. Grandes massas de células cancerígenas são conhecidas como tumores. Esses tumores podem ser benignos, menos perigosos e raramente invasivos, ou malignos. Os tumores malignos são invasivos e podem se espalhar para outras partes do corpo. Fonte: Shutterstock por anttoniart Células cancerosas podem ser de�nidas por vários comportamentos, conhecidos como marcas do câncer. Essas marcas se desenvolvem após uma série de mutações em genes-chave. Aspectos gerais do câncer Clique no botão acima. Aspectos gerais do câncer A primeira relação direta de causa-efeito entre proteína alterada (hemoglobina) e doença humana (anemia falciforme) foi estabelecida em 1956, enquanto o primeiro gene causador de câncer (oncogene), o sarcoma causador de Src, foi descoberto em 1970. Estudos genéticos continuaram a descobrir genes que contribuem para traços especí�cos e de�nem paisagens mutacionais subjacentes que causam várias doenças. Em mais de 40 anos, desde 1970, passamos a apreciar a complexidade da genética e das doenças humanas. Mutações em um único gene podem causar várias doenças, enquanto várias mutações em múltiplos genes podem contribuir para uma única doença. Algumas mutações podem ser herdadas, enquanto outras podem surgir devido a vários fatores externos, ou seja, estresse, dieta, comportamento, exposição a mudanças ambientais etc. A transformação cancerosa requer o acúmulo de mutações em múltiplos genes. A combinação de mutações oferece vantagens especí�cas às células tumorais em termos de crescimento descontrolado, crescimento contínuo em ambientes com baixo teor de nutrientes, divisão celular acelerada, aumento das capacidades de autorrenovação, entre outros. A maior incidência de cânceres em indivíduos relacionados revelou um padrão de herança em lesões genéticas subjacentes. Por exemplo, se várias mulheres de um lado de uma família desenvolverem câncer de mama, isso pode indicar a presença de mutações herdadas nos genes BRCA-1 ou BRCA-2. Se mais de dois indivíduos em uma única família desenvolveram carcinoma medular de tireoide, isso pode indicar a presença de mutações no gene da neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (MEN2/RET). Cânceres herdados representam de 5% a 10% de todos os cânceres e as mutações hereditárias geralmente não são su�cientes para o desenvolvimento do câncer, mas, aumentam o risco ou predispõem os portadores ao câncer. Uma história familiar de tais tipos de câncer frequentemente leva o médico a recomendar testes genéticos para planejar estratégias e�cazes de gerenciamento de risco patológico: Coleta e armazenamento adequado de amostras de pacientes; Realização de testes relevantes; Garantia de padrões de alta qualidade para precisão; Interpretação clínica; Aconselhamento guiado por conhecimento adequado são parâmetros críticos para o sucesso dos testes genéticos e aconselhamento. A escolha da fonte corporal relevante (por exemplo, sangue, medula óssea, expectoração, biópsia do tumor etc.) para recolher uma quantidade adequada de tecido/material e assegurar o armazenamento em condições que preservem o material genético até o início do teste é um desa�o clínico. Vários protocolos estabelecidos baseados em diferentes princípios cientí�cos podem questionar diferentes aspectos das aberrações genéticas. Por exemplo, uma técnica chamada hibridização �uorescente in-situ permite a detecção de aberrações genéticas em larga escala, enquanto ensaios baseados em reação em cadeia da polimerase podem detectar pequenas alterações no DNA. Na era pós-genômica (desde 2001, quando o primeiro esboço do genoma humano foi publicado), grandes avanços no sequenciamento de DNA levaram ao desenvolvimento de avaliações altamente precisas de sequências genéticas a um custo acessível. Isso também deu origem a análises genéticas em toda a população e ao estabelecimento de diretrizes para a interpretação clínica de mutações observadas em amostras individuais. O ritmo acelerado de gerar informações clinicamente signi�cativas torna difícil para os conselheiros genéticos manterem-se atualizados com o conhecimento mais atualizado. Apesar de tais desa�os, o processo geral de testes genéticos que detectam anormalidades hereditárias, combinado com cuidadoso aconselhamento genético de indivíduos portadores, é uma ferramenta inestimável para orientar indivíduos de alto risco. Célula cancerosa| Fonte: https://www.inca.gov.br/en/node/463 Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Alterações genéticas causadoras de câncer Alterações genéticas causadoras de câncer também podem ser adquiridas durante a vida, como resultado de erros que ocorrem quando as células se dividem ou da exposição a substâncias carcinogênicas que dani�cam o DNA, como certas substâncias químicas presentes na fumaça do tabaco e na radiação, como os raios ultravioleta do Sol. Mudanças genéticas que ocorrem após a concepção são chamadas mudanças somáticas (ou adquiridas). Existem muitos tipos diferentes de alterações no DNA. Algumas mudanças afetam apenas uma unidade de DNA, chamada nucleotídeo. Um nucleotídeo pode ser substituído por outro, ou pode estar faltando completamente. Outras mudanças envolvem trechos maiores de DNA e podem incluir rearranjos, deleções ou duplicações de longos trechos de DNA. Às vezes, as mudanças não estão na sequência real do DNA. Por exemplo, a adição ou remoção de marcadores químicos, chamadas modi�cações epigenéticas, no DNA podem in�uenciar se o gene é expresso, isto é, se e quanto RNA mensageiro é produzido. O RNA mensageiro, por sua vez, é traduzido para produzir as proteínas codi�cadas pelo DNA. Em geral, as células cancerígenas têm mais alterações genéticas do que as células normais. Mas o câncer de cada pessoa tem uma combinação única de alterações genéticas. Algumas dessas mudanças podem ser o resultado do câncer, e não a causa. Como o câncer continua a crescer, mudanças adicionais ocorrerão. Mesmo dentro do mesmo tumor, as células cancerosas podem ter diferentes alterações genéticas. Aparecimento do câncer | Fonte:Oncológica do Brasil Marcadores do câncer Células cancerosas exibem várias marcas que as de�nem e a patologia do câncer dado. A apoptose é uma morte celular controlada induzida pelo organismo para impedir a replicação de células dani�cadas e potencialmente cancerígenas. Mutações cancerosas podem contornar esses mecanismos, permitindo que as células evitem a apoptose. Células cancerosas, para evitar os mecanismos de desligamento à prova de falhas do corpo, devem ser capazes de se replicar continuamente na ausência de sinais de crescimento e na presença de sinais anticrescimento. Angiogênese é o desenvolvimento de novos vasos sanguíneos. Isso é exigido pelas células cancerosas para vascularizar o tumor, permitindo a entrega contínua de nutrientes. Os tumores benignos são relativamente fáceis de tratar, devido à natureza não invasiva e incapacidade de se mover. Para progredir para tumores cancerígenos malignos, eles devem ser capazes de invasão tecidual e metástase (movimento). Finalmente, para um câncer representar continuamente um problema, ele deve ter um potencial replicativo ilimitado, ao contrário de suas contrapartes celulares saudáveis. Os dois tipos de genes envolvidos no desenvolvimento das características do câncer são os oncogenes e os genes supressores de tumor. Síndromes hereditárias do câncer Mutações genéticas herdadas desempenham um papel importante em cerca de 5 a 10% de todos os cânceres. Pesquisadores associaram mutações em genes especí�cos com mais de 50 síndromes de câncer hereditário, que são doenças que podem predispor os indivíduos a desenvolver certos tipos de câncer. Testes genéticos para síndromes de câncer hereditário podem dizer se uma pessoa de uma família que apresenta sinais de tal síndrome tem uma dessas mutações. Esses testes também podem mostrar se os membros da família sem doença óbvia herdaram a mesma mutação que um membro da família que carrega uma mutação associada ao câncer. Muitos especialistas recomendam que o teste genético para o risco de câncer seja considerado quando alguém tiver uma história pessoal ou familiar que sugira uma condição de risco hereditário, contanto que os resultados possam ser adequadamente interpretados (isto é, eles podem dizer claramente se uma alteração genética especí�ca está presente ou ausente) e quando os resultados fornecem informações que ajudarão a guiar os futuros cuidados médicos de uma pessoa. Atenção Os cânceres que não são causados por mutações genéticas hereditárias podem, às vezes, parecer administrados em famílias. Por exemplo, um ambiente ou estilo de vida compartilhado, como o uso de tabaco, pode causar câncer semelhante entre membros da família. Entretanto, certos padrões