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Nome: Maria eduarda de souza fernandes Matrícula: 20113110017 Polo: Campo grande Curso: Administração pública Atividade avaliativa 6 1. Explique os conceitos de estado de natureza e contrato social, em Hobbes. Por que ele é um absolutista? “Na versão de Hobbes, os seres humanos antes do Pacto viviam uma vida curta, sórdida e brutal em um estado de natureza onde a quase única certeza era a de uma morte violenta. Sem que a humanidade carregasse consigo algum tipo de disposição social inata (pelo contrário, O homem é o lobo do homem, segundo a frase famosa de Hobbes), somente um Pacto no qual todos se vissem impedidos de atacar uns aos outros poderia ter alguma serventia.” Ramos, Flamarion Caldeira. No estado de natureza, segundo Hobbes, os homens podem todas as coisas e, para tanto, utilizam-se de todos os meios para atingi- las. Conforme esse autor, os homens são maus por natureza (o homem é o lobo do próprio homem), pois possuem um poder de violência ilimitado. Um homem só se impõe a outro homem pela força; a posse de algum objeto não pode ser dividida ou compartilhada. Num primeiro momento, quando se dá a disputa, a competição e a obtenção de algum bem, a força é usada para conquistar. Não sendo suficiente, já que nada lhe garante assegurar o bom usufruto do bem, o conquistador utiliza-se da força para manter este bem (recorre à violência em prol da segurança desse bem). Vê-se, então, que o convívio não é de boa vontade, nem é agradável, mas sim convencional, aceitável e tolerável, em que os homens se abrigam, fugindo daquele estado de guerra generalizada de todos contra todos, evidenciando a necessidade de criação do Estado, a partir de um contrato social que visa a abdicação do poder ilimitado de cada um e um redirecionamento desse poder (poder de polícia) para a manutenção da ordem e da estabilidade. Portanto, para Hobbes, a liberdade absoluta e a evidência da potência das faculdades naturais do homem desencadeiam essa desconfiança recíproca e contínua, gerando medo, o que justificaria a criação de um artifício para solucionar as desordens internas de uma sociedade. O grande Leviatã, o Estado, é esse artifício humano capaz de sanar essas desordens. É assim também que entendemos a criação de leis. O que se denomina juspositivismo nada mais é do que a compreensão de que a lei natural deve ser abolida, suprimida pela ordem convencional, artificial, inventada pelos homens tendo em vista um bem comum que é a preservação da vida. Para Hobbes, o Estado encontra-se personificado na figura do soberano. Sua principal função é garantir o perfeito funcionamento da sociedade, evitando a qualquer custo uma guerra de todos contra todos. O homem deve renunciar de seu poder individual e cedê-lo para um único soberano. Esse soberano, com posse do poder de todos os homens, funcionaria como agente de manutenção de ordem da sociedade 2. Mostre as diferenças de Locke em relação a Hobbes nas concepções de estado de natureza e contrato social. O que Locke diz sobre o trabalho e sobre a tolerância religiosa? Locke e Hobbes assumiram posições contrárias. O primeiro defendia maior liberdade política e religiosa, delimitando com precisão a extensão de ambos os poderes. Já o autor do Leviatã, advogava poder ilimitado ao soberano, em ambas as esferas, negando, assim, o direito de revoluções e protestos por parte da população. A ideia do contrato social para Locke é justamente fazer a transição do estado de natureza para o estado civil, onde, por meio dele, e independente da forma de governo, estariam preservadas as propriedades e a comunidades de conflitos internos e externos. O contrato social proposto por Locke não se assemelha ao contrato de Hobbes. Para Hobbes o contrato é uma espécie de pacto de submissão onde os indivíduos se submetem a um terceiro (homem ou assembléia). Já no contrato de Locke, o contrato social assume um papel de pacto de consentimento em que os homens concordam em construir a sociedade civil com a finalidade de preservar e consolidar os direitos naturais. A idéia é que os direitos naturais fiquem amparados sobre uma norma e da força do comum representado pelo centro de tomada de decisões. Locke, escrevendo a “Carta sobre a Tolerância”(1689–1692), devido a repercussão das guerras religiosas na Europa, formulou um raciocínio clássico para a tolerância religiosa. Os três principais argumentos eram: (1) Os juízes da terra, o estado em particular e os seres humanos em geral, não podem avaliar de forma confiável as afirmações de verdade de pontos de vista religiosos divergentes; (2) Mesmo que pudessem, aplicar uma única "verdadeira religião" não teria o efeito desejado, porque a crença não pode ser compelida pela violência; (3) A coerção da uniformidade religiosa levaria a mais distúrbios sociais do que permitir a diversidade. 