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Estudo de Direito do Trabalho II

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Direito do Trabalho II 
Duração do Trabalho –
Horário de trabalho: Analisa o horário trabalhado pelas horas e verifica se considerado período diurno (em regra, é o período das 05:00 da manhã às 22:00 horas da noite), ou o período noturno (em regra, é o período das 22:00 horas da noite às 05:00 horas da manhã). 
HORA FICTA (hora do trabalho noturno) – A hora do trabalhador urbano no período não equivale a 60 minutos, conta-se 52 minutos e 30 segundos por hora (reduz-se 7 minutos e meio a cada hora). Ocorre no horário do trabalho noturno. Sendo o adicional noturno do trabalhador urbano de 20%. 
Jornada: Jornada é o tempo que o empregado vai estar à disposição, sendo o tempo efetivo de trabalho. A jornada equivale ao tempo de trabalho de 1 dia (sendo em regra, 8 horas).
Tempo à disposição: Começa-se a contar quando o empregado chega ao local de trabalho, ou seja, quando o empregado “bate o ponto”, e fica à disposição das ordens do empregador. 
Tempo de trabalho efetivo: É o tempo que o empregado está necessariamente trabalhando. 
Art. 58. A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite.
§ 1º Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. 
§ 2º O tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. 
§ 3º. (Revogado pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
REGRA: 8 horas diárias; 44 horas semanais e 220 horas mensais. 
EXCEÇÕES: Bancário – 6 horas. 
Art. 224, CLT. A duração normal do trabalho dos empregados em banco, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 horas de trabalho por semana. 
Operadores cinematográficos – 5 horas. 
Art. 234, CLT. A duração normal do trabalho dos operadores cinematográficos e seus ajudantes não excederá de seis horas diárias. 
Jornada Extraordinária ou Suplementar: É o trabalho além da jornada normal (a regra é de 8 horas). 
· Limite: O máximo de horas extras é de 2 horas por dia.
· Forma: Acordo individual/convenção ou acordo coletivo. Pode ser realizada a jornada extraordinária mediante acordo entre as partes (empregado e empregador, de forma expressa ou tácita), e também por convenção ou acordo coletivo. 
Art. 59, CLT. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. 
· Adicional: O empregador vai receber o valor das horas trabalhadas mais o acréscimo de 50% dessas horas (do tempo de hora suplementar).
Art. 59, § 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal. 
Compensação de jornada: São horas de trabalho compensadas com horas de descanso. 
· Requisitos para que haja compensação de jornada: 
Art. 59. § 2º Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. 
§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma dos §§ 2º e 5º deste artigo, o trabalhador terá direito ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. 
§ 4º. (Revogado pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
§ 5º O banco de horas de que trata o § 2º deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.
§ 6º É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês. 
· Banco de horas – Convenção Coletiva: Para que haja compensação, deverá estar expresso na convenção coletiva. A compensação terá que ocorrer no prazo de 1 ano. Ocorre a soma das horas extras realizadas na semana para computar, não podendo exceder 10 horas diárias. 
Se houver dispensa sem compensação, o empregado receberá o banco de horas como se fosse hora extra (recebendo o adicional de 50%).
· Banco de horas – Acordo Individual Escrito: O banco de horas pode ser realizado individualmente se houver acordo escrito, tendo o prazo de 6 meses para ser compensado. 
· Compensação semanal – Acordo Individual: Pode haver compensação mensal e semanal, podendo ser realizado por acordo verbal. Exemplo de compensação semanal: adventista. 
Necessidade Imperiosa: Nos casos de necessidade imperiosa, os empregados são obrigados a fazer hora extra. Havendo a obrigação ainda que não haja acordo. 
· São considerados necessidades imperiosas os casos de força maior e serviço inadiável. 
· Remuneração: Nos casos de força maior, o empregado receberá o valor da hora extra trabalhada, sem adicional de 50%. E, nos casos de serviços inadiáveis, o empregado receberá o valor da hora extra trabalhada + 50% adicional. 
