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UNIVERSIDADE PAULISTA
Graduação em Nutrição
Nome: Adriana Costa Ra: D531JC-2
Nome: Êmily Duó Ra: D728JF-5
Nome: Karen Ariolli Ra: N359DC-4
Nome: Lívia Vella Ra: D709FC-7
Nome: Thaís Almeida Ra: D63628-6
Trabalho sobre o artigo:” “Impact of a Modified Version of Baby-Led Weaning on Dietary Variety and Food Preferences in Infants”
“Impacto de uma versão modificada do desmame guiado por bebês na variedade alimentar e nas preferências alimentares de bebês” 
Campinas/SP
2020
Objetivo
Este trabalho tem como objetivo, fazer apontamentos referentes a complementação alimentar dos bebês, voltadas a um método diferente do tradicional, o método Blw-Bliss, onde mostramos os pontos principais, orientações para introdução e conduta nutricional através de um estudo de caso criado a partir do artigo “Impact of a Modified Version of Baby-Led Weaning on Dietary Variety and Food Preferences in Infants”.
Introdução
É na infância que ocorre a formação de muitos dos hábitos alimentares que se estenderão ao longo da vida. Para que a alimentação seja adequada, os alimentos consumidos precisam atender às necessidades diárias específicas de cada faixa etária em relação a energia, macro e micronutrientes (Philippi, 2015).
Aprender a gostar de alimentos ‘’saudáveis’’ é modificável (MENNELLA, 2014). Embora os advogados afirmem que os bebes com BLW preferem uma variedade maior de alimentos (RAPLEY, 2008).
A introdução alimentar tradicional, que é recomendada pelas diretrizes da Organização Mundial da Saúde determina que a oferta deve ser variada, porém sempre em formas de purês e papas. E que, ao longo do crescimento e desenvolvimento da criança, os alimentos devem ser apresentados em pedaços e, após um ano, deve ser oferecido os alimentos em sua a consistência normal.
Em contraponto, a abordagem Baby-led Weaning (BLW) é uma forma alternativa de se introduzir os alimentos sólidos ao bebê. Criado em 2008 pela enfermeira social inglesa, PhD. Gill Rapley, o BLW propõe que o bebê tenha a oferta de alimentos complementares, diretamente em pedaços, tiras ou bastões. Essa abordagem não inclui alimentação com a colher e nenhum método de adaptação de consistência para preparar a refeição do lactente (SBP, 2017). Segundo a autora, o BLW é uma abordagem que confia na capacidade do bebê de se auto alimentar, desde que apresente os sinais de desenvolvimento adequados, também chamados de “sinais de prontidão” – sentar-se sozinho sem apoios, sustentar o pescoço, pegar brinquedos com precisão e levá-los à boca expondo-o a diferentes texturas e possibilitando uma interação ativa com os alimentos (RAPLEY & MURKETT, 2017).
Os advogados do BLW sugerem que essa abordagem leva a preferencias alimentares mais saudáveis, porque o bebe é exposto a uma maior variedade de alimentos e modelagem de papéis por meio de ‘’participação’’ na refeição da família ( RAPLEY, 2011).
Porém o método vai muito além disso, tem como objetivo de contemplar a saciedade, a autonomia e também o reconhecimento de texturas alimentares diferentes (SBP, 2012).
A Organização Mundial da Saúde (OMS) também se pronuncia a respeito, incentivando práticas responsivas para o sucesso na introdução de novos alimentos (PHILIPPI,2015). Há orientações para que os pais identifiquem e respeitem os sinais de fome e saciedade, incentivem o lactente para que ele seja ativo e interativo durante as refeições, com a atenção voltada totalmente para o momento (WHO,2001).
Já o método Baby-Led Introduction to SolidS (BLISS) é uma adaptação do Baby led weaning criada para atender às demandas éticas de um ensaio clínico randomizado, feito na Nova Zelândia, em 2015 (CAMERON,2015).
Ambos os métodos propõe novas formas de introdução alimentar aos bebês dando mais autonomia nesse momento importante da vida que é o primeiro contato com a alimentação, porém deve ser muito bem avaliado como deve ser aplicado, oferecendo o melhor desenvolvimento possível sem oferecer risco a sua saúde.
Estudo de caso 
Mulher 31 anos de cor parda, casada, brasileira, natural de São Paulo residente no bairro de Moema onde reside a mais de 3 anos com o seu esposo ,deu à luz a uma menina em Novembro de 2019 ,que desde o nascimento se alimenta exclusivamente do leite materno, completando 6 meses de vida no atual mês de Maio de 2020, relata preocupação com o início da introdução alimentar do seu bebê e desmame.Com muitas dúvidas procurou um profissional da área de nutrição materno infantil para orientação e correta conduta nutricional.
