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Principais doenças dos neonatos equinos Clínica Médica de Grandes Animais M.V. Esp. Prof.ª Juliana Zambelli https://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjbrcr9zNbcAhVIEpAKHZWEDv0QjRx6BAgBEAU&url=http://www.creditcash.com.br/negociacoes&psig=AOvVaw1G2_EvKWqKtOeEEHkbEe9I&ust=1533582172600659 Principais doenças • Síndrome da Asfixia Perinatal • Isoeritrólise Neonatal Equina • Septicemia Neonatal • Síndrome Cólica • Retenção de mecônio, uroperitôneo, úlceras gastroduodenais, obstrução intestinal com estrangulamento vascular Principais doenças • Infecção por Rodococcus equi • Persistência do úraco • Onfaloflebites • Poliartrite Séptica e Síndrome da Osteomielite • Deformidades flexurais Introdução • Fase perinatal de desenvolvimento • Um dos períodos de vida mais desafiadores para o SI dos potros • Imunidade dos potros RN é adquirida principalmente pela ingestão do colostro nas primeiras horas de vida • Enfermidades • Algumas iniciam-se ainda no ventre materno • São multifatoriais • Origem: infecciosa, traumática, congênita ou por incompatibilidade sanguínea SÍNDROME DA ASFIXIA PERINATAL Introdução • Uma das mais importantes causas de mortalidade em potros com até 72h • Doença caracterizada por gerar múltiplas alterações no organismo • Existe pouco conhecimento sobre a fisiopatologia da doença Fisiopatologia • Combinação de diversos eventos bioquímicos e fisiológicos • Falta de oxigenação celular • Troca de gases placentários ou pulmonar estarão comprometidos • Resultado da combinação de hipoxemia e isquemia H ip ox em ia Ausência parcial ou total da oxigenação no sangue ou cérebro Is qu em ia Interrupção ou redução do fluxo sanguíneo para um órgão Fisiopatologia • Acomete os potros no terço final da gestação • Primeiros 30 dias pós- parto • A hipóxia fetal também pode estar associada • Separação precoce da placenta • Placentite • Edema placentário • Gestações gemelares • Distocias • Partos induzidos • Cesáreas • Potros manchados de mecônio Fisiopatologia Período pré-parto • Está relacionada à insuficiência placentária • Muitas vezes acompanhada por anemia, hipoproteinemia e endotoxemia • Fatores que alteram o fluxo sanguíneo uteroplacentário Período pós-parto • Relacionada à inúmeras doenças • Obstrução das VA, hipoplasia pulmonar, hérnia diafragmática, pneumonia, edema ou congestão pulmonar, lesões do SNC, anemia, atelectasia, disfunção do surfactante, IC, persistência da circulação fetal, pleurites, acidose e hipoglicemia • Hipóxia causada por compressão do cordão umbilical ou traumas torácicos (danos ao coração e pulmão) Partos distócicos • Prejudica a perfusão placentária, pois a anestesia causa uma hipotensão na égua Cesárea • Podem apresentar problemas respiratórios, estresse fetal e hipóxia intrauterina Potros manchados de mecônio Gera um relaxamento do esfíncter e hiperperistaltismo Liberação do mecônio Aspiração do feto • Insuficiência placentária • Retardo do crescimento fetal Gestações gemelares • Hipoproteinemia/anemia • Aporte uteroplacentário prejudicado Patologias maternas Sintomatologia clínica • Variável • Vai depender da gravidade da doença e também da duração ou recidivas da associação de hipoxemia e isquemia • Os animais podem apresentar sinais clínicos sistêmicos, pois todos os órgãos podem estar envolvidos Sintomatologia clínica • Mais comuns: encefalopatias e falhas renais por hipóxia e isquemia • Intensos transtornos CR (dispneia e bradicardia) • Cianose • Letargia • Sintomatologia neurológica e comportamental • Fisicamente: nítida desproporção entre cabeça e o corpo; peso corporal reduzido (s/ gordura corporal, pouca massa muscular) ↓ disponibilidade O2 Feto ↓ seu consumo e também sua tx de crescimento Retardo de crescimento intrauterino Atrofia corporal Cabeça demasiadamente grande Sintomatologia clínica • SGI: falha na absorção de colostro, dismotilidade, estenose ou intussuscepção, indigestão moderada, colite ou enterite hemorrágica • No fígado pode haver hepatite moderada a severa Diagnóstico • Histórico do animal • Exame clínico • Exame laboratorial como hemograma e bioquímico • Exames complementares: US transabdominal e RM em hospitais de referência Diagnóstico • No bioquímico verifica-se • Acidose metabólica, com pH abaixo de 7,3 • Concentrações séricas de bicarbonato abaixo do normal • Aumento de creatinina Tratamento • O tratamento vai depender dos sinais clínicos • Anticonvulsivantes específicos • Fluidoterapia para dar suporte cerebral e corrigir desequilíbrios metabólicos • Como o aumento ou diminuição de glicose, cloro e cálcio • Antibioticoterapia (se necessário) UTI neonatal Rood & Riddle Equine Hospital Lexington (Kentucky) UTI neonatal Rood & Riddle Equine Hospital Lexington (Kentucky) ISOERITEÓLISE NEONATAL EQUINA Introdução • Síndrome hemolítica que ocorre em potros recém-nascidos • Incompatibilidade de grupo sanguíneo entre o filhote e a égua • Mediada por anticorpos maternos contra os eritrócitos fetais (hipersensibilidade tipo 2) • É mais comum nas raças Puro Sangue e menos comum em Quarto de Milha, mestiços e muares Fisiopatologia Ocorre sensibilização da égua quando entra em contato com as hemácias do potro Potro adquire os Ac contra as He pelo colostro da primeira mamada assim que nasce Ac do neonato destroem suas He Isoeritrólise Fisiopatologia • Equinos possuem placentação epiteliocorial • Não há contato entre os sangues materno e fetal • Os anticorpos não são capazes de atravessar a placenta • O potro só é afetado a partir do consumo do colostro que os contenha (anticorpos) Sintomatologia clínica • Os potros nascem clinicamente normais • Após a primeira mamada • Apresentam-se fracos • Deprimidos • Reflexo de sucção diminuídos (12 a 72 h) Sintomatologia clínica • O quadro se agrava dependendo da quantidade de colostro ingerido e da atividade dos anticorpos absorvidos • Tardiamente (após 24 h de vida) • Pode-se observar apatia • Fadiga • Apetite reduzido • Taquicardia e taquipneia • Mucosas inicialmente pálidas e posteriormente ictéricas • Hemoglobinúria Potro com início dos sinais clínicos de isoeritrólise Diagnóstico • Anamnese • Sinais clínicos • Teste de aglutinação (Teste de Coombs) • Feito com sangue do potro com o soro sanguíneo da mãe • Que confirma a presença de anticorpos na superfície de células vermelhas do potro afetado Soro da mãe Sangue do potro Complexo antígeno-anticorpo Soro de Coombs Aglutinação Diagnóstico • Teste de Aglutinação para “potro ictérico” (JFA) • Feito com uma gota de sangue do potro com anticoagulante + o colostro em diluições com solução fisiológica até 1:32 • Aglutinação em diluições acima de 1:18 são positivas • Ambos os exames podem ser realizados antes do neonato mamar Diagnóstico • Achados laboratoriais • Anemia • Hiperbilirrubinemia • Urina pode apresentar-se de coloração vermelha a castanha e ser positiva para sangue oculto Tratamento • Varia de acordo com a severidade dos sinais clínicos • De imediato • Cessar a ingestão do colostro pelo potro por 48 horas • Transfusões sanguíneas, fluidoterapia e antibioticoterapia podem ser necessários Tratamento • Oferecer colostro de outra égua • Torna-se necessário ordenhar a mãe a cada 2 horas, por 3 a 5 dias • Possibilitando após esse período, que o potro mame diretamente na mãe • Utilizar na cruza um garanhão com compatibilidade sanguínea conhecida • Elimina a possibilidade dos pais gerarem um potro acometido Potro se amamentando normalmente em sua mãe, após eliminação do colostro Prognóstico • Depende da quantidade e da atividade dos anticorpos absorvidos • Indiretamente proporcional à velocidade dosinício dos sinais SEPTICEMIA NEONATAL Introdução • Principal causa de óbito em potros • Consequente a uma infecção generalizada de vários órgãos • Os potros são acometidos ainda na vida uterina ou logo após o parto Introdução • A causa mais comum é a falta de imunidade passiva adquirida através do colostro • A septicemia neonatal pode causar danos irreversíveis, infecções localizadas e atraso no desenvolvimento • Potro sobrevive por 3 a 4 dias Fisiopatologia • Principais agentes bacterianos relacionados a septicemia • Actinobacillus equuli • Escherichia coli • Streptococcus sp. • Klebsiella sp. Fisiopatologia • Septicemia neonatal relaciona-se • Distúrbios do metabolismo energético • Alteração nas concentrações de glicose e triglicerídeos Fisiopatologia • Septicemia neonatal relaciona-se • Disfunções hormonais • Distúrbios eletrolíticos Sintomatologia clínica • Prostração • Febre • Diarreia • Desidratação • Apatia • Movimentação incoordenada • Morte repentina Tratamento • A terapia intensiva é comumente destinada aos potros em estado crítico • Para dar condições de resposta terapêutica ao paciente, o tratamento de suporte deve ser embasado nos conhecimentos sobre os distúrbios que podem estar associados a septicemia Tratamento • O tratamento é basicamente sintomático • Antibióticos de amplo espectro • Fluidoterapia • Tratamentos complementares SÍNDROME CÓLICA Introdução • A síndrome cólica é um termo geral usado para descrever qualquer condição que envolva dor na região abdominal do cavalo • Essa condição tem importância tanto em potros como em animais adultos Introdução • Em neonatos, a cólica pode se desenvolver por diversas etiologias • Retenção de mecônio • Uroperitônio • Úlcera gastroduodenal • Obstruções intestinais com estrangulamento vascular Sintomatologia clínica • Alguns sintomas apresentados podem ser semelhantes nessas afecções, desencadeadas pelo desconforto • Normalmente pode-se observar • Sudorese • Abanar a cauda • Olhar no flanco • Decúbito por tempo prolongado • Colocar-se em posições anormais, com os membros anteriores estendidos por sobre a cabeça Diagnóstico • Vale ressaltar a importância da anamnese como auxiliar no diagnóstico correto • Impossibilidade de se realizar alguns métodos semiológicos em potros, como a palpação transretal Retenção de Mecônio • Uma das causas mais comuns de cólica em potros • Pode ser consequente • Não ingestão de colostro • Estreitamento pélvico em potros machos • Má formação do trato gastrointestinal Retenção de Mecônio • Sintomatologia • Postura com esforço para defecar e polaquiuria • Diagnóstico • Anamnese, na qual é relatada a não passagem de mecônio • Ultrassonografia • Tratamento • Neste caso, além da terapia de suporte, o tratamento envolve a administração de enemas com produtos específicos para esta patologia Uroperitôneo e Ruptura da Vesícula Urinária • A ruptura de vesícula urinária é a principal causa de uroperitônio nos potros • Outras causas observadas • Alterações congênitas ou traumáticas em ureteres e úraco • A ruptura ocorre • Devido à compressão que a vesícula urinária do potro sofre no momento do parto • Ou em consequência de extrema tensão sobre o cordão umbilical e úraco, que podem tracionar e romper a vesícula urinária Uroperitôneo e Ruptura da Vesícula Urinária • Os sinais iniciam-se 12 a 24 horas após o nascimento • Consistem em • Disúria, polaquiúria, postura estendida, taquicardia, taquipneia, depressão, anorexia, distensão abdominal • Sintomatologia clínica de toxemia • Em alguns casos, convulsão, coma e morte por uremia Uroperitôneo e Ruptura da Vesícula Urinária • Tratamento • Cirúrgico (cistorrafia) • Estabilizar o equilíbrio acidobásico com reposição dos eletrólitos antes do procedimento cirúrgico Úlceras Gastroduodenais • As úlceras gastroduodenais são mais comuns em potros lactentes • Resultados do desequilíbrio entre os fatores protetores e agressores da mucosa Úlceras Gastroduodenais • Fatores protetores • Responsáveis pela manutenção da higidez do trato gastrointestinal • Incluem a manutenção do fluxo sanguíneo na mucosa, produção de muco e bicarbonato, produção de prostaglandina E2 e fatores de crescimento epitelial, inervação gástrica aferente, reposição das células epiteliais e motilidade gastroduodenal • Fatores agressores • Incluem o ácido gástrico, que se encontra aumentado nos intervalos entre mamadas, sais biliares, pepsina e várias enzimas Úlceras Gastroduodenais • Sintomatologia • Febre, diarreia, decúbito dorsal, bruxismo, sialorreia e refluxo gástrico • Diagnostico • Exame endoscópico, mensuração de pepsinogênio sérico, abdominocentese e radiografia abdominal contrastada • Tratamento • Analgesia, diminuição da acidez gástrica, melhora na proteção da mucosa, estímulo da cicatrização e da motilidade e prevenção de complicações