· Duração: Em caso de serviço inadiável, há o limite de 4 horas extras, não excedendo a duração de 12 horas diárias. E, em caso de força maior, não há limite de horas extras. 
Art. 61. Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa acarretar prejuízo manifesto. 
§ 1º. O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§ 2º. Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe expressamente outro limite.
§ 3º. Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de 10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente.
Atividade Insalubres: É necessário que haja a autorização dos órgãos de Medicina do Trabalho, estes órgãos deverão fazer análise do local de trabalho para verificar se o empregado pode ficar exposto ao local insalubre. Por motivo de força maior, pode haver hora extra, sem a necessidade de autorização dos órgãos. Exceção: A exceção é da jornada 12x36, ou seja, o empregado trabalha 12 horas e descansa por 36 horas. 
Art. 60, CLT. Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.
Parágrafo único.Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta e seis horas ininterruptas de descanso
Variação de 5 minutos/10 minutos: Não caracteriza hora extra, se o empregado chegar 5 minutos mais cedo ou 5 minutos mais tarde, totalizando 10 minutos como limite. Não pode exceder 5 minutos tanto antes como depois. 
Art. 58, § 1º. Não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. 
Menor: Em regra, o menor não faz hora extra. Exceção: se houver compensação em outro dia, havendo acordo coletivo ou convenção; e em se tratando de força maior, sendo o trabalho do menor indispensável naquele momento (máximo de 12 horas, com adicional de 50% - Constituição Federal). 
Art. 413, CLT. É vedado prorrogar a duração normal diária do trabalho do menor, salvo: 
I - até mais 2 (duas) horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acordo coletivo nos termos do Título VI desta Consolidação, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela diminuição em outro, de modo a ser observado o limite máximo de 48 (quarenta e oito) horas semanais ou outro inferior legalmente fixada; 
II - excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 (doze) horas, com acréscimo salarial de, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) sobre a hora normal e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento. 
Jornada 12x36: Nesta jornada, o empregado trabalha 12 horas e folga por 36 horas.
· Características: 
· Acordo individual escrito/convenção ou acordo coletivo: Para que haja essa jornada, deve conter no contrato escrito ou no acordo coletivo. 
· 12 horas de trabalho e 36 horas de descanso ininterruptos; 
· Descanso para alimentação (observados ou indenizados): O empregado terá o descanso de 1 hora ou o horário será indenizado (convertido em dinheiro). 
· Remuneração – descanso semanal + feriados: Nesta jornada, os feriados não interferem. Ou seja, se a escala cair no feriado, o empregado trabalha e descansa as 36 horas que tem direito. 
· Horas extraordinárias: O que exceder as 12 horas, o empregado receberá o adicional de 50% das horas a mais trabalhadas. 
Art. 59-A. Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. 
Parágrafo único. A remuneração mensal pactuada pelo horário previsto no caput deste artigo abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver, de que tratam o art. 70 e o § 5º do art. 73 desta Consolidação.
Art. 59-B. O não atendimento das exigências legais para compensação de jornada, inclusive quando estabelecida mediante acordo tácito, não implica a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária se não ultrapassada a duração máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional.
Parágrafo único. A prestação de horas extras habituais não descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas. 
Excluídos: São empregados que não batem ponto, ou seja, não recebem pelo tempo, recebendo pelo cargo, função e diferença salarial. Em consequência da hora não ser computada, não recebe hora extra. 
· Cargo de confiança: auto empregados ou diretores de Sociedade Anônima. 
· Empregados externos: Não há controle dentro do estabelecimento. 
· Empregados em regime de teletrabalho: São as pessoas que trabalham em casa. 
Art. 62, CLT. Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: 
I - os empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho, devendo tal condição ser anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no registro de empregados; 
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial. 
III - os empregados em regime de teletrabalho.
Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).
OBS.: Registro de horário (art. 74, CLT) – O registro é obrigatório para empresas que tenham mais de 10 empregados, sendo obrigatório por conta da inversão de provas. 
Micro-empresas – não há obrigação de registro de horário para micro-empresas.
Doméstico – Tem que haver registro de horário, ainda que não tenha 10 funcionários. 
Art. 74, CLT. O horário do trabalho constará de quadro, organizado conforme modelo expedido pelo Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, e afixado em lugar bem visível. Esse quadro será discriminativo no caso de não ser o horário único para todos os empregados de uma mesma seção ou turma.
§ 1º - O horário de trabalho será anotado em registro de empregados com a indicação de acordos ou contratos coletivos porventura celebrados.
§ 2º - Para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso. (Redação dada pela Lei nº 7.855, de 24.10.1989)
§ 3º - Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos empregados constará, explicitamente, de ficha ou papeleta em seu poder, sem prejuízo do que dispõe o § 1º deste artigo.
Intervalos: Os intervalos foram criados para evitar a fadigação do empregado e consequentemente acidentes de trabalho. 
· Intrajornada: São os intervalos curtíssimos, não sendo remunerados pois não se computa a hora. 
Repouso e alimentação: 
De 0 horas a 4 horas: Não tem direito a intervalo quem trabalha 4 horas. 
De 4 horas a 6 horas: O empregado que trabalha 6 horas, tem direito a 15 minutos de intervalo.
De 6 horas a 8 horas: O empregado que trabalha mais de 6 horas, tem intervalo de no mínimo 1 hora, e no máximo de 2 horas.
· Redução: É possível reduzir o tempo da intrajornada, se houver no local de trabalho refeitório e alimentação digna (sem restrições ou delimitações). O refeitório deverá ser fiscalizado pelo órgão competente e autorizado pelo Ministério do Trabalho. 
· Não concessão: O empregador que não conceder o intervalo intrajornada será punido e pagará como se hora extra fosse.
· Motoristas: O motorista terá direito ao intervalo fracionado, desde que previsto em norma coletiva. 
Art. 71, CLT. Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas.
§ 1º Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas.
§ 2º Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho.
§ 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares.
§ 4º A não concessão ou a concessão parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, a empregados urbanose rurais, implica o pagamento, de natureza indenizatória, apenas do período suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho.
§ 5o  O intervalo expresso no caput poderá ser reduzido e/ou fracionado, e aquele estabelecido no § 1o poderá ser fracionado, quando compreendidos entre o término da primeira hora trabalhada e o início da última hora trabalhada, desde que previsto em convenção ou acordo coletivo de trabalho, ante a natureza do serviço e em virtude das condições especiais de trabalho a que são submetidos estritamente os motoristas, cobradores, fiscalização de campo e afins nos serviços de operação de veículos rodoviários, empregados no setor de transporte coletivo de passageiros, mantida a remuneração e concedidos intervalos para descanso menores ao final de cada viagem.   
· Mecanografia (o empregado que trabalha com escrita mecânica): A cada 90 minutos de trabalho, o empregado tem 10 minutos de descanso, sendo computados como tempo de serviço e remunerado. 
Art. 72. Nos serviços permanentes de mecanografia (datilografia, escrituração ou cálculo), a cada período de 90 (noventa) minutos de trabalho consecutivo corresponderá um repouso de 10 (dez) minutos não deduzidos da duração normal de trabalho.
· Câmara frigorífica: A cada 1 hora e 40 minutos de trabalho, o empregado terá direito a 20 minutos de descanso. Computado e remunerado. 
Art. 253. Para os empregados que trabalham no interior das câmaras frigoríficas e para os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho efetivo.
Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins do presente artigo, o que for inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do Ministério do Trabalho, Industria e Comercio, a 15º (quinze graus), na quarta zona a 12º (doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10º (dez graus).
