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1 1 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Maria Salete de Freitas Pinheiro - CRB6 - 1262 S235o Santiago, Marcos. Oficina da família para casais : um guia para casais e conselheiros / Marcos & Simone Santiago. - Uberlândia : Pérgamo, 2015. 116 p. : il. ISBN: 978-85-61149-08-6 Inclui bibliografia. 1. Casamento - Aspectos religiosos. 2. Aconselhamento matrimonial. I. Título. II. Santiago, Simone. CDD: 248.4 PÉRGAMO EDIÇÕES LTDA Alameda City Campo, 1409 | Bairro Mansões Aeroporto | Cep 38.406-392 | Uberlândia - MG Telefone: 34 3213-3131 | comercial@pergamoedições.com.br | www.pergamoedicoes.com.br Informações sobre o projeto: oficinadafamília@gmail.com Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, sem prévia autorização dos autores e da editora. 1ª edição 2ª Impressão: 4 mil exemplares 2015 Coordenação editorial: Gilson Cantuário Supervisão editorial: Marcos Vinícius Santiago e Marta Fontoura Cantuário Revisão: Carla Rios e Marta Fontoura Cantuário Projeto gráfico e capa: Cria Propaganda Impressão: 3Pinti Foto contracapa: Cibelle Araújo 1 AGRADECIMENTOS A Deus, por ter-nos feito um para o outro. Às nossas mães por acreditarem no casamento, mesmo sem terem vivido todas as alegrias proporcio- nadas por ele e por serem torcedoras de nossa relação. Aos amigos Gilson e Marta, Robson e Amasília, que acreditaram que este ministério é obra de Deus e precisava ser transformado em um livro para guiar os casais à satisfação conjugal. Às famílias pastorais que, ao experimentarem o projeto OFICINA DA FAMÍLIA, sonharam conosco e nos têm acompanhado em sua realização. Enfim, a todos os casais que já participaram da OFICINA, oferecendo-nos suas histórias, seus sorri- sos e suas lágrimas. 2 ApRESENTAçãO Em nossos projetos pessoais, temos investido tempo e recursos na estrutura re- lacional básica, primária e fundamental da existência humana: a família. Na família, ouvimos e falamos nossas primeiras palavras. Na família, aprendemos a entender e expressar nossas primeiras emoções; Junto à família, damos os primeiros passos que nos levam a desbravar o mundo; É junto à família que começamos a sonhar com o futuro. É junto à família que aprendemos quem é Deus; Todavia, é também na família que passamos pelos primeiros traumas; É na família que aprendemos a usar as primeiras máscaras existenciais; É na família que descobrimos que os seres humanos não são tão perfeitos quanto gostariam; É na família que nos refugiamos quando as lágrimas revelam a mais pro- funda dor; Ela, a família, é o palco de nossas mais memoráveis alegrias; É onde somos perdoados e amados incondicionalmente; E, por pior que seja sua estrutura, nela ou através dela, Deus reconstrói o ser humano a sua semelhança; Em suma, não há um tempo em que a família deixa de influenciar nossa vida; por isso, sempre é tempo de entendermos os relacionamentos dentro da família; Sempre é tempo de conhecermos quem somos como cônjuges, filhos, pais, avós, irmãos etc.; Sempre é tempo de corrigirmos as falhas que trazem dor e tristeza em nosso maior bem; Sempre é tempo de fazer um “Check Up” a fim de continuar a jornada da vida com maior segurança e prazer. Neste curso, aprenderemos que ter a família que sempre sonhamos co- meça ao conquistarmos o casamento que sempre desejamos. Obrigado pela preferência e voltem sempre! 1@braço Marcos e Simone Santiago 3 • Nossa visão • Como o Curso é orgaNizado? • Como devem fuNCioNar as reuNiões? • CoNteúdo do Curso Su má rio Seção I Manual de instruções do casamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 Seção II O tempo passa . . . O tempo voa . . . E o casamento deve continuar numa boa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21 Seção III Manual de instruções do homem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33 Seção IV Manual de instruções da mulher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42 Seção V Habilidades conjugais – ferramentas de Comunicação i . . . . . . . . . . . . .49 Seção VI Habilidades conjugais – ferramentas de Comunicação ii . . . . . . . . . . . .58 Seção VII Habilidades conjugais – ferramentas de empatia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .67 Seção VIII Habilidades conjugais – ferramentas de assertividade . . . . . . . . . . . . . .76 Seção IX o perdão como cura conjugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .87 Seção X Cura para os traumas familiares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .96 anexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107 referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116 4 Nossa visão Bem vindos à OFICINA DA FAMÍLIA! Temos certeza que, ao longo e após o curso, seu casamento será ricamente abençoado e transformado pelo querer e efetuar de Deus. Deus é o maior interessado em seu casamento, talvez até mais que vocês mesmos. Foi Ele o Criador dessa relação que promove sensações, pensamentos e emoções que os seres angelicais não conseguem entender ou experimentar. Deus colocou o casamento como uma ação fundamental em Seu projeto de invenção do SER HUMANO. Afinal, o casamento é parte essencial do quebra-ca- beça chamado CRIAÇÃO. Ou seja, sem o casamento faltaria algo para preencher o maior símbolo da motivação divina quanto ao ato de criar: o relacionamento. Relacionamento é uma forma (sobre)natural de Deus se conectar a nós e tam- bém é uma necessidade entre seres humanos. Afinal, “ninguém é uma ilha”. Na relação de pessoas de sexos opostos há um tempero especial com gosto de transparência, confiança, fidelidade, compreensão, cuidado, res- peito, enfim, amor. Todavia, com a entrada do pecado no universo huma- no, o relacionamento foi atropelado pelas deformações de nosso caráter. Isso dificulta nossa aceitação do outro em detrimento de nós mesmos, podendo transformar a relação em um ato egoísta e individualista. Um dos maiores traumas deixados pelo pecado é nossa inabilidade quanto ao devido comportamento dentro do matrimônio. Mas, temos a nossa disposição a misericórdia divina que nos capacita à aprendizagem de estratégias úteis à prevenção ou solução de conflitos. Por isso, cremos que não há problema conjugal sem solução. Durante o curso, vocês verão a glória de Deus inundar seu casamen- to. Sentirão o sangue de Cristo apagar todas as culpas, mágoas ou dores existentes em seu ser. Vocês serão ungidos pelo Espírito Santo a fim de exaltarem o caráter de Deus através do matrimônio. Em suma, não temam a obra revolucionária e restauradora que Deus realizará em seu relacionamento. Não tenham medo, Deus agirá em vocês! 5 Como o Curso é orgaNizado? O curso é um modelo de discipulado matrimonial. Ou seja, a intenção é curar as relações transformando-as em fontes de cura para outros casais. Para que as respostas do curso sejam as mais favoráveis, nossa sugestão é que ele seja realizado em grupos de até seis casais. passo 1 Um casal líder seleciona um grupo de até seis casais, ora por eles du- rante 2 ou 3 semanas e os convida para um grupo de apoio e aperfeiçoa- mento da relação matrimonial. passo 2 Ao ser formado, o grupo deverá se reunir ao longo de 10 semanas. Esta periodicidade, criará vínculo entreo grupo, que se transformará em um ponto de apoio para a superação de conflitos e traumas particulares ao universo de cada casal. passo 3 O casal de líderes deverá marcar a primeira reunião e apresentar aos demais casais um termo de compromisso do grupo (modelo no anexo 1), incentivando-os a participarem de todas as etapas do curso. Este primei- ro Módulo é também chamado de Ciclo do NAMORO, por se tratar da dis- cussão de temas relacionados ao conhecimento um do outro. No final de cada seção há uma sequência de exercícios a serem preenchidos pelo casal. O casal somente estará apto para a formatura após apresentar a apos- tila com todos os exercícios realizados. 6 passo 4 Ao final das 10 semanas de encontros, o grupo deverá realizar uma formatura nos moldes de uma cerimônia de renovação de votos matrimo- niais para o receber o certificado (modelo no anexo 2). passo 5 Após finalizar o módulo 1, o casal deverá formar um grupo para o módulo 2. 7 Como devem fuNCioNar as reuNiões? 1 . As reuniões ocorrerão semanalmente, em dias e horários estipulados pelos líderes do curso, em consenso com o grupo. 2 . As reuniões devem ser de 1h30 a 2h30. Os casais devem primar pela pontualidade, pois cada minuto é preciosíssimo. 3 . As reuniões não tem caráter de debate. É um momento de aprendiza- gem através do conteúdo teórico e das experiências relatadas. 4 . Os casais não podem repassar o material escrito do curso para um casal que não tenha participado das reuniões. Porém, o casal poderá ministrar ao coração de amigos fazendo uso do que aprendeu no curso. 5 . Todos os casais devem completar as 10 semanas de estudos. Caso falte em alguma reunião, o casal somente estará apto para a formatura se refi- zer o estudo perdido, sob a orientação do casal líder (mentor). 6 . Filhos não podem participar dos encontros. Isso inclui bebês (fica a critério dos organizadores o preparo de um ambiente específico para as crianças). 7 . As reuniões não devem ser filmadas ou gravadas(áudio) a fim de man- ter segura a privacidade de cada indivíduo. 8 . Se um cônjuge faltar o outro não poderá participar do estudo do dia. 9 . O local de realização do curso depende da liderança. O mesmo poderá ocorrer em lares, escolas ou igrejas. 10 . ÉTICA: se um participante usar alguma experiência ou testemunho dos casais fora das reuniões, este deverá deixar o projeto. 