secundárias Obstrução Intestinal com Estrangulamento • Ocorre principalmente em potros de 2 a 4 meses (época que há alteração na alimentação e desenvolvimento do IG) • Sintomatologia • Evolução aguda, com dores intensas e persistentes • É observado aumento na intensidade nos ruídos intestinais, que com o tempo evoluirá para atonia e distensão abdominal de moderada a severa • O refluxo gástrico pode ou não estar presente Obstrução Intestinal com Estrangulamento • Diagnóstico • Histórico, US, observação de sinais clínicos diferenciais (como refluxo intestinal) e pela anamnese • Tratamento • Cirúrgico, por laparotomia exploratória INFECÇÃO POR Rodococcus Equi Introdução • O Rhodococcus equi é um constituinte natural da flora microbiana intestinal dos equinos • Considerado oportunista em potros • Ocorre principalmente no período em que a imunidade passiva adquirida através do colostro está diminuída e o sistema imunológico do recém-nascido não está totalmente maduro Etiologia • Os índices de mortalidade em algumas regiões podem atingir 80% • Estas regiões de maior prevalência são de clima seco e com ambientes empoeirados Fisiopatologia • A rodococose pode desenvolver pneumonia abscedante e/ou enterite em potros nos primeiros meses de vida • O Rhodococcus equi é um dos agentes causadores de pneumonia fatal em equinos jovens (entre 1 e 4 meses de idade) • Fonte de infecção de rodococose para os potros • Solo • Pela via respiratória • Outras fontes de infecção seriam as fezes das éguas, alimentos e águas contaminados Sintomatologia clínica • A patologia se caracteriza por broncopneumonia supurativa crônica e enterite • Os sinais observados são • Dispneia • Febre • Tosse • Apatia • Corrimento nasal mucopurulento • Anorexia • Diarreias • Artrite • Osteomielite • Abscessos subcutâneos • Panoftalmia e uveíte Diagnóstico • Sinais clínicos • Radiografia (pulmão) • Necropsia Tratamento • Manejo adequado • Higiene rigorosa • Reconhecimento precoce da doença • Isolamento e tratamento dos potros doentes com antibióticos específicos • Administração de plasma hiperimune (aumenta as concentrações de imunoglobulinas sérica) • Prevenir possíveis falhas da transmissão passiva de imunoglobulinas e promover a imunidade passiva contra o R. equi Tratamento • Eritromicina ou azitromicina com rifampicina • 25 mg/Kg de eritromicina (4 vezes ao dia) e rifampicina na concentração de 10 mg/ Kg/dia , VO, até 48-72 horas até desaparecido os sinais clínicos ou após a resolução radiológica • O tratamento deve incluir obrigatoriamente que o animal permaneça abrigado em baias arejadas e protegido do frio e vento PERSISTÊNCIA DO ÚRACO Persistência do úraco • O úraco é um canal que corre junto aos vasos umbilicais • Cuja finalidade é eliminar a urina fetal para a cavidade alantóidea • A persistência ou não regressão do conduto urinário fetal (em condições normais se oblitera logo após onascimento) possibilita a eliminação da urina através do umbigo Persistência do úraco • Ocasionalmente, a afecção regride espontaneamente após alguns dias • É conveniente realizar o tratamento imediatamente • Aplicação de tintura de iodo em solução a 2%, em torno do anel umbilical • Quando a cura não acontece pelo método conservador, o processo inflamatório predispõe à instalação de bactérias, que por sua vez, podem agravar o quadro • O tratamento consiste na intervenção cirúrgica, através da laqueadura do úraco junto à vesícula urinária ONFALOFLEBITES Introdução • Infecção das estruturas umbilicais • Comum em animais com falha na imunidade passiva • Pode resultar em bacteremia, septicemia e morte em neonatos • Microrganismos usuais de onfalite são frequentemente isolados em animais com bacteremia e septicemia • Comprova que as estruturas umbilicais são importantes portas de entrada para agentes causadores destas enfermidades Fisiopatologia • Logo após o parto ocorre o rompimento do cordão umbilical • Formação da porta de entrada para agentes patogênicos • A onfaloflebite é caracterizada pelo processo inflamatório da veia umbilical, causada por agentes patogênicos • Mais comuns são a Escherichia colli, Streptococcus zooepidemicus