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Isoeritrolise neonatal

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ISOERITRÓLISE NEONATAL EQUINA – RELATO DE CASO 
OLIVEIRA, Bruno Aurélio de Souza1*; MACHADO, Amanda Cardoso Baracho Lotti Guimarães1; LOPES, Paula Soares1; DRUMOND, Mariana Resende Soares2; ELECTO, Érica Heleno3; LUNS, Fábio Dias²
¹Graduando(a) em Medicina Veterinária, UNIPAC – Conselheiro Lafaiete, MG
²Professora do curso de Medicina Veterinária, UNIPAC – Conselheiro Lafaiete, MG
3Médica Veterinária – autônoma – Piranga, MG
*b.oliveira.sb@gmail.com
A anemia hemolítica é assim denominado a hemólise causada pela destruição acelerada dos eritrócitos. A isoeritrólise neonatal equina ou anemia hemolítica do potro neonato é uma enfermidade que ocorre em 1 a 2% dos potros recém-nascidos. Ocorre devido a incompatibilidade sanguínea entre o fator Rh do feto e da mãe. É mediada por anticorpos (Ac) maternos que pela ingestão do colostro são absorvidos e causam uma reação de hipersensibilidade tipo II, a qual ocorre destruição excessiva de eritrócitos. As fêmeas Rh (–) após o primeiro contato com eritrócitos que carreiam o fator Rh(-) produzirão anticorpos (anti-Rh), que chegarão ao potro pela ingestão do colostro e provocará destruição dos eritrócitos, desencadeando a anemia hemolítica. Como a medula não consegue compensar a perda de células vermelhas, ocorre o agravamento da anemia e, consequentemente hipóxia evoluindo para o óbito do animal. Os principais sinais clínicos são anemia e icterícia. O presente trabalho relata um caso de um animal atendido por uma colega de trabalho cujo veio a óbito e a mesma solicitou a necropsia do potro na fundação Presidente Antônio Carlos – UNIPAC/Lafaiete, para que seja esclarecido a causa mortis do animal. Segundo a Médica Veterinária o neonato começou apresentar evolução dos sinais clínicos de fraqueza, depressão, icterícia, taquicardia e taquipneia, urina avermelhada, desidratação grave e diarréia no dia seguinte após seu nascimento e no momento do seu atendimento o potro encontrava-se em decúbito esternal e reflexo de sucção diminuído vindo a óbito. E a égua em questão já havia passado por uma situação bem semelhante, porém não diagnosticada. Os principais achados de necropsia foram tecido cutâneo difusamente amarelo (icterícia); pulmão com áreas hemorrágicas; cavidade oral com extensa icterícia e presença de úlcera; intestino hipocorado, apresentando petéquias e vasos congestos; córtex renal avermelhando e medula levemente avermelhada/amarelada; bexiga com uma urina da cor de coca cola; baço, fígado e encéfalo congestos. Microscopicamente foi verificou-se acentuado edema, congestão e hemorragia associado a pigmento de hemossiderina e infiltrado inflamatório mononuclear, no pulmão. Além da presença de grande quantidade de hemácias no interior de brônquios e bronquíolos. Colestase e congestão acentuada e difusa no fígado Acentuada congestão, hemorragia e pigmento amarelo/dourado livre e no interior do epitélio tubular e glomerulonefrite membranoproliferativa global e difusa. Dentro de um plantel, os neonatos são os animais que mais necessitam de atenção. A isoeritrólise equina apesar de ser uma afecção de baixa ocorrência é de suma importância visto que pode levar o animal a óbito muito rapidamente. A identificação da patologia é crucial para que possamos identificar as éguas mais susceptíveis a fim de prevenir o desenvolvimento desta patologia e garantir o sucesso da criação. 
Palavras-chave: anemia, equino, hemolítica, icterícia, neonato.

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