· Minas e subsolo: A cada 3 horas de trabalho, o empregado tem direito a 15 minutos de descanso. Remunerado e computado. 
Art. 298. Em cada período de 3 (três) horas consecutivas de trabalho, será obrigatória uma pausa de 15 (quinze) minutos para repouso, a qual será computada na duração normal de trabalho efetivo.
· Interjornada: Ocorre entre um dia de trabalho e outro, devendo haver intervalo de 11 horas. Se esse período de 11 horas não for respeitado, o empregador pagará como se hora extra fosse. 
Art. 66. Entre 2 (duas) jornadas de trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso.
· Repouso semanal – RSR/DSR: O art. 7 da CF garante o repouso semanal remunerado e diz que deve ser preferencialmente aos domingos. 
Características: O repouso semanal dura 24 horas; a folga deve acontecer no sétimo dia da semana (intercorrência); deve ser preferencialmente aos domingos, mas há possibilidades em que o empregado pode trabalhar aos domingos. 
Art. 7º da Lei 605. A remuneração do repouso semanal corresponderá:
a) para os que trabalham por dia, semana, quinzena ou mês, à de um dia de serviço, computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas; 
b) para os que trabalham por hora, à sua jornada norma de trabalho, computadas as horas extraordinárias habitualmente prestadas; 
c) para os que trabalham por tarefa ou peça, o equivalente ao salário correspondente às tarefas ou peças feitas durante a semana, no horário normal de trabalho, dividido pelos dias de serviço efetivamente prestados ao empregador;
d) para o empregado em domicílio, o equivalente ao quociente da divisão por 6 (seis) da importância total da sua produção na semana.
§ 1º Os empregados cujos salários não sofram descontos por motivo de feriados civis ou religiosos são considerados já remunerados nesses mesmos dias de repouso, conquanto tenham direito à remuneração dominical.
§ 2º Consideram-se já remunerados os dias de repouso semanal do empregado mensalista ou quinzenalista cujo cálculo de salário mensal ou quinzenal, ou cujos descontos por falta sejam efetuados na base do número de dias do mês ou de 30 (trinta) e 15 (quinze) diárias, respectivamente.
O empregado, para ter direito ao repouso semanal remunerado deverá ter frequência e pontualidade. A falta sem justificativa, acarreta a perda do direito ao repouso semanal remunerado. 
O valor do repouso semanal remunerado é calculado pela quantidade de domingos de cada mês. 
Súmula 110, TST. No regime de revezamento, as horas trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, inclusive com o respectivo adicional.
Serão computados 11 horas (interjonada) + 24 horas (repouso semanal remunerado) = 35 horas, no mínimo.
Obs.: motorista profissional (art. 235-D): O motorista tem direito a 35 horas de repouso, podendo essas horas serem fracionadas para descanso. 
Art. 235-D. Nas viagens de longa distância com duração superior a 7 (sete) dias, o repouso semanal será de 24 (vinte e quatro) horas por semana ou fração trabalhada, sem prejuízo do intervalo de repouso diário de 11 (onze) horas, totalizando 35 (trinta e cinco) horas, usufruído no retorno do motorista à base (matriz ou filial) ou ao seu domicílio, salvo se a empresa oferecer condições adequadas para o efetivo gozo do referido repouso. 
§ 1º É permitido o fracionamento do repouso semanal em 2 (dois) períodos, sendo um destes de, no mínimo, 30 (trinta) horas ininterruptas, a serem cumpridos na mesma semana e em continuidade a um período de repouso diário, que deverão ser usufruídos no retorno da viagem. 
§ 2º A cumulatividade de descansos semanais em viagens de longa distância de que trata o caput fica limitada ao número de 3 (três) descansos consecutivos. 
§ 3º O motorista empregado, em viagem de longa distância, que ficar com o veículo parado após o cumprimento da jornada normal ou das horas extraordinárias fica dispensado do serviço, exceto se for expressamente autorizada a sua permanência junto ao veículo pelo empregador, hipótese em que o tempo será considerado de espera. 
