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AED Téc de Entrevista - AED 2

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Patrícia Cristina de Gouvêa 
RA: N5358E6 
Psicologia – Noturno 
Disciplina: Técnicas de entrevista e observação 
Professor César Ornelas 
 
TEO - Técnicas de Entrevista e Observação 
Exercícios aplicados à disciplina para revisão e estudo: 
1. Quanto a técnica de entrevista descreva abaixo as áreas da psicologia na qual ela pode ser 
aplicada e por quê? 
R: Sendo técnicas de entrevistas o psicodiagnóstico, entrevista clínica, anamnese, entrevista 
na empresa e escola, pode-se afirmar que as áres da psicologia que são aplicáveis são: 
psicologia clínica, psicologia organizacional, psicologia escolar e psicologia social. 
2. Explique de que forma a entrevista de anamnese se diferencia da entrevista devolutiva? 
R: A entrevista de anamnese trata-se de uma entrevista inicial que faz um levantamento do 
desenvolvimento do paciente com objetivo de obter-se detalhes de sua vida. Abarca dados 
referentes a história de vida do paciente, considerando todo o contexto social e econômico. 
Já a entrevista devolutiva, baseada na comunicação verbal, devolve tudo o que possa 
beneficiar o paciente, tem as respostas às perguntas iniciais, retomada do motivo do processo 
de psicodiagnóstico, aspectos adaptativos e os menos adaptativos e encaminhamento, caso 
necessário. 
 
3. A entrevista psicológica, se diferencia em termos de sua estruturação, conforme proposto por 
Bleger (2003) podem ser de três tipos. Cite e descreva quais são estas. 
R: De acordo com Bleger, a estruturação da entrevista psicologia se diferencia segundo o 
beneficiário do resultado: uma entrevista pode ser realizada para resultado de um terceiro, 
pode ser objetivada para uma pesquisa científica ou pode ser realizada em benefício do 
próprio entrevistado, como a consulta clínica. 
 
4. Quais as etapas do processo psicodiagnóstico, conforme estudado em Cunha (2000). 
R: As etapas dos processos psicodiagnósticos são a entrevista inicial, entrevistas 
subsequentes w entrevista de devolução ou devolutiva. 
 
5. Considere as técnicas de entrevistas psicológicas estudadas em aula e justifique a frase ao 
lado, com suas próprias palavras: “um erro diagnóstico impõe ao paciente um esforço 
inútil no sentido de que ele nos expõe seu mundo interno, falando de seus sofrimentos 
e angustias e, ao final, diante do erro, poderá não mais confiar em um processo 
psicoterápico que, se iniciado, não alcançará seu objetivo, que é o da cura”. (Extraído 
de: Freud (1913) em: O Início do Tratamento). 
R: A procura por um terapeuta clínico pelo paciente significa a tentativa de busca por uma 
cura para algo que ele julga que o fere, fazem-no sentir dor e sofrimento. Desse modo, o 
paciente expõe suas particularidades mais internas de forma verbal e não verbal que são 
captadas pelo psicólogo e trabalhadas em cima disso. O profissional é o responsável por dar 
Patrícia Cristina de Gouvêa 
RA: N5358E6 
Psicologia – Noturno 
Disciplina: Técnicas de entrevista e observação 
Professor César Ornelas 
 
uma devolutiva ao paciente que o ajude a perceber atitudes, sentimentos ou pensamentos 
que desencadeiam sofrimentos e angustias. Se ocorre um erro no diagnóstico, todo o 
caminho do tratamento psicológico está comprometido, de forma que se chega a uma solução 
para um problema que de fato não existe ali, já que no momento do erro, o olhar foi desviado 
da problematização real (e que deveria ser assim captada pelo psicólogo) para um ponto que 
não constitui suas angustias e sofrimento. Não alcançado o objetivo da cura, que desde o 
primeiro contato com o profissional era esperado pelo paciente, ou esse vai ter a ideia que 
seus problemas são irresolutos ou pensar que o método de psicodiagnóstico não é eficaz. 
 