8 Seção I maNual de iNstruções DO CASAMENTO 9 Perfil a ser adotado Pelos PartiCiPaNtes 1 . Ouvir com atenção e carinho as vozes dos demais parti- cipantes; 2 . Eliminar preconceitos para com cada participante do grupo. Em se tratando de casamento, nunca se considere juiz de uma experiência onde você sempre será réu; 3 . Ser empático de forma que, dentro do possível e do ne- cessário, sinta a dor dos outros ou mesmo celebre suas ale- grias; 4 . Compartilhar experiências tristes ou alegres como forma de enriquecer a discussão e servir de testemunho incentivador ao crescimento dos casais participantes. metodologia da reuNião 1 . Comece pontualmente realizando uma dinâmica – anexo 3 (5 minutos); 2 . Um voluntário ora pelos casais; 3 . Leia as instruções quanto ao perfil dos participantes; 4 . Leia e discuta o texto da seção. O casal líder deve coorde- nar a discussão de forma a dar aos casais liberdade e incenti- vá-los à expressão de sua compreensão do texto. Cada um deve apresentar sua impressão ou interpretação eliminando o cará- ter de debate (50 a 1h30 minutos); 5 . Inicie os Exercícios de Fortalecimento Conjugal. Os itens que não forem terminados durante a reunião deverão ser ter- minados em casa (30 a 50 minutos); 6 . O casal líder faz um fechamento da reunião resumindo os pontos principais do tema do dia (10 minutos); 7 . Os casais devem ser incentivados a falar do conteúdo do encontro aos amigos e familiares. Na próxima reunião, quem quiser poderá relatar sua experiência. 10 maNual de iNstruções DO CASAMENTO O casamento é uma relação complexa e enigmática. Sendo assim, boa parte do tempo que permanecemos casados deciframos linguagens, per- sonalidades e comportamentos que constituem o cerne do que chama- mos matrimônio. O grande enigma do casamento é que ele envolve uma união de pesso- as inteiramente diferentes. Por isso, tendo em vista que somos diferentes e carregamos diversas visões de mundo, concluímos que, se quisermos ser felizes casados, devemos mudar individualmente. Como estamos cada vez mais convictos de que quando nos casamos entendemos pouco sobre a viagem conjugal que faremos, a vida de ca- sado deve ser vista como uma escola de tempo integral. Ou seja, não há feriados, recessos ou férias. Portanto, aprende-se a permanecer casado enquanto se está casado. Neste primeiro capítulo, aprenderemos os fundamentos de um bom casamento, a fim de sabermos onde estamos e para onde vamos na com- panhia do cônjuge. Fundamentos bíblicos do casamento Gênesis 2:7, 18 a 25; Gn 2:8-17 édeN: um lugar de Paz O Éden foi preparado para ser suficientemente bom para o bem-estar físico, espiritual e emocional de Adão e Eva. Por isso, antes de realizar o casamento pro- priamente dito, Deus preparou tudo para que fosse uma união perfeita: a) Ele sabia que quem casa quer casa: no verso 8, Deus realizou o so- nho da casa própria para o casal; 11 b) Deus não plantou um jardim comum, plantou uma safra agrícola inteira para Adão e Eva: no verso 9, há algo como se fosse a mais moderna Central de Abastecimento (CEASA) já existente; c) No verso 10, há o relato da construção do sistema de irrigação mais puro e natural possível; a fonte do sistema era dentro de sua própria casa (v.11-14). Nunca lhes faltaria água potável e sua fonte serviria para abas- tecer outras moradias do “bairro”; édeN: um lugar de PreParo emoCioNal Após estabelecer os fundamentos para um lar perfeito, o próprio Deus deu a Adão uma companheira. Uma companheira que pudesse cooperar com ele em amor e simpatia à altura de sua capacidade sensitiva. Não poderia ser alguém maior que ele, senão Adão não entenderia a linguagem do amor dela. E, obviamente, não poderia ser alguém menor que ele ao ponto de não com- preender a forma como Adão expressava seus sentimentos. A escritora Ellen White comenta que Eva foi criada de uma costela ti- rada do lado de Adão, significando que não o deveria dominar, como a cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar ao seu lado como sua igual e ser amada e protegida por ele1. Adão entrou em êxtase ao olhar para sua costela, agora transformada em mulher (foi para o mundo da lua!). Olhou nos olhos de Eva e lhe decla- rou todo seu amor. Seria o primeiro e único caso de amor à primeira vista que poderíamos considerar verdadeiro? Como ele, alguns personagens bíblicos são estranhamente românticos ao usarem formas diferentes para demonstrar seu amor pela esposa. Salomão com- parou sua donzela às éguas do Egito - Cantares 1:9. (Imagine se seu esposo ou namorado ao invés de te chamar de gatinha passar a te chamar de eguinha!). édeN: um lugar de PreParo esPiritual O jardim transformou-se o lar do casal. O local onde desfrutariam o máximo de seu potencial afetivo. O local onde desenvolveriam seu caráter à luz do caráter divino. O Éden representava o seu lugar de encontro com Deus. E o sábado foi outro presente dado ao casal a fim de passar o dia inteiro em companhia do seu Criador. 12 édeN: um lugar de aliaNças O compromisso Gn 2:23,24 Estes textos fazem do casamento uma instituição universal, heteros- sexual e monogâmica. Ou seja, demonstram que ele é um ato comum e necessário à sobrevivência das diversas culturas do globo. Eles ainda par- ticularizam a relação sexual ao contexto do casamento. Segundo Brueggemann, a adequada tradução de “osso dos meus os- sos”, seria “osso-poder”, e “carne da minha carne”, seria “carne-fragilida- de”(Gn 29:14; Jz 9:2; 2Sm 19:13-14;2Sm 5:1)2. Assim, podemos aceitarque ele recitou algo tão sério como o nosso voto matrimonial: “na saúde e na enfermidade, na riqueza e na pobreza, na alegria e na tristeza”. Sendo assim, mais que uma declaração de amor, Adão expressou seu com- promisso para com Eva, tornando-a participante das circunstâncias extremas de sua existência. A partir de então, o homem e a mulher compartilhavam a mesma substância, os mesmos propósitos, intenções, sonhos, projetos, en- fim, a mesma razão de adoração! As consequências Gn 2:24 - Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar- se-á à sua mulher, e serão ambos uma só carne. Três temas são categóricos no texto: “deixará”, “apegar-se-á” e “serão os dois uma só carne”. DEIXARÁ: indica uma mudança de relacionamento entre pais e filhos. O teólogo Natanael Morais comenta que, “o ato de deixar pai e mãe e unir-se à esposa, implica numa mudança de foco de lealdade, onde o cônjuge pas- sa a ocupar o primeiro lugar nas afeições do outro cônjuge, em lugar da an- terior lealdade devida aos pais. Isto não quer dizer que a responsabilidade para com os pais cessa com o casamento, mas sim, que agora ele os deixa, a fim de unir-se à esposa. Esta norma matrimonial encerra uma clara indicação de transferência de domicílio, e, consequentemente, a formação de um novo núcleo familiar, o que confere à união matrimonial um caráter de exclusividade”3. 13 APEGAR-SE-Á: o termo indica a mudança de estado civil de solteiro para o de casado. Um novo casal se forma, independente da relação mantida com os pais. Por trás da palavra está o estado relacional das pessoas que se encon- tram num status de apego, amor, amizade e fidelidade. O apegar-se do texto envolve um relacionamento de exclusividade e perpetuidade. SE TORNARÃO UMA SÓ CARNE: a expressão envolve a santidade do inter- curso sexual. É o resultado do desejo ardente suscitado por Deus no ser hu- mano, obrigando-o como casal a se reencontrar no ato sexual4. O texto indica que a sexualidade efetiva o potencial multiplicador da raça (Gn 1:27, 28) e ela também foi criada como um meio de satisfação e gozo (Gn 2:24). Em tese, o fator mais categórico da teologia bíblica quanto ao casa- mento é que o mesmo sempre é visto como uma aliança. (Os 2:20; 13:5; 5:3-4; Is 54:5-8; Jr 3:20; 31:3, 4, 22, 31-33; Pv 2:17; Ez 16:8-14, 59, 60-63). Ou seja, ele é o sinal de que Deus permanece renovando seu pacto com os seres humanos, enquanto estes se amam. 14 EXERCÍCIOS DE fortaleCimeNto CoNJugal 1 . HOMEM: Qual seu conceito de casamento? ___________________________________________________________________________________ mulHer: Como seria o casamento dos seus sonhos? ___________________________________________________________________________________ 2. leiam Gênesis 2:21-25 e respondam: a) O que significa ser osso do meu osso? Como isso se aplica ao seu casamento? ___________________________________________________________________________________ b) O que significa ser carne da minha carne? Como isso se aplica ao seu casamento? ___________________________________________________________________________________ c) Você já deixou seu pai e sua mãe e se uniu a sua esposa/esposo? Como sua relação com seus pais influencia seu casamento? ___________________________________________________________________________________ d) Você tem vergonha de sua nudez diante do cônjuge? ___________________________________________________________________________________ 15 e) E quando a nudez simboliza transparências nas finanças, nos segre- dos, nas decisões etc., existe nudez em seu casamento? Justifique. ___________________________________________________________________________________ 3 . leiam Gênesis 2:8-16 e respondam: a) Em sua relação conjugal, o que está faltando para que seu casamen- to tenha o clima do perfeito amor de Adão e Eva no jardim do Éden? Lis- tem alguns itens. ___________________________________________________________________________________ b) Como a quantidade de trabalho fora de casa tem afetado o nível de paz dentro do seu lar? ___________________________________________________________________________________ c) Quais os limites dados por Deus ao casal Adão e Eva? ___________________________________________________________________________________ d) Que limites já foram quebrados em seu casamento? ___________________________________________________________________________________ 