§ 4º Não será considerado como jornada de trabalho, nem ensejará o pagamento de qualquer remuneração, o período em que o motorista empregado ou o ajudante ficarem espontaneamente no veículo usufruindo dos intervalos de repouso. 
§ 5º Nos casos em que o empregador adotar 2 (dois) motoristas trabalhando no mesmo veículo, o tempo de repouso poderá ser feito com o veículo em movimento, assegurado o repouso mínimo de 6 (seis) horas consecutivas fora do veículo em alojamento externo ou, se na cabine leito, com o veículo estacionado, a cada 72 (setenta e duas) horas. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
§ 6º Em situações excepcionais de inobservância justificada do limite de jornada de que trata o art. 235-C, devidamente registradas, e desde que não se comprometa a segurança rodoviária, a duração da jornada de trabalho do motorista profissional empregado poderá ser elevada pelo tempo necessário até o veículo chegar a um local seguro ou ao seu destino. 
§ 7º Nos casos em que o motorista tenha que acompanhar o veículo transportado por qualquer meio onde ele siga embarcado e em que o veículo disponha de cabine leito ou a embarcação disponha de alojamento para gozo do intervalo de repouso diário previsto no § 3º do art. 235-C, esse tempo será considerado como tempo de descanso. 
§ 8º Para o transporte de cargas vivas, perecíveis e especiais em longa distância ou em território estrangeiro poderão ser aplicadas regras conforme a especificidade da operação de transporte realizada, cujas condições de trabalho serão fixadas em convenção ou acordo coletivo de modo a assegurar as adequadas condições de viagem e entrega ao destino final. 
· Atividades Autorizadas Para Funcionar Domingo: A autorização por lei e pela convenção de municípiosque permitem que o comércio funcione aos domingos. 
Art. 9, Lei 605. Art. 9º Nas atividades em que não for possível, em virtude das exigências técnicas das empresas, a suspensão do trabalho, nos dias feriados civis e religiosos, a remuneração será paga em dobro, salvo se o empregador determinar outro dia de folga.
§ 6º, Lei 10.101.  Para efeito da apuração do imposto sobre a renda, a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados da empresa será integralmente tributada com base na tabela progressiva constante do Anexo.
Obs.: Pagamento em dobro – Se o empregado trabalhar em dia de repouso, receberá o valor da jornada em dobro. Da mesma forma ocorre se o trabalho no domingo não for autorizado e empregado trabalhar, este receberá o valor dobrado. 
Súmula 146, TST. O trabalho prestado em domingos e feriados, não compensado, deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal.
Súmula 461, STF. É duplo, e não triplo, o pagamento do salário nos dias destinados a descanso.
· Feriados: Art. 70, CLT. Salvo o disposto nos artigos 68 e 69, é vedado o trabalho em dias feriados nacionais e feriados religiosos, nos termos da legislação própria.
Art. 1º, Lei 605. Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local.
 Art. 1º, Lei 9.093. São feriados civis:
        I - os declarados em lei federal;
        II - a data magna do Estado fixada em lei estadual.
        III - os dias do início e do término do ano do centenário de fundação do Município, fixados em lei municipal.        
Art. 2º, Lei 9.093. São feriados religiosos os dias de guarda, declarados em lei municipal, de acordo com a tradição local e em número não superior a quatro, neste incluída a Sexta-Feira da Paixão.
Art. 1o, Lei 10.607. São feriados nacionais os dias 1o de janeiro, 21 de abril, 1o de maio, 7 de setembro, 2 de novembro, 15 de novembro e 25 de dezembro.
Art. 611-A, XI, CLT. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
XI - troca do dia de feriado;
· Férias: É o direito que o empregado tem a 30 dias consecutivos de repouso. 
Art. 129, CLT. Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. 