 
6. A entrevista clínica é considerada uma das principais competências do psicólogo, destaque 
as questões internas e externas que podem ocorrer conforme visto em Benjamim (2011). 
R: Para uma boa entrevista é necessário que o entrevistador se prepare internamente como 
ser você mesmo, sentir o desejo de ajudar o paciente, respeito, cuidados com expressões 
faciais, sutileza, cuidado com tom de voz e honestidade. E também preparar externamente, 
como uma atmosfera e ambientes propícios para comunicação, roupas adequadas, 
disposição das cadeiras e local sem interrupções. 
 
7. Sobre o procedimento e estrutura da entrevista clínica, como o psicólogo deve proceder no 
início e no final desta entrevista? 
R: Inicialmente numa entrevista, o psicólogo deve explicar e clarear o seu trabalho ali com o 
paciente e colher todas as informações possíveis no momento e necessárias para a análise. 
No final da entrevista, deve ficar claro questões sobre horário, duração das sessões, formas 
de pagamento e se será necessário ou não testagem. 
 
Leia o caso abaixo e responda as questões: 
Carlos (nome fictício) é um menino de 8 anos, cursando a quarta série do ensino fundamental 
de uma escola pública, terceiro filho, mora com sua mãe e seus irmãos de 18 anos e 12 anos na 
periferia de São Paulo. Seu pai abandonou a família sem aviso e desapareceu, quando ele ainda 
era um bebê de 3 meses. A situação financeira da família é complicada e seus recursos 
econômicos muito precários. Por vezes, durante o atendimento psicoterápico, faltou dinheiro 
para comprar alimentos, quando isso ocorria sua mãe levava Carlos para a casa da avó materna 
e desta forma ele faria ao menos uma refeição. Carlos é um garoto alegre e bem humorado, não 
apresenta dificuldades na escola, considerado simpático e comunicativo pelos familiares e 
colegas. Já no primeiro encontro com a psicóloga Ana, ele mostrou-se afetivo e pode estabelecer 
um bom vínculo com ela. Marta, sua mãe procurou o consultório da psicóloga Ana alegando 
que: "não sabia mais o que fazer com ele", segundo suas palavras. Na escola as professoras 
reclamavam do seu comportamento em sala de aula, apesar de Carlos apresentar um bom 
rendimento acadêmico. 
Patrícia Cristina de Gouvêa 
RA: N5358E6 
Psicologia – Noturno 
Disciplina: Técnicas de entrevista e observação 
Professor César Ornelas 
 
8. De acordo com o que você aprendeu em TEO esclareça como a psicóloga Ana deve 
proceder com Carlos (8 anos) e sua mãe Marta, antes de começar qualquer tipo de 
intervenção terapêutica? 
R: Realizar o psicodiagnóstico, utilizando a aplicação de testes, realizar uma entrevista 
semidirigida e com anamnese, inicialmente com a mãe e depois realizar o mesmo processo 
com o filho. Com o paciente, podem ser aplicados testes gráficos. 
 
9. Dentre os tipos de entrevista conhecidos por você, que tipo delas seria indicado para 
o caso? 
R: Por se tratar de uma criança e envolver supostos problemas familiares, a entrevista aberta 
ou de livre estruturação se encaixaria mais ao caso, pois, o psicólogo poderia flexibilizar as 
intervenções, como trabalhar com a ludicidade, onde o processo se tornaria mais agradável 
e o ambiente mais tranquilo para o paciente de apenas 8 anos. 
 
10. A entrevista fechada seria indicada para o caso acima? 
R: Como se trata de um paciente de apenas 8 anos, a entrevista fechada não seria indicada, 
pois o processo de intervenção por ser previsível poderia atrapalhar o andamento do 
atendimento e dificultar a relação entre psicólogo e paciente. 
11. Elabore um roteiro de entrevista semiaberta para Ana realizar entrevista sobre o caso 
de Carlos. 
a. Quem poderia ser chamado para entrevista? 
R: No caso de ser uma criança, é aconselhável que a mãe e a criança sejam 
entrevistadas, separadamente, para que na sequência o psicólogo inicie as sessões 
de terapia individuais com a criança. 
b. Quais as questões, que deveriam ser feitas por Ana, para coleta de dados sobre 
Carlos? 
R: Para a mãe, as perguntas essências seriam: Quais são as principais queixas dela 
em relação ao filho? Quais comportamentos inadequados ele apresenta em casa? E 
na escola? Como é a relação dos dois? Como é a relaçãodela com os demais filhos? 
Como é o relacionamento do filho com os irmãos? O que ela espera que a terapia 
melhore na relação dela com o filho? E no ambiente da família em geral? 
Patrícia Cristina de Gouvêa 
RA: N5358E6 
Psicologia – Noturno 
Disciplina: Técnicas de entrevista e observação 
Professor César Ornelas 
 