4 . leiam Gênesis 1:29 e respondam: a) Qual era o alimento do casal? ___________________________________________________________________________________ b) O alimento deles melhorava a saúde ou danificava? ___________________________________________________________________________________ 16 c) Como está a qualidade da alimentação em seu lar? ___________________________________________________________________________________ d) Quantas vezes por semana vocês comem: Frutas: ________________________ Legumes: ________________________________ Hortaliças:____________________ Grãos, castanhas: _______________________ Carne:_________________________ e) Vocês tem um projeto de alimentação saudável? Descreva esse pro- jeto. ___________________________________________________________________________________ f) Vocês acham que sua alimentação deve mudar? Se sim, em quê? ___________________________________________________________________________________ 5 . leiam Gênesis 3:8-13 e respondam: HOMEM: Quais seus medos? ___________________________________________________________________________________ Você costuma jogar sobre sua esposa a culpa das falhas da relação? ___________________________________________________________________________________ Avalie-se e responda: Você acha que sua esposa é feliz tendo-o como marido? Quais seriam as motivações para a felicidade dela? ___________________________________________________________________________________ 17 mulHer: Você costuma se fazer de vítima na relação? __________________________________________________________________________________ Você usa de chantagem emocional para conseguir atenção ou o respei- to do marido? ___________________________________________________________________________________ 6 . Dois dos maiores motivos da crise no casamento envolvem ho- mens que não se sentem respeitados pelas esposas e mulheres que não se sentem amadas pelos maridos. leiam Efésios 5:22-31 e respondam: a) Como a mulher deve ser submissa ao marido? ___________________________________________________________________________________ b) Sua esposa é submissa a Deus? Liste os motivos práticos de sua resposta. ___________________________________________________________________________________ c) Sua esposa é submissa a você? ___________________________________________________________________________________ d) Você se sente respeitado por sua esposa? ___________________________________________________________________________________ e) O que sua esposa poderia fazer para que você se sentisse mais res- peitado por ela? ___________________________________________________________________________________ f) O que você pode fazer para que sua esposa o respeite mais e melhor? ___________________________________________________________________________________ 18 g) Como mulher, você se sente amada por Cristo? ___________________________________________________________________________________ h) Você se sente amada por seu esposo? ___________________________________________________________________________________ i) O que seu esposo faz que te deixa cada vez mais apaixonada por ele? ___________________________________________________________________________________ j) O que seu esposo poderia fazer para que você se sentisse mais amada? ___________________________________________________________________________________ k) O que você pode fazer para que seu esposo te ame mais e melhor? ___________________________________________________________________________________Ao lermos Mateus 19:6, vemos que o casamento possui um prazo de validade e um selo de qualidade. Quanto à validade, Deus decreta que ele permanece mesmo após o esgotamento da vontade dos homens. E quanto à qualidade, Deus é o próprio selo. Ele é quem qualifica a relação, pois é o responsável por ela. Ou seja, as criações de Deus são tais como Ele é. Por isso, o casamento é perfeito e eterno! Com a entrada do pecado no universo humano, os desafios conjugais fo- ram multiplicados sob o descortinamento de comportamentos desconheci- dos. Afinal, há atitudes nossas que só presenciaremos no âmbito do casamen- to, sendo que algumas somente virão à tona em determinadas fases da vida. 19 NOSSA ORAçãO HOMEM PAI, ao refletir sobre nosso relacionamento vi que preciso: ___________________________________________________________________________________ Tenho falhado em: ___________________________________________________________________________________ Me arrependo de: ___________________________________________________________________________________ Aceito: ___________________________________________________________________________________ Agradeço por estar acertando nos seguintes pontos: ___________________________________________________________________________________ Agradeço pelas seguintes qualidades de minha esposa: ___________________________________________________________________________________ ESPÍRITO SANTO me ajude a: ___________________________________________________________________________________ EM NOME DE JESUS, AMÉM! 20 ESpOSA PAI, ao refletir sobre nosso relacionamento vi que preciso: ___________________________________________________________________________________ Tenho falhado em: ___________________________________________________________________________________ Me arrependo de: ___________________________________________________________________________________ Aceito: ___________________________________________________________________________________ Agradeço por estar acertando nos seguintes pontos: ___________________________________________________________________________________ Agradeço pelas seguintes qualidades de meu esposo: ___________________________________________________________________________________ ESPÍRITO SANTO me ajude a: ___________________________________________________________________________________ EM NOME DE JESUS, AMÉM! 21 Seção II O TEMpO pASSA . . . O TEMpO voa... e o CasameNto deve CoNtiNuar Numa Boa 22 Perfil a ser adotado Pelos PartiCiPaNtes 1 . Ouvir com atenção e carinho as vozes dos demais participantes; 2. Eliminar preconceitos para com cada participante do gru- po. Em se tratando de casamento, nunca se considere juiz de uma experiência onde você sempre será réu; 3 . Ser empático de forma que, dentro do possível e do neces- sário, sinta a dor dos outros ou mesmo celebre suas alegrias; 4 . Compartilhar experiências tristes ou alegres como forma de enriquecer a discussão e servir de testemunho incentivador ao crescimento dos casais participantes. metodologia da reuNião 1 . Comece pontualmente realizando uma dinâmica – anexo 3 (5 minutos); 2 . Um voluntário ora pelos casais; 3 . Leia as instruções quanto ao perfil dos participantes; 4 . Leia e discuta a parte introdutória do texto. O casal líder deve coordenar a discussão de forma a dar aos casais liberdade e incentivá-los à expressão de sua compreensão do texto. Cada um deve apresentar sua impressão ou interpretação eliminando o caráter de debate (30 minutos a 1 hora); 5 . Divida os casais em grupos. Divida os estágios da vida do casal entre os grupos a fim de estudarem e apresentarem aos demais (20 minutos para a leitura e preparo da apresentação e 5 minutos para cada grupo se apresentar); 6 . Inicie os Exercícios de Fortalecimento Conjugal. Os itens que não forem terminados durante a reunião deverão ser termi- nados em casa (20 a 30 minutos); 7 . O casal líder faz um fechamento da reunião resumindo os pontos principais do tema (10 minutos); 8 . Os casais devem ser incentivados a falar do conteúdo do encontro aos amigos e familiares, com ética. Na próxima reu- nião, quem quiser poderá relatar sua experiência. 23 O TEMpO pASSA . . . O TEMpO voa... e o CasameNto deve CoNtiNuar Numa Boa Há alguns anos, vivemos uma fase de turbulência em nossa vida conju- gal. Estávamos às vésperas de recebermos nosso primeiro filho, o Daniel. Ao longo dos meses de gestação houve uma tempestade em nossa estru- tura emocional, mental, social e mesmo espiritual que nos proporcionou uma nova dinâmica em nosso relacionamento. Agora, de fato, chegamos à conclusão da brincadeirinha onde se diz que “onde come um, podem comer dois e onde comem dois, podem comer três”. O mais intrigante é que tudo passou a ser multiplicado: orçamento, responsabilidades, quartos, comida etc. O mais notável é que o interesse por nosso passado realmente está ficando no passado. Hoje, nosso inte- resse no futuro passou a ocupar a maior parte de nosso tempo e conversa. Afinal, o que será do nosso garoto ou quem ele será? As vovós de plantão, diante da expectativa do primeiro neto, quase não conseguiram conter as emoções. O Daniel quase teve uma overdose de carinho nos seus primeiros dias de vida. Pessoas mais amigas já começaram a falar sobre o namoro dele. Ou- tros, já o vocacionaram como médico, pastor ou engenheiro. Há ainda os que já falam sobre como nos sentiremos quando ele desejar sair de casa para estudar. Momentos assim envolvem tanta emoção e especulação que o des- conhecimento do que está ocorrendo ou ainda ocorrerá pode levar marinheiros de primeira viagem ao desespero e descontrole familiar e conjugal. Em nosso caso, diante de toda a turbulência descobrimos que estáva- mos mudando de fase no ciclo vital do casal ou da família. Saber disso, fez toda a diferença em nossa maturidade matrimonial e cremos que fará na sua também. 