· Aquisição das férias: O período aquisitivo conta-se a partir da data que o empregado começou a trabalhar, após 12 meses o empregado tem direito a férias. 
Art. 130, CLT. Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: 
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes; 
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas; 
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas; 
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. 
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço. 
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.
	Quantidade de faltas
	Dias que tem direito a férias 
	5 faltas
	30 dias de férias
	6 a 14 faltas
	24 dias de férias
	15 a 23 faltas
	18 dias de férias
	24 a 32 faltas
	12 dias de férias
	33 faltas
	Não tem direito a férias
Não será considerado falta: Art. 131. Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo anterior, a ausência do empregado:
I - nos casos referidos no art. 473; 
II - durante o licenciamento compulsório da empregada por motivo de maternidade ou aborto, observados os requisitos para percepção do salário-maternidade custeado pela Previdência Social;
III - por motivo de acidente do trabalho ou enfermidade atestada pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, excetuada a hipótese do inciso IV do art. 133; 
IV - justificada pela empresa, entendendo-se como tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário; 
V - durante a suspensão preventiva para responder a inquérito administrativo ou de prisão preventiva, quando for impronunciado ou absolvido; e
VI - nos dias em que não tenha havido serviço, salvo na hipótese do inciso III do art. 133. 
· Não aquisição das férias: Se o empregado ficar até 6 meses afastado, o empregado não terá direito a férias (art. 133, IV).
· Concessão: As férias será concedida pelo empregador no prazo de 12 meses. 
Art. 134. As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. 
§ 1º Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. 
§ 2º ... (Revogado pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
§ 3º É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.
· Comunicação: O empregador tem que avisar ao empregado sobre as férias com 30 dias de antecedência. 
Art. 135. A concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 (trinta) dias. Dessa participação o interessado dará recibo. (Redação dada pela Lei nº 7.414, de 9.12.1985)
§ 1º - O empregado não poderá entrar no gozo das férias sem que apresente ao empregador sua Carteira de Trabalho e Previdência Social, para que nela seja anotada a respectiva concessão. (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977)
§ 2º - A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados.
· Período de gozo – art. 134, 1ª parte c/c art. 136, caput. A época das férias será estipulada pelo empregador. 
Art. 136. A época da concessão das férias será a que melhor consulte os interesses do empregador.
· Membros da mesma família: os membros da mesma família se trabalharem no mesmo estabelecimento podem solicitar que as férias sejam concedidas na mesma época, desde que não haja prejuízo para o empregador (art. 136, §1º).
Art. 136, § 1º. Os membros de uma família, que trabalharem no mesmo estabelecimento ou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar prejuízo para o serviço.  
· Estudante menor: As férias do empregado menor deve coincidir com as férias escolares (art. 136, §2º).
Art. 136, § 2º - O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. 
Obs.: As férias só poderão ser iniciadas perto de feriados, se iniciar 2 dias antes do feriado (art. 134, §3º). 
§ 3º É vedado o início das férias no período de dois dias que antecede feriado ou dia de repouso semanal remunerado.
Fracionamento: O empregador pode fracionar as férias em 3 vezes. O fracionamento só poderá ocorrer se o empregado tiver direito a 24 dias de férias ou mais. O fracionamento será de um período com 14 dias corridos, e um ou dois períodos com 5 dias corridos de férias. É necessário a anuência do empregado (art. 134, §1º).
Art. 134, § 1º. Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um. 
Pagamento: 2 dias. 
Art. 145 - O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono referido no art. 143 serão efetuados até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período.                  
Parágrafo único - O empregado dará quitação do pagamento, com indicação do início e do termo das férias.
Férias simples: pagamento do salário + 1/3.
Férias em dobro: se o empregador não conceder as férias no prazo de 12 meses, a remuneração será dobrada (salário + 1/3 x2). 