em uma família, como os tipos de câncer que se desenvolvem, outras condições não cancerosas que são vistas e as idades em que o câncer se desenvolve, podem sugerir a presença de uma síndrome de câncer hereditário. Mesmo que uma mutação predisponente ao câncer esteja presente em uma família, nem todos que herdam a mutação necessariamente desenvolverão câncer. Genes que podem desempenhar um papel nas síndromes de câncer hereditário O gene mais comumente mutado em todos os cânceres é o TP53, que produz uma proteína que suprime o crescimento de tumores. Além disso, as mutações germinativas nesse gene podem causar a síndrome de Li-Fraumeni, um distúrbio hereditário raro que leva a um risco maior de desenvolver certos tipos de câncer. Mutações herdadas nos genes BRCA1 e BRCA2 estão associadas à síndrome hereditária da mama e do câncer de ovário, que é um distúrbio marcado pelo aumento do risco de câncer de mama e de ovário durante a vida em mulheres. Vários outros tipos de câncer foram associados a essa síndrome, incluindo câncer de pâncreas e próstata, bem como câncer de mama masculino. Outro gene que produz uma proteína que supõe o crescimento de tumores é o PTEN. Mutações nesse gene estão associadas à Síndrome de Cowden, um distúrbio hereditário que aumenta o risco de câncer de mama, tireoide, endométrio e outros tipos de câncer. Testes genéticos para síndromes de câncer hereditário� Testes genéticos para mutações que causam síndromes de câncer hereditário geralmente são solicitados pelo médico de uma pessoa ou outro pro�ssional de saúde. O aconselhamento genético pode ajudar as pessoas a considerarem os riscos, benefícios e limitações dos testes genéticos em suas situações particulares. Saiba mais Um conselheiro genético, médico ou outro pro�ssional de saúde treinado em genética pode ajudar um indivíduo ou família a entender os resultados dos testes e explicar as possíveis implicações dos resultados dos testes para outros membros da família. As pessoas que consideram o teste genético devem entender que seus resultados podem ser conhecidos por outras pessoas ou organizações que tenham acesso legítimo e legal a seus registros médicos, como sua companhia de seguros ou empregador, se o empregador fornecer o seguro de saúde do paciente como um benefício. Proteções legais estão em vigor para prevenir a discriminação genética, incluindo a Lei de não discriminação de informações genéticas de 2008 e a Regra de Privacidade da Lei de Portabilidade e Responsabilidade da Informação de Saúde de 1996. Identi�cando alterações genéticas no câncer Testes de laboratório chamados testes de sequenciamento de DNA podem ler o DNA. Ao comparar a sequência de DNA nas células cancerígenas com as células normais, como sangue ou saliva, os cientistas podem identi�car alterações genéticas nas células cancerígenas que podem estar impulsionando o crescimento do câncer de um indivíduo. Essa informação pode ajudar os médicos a descobrir quais terapias podem funcionar melhor contra um tumor em particular. O sequenciamento do DNA tumoral também pode revelar a presença de mutações herdadas. Em alguns casos, o teste genético de tumores mostrou que o câncer de um paciente pode estar associado a uma síndrome de câncer hereditário da qual a família não tinha conhecimento. LAssim como no teste de mutações especí�cas em síndromes de câncer hereditário, o sequenciamento clínico de DNA tem implicações que os pacientes precisam considerar. Por exemplo, eles podem aprender incidentalmente sobre a presença de mutações herdadas que podem causar outras doenças, nelas ou em seus familiares. Oncogenes Embora a maioria dos casos de câncer não seja familiar, todos são doenças do material genético das células somáticas. Estudos de um grande número de cânceres familiares e esporádicos levaram à conclusão de que o câncer é uma doença de mutações sucessivas, agindo em conjunto para desregular o crescimento celular normal, fornecer suprimento sanguíneo adequado ao tumor em crescimento e, �nalmente, permitir o movimento das células tumorais além do normal. Muitos dos agentes que causam câncer (por exemplo, raios X, certos produtos químicos) também causam mutações ou anormalidades cromossômicas. Por exemplo, descobriu-se que uma grande fração de tumores esporádicos contém oncogenes, formas alteradas de genes normais (proto-oncogenes) que