24 o CiClo vital do Casal 5 No Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, um ciclo é definido como um “...espaço de tempo durante o qual ocorre e se completa com regularida- de, um fenômeno ou um fato, ou uma sequência de fenômenos ou fatos...” Em se tratando de ciclo vital, a mesma obra diz que é uma “...sequência de etapas ou estágios razoavelmente definidos, por que passam certos seres vivos (bio- ciclo de vida)”. Nosso conceito de ciclo vital considera o desenvolvimento humano no contexto de toda sua vida. A ideia avalia os indivíduos dentro do seu am- biente existencial (comunidade familiar, religiosa, social, geográfica etc.). Para nos compreendermos como casal e família ao longo de toda uma vida, primeiro, precisamos entender que nossa maturidade se dá em quatro aspectos caracterizados como PPCT: “pessoa, processo,contexto e tempo” 6: Este quadro nos ensina que, ao longo da vida, experimentamos ta- bus, expectativas, rótulos, opressão, medos, mitos, rituais e até mesmo padrões de comportamentos herdados ou adquiridos. São situações que formarão nossas emoções positivas ou negativas que, automaticamente, marcarão nossa vida de forma irreparável. Pessoa: fenômeno de constantes mudanças na vida do ser humano que está em desenvolvimento. Cada um forma sua identidade por meio de antigas e novas convicções, diferentes tipos de atividades desempenhadas, temperamento, metas e motivações. Contexto: a pessoa cresce influenciada pelo ambiente global em que está inserida. Ela age e reage à diversidade de relacionamentos vivenciados. ProCesso: é a forma como os indivíduos vivem seus papéis sociais diariamente. temPo: é o desenvolvimento no sentido histórico ou, em outras palavras, como ocorrem as mudanças no decorrer do tempo, devido às pressões sofridas pela pessoa. 25 O ciclo PPCT do casal o apresenta a eventos estressores como doenças crônicas, acidentes, desemprego, mortes, uso de drogas, abusos diversos,nascimento de filhos, papéis sociais da mulher e do homem etc., que afe- tarão o vínculo dos parceiros. A seguir, descreveremos um resumo dos estágios pelos quais passamos ao longo de nosso desenvolvimento familiar e algumas características pecu- liares a cada fase. Certamente, você se encontrará em algum deles e poderá descobrir formas de agir diante dos desafios comuns à vida conjugal. Estágio 1 JoveNs adultos Aqui ocorre uma mudança a partir da (in)dependência emocional e finan- ceira da família. Isso implica em não aceitar cegamente o que os pais acredi- tam ou querem fazer dos filhos. As crenças e comportamentos agora são parte da própria identidade do indivíduo. Intensifica-se um processo de mudança e aperfeiçoamento quanto ao que se crê (religião, profissão, relacionamentos etc.). Além disso, durante esse período, eles desenvolvem relações entre cole- gas íntimos em um nível mais profundo do que tinham anteriormente. Síntese: • Busca de independência financeira, emocional, espiritual, diferen- ciação de si e da família; • Não aceitam cegamente o que os pais acreditam ou querem que façam; • Formação da identidade pessoal; • Relacionamentos menos hierárquicos e de mais trocas pessoais; • Surgimento e efetivação de relacionamentos amorosos; Estágio 2 formação do Casal A grande transição emocional durante essa fase é o compromisso com um novo sistema de vida. Os jovens namorados decidiram se casar. Com a decisão, formarão um novo sistema familiar e conjugal, realinhando os relacionamentos com as famílias e amigos. O casamento é o desejo de continuarem partilhando de semelhanças que satisfazem sua existência. Porém, há alguns itens a serem considera- dos por cada parceiro antes de dar este importante passo. Exemplos: 26 Características externas: essa pessoa combina comigo quanto à apa- rência, classe social e estilo de vida? Atitudes e crenças: temos as mesmas ideias quanto ao sexo, religião, política? adequação de papéis: temos as mesmas ideias sobre relacionamen- tos e papéis sexuais? Somos compatíveis sexualmente falando? Síntese: • Transição emocional das famílias para o cônjuge; mamãe e papai assumem papel secundário quando o assunto é o novo sistema conjugal; • Realinhamento dos relacionamentos com suas famílias e amigos; familiares e amigos não possuem autoridade sobre a forma e qualidade da relação do casal; • A independência se transforma em interdependência. Não são mais dois, mas sim um. Estágio 3 Casal Com filHos mais Novos Agora há um misto de emoções diante do surgimento de novos papéis familiares. O bebê, o grande presente, será o objeto de veneração dos fa- miliares agora chamados de avós, tios, pai e mãe. O casal passará por um reajustamento do sistema conjugal para criar espaço para as crianças. Ambos farão perguntas como: qual o meu papel enquanto pai e enquanto mãe? Como será nossa dinâmica quanto à re- lação sexual? Quais nossas metas a partir de então? A esposa voltará ao mercado de trabalho? Se sim, depois de quanto tempo de vida da criança? Novos ajustes financeiros, novas tarefas familiares, novos relaciona- mentos com os demais familiares. Enfim, tudo toma uma nova forma. Síntese: UMA PREOCUPAÇÃO: tendências indicam que nessa fase existe um elevado índice de divórcio; DIAGNÓSTICOS: • Tensão entre autoridade e paciência na aceitação da expressão emo- cional dos filhos para que eles possam se desenvolver; • Responsabilidades e tarefas não devem se tornar traumas para as fases seguintes, ou seja, conflitos de autoridade paternal ou disfunções conjugais nessa fase serão acumulados para as próximas fases; • Os avós devem se manter numa posição de autoridade secundária; 27 • Cansaço da educação e criação dos filhos e a falta de tempo para a intimi- dade/comunicação do casal são fatores que diminuem a satisfação conjugal; • Ajustamento do sistema conjugal para criar espaço para a criança; • Ajustamento financeiro (mais comida, roupa, energia, remé- dio,mais...) e familiar (mais tarefas= mais responsabilidades); • Realinhamento dos relacionamentos com a família - novos papéis (pais, avós, tios). Estágio 4 Casal Com adolesCeNtes Chegou a hora da tensão! Todos estão em mudança. Por isso, é necessário aumentar a flexibilidade dos limites de uma família para incluir a independên- cia das crianças que cresceram. O casal possui um novo foco conjugal e também novas expectativas em torno da carreira profissional e do projeto de vida futuro. Nasce então uma geração sanduíche. Ou seja, os adolescentes não são um projeto dos pais. Afinal, nós planejamos ter filhos e não esperamos que eles se transformem em adolescentes. Então, eles se parecem com um recheio indigesto para um casal que não sabe mais nem mesmo se tratar com amor, carinho e respeito. O casal deve estar atento para não se concentrar exclusivamente nos filhos e nos dilemas da fase, se esquecendo de se amar e alimentar suas necessidades conjugais. A melhor forma de ser um casal saudável, sendo pais de adolescentes, é nutrir uma vida conjugal de profunda intimidade verbal, física e espiri- tual. A forma de viver o matrimônio será a melhor referência aos filhos. Por isso, ao invés de se concentrar na criação de estratégias para protegê -los dos perigos, o casal precisa se preocupar em criar uma redoma que proteja seu casamento e, consequentemente, sua família. Síntese: • Fase de tensões emocionais entre todos os membros da família; • Tensão entre os pais por perigos a que os filhos estão expostos: dro- gas, gravidez precoce, delinquência ou comportamentos psicóticos, ho- mossexualidade; • Ampliação da flexibilidade familiar quanto ao tempo, dinheiro e bens materiais. Tudo pela independência. Ou seja, os filhos compartilham com maior liberdade dos bens sentimentais e materiais da família, ganham permissão para chegar mais tarde ou dormir fora; 28 • O casal está com o foco em questões da carreira profissional na meia -idade, ou seja, já se prepara para ter uma aposentadoria saudável e dei- xar os filhos numa situação de vida confortável; • “Crise do meio da vida”= renegociação do casamento (casais que pas- sam a não terem mais vida sexual) ou divórcio. Alguns permanecem casa- dos por causa dos filhos. Porém, há uma separação emocional! Casal Com filHos Casados motivaNdo os filHos a seguirem em freNte Esta transição pode ser a mais difícil para o casal. Agora os parceiros pre- cisam aceitar uma série de saídas e de entradas no sistema familiar. Se as escolhas dos filhos que saem do ninho são compatíveis com os valores e ex- pectativas dos pais, a transição pode ser relativamente fácil e agradável. Uma consequência imediata é a necessidade que o casal tem de rene- gociar sua relação marital. Entre os problemas da fase estão: as relações entre os adultos que são e os adultos que os filhos se tornaram; a morte dos pais; a menopausa; o esfriamento emocional herdado da fase em que os filhos eram adolescentes. Síntese: • Drama da separação material e emocional dos filhos; • Adaptação à entrada de novos membros na família - namorado(a), esposo(a); • Dificuldade em compreender que os filhos viraram adultos; • Aumento da família(sogros, netos); • Aposentadoria e liberdade para viagens, hobbies, novos empreendi- mentos; • Ressignificação: novos sentidos para a vida (alguns optam pela separação); • Com a perda das funções paternais é necessário uma redefinição da estrutura conjugal; • Falhas nas fases anteriores podem ser um incentivo ao divórcio. Estágio 5 29 Estágio 6 Casal Na terCeira idade Aqui ocorre uma revisão das fases da vida, podendo provocar senti- mentos de aceitação, realização, culpa, frustração etc. Síntese: • Declínio da estrutura e funções fisiológicas; • Isolamento social; • Com a desvalorização cultural da velhice, o modelo e experiência dos ido- sos tendem a ser descartados. A depressãoé um sintoma comum no idoso; • Ajustamentos: – Com relação à aposentadoria, ganha-se menos do que se gasta mensalmente com remédios; – O retorno à convivência diária com o cônjuge gera estresse e conflitos, pois voltarão a conviver 24h na companhia um do outro; • Insegurança quanto ao futuro; • Dependência financeira de outros familiares ou de terceiros; • Perda/morte de amigos e parentes; • Possibilidade da perda do cônjuge; • Preparação para a própria morte; • A condição de avô pode renovar o interesse pela vida. E aí, alguma descoberta? Sugerimos que vocês releiam o texto, reflitam em sua fase familiar, anotem os possíveis problemas de- correntes das suas inabilidades em lidar com os desafios ao longo do ciclo de vida de sua família e busquem informações sobre como solucioná-los. Sucesso! 