Férias proporcionais: Ocorre em caso de dispensa ou demissão. É o valor referente aos meses trabalhados 
· Férias coletivas: As férias coletivas são as concedidas a um grupo de empregados ou da própria empresa (todos da empresa). A empresa para a atividade ou os departamentos (setores da empresa) param. 
Requisitos e fracionamento das férias coletivas: 
Art. 139. Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa.
§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos.
§ 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida.
§ 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho.
Obs.: O empregado com menos de 12 meses de contrato receberá o valor proporcional das férias e goza das férias normalmente. Quando retorna ao serviço, começa a contagem de um novo período aquisitivo. 
Art. 140. Os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses gozarão, na oportunidade, férias proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo.
· Remuneração: Tudo aquilo que for pago ao empregado, vai ser caracterizado como remuneração (independente da fonte pagadora). 
Salário é espécie e vai ser pago apenas pelo empregador. Remuneração é gênero e qualquer pessoa (empregador ou terceiro) pode ser a fonte pagadora.
Art. 457. Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do serviço, as gorjetas que receber.
§ 1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. 
§ 2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. 
· Gorjetas: A gorjeta pode ser realizada de duas formas: espontânea (quando o terceiro dar a gorjeta) ou provocada/compulsória (quando já é cobrado 10% no pagamento).
A gorjeta é dividida entre os empregados.
Integração: Integra no valor da remuneração, não integrando no cálculo do aviso prévio, adicional noturno, hora extra e no repouso semanal remunerado. 
Súmula 354, TST. As gorjetas, cobradas pelo empregador na nota de serviço ou oferecidas espontaneamente pelos clientes, integram a remuneração do empregado, não servindo de base de cálculo para as parcelas de aviso-prévio, adicional noturno, horas extras e repouso semanal remunerado.
· Salário: Salário é tudo o que o empregado recebe do empregador como contraprestação do trabalho realizado. 
Classificação –
· por unidade de tempo: calcula-se o salário pelo tempo disponível do empregado para prestar serviço ao empregador (8 horas diárias, 44 horas semanais);
· por unidade de obra: calcula-se o que o empregado produziu por um período; 
· por tarefa: calcula-se o tempo e produção do empregado, sendo considerado como meta. 
Obs.: comissão – chamado de salário variável, sendo assim, o empregado tem o valor fixo do salário mínimo + a comissão. Podendo receber só a comissão, se assim for pactuado entre o empregado e o empregador. 
Composição – O art. 458, CLT, determina o que vai compor o salário. 
Art. 458, CLT. Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. 
§ 1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82). 
§ 2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: 
I - vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; 
II - educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; 
III - transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; 
IV - assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; 
V - seguros de vida e de acidentes pessoais; 
VI - previdência privada; 
VII - (Vetado) 
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura. 
§ 3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do salário-contratual. 
§ 4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. 
§ 5º O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do previsto na alínea q do § 9º do art. 28 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. 
· Salário em espécie: 30% do salário deve ser pago em espécie. 
Art. 463. A prestação, em espécie, do salário será paga em moeda corrente do País.
Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com inobservância deste artigo considera-se como não feito.
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
· Salário em utilidades: Também chamado de salário in natura, podendo ser substituído o salário por vestuário, transporte, alimentação, seguro de vida. Art. 82, parágrafo único e art. 458. 
Art. 82. Parágrafo único - O salário mínimo pago em dinheiro não será inferior a 30% (trinta por cento) do salário mínimo fixado para a região, zona ou subzona.
· Salário in natura: 
Vestuário: não será considerado salário se a roupa for única e exclusiva para o trabalho (igual a equipamento de trabalho). Se o empregado puder usar para outros fins sociais, é considerado salário. 
Educação: a educação não é considerada salário, sendo para o empregado ou para os dependentes. 
Transporte: O transporte é considerado parcela in natura e não salário. Se houver transporte (cartão ou vale-transporte), será deduzido do salário 6% deste. Caso contrário, é acréscimo no salário. 