3. Qual a paixão essencial à sociedade, segundo Hume? E para Adam Smith? O que é a mão invisível? “A razão é, e deve ser apenas escrava das paixões, e não pode aspirar a outra função além de servir e obedecer a elas” (HUME, 2002, p. 451). A razão servindo as paixões, mas de que forma? Encontrando o melhor meio de satisfazê-las, certamente. E aí se trata não de contrapor as paixões à razão, mas sim de substituir uma paixão por outra: só uma paixão pode fazer o trabalho de outra paixão, nunca a racionalidade. Agimos pelas paixões, com a razão nos indicando o caminho para que a ação chegue a bom termo. Apesar de na aparência defender uma tese irracional, Hume está longe disso. Se apenas existissem as paixões, sem a razão, na maior parte das vezes as ações humanas estariam fadadas ao fracasso. É a razão, em forma de prudência, que nos alerta qual o momento certo de agir, e quando se deve esperar. https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerras_religiosas_na_Europa https://graduacao.cederj.edu.br/ava/mod/glossary/showentry.php?eid=4108&displayformat=dictionary Mão invisível descreve "benefícios sociais não intencionais" oriundos de ações de um indivíduo em interesse próprio. A ideia de comércio e do mercado de troca automaticamente canalizando o "interesse próprio" para "fins sociais desejáveis" é a justificativa central da filosofia econômica de laissez-faire, que antecede a economia neoclássica. Nesse sentido, a discordância central entre ideologias econômicas pode ser vista como uma discordância sobre quão poderosa é a "mão invisível". Em modelos alternativos, forças que eram nascentes durante o tempo de vida de Smith, como a indústria de larga escala, as finanças e a publicidade, reduzem sua efetividade 4. O que é o utilitarismo e qual seu princípio básico? O utilitarismo, escola filosófica fundada por Jeremy Bentham (1748- 1832), tinha como princípio básico o fato de que o ser humano foge da dor e se aproxima do prazer. Dito dessa forma, o utilitarismo deveria ser uma filosofia hedonista, baseada na busca dos prazeres. Mas nada estaria mais longe da verdade: os utilitaristas se notabilizaram pela sua contínua luta por grandes reformas políticas e sociais. Aproximar os seres humanos da felicidade possível não era uma tarefa que poderia ser realizada apenas com o desfrute dos prazeres da vida. O utilitarismo rejeita o egoísmo, opondo-se a que o indivíduo deva perseguir os seus próprios interesses, mesmo às custas dos outros, e se opõe também a qualquer teoria ética que considere ações ou tipos de atos como certos ou errados independentemente das consequências que eles possam ter. O utilitarismo assim difere radicalmente das teorias éticas que fazem o caráter de bom ou mal de uma ação depender do motivo do agente porque, de acordo com o utilitarismo, é possível que umacoisa boa venha a resultar de uma má motivação no indivíduo. Cinco princípios fundamentais são comuns a todas as versões do utilitarismo: •Princípio do bem-estar– O “bem” é definido como sendo o bem estar. Diz-se que o objetivo pesquisado em toda ação moral se constitui pelo bem-estar (físico, moral e intelectual). https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_neocl%C3%A1ssica https://pt.wikipedia.org/wiki/Laissez-faire •Consequencialismo – As consequências de uma ação são a única base permanente para julgar a moralidade desta ação. O utilitarismo não se interessa desta forma pelos agentes morais, mas pelas ações •Princípio da agregação – O que é levado em conta no cálculo é o saldo líquido (de bem-estar, numa ocorrência) de todos os indivíduos afetados pela ação, independentemente da distribuição deste saldo. O que conta é a quantidade global de bem-estar produzida, qualquer que seja a repartição desta quantidade. Sendo assim, é considerado válido "sacrificar uma minoria", cujo bem- estar será diminuído, a fim de aumentar o bem-estar geral. Esta possibilidade de sacríficio se baseia na ideia de compensação: a desgraça de uns é compensada pelo bem-estar dos outros. Se o saldo de compensação for positivo, a ação é julgada moralmente boa. O aspecto dito sacrificial é um dos mais criticados pelos adversários do utilitarismo. •Princípio de otimização - O utilitarismo exige a maximização do bem-estar geral, o que não se apresenta como algo facultativo, mas sim como um dever. •Imparcialidade e universalismo – Os prazeres e sofrimentos são considerados da mesma importância, quaisquer que sejam os indivíduos afetados. O bem-estar de cada um tem o mesmo peso dentro do cálculo do bem-estar geral. Referências: 1. wikipedia.org 2. Ramos, Flamarion Caldeira et alii. Manual de Filosofia Política 3. brasilescola.uol https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Consequ%C3%AAncia&action=edit&redlink=1
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