30 EXERCÍCIOS DE fortaleCimeNto CoNJugal 1 . em qual fase do ciclo vital vocês estão? ___________________________________________________________________________________ 2 . liste as maiores dificuldades de seu casamento ao longo dessa fase. ___________________________________________________________________________________ 3. Quais os problemas\conflitos vividos na fase anterior a que es- tão passando agora? ___________________________________________________________________________________ 4 . Quais seus maiores medos em relação a próxima fase de seu ciclo vital conjugal? ___________________________________________________________________________________ 5 . Quando compreendemos a fase em que estamos ao longo do ciclo vital, fazemos uma leitura de quem temos sido. O marido revisa suas ati- tudes e recalcula sua rota matrimonial, tendo em vista as dificuldades em ser um esposo exemplar ou em se sentir satisfeito com a nova forma de se relacionar com a esposa. Por outro lado, a mulher reavalia a fase ante- rior e julga que os desafios atuais podem ser decorrentes de falhas passa- das que, se não forem corrigidas, lhe causarão uma catástrofe emocional. Conversem sobre o questionário abaixo: INSTRUÇÕES: O questionário possui informações acerca do seu relacionamento com seu/sua companheiro/companheira. Marque a frequência {frequentemente (f), algumas vezes (A) ou quase nunca ou nunca (N)} de ação do marido (M) ou da esposa (E) em relação a cada característica. Quando terminarem conversem sobre cada resposta. 31 1. Como você define seu companheiro/companheira. M E M E M E Controlador Rebelde Sincero Egoísta Companheiro Calmo Sensato Carinhoso Caseiro Insensível Amável Tem boa conversa Confiável Compreensivo Simpático Confidente Crítico Bom pai/mãe Ingrato Inteligente Amigo 2 . Há expressão de carinho ao companheiro(a)? frequentemente (f), algu- mas vezes (a) ou quase nunca (N)/ – marido(m) e esposa (e) M E M E M E Carícias Diz que ama Conversa Abraços Diz que quer bem Telefona Beijos Dá presentes Manda e-mail Elogia Faz brincadeiras Ajuda em casa Cuida dos filhos 3. Como você avalia sua relação conjugal? JUSTIFIQUE AO CONJUGE - Marido (M) e Esposa (E). (s)atisfatória / (r)egular / (I)nsatisfatória M E Relacionamento normal - tem brigas e carinhos Nos damos bem Sempre buscamos um ao outro Não temos conflitos Dialogamos muito bem Somos bondosos um com o outro Nunca tivemos uma crise Gostamos um do outro integralmente Somos companheiros Somos carinhosos Estamos satisfeitos com nossa relação sexual (quantidade e qualidade) Somos equilibrados na solução de conflitos Somos harmoniosos; evitamos conflitos Nenhum é autoritário 32 6 . Em cada fase da vida priorizamos interesses e preocupações . atualmente, sobre o que vocês mais tem conversado? ( ) filhos ( ) dinheiro ( ) religião ( ) relacionamento ( ) trabalho ( ) sexo ( ) outro assunto 7 . O que vocês falam sobre cada um dos assuntos abaixo: Filhos ___________________________________________________________________________ Dinheiro ________________________________________________________________________ Religião _________________________________________________________________________ Relacionamento _______________________________________________________________ Trabalho ________________________________________________________________________ Sexo _____________________________________________________________________________ 8 . Com o nascimento dos filhos o que mudou(mudará) na relação conjugal? ___________________________________________________________________________________ 9 . Qual foi a maior crise de seu casamento? ___________________________________________________________________________________ NOSSA ORAçãO PAI, estamos na fase de ____________________________________________________ e desejamos sabedoria para lidarmos com nossas emoções e atitudes. Que- remos estar unidos como nunca antes. Queremos respeitar e amar um ao ou- tro. Queremos estar conectados mesmo que o mundo desabe ao nosso redor. Por favor Pai, encha nossa relação de_____________________________________. Ajude-nos a apagar as falhas das fases passadas de nossa vida. Capaci- ta-nos para a felicidade nas fases futuras de nosso matrimônio. Ajude-nos a mudar _________________________________________________________. Abençoe nossa família! EM NOME DE JESUS, AMÉM! 33 Seção III maNual de iNstruções do Homem 34 Perfil a ser adotado Pelos PartiCiPaNtes 1 . Ouvir com atenção e carinho as vozes dos demais parti- cipantes; 2 . Eliminar preconceitos para com cada participante do grupo. Em se tratando de casamento, nunca se considere juiz de uma experiência onde você sempre será réu; 3 . Ser empático de forma que, dentro do possível e do ne- cessário, sinta a dor dos outros ou celebre suas alegrias; 4 . Compartilhar experiências tristes ou alegres como forma de enriquecer a discussão e servir de testemunho incentivador ao crescimento dos casais participantes. metodologia da reuNião 1 . Comece pontualmente realizando uma dinâmica – anexo 3 (5 minutos); 2 . Um voluntário ora pelos casais; 3 . Leia as instruções quanto ao perfil dos participantes; 4 . Divida os casais em 2 grupos (homens x mulheres). Deixe que cada grupo leia o texto e depois apresente suas compre- ensões aos demais (30 minutos a 1 hora para ler e 20 minutos para cada grupo apresentar); 5 . Inicie os Exercícios de Fortalecimento Conjugal. Os itens que não forem terminados durante a reunião deverão ser ter- minados em casa (20 a 30 minutos); 6 . O casal líder faz um fechamento da reunião resumindo os pontos principais do tema do dia (10 minutos); 7 . A esposa deverá elaborar uma lista de elogios ao seu es- poso. Porém, os elogios deverão ser levantados durante a se- mana que antecede a próxima reunião. A mulher entregará a lista ao marido durante o próximo encontro. 35 maNual de iNstruções do Homem o uNiverso masCuliNo A masculinidade é medida pelo compasso do sucesso, do poder e da admiração que provoca. O homem sente que deve ser independente, exi- bir uma aparência de audácia, agressividade e mostrar-se capaz de cor- rer todos os riscos. Se necessário, crê que deve ser violento para garantir sua supremacia sobre os outros. Essa postura diminuiu, em média, em 10 anos a expectativa de vida masculina em relação às mulheres. Ainda em comparação às mulheres, pesquisas insistem em dizer que os homens são intensamente lógicos e resolvem problemas matemáticos com maior desenvoltura do que elas. Todavia, ao contrário do sexo femi- nino, o cérebro masculino é especializado em fazer uma coisa de cada vez. Por isso, ele tende a ficar em silêncio em seu mundo(falando sozinho – pensando em nada), quando estiver estressado (neste momento o que mais lhe irrita é a fantástica pergunta da mulher: em que está pensando?), não conseguindo se envolver em nenhum outro assunto. Os homens não são de se envolverem emocionalmentecom seus pro- blemas. Eles tendem à repressão de seus sentimentos como uma forma de não demonstrarem que se fragilizaram. Eles têm medo do fracasso, pois foram treinados para vencer. Fisiologicamente, o cérebro masculino foi preparado para assegurar a continuidade da espécie, daí a cultura de que o homem tem vontade de fazer sexo a toda hora e em qualquer lugar. Se esta é uma verdade, ele só não faz devido às repressões sociais e morais. Geralmente, os homens buscam sexo, nudez, variedade, fantasias sexu- ais, elogios, reconhecimento, valorização, procriação, proteção da prole. Para a maioria deles, amor e sexo são coisas diferentes7. 36 soCialmeNte falaNdo Os resultados de uma educação desequilibradamente machista ou femi- nista faz com que o homem passe a acreditar que não pode se permitir tocar, acariciar, sentir, rir e chorar, porque estes comportamentos seriam de uma mulher, da mãe. Como adulto, ele sofre pelo que lhe foi verbalmente passado: “Homem não chora; Isso é coisa de veado; Você parece uma mulherzinha 8.” Diante desse quadro, o homem passa a se relacionar com a mulher de acordo com a visão construída ao longo de seu desenvolvimento intra e extra-familiar. Alguns se relacionam com a esposa comparando-a a sua mãe, repetindo o comportamento do pai e fazendo de seu casamento uma mera repetição de seu passado familiar. Fazendo assim, se arriscam a re- petirem as frustrações, os traumas, ou mesmo, as separações de seus pais. Neste tópico queremos focalizar o universo masculino do ponto de vis- ta da peculiaridade do pensamento do marido. Para ele, algumas pergun- tas são categóricas dentro da relação conjugal: • Como gosta de ser chamado? • Como gosta de ser beijado? • Como se apaixona? • Como pensa? • Como gosta de ser tocado? • Como ama? As perguntas refletem um pouco do tempero necessário ao relacionamen- to conjugal saudável. Quando uma mulher compreende as necessidades e as características da forma masculina de receber o amor, tenderá a suprir suas expectativas de forma pontual. Assim, ela também será mais feliz na relação enquanto o marido estiver preenchido e feliz por suas atitudes. Uma boa dica para o marido é que ele informe à esposa as respostas de cada pergunta acima. o Que os HomeNs Querem No relaCioNameNto? O Centro de Orientação e Desenvolvimento da Sexualidade(CODS)9, com base em pesquisas internacionais, afirma que, numa relação amorosa, as mu- lheres querem respeito, carinho, dedicação, educação, amor, sinceridade etc. Mas e os homens, o que eles desejam e esperam de uma mulher? 