e Clostridium sp Sintomatologia Clínica • O cordão umbilical apresenta-se enegrecido • Umbigo fica edemaciado e com secreção purulenta • Patologia progride para • Febre, diarreia, apatia, prostração, anorexia e corrimentos nasais Tratamento • Antibioticoterapia sistêmica • Tratamento local • Antissépticos, antibióticos tópicos e curativos POLIARTRITE SÉPTICA E SÍNDROME DA OSTEOMIELITE Introdução • Processos infecciosos que envolvem • Membrana sinovial, osso periarticular ou ambos • Mais de uma articulação estão comumente envolvidas, partindo de um sítio primário de sepse • Onfaloflebites, pneumonias e diarreias de origem bacteriana Fisiopatologia • A artrite séptica é o problema mais grave observado nas articulações dos equinos • Pode resultar em uma rápida destruição da articulação e da cartilagem articular • Quando na presença de osteomielite, pode haver uma perda irreversível da superfície articular • Em neonatos, o risco de infecção articular é maior durante os 30 primeiros dias de vida (parcial ou completa falha na transferência passiva de imunoglobulinas) Fisiopatologia • Agentes causais comuns de poliartrite séptica são • Streptococcus sp. • Escherichia coli • Stafilococcus sp. • Clostridium sp. Sintomatologia Clínica • Claudicação • Febre alta • Apatia • Prostração • Edema periarticular • Dor nas articulações • Alterações locais como distensão e alteração na cor da pele da articulação envolvida, fistulas e feridas secundárias Tratamento • Antibioticoterapia de amplo espectro sistêmico • Terapia de apoio como drenagem e repouso articular • Podem ser utilizados AINES e condroprotetores DEFORMIDADES FLEXURAIS Introdução • Deformidade flexural é o nome dado aos casos em que se observa restrição de uma articulação em posição flexionada ou a inabilidade de estendê-la completamente • Condição caracterizada pelo desvio da orientação normal do membro • Detectada pela constante hiperflexão de uma ou mais regiões articulares Introdução • Acomete frequentemente regiões distais do membro • Articulações interfalangeanas • Metacarpo/metatarsofalangeana • Articulação carpal Fisiopatologia • Podem atingir um ou mais membros • Formas mais severas da doença outras articulações podem ser comprometidas (articulação do pescoço e da cabeça) • Essas deformidades são classificadas • Leves, moderadas e severas Fisiopatologia • Divididas • Congênitas ou adquiridas • Esporadicamente ocorrem lesões por hiperextensão, já que, as lesões mais comuns são aquelas de hiperflexão Forma congênita • Associada à diversos fatores • Mal posicionamento intrauterino • Ingestão de toxinas teratogênicas pela égua • Agentes infecciosos durante a prenhez • Alterações neuromusculares • Defeitos na formação de elastina • Problemas relacionados à aderência das fibras de colágeno Em casos mais leves os potros permanecem em estação, porém o boleto é projetado dorsalmente, já em casos mais graves da deformidade, o animal pode chegar a caminhar sobre a superfície dorsal da articulação Forma adquirida • Os fatores envolvidos • Nutrição inadequada • Traumas • Poliartrite infecciosa O desenvolvimento dessa alteração pode estar, muitas vezes, relacionado à dor. Qualquer manifestação de dor em um membro irá desencadear o reflexo de flexão para a retirada do membro do solo, resultando em contração dos músculos flexores e posição alterada da articulação Forma adquirida • Potros mantidos presos por longos períodos, que não se exercitam e não se alongam também podem desenvolver essa deformidade • Com o progresso da alteração • Ângulo entre a parede dorsal e o chão passando de 90 graus, os talões e a ranilha já não encostam mais no chão Fisiopatologia • Estágio I: quando a superfície dorsal do casco não ultrapassa a linha vertical • Estágio II: quando a superfície dorsal do casco ultrapassa a linha vertical Diagnóstico • Sinais clínicos Tratamento • Clínico • Associação de mudanças de manejo, uso de medicamentos, casqueamento e ferrageamento corretivos, imobilização, e fisioterapia • Em alguns casos, a intervenção cirúrgica é indicada para resolução do problema OBRIGADA!!!
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