sustentaram uma mutação somática de ganho de função. Um oncogene pode ser transportado por um vírus, ou pode resultar de um rearranjo cromossômico, como é o caso da leucemia mieloide crônica, um câncer dos leucócitos caracterizado pela presença do chamado cromossomo Filadél�a nas células afetadas. O cromossomo Filadél�a surge de uma translocação na qual metade do braço longo do cromossomo 22 �ca preso ao �nal do braço longo do cromossomo 9, criando o oncogene dominante BCR/abl no ponto de junção. A função especí�ca da proteína de fusão BCR/abl ainda não é totalmente clara. Exemplo Linfoma de Burkitt, no qual um rearranjo entre os cromossomos coloca o gene myc do cromossomo 8 sob a in�uência de sequências regulatórias que normalmente controlam a expressão de genes de imunoglobulina. Essa desregulação do myc, uma proteína envolvida na mediação da progressão do ciclo celular, é considerada uma das principais etapas na formaçãodo linfoma de Burkitt. Proto-oncogenes Os proto-oncogenes codi�cam proteínas com papéis reguladores na célula. Essas funções incluem progressão através do ciclo celular e estabelecimento de adesão celular. Mutações em proto-oncogenes podem convertê-las em oncogenes. Surgimento do câncer | Fonte: INCA Os oncogenes impulsionam o desenvolvimento de cânceres, ampli�cando os papéis de sinalização dos proto-oncogenes. Um exemplo de um oncogene chave é src. O produto proteico, Src, está envolvido em uma variedade de atividades de sinalização a jusante, regulando várias funções-chave como sobrevivência celular, passagem através do ciclo celular e migração celular. Mutações no gene src levam à sua ativação constitutiva e subsequente transdução do sinal constitutivo. A Src é uma proteína quinase, responsável por regular uma variedade de atividades a jusante. Mutações que causam mudanças importantes de aminoácidos nessa proteína levam à sua ativação constitutiva, regulando positivamente suas funções a jusante. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Genes supressores de tumor Os genes supressores de tumores do tipo selvagem são responsáveis por prevenir a progressão do câncer. O p53 é talvez o mais diversi�cado TSG que serve uma variedade de funções, dando-lhe o título coloquial de o guardião do genoma. A p53 é uma fosfoproteína nuclear ativa como um tetrâmero. Quando ativado, serve como um fator de transcrição, regulando a expressão de várias funções supressoras de tumor. Também regula a expressão da proteína mdm2, que inibe a p53, formando um ciclo de feedback negativo. Praticamente todas as atividades da célula estão sob o controle da p53 de uma forma ou de outra. O p53 responde a estresses para regular a transcrição de genes-chave que impedem o desenvolvimento do câncer a jusante. Ciclo do câncer Crescimento celular descontrolado é a marca do câncer. A taxa e o tempo de divisão celular no corpo são normalmente altamente regulados. No entanto, se os genes que regulam diretamente o ciclo celular são mutados, essa regulação é perdida e a divisão celular descontrolada ocorre do seguinte modo: Clique nos botões para ver as informações. Numerosas mutações nos genes que controlam o ciclo celular permitem que as células se multipliquem fora de controle. PRIMEIRO Isso leva a uma massa de células que continua a crescer e crescer, eventualmente se desenvolvendo em um tumor. SEGUNDO Inicialmente, o tumor está con�nado ao tecido em que está localizado, por exemplo, o tecido mamário. No entanto, à medida que o tumor se torna maior, requer mais nutrientes, então começa a desenvolver sua própria rede de vasos sanguíneos. Esse processo é chamado de angiogênese. TERCEIRO As células cancerosas, em seguida, desenvolvem a capacidade de migrar em todo o corpo através da circulação sanguínea ou vasos linfáticos. Esse processo é chamado de metástase. QUARTO Predisposição Alguns indivíduos herdam uma predisposição para certos tipos de câncer, por exemplo, indivíduos com polipose adenomatosa familiar ou câncer colorretal hereditário não polipoide têm genes mutantes que os predispõem ao câncer de cólon. Como resultado, os pacientes são frequentemente diagnosticados com câncer em uma idade mais jovem em comparação com aqueles que não são predispostos e o câncer tenderá a correr na família. Mutações predisponentes frequentemente afetam genes envolvidos no reparo do DNA e na regulação da divisão