37 1. o que eles esperam de uma mulher no relacionamento? Honestidade e comunicação aberta falando o que pensa; emoção, fir- meza, flexibilidade e romantismo; inteligência nos atos do dia a dia para evitar o desgaste da rotina; ter um companheirismo sem cobranças; ter a capacidade de ser criança, mãe e amante ao mesmo tempo; saber organi- zar e dividir o tempo para as coisas de seu homem, dos filhos, da família, e também entre estudo, trabalho, lar e amigos. 2. o que acham sexy em uma mulher? Os olhos; lábios; bom senso de humor; pernas e seios bonitos; firmeza muscular; como andam e balançam os cabelos; vestimentas que mostram as suas curvas, principalmente das nádegas (no caso do homem cristão, isso se aplica desde que seja na intimidade do lar); o seu cheiro; ela sen- tir-se a melhor amante do mundo etc. 3. e sexualmente, o que faz uma mulher ser uma boa parceira se- xual para um homem? Homens adoram ser seduzidos, gostam de mulheres que saibam usar a linguagem do corpo fazendo-os estremecerem com toques. Em pesquisa de Susan Crain Bakos10, cerca de mil homens foram en- trevistados e afirmaram que a maior queixa sobre as mulheres na cama era a passividade. Eles desejavam companheiras mais ativas, pois estavam cansados de assumir a responsabilidade de tornar o sexo satisfatório para o casal, principalmente de sentirem que a mulher fica na expectativa de que eles lhe proporcionem o orgasmo e comandem toda a situação. Porém, poucos homens têm a coragem de pedir a uma mulher que conduza o sexo, principalmente se não for uma parceira na qual ele se sinta seguro e à vontade na intimidade. Na verdade, como o homem teme ser rejeitado sexualmente, levar um “não” ou achar que não está desempenhando o papel de “homem de verdade”, faz com que ele omita sua vontade de ser dominado sexualmente. Se não diz, a mulher fica com receio de arriscar uma ousadia. A mulher assumindo o controle do sexo, uma vez ou outra, vai oferecer um estimulante poderoso para a fantasia sexual masculina. As mulheres que estão acostumadas a tomar iniciativas na cama e a dar uma de “dominadora” sexualmente, sabem o quanto isso aumenta a excitação de ambos e o quanto o relacionamento fica mais gostoso e cheio de cumplicidade. 38 4. o que os homens mais gostam nas mulheres? Bom humor; sensualidade; sensibilidade; maneira carinhosa de ser; maneira cuidadosa e delicada de falar, andar, comunicar-se; firmeza de caráter; inteligência; fogosidade sexual; sociabilidade, charme e beleza; amizade; da sua forma forte de vencer adversidades, de adaptar-se às di- ficuldades e sair delas rapidamente; de sua maneira sutil e franca de dizer as coisas; e lógico, de sua capacidade de manter os gastos dentro de pata- mares que não os leve à falência. 5 . Eles gostam daquela mulher: Que sabe o que pode comprar; que vibra tanto com uma singela rosa quanto com um colar de diamantes; que, vendo-o doente, não se afasta de seu leito; que, quando ele não está, é mãe, pai e chefe de família sem per- der a feminilidade; que, quando ele encontra-se indisposto, faz-lhe uma massagem e toma-o no colo; que diz que ele é o melhor amante do mundo e que é o homem de seus sonhos. Em resumo, o que os homens querem é uma mulher companheira, par- ceira, esposa e amante. eureCa!!! Segundo cientistas americanos, os homens são mais românticos do que as mulheres. Os pesquisadores observaram que, “embora pensemos que as mulheres são as primeiras a confessar o amor”, quando estão em um relacionamento sério, eles tendem a dizer “eu te amo” antes delas. Em pesquisa, realizada com cerca de 700 pessoas (de 18 a 69 anos), constatou-se que os homens ficam mais felizes e emocionados do que as mulheres quando ouvem um “eu te amo”11. A prova que os homens são mais românticos está nos detalhes mate- riais da relação. Nunca se vê mulheres enviando buquês de rosas para os maridos ou levando-os para um jantar à luz de velas, planejado e quitado por elas. 39 EXERCÍCIOS DE fortaleCimeNto CoNJugal 1 . Quais ingredientes são necessários para manter sua paixão acesa pela esposa? ___________________________________________________________________________________ 2. Como e onde você gosta de ser tocado pela esposa? ___________________________________________________________________________________ 3 . o que você espera de sua esposa no relacionamento? ___________________________________________________________________________________ 4. o que você acha sexy em sua mulher? ___________________________________________________________________________________ 5 . e sexualmente, o que você espera de sua esposa? ___________________________________________________________________________________ 6 . o que você mais gosta em sua esposa? ___________________________________________________________________________________ 7 . Quais suas características masculinas que mais frustram sua esposa? ___________________________________________________________________________________ 40 8 . Relembre um momento em que você oprimiu sua esposa psico- logicamente . ___________________________________________________________________________________ 9 . Qual o papel do homem em seu casamento? ___________________________________________________________________________________ 10 . Na opinião de sua esposa, quando você é umhomem controlador? ___________________________________________________________________________________ 11 . Quando o casal está sob pressão o melhor é evitar conflitos. a tendência natural é que o homem se cale e a mulher fale muito. Nes- se momento, um dos dois deve ter o bom senso para evitar choques até que o problema seja amenizado. Como vocês reagem quando estão discutindo um problema? HOMEM: ___________________________________________________________________________________ Explique sua reação: ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ mulHer: ___________________________________________________________________________________ Explique sua reação: ___________________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________________ 41 NOSSA ORAçãO PAI, sei que tenho sido um homem falho em ___________________________________________________________________________________ Preciso me aplicar(em relação a esposa) em ___________________________________________________________________________________ Ajude-me a ser um homem mais ___________________________________________________________________________________ Obrigado por minha esposa. Obrigado por sua tolerância, compreen- são e aceitação. Queremos ser felizes. Portanto, precisamos de uma transformação completa. Unja-nos com o Espírito Santo e destrua todos os maus hábitos, atitudes inadequadas herdadas que tragam desgostos à nossa relação. Dê-nos poder, muito poder para nos amarmos como o Senhor deseja! EM NOME DE JESUS, AMÉM! 42 Seção IV maNual de iNstruções da mulHer 43 Perfil a ser adotado Pelos PartiCiPaNtes 1 . Ouvir com atenção e carinho as vozes dos demais partici- pantes; 2 . Eliminar preconceitos para com cada participante do gru- po. Em se tratando de casamento, nunca se considere juiz de uma experiência onde você sempre será réu. 3 . Ser empático de forma que, dentro do possível e do neces- sário, sinta a dor dos outros ou mesmo celebre suas alegrias; 4 . Compartilhar experiências tristes ou alegres como forma de enriquecer a discussão e servir de testemunho incentivador ao crescimento dos casais participantes. metodologia da reuNião 1 . Comece pontualmente realizando uma dinâmica – anexo 3 (5 minutos); 2 . Um voluntário ora pelos casais; 3 . Leia as instruções quanto ao perfil dos participantes (5 minutos); 4 . As esposas devem relatar a experiência de terem elogiado os maridos durante a semana (20 minutos); 5 . Divida os casais em 4 grupos. Deixe que cada grupo leia o texto e depois apresente sua compreensão aos demais (30 mi- nutos a 1 hora para ler e 5 minutos para cada grupo apresentar); 6 . Inicie os Exercícios de Fortalecimento Conjugal. Os itens que não forem terminados durante a reunião deverão ser termi- nados em casa (20 a 30 minutos); 7 . O casal líder faz um fechamento da reunião resumindo os pontos principais do tema (10 minutos); 8 . O esposo deverá confeccionar um presente para a esposa. Deve ser um presente puramente artesanal. Na próxima reu- nião, o presente deverá ser entregue publicamente para ela. 44 maNual de iNstruções da mulHer A primeira coisa que precisamos considerar sobre a mulher é que ela foi criada totalmente diferente do homem. Portanto, para completá-la, o parceiro precisa ser diferente na forma de pensar, sentir e agir. Em tese, a mulher vê o casamento diferentemente do homem. Para ela, o casamento é uma “relação amorosa”, enquanto que para ele, é visto como uma “constituição de família12”. Por isso, os estudiosos do gênero humano insistem em afirmar que em seu relacionamento a mulher: a) Gosta de falar de sensações e emoções; b) Gosta da expressão de amor através de palavras; c) Observa detalhes sentimentais. Como a mulHer PeNsa? Quando o assunto é mulher, precisamos compreender que elas tem cerca de 11% mais neurônios ligados à audição e linguagem do que os homens. A estrutura relacionada à emoção e à formação da memória tam- bém é maior no cérebro feminino. Por isso, elas são mais emotivas e “nun- ca se esquecem de nada” – ao contrário dos homens, que tendem a ser mais racionais e “sempre se esquecem de tudo”. Pesquisas recentes reafirmaram a verdade de que as mulheres pensam com os dois hemisférios do cérebro. Sendo assim, elas possuem intensa habilidade em fazer mais de uma atividade ao mesmo tempo, enquanto os homens têm grande dificuldade em fazer apenas uma. Não há como dizer que as mulheres são mais inteligentes que os ho- mens. Na realidade, eles são inteligentes de formas diferentes. O homem é hábil em pensar de forma visual e a mulher interpreta melhor os sen- timentos por meio de palavras. Elas também são melhores leitoras das intenções por trás de diferentes fisionomias. 