Assistência Médica/Seguro de Vida/ Previdência/ Vale cultura: NÃO SÃO CONSIDERADOS SALÁRIOS, SEM EXCEÇÃO. 
Habilitação: Moradia com condições dignas pode ser descontada até 25% para o trabalhador urbano.
Alimentação: Pode ser descontado até 20% do salário. Se a empresa estiver filiada ao PAT ou FAT, o empregado vaiter direito ao vale-alimento, sem descontar do salário do empregado. 
· Pagamento –
Tempo de pagamento: o empregador deve pagar até o 5º dia útil do mês seguinte ao trabalhado. 
Meio de pagamento: Será em dinheiro na moeda corrente do país; pode pagar em cheque, menos ao empregado analfabeto; pode ser realizado por transferência em conta-salário do empregado. 
Local de pagamento: Se o pagamento for em dinheiro, deve ser pago no local de trabalho. 
· Limites Quantitativos –
Piso: salário mínimo; salário normativo (o salário é fixado por norma coletiva para certa categoria de empregados, determinada por sindicatos); salário profissional (é o salário pago conforme determinado por lei). 
Teto: Na esfera privada existe limite máximo, apenas o mínimo. 
· Parcelas salariais: Trabalho em condições prejudiciais.
Adicionais –
· Adicional noturno: É considerado noturno o período das 22 horas às 05 horas da manhã, tendo hora ficta e o adicional de 20% o empregado urbano. O empregado rural tem o adicional de 25% (agropecuária período noturno – 21 horas ás 05 horas; pecuária período noturno – 20 horas às 04 horas).
· Adicional de hora extra: 50% adicional. 
· Adicional de insalubridade: São os empregados que estão expostos à riscos, por isso tem direito a adicional. RISCOS EM RELAÇÃO À SAÚDE. Adicional de 10% sendo o risco leve, 20% se o risco for médio e 40% se o risco for alto. 
· Adicional de periculosidade: Os riscos são em relação à vida do empregado, tendo direito ao adicional de 30%. Exemplo: inflamáveis, explosivos, vigilância, eletricidade e motocicletas. 
· Adicional de transferência: No caso de transferência provisória, o empregado recebe o adicional de 25% enquanto perdurar a transferência. 
· Gratificações: É a gratificação de natal, décimo terceiro. 
Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus. § 1º - A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente. § 2º - A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral para os efeitos do parágrafo anterior. § 3º - A gratificação será proporcional:   I - na extinção dos contratos a prazo, entre estes incluídos os de safra, ainda que a relação de emprego haja findado antes de dezembro; e II - na cessação da relação de emprego resultante da aposentadoria do trabalhador, ainda que verificada antes de dezembro. Art. 2º - As faltas legais e justificadas ao serviço não serão deduzidas para os fins previstos no § 1º do art. 1º desta Lei. Art. 3º - Ocorrendo rescisão, sem justa causa, do contrato de trabalho, o empregado receberá a gratificação devida nos termos dos parágrafos 1º e 2º do art. 1º desta Lei, calculada sobre a remuneração do mês da rescisão.
· Valor: É o valor do último salário ou a média do salário se não for valor fixo.
· Época do pagamento: O empregador deverá pagar no dia 20 de dezembro. Podendo o empregador fracionar em 2 parcelas, sendo que a primeira parcela será paga entre fevereiro e novembro, e a segunda parcela deverá ser paga no 20 de dezembro. 
Obs.: O empregado pode solicitar que a primeira parcela coincida com as férias, desde que a solicitação seja feita em janeiro. 
· Gratificação de Função: Trabalho de confiança, o valor da gratificação será de 40% do salário efetivo. 
Art. 62. Parágrafo único - O regime previsto neste capítulo será aplicável aos empregados mencionados no inciso II deste artigo, quando o salário do cargo de confiança, compreendendo a gratificação de função, se houver, for inferior ao valor do respectivo salário efetivo acrescido de 40% (quarenta por cento).

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