e crescimento celular. Indivíduos predispostos ao câncer frequentemente desenvolvem múltiplos tumores. Em geral, menos mutações novas são necessárias para o câncer se desenvolver do que em indivíduos que não são predispostos. Fatores ambientais O câncer é uma doença complexa, o que signi�ca que é in�uenciado por fatores ambientais e de estilo de vida, além de fatores genéticos. As exposições ambientais podem incluir fatores como luz UV, produtos químicos (por exemplo, fumaça de cigarro) e radiação. Fatores de estilo de vida incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool e dieta. Certos tipos de exposições estão vinculados a cânceres especí�cos. Por exemplo, a exposição a carcinógenos do tabaco está ligada a vários tipos de câncer, incluindo câncer de pulmão, bexiga, boca e garganta. As ligações entre fatores ambientais e câncer são complexas e variam dependendo do indivíduo. Fatores relacionados com o desenvolvimento do câncer | Fonte: VENCER O CÂNCER Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Atividades 1. Quando falamos em câncer, pensamos em uma única doença. Entretanto, o termo é utilizado para de�nir um conjunto de mais de cem doenças. Todas essas enfermidades têm em comum o fato de apresentarem células: a) Maiores que o normal. b) Menores que o normal. c) Que migram por todo o corpo. d) Com crescimento desordenado. e) Que não sofrem divisão celular e formam tumores. 2. Quando um câncer se espalha para além do local de surgimento, dizemos que ocorreu: a) Reação tumoral b) Metástase c) Translocação d) Neoplasia e) Carcinoma 3. (COVEST) Sob certas circunstâncias, as células podem passar a se dividir de forma anormal e descontrolada. Essa multiplicação anômala dá origem a uma massa tumoral que pode invadir estruturas além daquelas onde se originou. Com relação a este assunto, analise as proposições a seguir: Células tumorais malignas podem se disseminar por todo o corpo do indivíduo, através da corrente sanguínea ou do sistema linfático. Radiação solar em excesso, exposição a radiações ionizantes e certas substâncias químicas se apresentam como fatores de risco para o surgimento do câncer. Diversas formas de câncer diagnosticadas em pulmão, laringe, esôfago e bexiga urinária, no homem, estão associadas ao tabagismo. Estão corretas: a) I e II b) I e III c) II e III d) III apenas e) I, II e III 4. (UFTM) A Organização Mundial de Saúde classi�ca 432 agentes como cancerígenos ou potencialmente cancerígenos. Eles estão divididos em três grupos. No grupo 1, estão agentes comprovadamente associados ao desenvolvimento de câncer. Entre eles podem ser citados: bebidas alcoólicas, tabaco,radiação ultravioleta, vírus da hepatite B, vírus da hepatite C e outros. Adaptado de: Revista Veja, 8 jun. 2011. Dos agentes que são comprovadamente associados ao desenvolvimento de câncer, podemos a�rmar que: a) As bebidas alcoólicas e o tabaco causam câncer especificamente em órgãos dos sistemas digestório e circulatório. b) A radiação ultravioleta danifica moléculas de RNA, presentes no interior do núcleo das células epiteliais, e isso desencadeia o câncer de pele. c) Uma vez desencadeado o câncer em uma pessoa, que consiste em divisões meióticas descontroladas, seus descendentes também herdarão essa característica. d) Somente o etanol, álcool presente em bebidas destiladas, pode desencadear sucessivas divisões celulares, enquanto o metanol, presente em bebidas fermentadas, não possui efeito mutagênico. e) Os vírus, ao se reproduzir no interior das células hepáticas, podem alterar o controle gênico celular e, com isso, promover divisões celulares descontroladas. Notas Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Título modal 1 Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Lorem Ipsum é simplesmente uma simulação de texto da indústria tipográ�ca e de impressos. Referências MICAS, A. Genética. 1. ed. Rio de Janeiro: SESES, 2015. SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Exercícios sobre câncer. Disponível em: : https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios- biologia/exercicios-sobre-cancer.htm Acesso em 9 set. 2019. Próxima aula Primeiro tópico; Segundo tópico; Terceirotópico. Explore mais Assista ao vídeo da Série Saúde Brasil sobre o o Câncer de pulmão. javascript:void(0); javascript:void(0);
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