45 Quanto à capacidade de falar, as mulheres usam cerca de 20 mil pala- vras por dia e os homens 7 mil. A prova disso se dá na forma como ela ou ele narra uma determinada história. Geralmente, os detalhes que ela con- templa constroem o cenário de um filme com espaço para trilha sonora, horário político e comerciais. Elas são muito ligadas a sua aparência física. Quando o homem não repara em suas características, elas interpretam o fato como se não es- tivessem sendo amadas. Elas se aplicam às qualificações estéticas por desejarem a aprovação masculina. Seu corpo é claramente a extensão de sua personalidade. Qualquer mudança nela pode gerar um desequilíbrio existencial traumático. Geralmente, as mulheres choram quatro vezes mais que os homens. Esta é uma maneira de revelar pensamentos em forma de sentimentos. Tal fator as fragiliza quando o assunto é depressão. Há indícios de que elas têm duas vezes mais probabilidade de sofrer deste mal que os ho- mens, por causa de suas constantes alterações hormonais. Síntese13 1 . As mulheres são mais intuitivas, sentimentais, ouvem melhor, têm uma visão mais periférica e mais detalhada para cores e tonalidades; 2 . A mulher identifica bem quando um homem mente; 3 . A mulher ouve melhor um barulho distante, enquanto o homem identifica melhor de onde vem esse barulho; 4 . A mulher consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo com mais faci- lidade que o homem, tudo isso devido às diferenças hormonais e cerebrais; 5 . Homens e mulheres usam áreas diferentes dos dois hemisférios cere- brais para executar a mesma tarefa. Porém, as mulheres possuem mais cone- xões que os homens devido ao hormônio estrogênio. Por isso, elas têm mais facilidade na comunicação verbal e fazem várias coisas ao mesmo tempo; 6 . A mulher tem mais necessidade de falar e tende a se comunicar me- lhor. Ela fala para descansar a mente (pensa alto). Por isso, discutir sobre a relação conjugal é mais difícil para a maioria dos homens; 7 . A mulher busca cooperação e compromisso no relacionamento. Ela tem mais dificuldade em separar razão e emoção, pois as emoções es- tão nos dois hemisférios cerebrais. Quando fala de um problema ela se 46 emociona não conseguindo descrevê-lo racionalmente. Por isso, chora com mais facilidade; 8 . A mulher precisa mais de carinho, atenção, romance, toque, diálogo, flores, etc; 9 . Quando o casal está sob pressão, a mulher fala muito. E quando está falando, não está necessariamente pedindo opinião para a solução de problemas, mas está pedindo atenção e compreensão; 10 . Mulher calada por muito tempo é sinal de problema sério; 11 . O cérebro feminino foi programado para encontrar um bom ho- mem que pudesse lhe dar segurança, sustento e filhos sadios; 12 . No relacionamento com seu parceiro, a mulher busca carinho, atenção, sentimentos, reconhecimento, segurança, toque, cuidar da prole, pois biologicamente, ela é mais monogâmica queo homem. a mulHer e a eXPeriÊNCia da vida A Terceira idade para a mulher funciona como o início de uma nova vida. É como se ela renascesse e, por isso, tenha que lidar com sentimen- tos, pensamentos e reações fisiológicas nunca vividas antes. Geralmente, ela precisa e busca participar mais das atividades em grupos para com- pensar sua necessidade de se sentir útil e valorizada. Quando chega à menopausa, reflete sobre sua sexualidade, principalmen- te, por perder o potencial de gerar filhos. Ela não é mais uma menina com seus atributos estéticos e não possui mais os mesmos desejos eróticos. Tudo muda. Até a menstruação, sua companheira mensal desde a adolescência a abandonou! Ela vive uma revolução psicossocial e fisiológica. A degeneração física é visível no corpo que passa a sofrer pela flacidez de tecidos, pelas rugas e cabelos brancos. Este é um momento de sensa- ções depressivas, pois vai-se embora a beleza física que ocupou muito do tempo da mulher desde sua infância. É pior quando se depara com o fato de que não existe padrão de beleza social para maiores de 60 anos. Não há grifes especializadas, não há produ- tos de higiene específicos senão terapêuticos. Para algumas é o fim da vida!14 47 EXERCÍCIOS DE fortaleCimeNto CoNJugal 1. uma das coisas que uma mulher mais procura numa relação é ser compreendida. Porém, muitas mulheres sentem que são total- mente estranhas ao esposo, que nunca entende ou consegue decifrar as intenções ou necessidades da esposa. isso pode não ser maldade do marido. Por isso, ajude-o: O que você espera que ele faça quando está triste? ___________________________________________________________________________________ E quando está feliz? ___________________________________________________________________________________ 2 . De nota de 0 a 10 para o esposo quanto ao seguinte: Carinho ( ) Atenção ( ) Romantismo ( ) Toque ( ) Diálogo ( ) Presentes ( ) 3 . você se sente segura quanto ao seu esposo? Justifique. ___________________________________________________________________________________ 4 . Quais sonhos pessoais você abandonou por amor ao esposo? ___________________________________________________________________________________ 5 . Quais suas maiores deficiências como mulher? ___________________________________________________________________________________ 48 6. Como suas deficiências como mulher afetam negativamente seu casamento? ___________________________________________________________________________________ 7 . Qual seu papel como mulher dentro do casamento? ___________________________________________________________________________________ 8 . você se sente a parte masculina da relação? se sim, em quais momentos? ___________________________________________________________________________________ 9. Quais as funções/atitudes masculinas você tem praticado den- tro do casamento? ___________________________________________________________________________________ 10 . Como vocês solucionam seus conflitos? ___________________________________________________________________________________ NOSSA ORAçãO PAI, estamos aqui novamente. Ainda temos muitos problemas. Como esposa me sinto ________________________________________________________________ Preciso _______________________________________________________________________ Ajude-me a __________________________________________________________________ EM NOME DE JESUS, AMÉM! 49 Seção V HaBilidades CoNJugais FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO I 50 Perfil a ser adotado Pelos PartiCiPaNtes 1 . Ouvir com atenção e carinho as vozes dos demais par- ticipantes; 2 . Eliminar preconceitos para com cada participante do grupo. Em se tratando de casamento, nunca se considere juiz de uma experiência onde você sempre será réu; 3 . Ser empático de forma que, dentro do possível e do ne- cessário, sinta a dor dos outros ou mesmo celebre suas ale- grias; 4. Compartilhar experiências tristes ou alegres como for- ma de enriquecer a discussão e servir de testemunho incenti- vador ao crescimento dos casais participantes. metodologia da reuNião 1 . Comece pontualmente realizando uma dinâmica (anexo 3) – as esposas recebem a surpresa feita pelos maridos (20 minutos); 2 . Um voluntário ora pelos casais; 3 . Leia as instruções quanto ao perfil dos participantes; 4 . Inicie com os exercícios do tópico TREINANDO. Ele é um exercício onde o casal aprende a detectar problemas e criar estratégias para sua solução (20 a 30 minutos); 5 . Cada casal terá a oportunidade de comentar o resultado do exercício do tópico TREINANDO (3 minutos para cada casal); 6 . Leia o texto fazendo pausas para comentários (30 mi- nutos a 1 hora); 7 . O casal líder faz um fechamento da reunião resumindo os pontos principais do tema (10 minutos). 