Com o relato que a filha tivesse um bom relacionamento com a comida, e um aporte nutricional adequado, não só nesta fase, mas também ao decorrer dos anos, após a avaliação nutricional através do peso e estatura, analisando as curvas de crescimento, a mãe foi orientada a seguir com o desmame liderado pelo bebê, conhecido como método BLW, que é uma forma alternativa de se introduzir os alimentos sólidos ao bebê que propõe a oferta, variedades de alimentos complementares, diretamente em pedaços, tiras ou bastões. 
Foi instruído que nesta abordagem não inclui alimentação com a colher e nenhum método de adaptação de consistência para preparar a refeição de sua filha. Explicando ser uma abordagem que confia na capacidade do bebê de se auto alimentar, desde que apresente os sinais de desenvolvimento adequados, como sentar-se sozinho sem apoios, sustentar o pescoço, pegar brinquedos com precisão e levá-los à boca, expondo-a a diferentes texturas e possibilitando uma interação ativa com os alimentos.
Foi dada a mãe pela profissional, em forma de cartilha por escrito, todas as orientações necessárias de como iniciar o método, e também como higienizar, transportar e armazenar os alimentos. Estes devem ser ofertados na forma de palitos ou fatias longas, de tamanho suficiente para sobrar na mão do bebê. Necessitam ser cozidos, devem estar em uma textura que esteja fácil de amassar. Para se ter noção desta consistência é importante pegar um pedaço e tentar amassar o alimento com a língua. Os alimentos com talos (brócolis, couve flor), devem ser mantidos para facilitar a captura com as mãos. Devem ser respeitados 2 dias, repetindo o mesmo alimento antes de introduzir outro novo, para a identificação de possíveis intolerâncias e quadros alérgicos. Oferecer alimentos cortados em pedaços grandes, que o lactente consiga pegar sozinho. Garantir a oferta de um alimento rico em ferro em cada refeição, alimento rico em calorias em cada refeição, oferecer alimentos preparados de uma forma que reduza o risco de engasgo, e evitar os alimentos com alto risco de aspiração, experimentar sempre o alimento antes de oferecer ao lactente, para verificar se não forma um bolo dentro da cavidade oral, evitar alimentos redondos ou em formato de moedas, garantir sempre que o lactente esteja sentado, ereto e sob supervisão contínua de um adulto.
A mãe também recebeu a conduta nutricional onde foi instruída a continuar com as mamadas respeitando a saciedade do bebê, o mesmo para os alimentos sólidos onde o método é eficiente no autocontrole de fome e saciedade, foi prescrito oferecer uma variedade de verduras, legumes, frutas e proteínas em formas distintas de preparações com sabores e texturas diferentes, para que não tenha monotonia e tenha segurança de que a filha receba todos os nutrientes necessários. Solicitado á mãe que faça um diário alimentar do bebê para que na próxima consulta com 9 meses de vida, seja analisado a aceitação dos alimentos e consistências ,frequência da amamentação, e com outra avaliação nutricional seja verificado a evolução do bebê.
Súmula do artigo: “Impact of a Modified Version of Baby-Led Weaning on Dietary Variety and Food Preferences in Infants”
 A introdução dos alimentos aos poucos na vida do lactante é chamada de alimentação complementar, e á medida que se evolui, vão sendo oferecidos alimentos mais complexos.Esse método é guiado pelos pais que é diferente do método BLW, onde o desmame é guiado pelo bebe. Nele é defendido a introdução de alimentos mais sólidos, oferecendo variedades de alimentos saudáveis e tipos de texturas diferentes nos primeiros meses de vida, excluindo um pouco os do tipo “purês”, fazendo com que esse bebe participe da alimentação da família. Um dos benefícios apontados ao método BLW é auxiliar este bebe na aceitação por alimentos mais saudáveis com diferentes texturas, para que futuramente este possa ter gosto por diversos tipos de alimentos. Embora exista a defesa na utilização desse método, poucos estudos tiverem resultados significativos relacionados á saúde. 
 Para se obter mais informações foi realizado esse estudo, comparando o método BLW e BLlSS ao Controle, que seria alimentação controlada pelos pais. Para esse estudo foram selecionadas 206 mulheres aleatoriamente que já estavam em sua fase final da gestação (com a aceitação das mesmas), e em beneficio tiveram um financiamento nacional através do programa saúde. 
 Para executarem de maneira correta, em ambos os métodos as famílias tiveram auxilio de treinadores durante o período, os dados coletados durante os estudos foram realizados em dias alternados para um melhor resultado, enquanto as mães ficavam responsáveis pelo preenchimento dos registros onde foram contabilizados a quantidade e repetições dos alimentos ingeridos e também a aceitação do bebe a cada um eles. Os participantes de ambos os métodos tinham características parecidas, como a idade e escolaridade das mães. 