51 HaBilidades CoNJugais FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO I Até aqui já sabemos que homem e mulher se comunicam de formas diferentes. E, por não entenderem a linguagem da comunicação um do outro, entram em conflitos, muitas vezes irreversíveis. Algumas dificuldades de comunicação no casamento podem gerar transtornos psiquiátricos e enfermidades físicas. Um diálogo desequili- brado pode levar o casal à violência. Assim, entendendo que a comunicação é uma área de perigo para a har- monia do matrimônio, a partir daqui aprenderemos diferentes formas para a resolução de conflitos conjugais. Inicialmente, os casais precisam aprender a definir o problema e depois escolher a melhor estratégia para a sua solução. Para isso, deverão esgotar as possibilidades quanto à origem do conflito, os sofrimentos que ele causa em cada um dos cônjuges e, por último, visualizar a futura satisfação frente a solução encontrada. Pesquisas indicam que os casais satisfeitos na maior parte de seu convívio conjugal possuem habilidades de interação, tais como: capacidade para lidar com conflitos; consultam o parceiro na tomada de decisões; mantêm uma boa comunicação; cultivam valores tais como confiança, respeito, compreen- são e equidade; desenvolvem a intimidade sexual e psicológica16. Boa comunicação é um item fundamental no processo de satisfação conjugal. A capacidade de fazer perguntas e dar respostas, elogiar, manter e encerrar a conversação, ouvir atentamente e de forma não defensiva, conclusiva ou seletiva, representam os principais aspectos de uma comu- nicação adequada à relação conjugal. Em termos gerais, as queixas mais comuns entre os cônjuges são: falta de compreensão, atenção insuficiente por parte do outro, pouca capacidade de ou- vir, aumento progressivo de conflitos e dificuldade na resolução de problemas. difiCuldades PrÁtiCas Pode ser que durante uma conversa entre os cônjuges, um dos parceiros costuma interromper mais o outro, ferindo os sentimentos por meio de um comportamento rude. 52 Um dos cônjuges pode fazer uma observação que, em seu ponto de vista, seja uma sugestão construtiva, mas que para o seu parceiro é uma acusação injusta ou difamação. Outras vezes, o companheiro faz observa- ções com a intenção de magoar ou depreciar o parceiro. Na interação do casal, existem alguns comportamentos desencadean- tes de conflitos, denominados de gatilhos: a crítica, a exigência, o acúmulo de aborrecimentos e mágoas e a rejeição. As solicitações e pedidos de um podem ser interpretados pelo outro como exigências injustas e ilegítimas. Quando ocorrem repetidamente, estes eventos tornam a pessoa mais sensível aos gatilhos – respostas impulsivas e agressivas, até que, com o passar do tempo, qualquer provocação acende uma discussão. Pessoas com a capacidade de comunicação desequilibrada iniciam a discussão de um assunto e, diante da insegurança, se desviam para outro; dialogam sempre adivinhando a intenção do parceiro, por achar que o co- nhece muito bem; inserem uma queixa em cada resposta dada ao parceiro e sempre reproduzem a mesma discussão,repetidamente, sem progresso ou solução (mulher rixosa ou marido rixoso – Pv 21:9; 27:15). Incontáveis casamentos terminam por causa do controle coercitivo de um ou de ambos os parceiros. Muitas vezes, quando um parceiro quer al- gum tipo de mudança do outro e ele resiste, sua primeira reação pode ser recorrer à coerção, induzindo à culpa, provocando o choro, ameaçando a retirada de privilégios emocionais, negando carícias físicas, ou até execu- tando atos de agressão verbal e física. ComuNiCação Na PrÁtiCa • Crie um ambiente seguro; • Envie mensagens claras sobre o que se quer em lugar do que não se quer; • Dê, e não retenha informações; • Seja específico e não vago; • Informe, em lugar de esperar que o outro saiba ou decifre; • Elimine mensagens duplas, tais como “sim, mas” ou palavras com tom de voz ríspido; • Corrija suposições sobre o que eu acho que o outro pensa de mim; • Diga sem ambiguidade o que quer do outro e abra mão de estratégias de controle aversivo. 53 • Seja consciente de que o que é dito(fala, gesto) provocará respostas emocionais e comportamentais; • Abra-se para receber feedback – deixe-se ser avaliado; • Responsabilize-se pelos resultados de sua avaliação e aceite corrigir seus atos diante de pedidos de mudança. TREINANDO Liste de forma sucinta os problemas atuais que geram conflitos em seu casamento: ___________________________________________________________________________________ Escolha entre estes problemas aquele que é mais incômodo ou o que vocês mais precisam que seja solucionado. ___________________________________________________________________________________ “A tarefa de vocês agora é conversar sobre o problema escolhido por 20 minutos. Vocês não têm a obrigação de resolver o problema neste mo- mento. Mas, avancem na compreensão do mesmo.” Ao conversarem sobre o conflito, sigam os seguintes critérios: 1 . definam o problema (qual é o problema que estão discutindo?): ___________________________________________________________________________________ 2 . Escrevam no mínimo 5 soluções para o problema . 1. ________________________________________________________________________________ 2. ________________________________________________________________________________ 3. ________________________________________________________________________________ 4. ________________________________________________________________________________ 5. ________________________________________________________________________________ 54 3 . discutam cada solução anterior apontando os pontos positivos e negativos se a mesma for escolhida . solução 1 Positivos: _______________________________________________________________________ Negativos: ______________________________________________________________________ solução 2 Positivos: _______________________________________________________________________ Negativos: ______________________________________________________________________ solução 3 Positivos: _______________________________________________________________________ Negativos: ______________________________________________________________________ solução 4 Positivos: _______________________________________________________________________ Negativos: ______________________________________________________________________ solução 5 Positivos: _______________________________________________________________________ Negativos: ______________________________________________________________________ 55 4 . escolham a melhor solução: ___________________________________________________________________________________ 5. tracem um plano de implementação da solução: Quando: ___________________________________________________________________________________ Responsabilidades do marido: ___________________________________________________________________________________ Responsabilidades da esposa: ___________________________________________________________________________________ 56 EXERCÍCIOS DE fortaleCimeNto CoNJugal 1 . durante uma semana, no mínimo por 10 minutos, conversem sobre os seguintes assuntos: primeiro dia: como o casal avalia suas atitudes de admiração, compa- nheirismo e amizade de um para com o outro? Segundo dia: como o casal avalia suas atitudes de amor, confiança e cumplicidade, cooperação e apoio de um para com o outro? Terceiro dia: como o casal avalia suas atitudes de diálogo, expectati- vas do casamento, felicidade de um para com o outro? Quarto dia: como o casal avalia suas atitudes em relação aos valores religiosos, compreensão, paciência de um para com o outro? Quinto dia: como o casal avalia suas atitudes frente às questões finan- ceiras e aos filhos? Sexto dia: como o casal avalia suas atitudes de paixão, individualida- de, respeito e segurança? sétimo dia: como o casal avalia suas atitudes em relação a vida sexual? 57 NOSSA ORAçãO PAI, precisamos nos compreender. Interprete nossas palavras um ao outro. Dê-nos palavras corretas a fim de enriquecermos nossa relação. Como homem, sei que preciso em minha comunicação: ___________________________________________________________________________________ Como esposa, sei que preciso em minha comunicação: ___________________________________________________________________________________ Senhor, mude nossa condição. EM NOME DE JESUS, AMÉM! 58 Seção VI HaBilidades CoNJugais FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO II 59 Perfil a ser adotado Pelos PartiCiPaNtes 1 . Ouvir com atenção e carinho as vozes dos demais parti- cipantes; 2 . Eliminar preconceitos para com cada participante do grupo. Em se tratando de casamento, nunca se considere juiz de uma experiência onde você sempre será réu; 3 . Ser empático de forma que, dentro do possível e do ne- cessário, sinta a dor dos outros ou mesmo celebre suas ale- grias; 4 . Compartilhar experiências tristes ou alegres como forma de enriquecer a discussão e servir de testemunho incentivador ao crescimento dos casais participantes. metodologia da reuNião 1 . Comece pontualmente realizando uma dinâmica – anexo 3 (5 minutos); 2 . Um voluntário ora pelos casais; 3 . Leia as instruções quanto ao perfil dos participantes; 4 . Inicie com cada casal realizando o item Afinando o Papo (40 minutos); 5 . Leia o texto fazendo pausas para comentários (15 a 30 minutos); 6 . Promova uma dinâmica sobre comunicação conjugal – anexo 3 (10 minutos); 7 . Dê aos casais 10 minutos de diálogo dirigido. Exemplo: o casal líder falará 10 palavras. Para cada uma, o casal terá 3 minutos para dialogar sobre o assunto - finanças, sexo, filhos, amigos, igreja, lazer/férias, família do(a) esposo(a), sonhos, maior erro na relação conjugal, o que o(a) motiva a permane- cer casado(a); 8 . O casal líder deve incentivar o grupo a realizar os Exercí- cios de Fortalecimento Conjugal em casa. 60 HaBilidades CoNJugais FERRAMENTAS DE COMUNICAÇÃO II Não existe relacionamento sem comunicação. Todavia, não existe co- municação onde apenas um fala ou onde apenas um ouve! Muitos casamentos terminam porque um ou nenhum dos cônjuges sabe ouvir. Ambos sabem apenas falar. Falam muito e desconhecem o silêncio e as pausas como elementos de harmonia. Ouvir quer realmente dizer que quando alguém está falando, o ouvinte não se antecipará pensando sobre o que vai dizer quando o outro parar de falar. Pelo contrário, estará totalmente sintonizado na- quilo que a outra pessoa está dizendo, mesmo se o conteúdo for uma crítica. Precisamos aceitar que as falhas na comunicação podem ser por fato- res conscientes ou inconscientes. Mas, seja como for, devemos reapren- der a nos comunicar de forma assertiva. Isso porque a comunicação pode criar um novo relacionamento ou solidificar o velho e deficiente. Um dos problemas-chave que interfere na comunicação é o se fazer compreender. Frequentemente, as pessoas acreditam que compreendem o que seu cônjuge está querendo dizer,
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