 No estudo dos bebes método BLISS, foram relatados que a amamentação exclusiva durou por mais tempo do que os bebes do método Controle, pois eles mantiveram as orientações da Organização Mundial da Saúde para iniciar a alimentação de sólidos a partir dos 6° mês de idade. No entanto não houve diferença significativa no consumo de leite materno mesmo aqueles que iniciaram a introdução de alimentos antes do 4° mês.
 Aos 7 meses de idade, os participantes do método BLISS apresentaram maior variedade de alimentos em geral, porém sem diferença na variedade de frutas e legumes. Aos 12 meses de idade a diferença observada entre eles foram a preferência por alimentos com alto teor de proteínas e salgados para o método Controle, mas essa diferença foi muito pequena, entretanto, os bebes BLISS estavam mais propensos a alimentos irregulares, mesmo com uma diferença muito pequena. Aos 24 meses de idade, a única diferença significativa entre os grupos foi a maior contagem de variedades de frutas e vegetais no BLISS em comparação ao Controle.
 A duração da amamentação exclusiva e o momento da introdução de alimentos podem explicar as diferenças entre um método e outro, por isso apesar de pequenas não influenciaram no resultado final. 
 Pode-se observar que não houve muita diferença entre um grupo e outro, porém no método BLISS as crianças passaram a ter uma aceitação maior a diferentes tipos de frutas e legumes a partir dos 2 anos de idade, possibilitando uma maior variedade aos anos seguintes. Os bebes do grupo Controle tinham mais preferencias a alimentos com carboidratos, mesmo sendo um fator importante que a exposição a outros tipos de alimentos é o que fará uma melhor aceitação a eles e para que aprendam a gostar. 
 Contudo o método BLISS conduz o bebe a uma alimentação mais variada e com mais texturas, com uma idade mais jovem e aos dois anos de idade uma melhor aceitação por frutas e vegetais. Porém alguns fatores podem ter sido determinantes para essas diferenças.
Conclusão
Comclui-se que a alimentação complementar é essencial após o sexto mês, mantendo a amamentação, porém ainda existem dúvidas de como deve ser a ingestão alimentar que garanta as necessidades nutricionais da criança tanto.
A utilização do método Baby Led Weaning (BLW) está crescendo a cada dia, mas a falta de informações sobre a mesmo influência diretamente na escolha do método e na sua aplicação de forma correta.
Apesar de suas vantagens o método não deve ser adotado para todas e quaisquer crianças, uma vez que o tempo de evolução física necessária para aplicar o BLW varia entre 6 e 7 meses. A depender do desenvolvimento da criança, podem-se alternar entre os dois métodos, fazendo uso do método convencional nas principais refeições e do método BLW nas secundárias para estimular o consumo e familiarizar o bebê com essa forma de alimentação.
É responsabilidade do Nutricionista juntamente com outros profissionais da saúde avaliar individualmente o paciente para depois decidir qual a melhor conduta que deverá ser aplicada, levando em consideração características do ambiente familiar, além das necessidades nutricionais do bebê. Respeitando as recomendações do MS, OMS e SBP em relação ao início da AC, nem tardia e nem precocemente, mas sim a ideal, escolhendo o método independente se BLW-BLISS ou tradicional.
A viabilidade, os riscos e os benefícios do BLW como uma abordagem à alimentação infantil só podem ser determinados em um estudo em que bebês e suas famílias são randomizados para seguir o BLW, e seus resultados comparados aos de um grupo controle seguindo práticas alimentares padrão. Sendo assim ainda há a necessidade de mais pesquisa para afirmar que o método é a melhor estratégia de alimentação complementar.
Referências Bibliográficas
1- Cameron SL, Taylor RW, Heath AL. Development and pilot testing of Baby-Led Introduction to SolidS--a version of Baby-Led Weaning modified to address concerns about iron deficiency, growth faltering and choking. BMC Pediatr. 2015.
2 -Mennella, JÁ ontogenia das preferencias do paladar: Biologia básica e implicações para a saúde. Sou.J.Clin.Nutr.2014,99,704S-711S.
3-Philippi, S. T.; Aquino, R.C. Dietética Princípios para o planejamento de uma alimentação saudável. Barueri: Manole, 2015.
4- Rapley, G,; Murkett, T. Desmame liderado por bebe; vermilion: Londo, Reino Unido, 2008.
5- Rapley, G,; Desmame guiado por bebe: transição para alimentos sólidos no próprio ritmo do bebe. Practo da comunidade. 2011, 84, 20-23.
6-Rapley, G.; Murkett, T. Baby-led weaning: o desmame guiado pelo bebê / Gill Rapley, Tracey Murkett; traduzido por Maria Tristão Bernardes. – São Paulo: Timo, 2017.
7-SBP. Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de orientação para a alimentação do lactente, do pré-escolar, do escolar, do adolescente e na escola/Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, 3a. ed. Rio de Janeiro, RJ:SBP, 2012
 8-WHO. Global Consultation on Complementary Feeding. Guiding Principles for Complementary Feeding of the Breastfeed. December 10-3, 2001.

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