R: Para o paciente, por ser uma criança, o ideal antes de iniciar os questionamentos 
seria fazer alguma intervenção lúdica como desenho ou quebra-cabeça, por 
exemplo, e a medida com que o psicólogo vai percebendo a criança mais confiante e 
interagindo, pode-se iniciar as questões, mas de forma mais “simples”, como: Você 
gosta da escola? E a mamãe? Me fale sobre ela, seus irmãos? Quantos anos eles 
têm? Eles são legais com você? Do que vocês costumam brincar? Qual a comida 
que a mamãe faz que você mais gosta? Etc. 
 
Leia o caso abaixo e responda as questões: 
Ana psicóloga relata que, durante uma sessão, Carlos lhe fazendo a pergunta, “você tem filhos? 
”, enquanto modela com as mãos, duas metades de massinhas branca imitando um pão e 
encaixa outra marrom entre as duas, como se fizesse um hamburguer. Ana lhe informa que não. 
Ele pergunta a seguir se ela sabia fazer panqueca, e quando respondi que não, ele fala: "Quando 
você tiver filhos vai ter que saber fazer hamburguer, assim como minha mãe faz para mim". Ana 
pergunta se a mãe faz hamburguer para ele e ele diz que quando não tem pão, pois não têm 
dinheiro para comprar, a mãe lhe faz panqueca. 
Esse relato de Carlos fez Ana sentir-se abalada, seus olhos encheram de lágrimas e ela chorou 
tentando esconder de Carlos o rosto molhado passou a sentir uma raiva inexplicável da mãe do 
menino e a ter dificuldade em atender à Carlos, com isso quando era dia da sessão ela 
frequentemente sentia-se indisposta com dores de cabeça e atrasava-se para o atendimento. 
Ao longo dos atendimentos, Ana se perguntava se seria terapêutico trazer para Carlos um 
lanche. Ele lhe disse que antes de vir para a sessão muitas vezes, não tomava café da manhã. 
Quando isso ocorria Carlos tomava apenas um café, na sala de espera do consultório, em que 
havia uma garrafa térmica com café, da qual ele se servia e depois de tomar guardava o resto 
para dar à sua mãe. 
12. De acordo com o caso acima faça uma análise da entrevista, em relação ao processo 
de transferência e contratransferência manifestados por Ana e Carlos. 
R: Analisando o caso, pode-se perceber que Ana criou inconscientemente uma afetividade 
por Carlos, pois se solidariza pela sua condição social e passou a preocupar-se se ele está 
sendo alimentado pela mãe, que no caso se tornou uma figura aversiva a terapeuta, pois 
aparamente a mãe tem mais afeto e preocupação pelos irmãos do que com Carlos. Ou seja, 
nesse caso, podemos encontrar o processo de contratransferência, onde a psicóloga tem 
afetividade e preocupação constante pelo paciente. 
Ao longo do tempo, Carlos foi se sentindo mais seguro e isso desencadeou um processo de 
contratransferência, em que ele parecia querer encontrar na sessão alguém que cuidasse dele, 
como a mãe em casa. As brincadeiras passaram a ser sobre cuidados de um para o outro, em 
que o principal aspecto era o de fazer e dar alimentos. Carlos desenhou Ana, não mais como 
Patrícia Cristina de Gouvêa 
RA: N5358E6 
Psicologia – Noturno 
Disciplina: Técnicas de entrevista e observação 
Professor César Ornelas 
 
um cachorro bravo como na entrevista inicial, mas como uma pessoa capaz de dar cuidados e 
de ajudá-lo. 
13. Preencha o espaço acima com a palavra, que indica corretamente o processo que está 
ocorrendo com Carlos. 
14. No filme Terapia do amor (2005), assista ao trailer disponível no link acessado em 
17/03/2020: https://www.youtube.com/watch?v=2_QUns4JLFM e discuta as questões 
envolvidas no processo de Transferência e Contratransferência, que podem ser 
destacadas do filme (trailer). 
 
R: No trailer, mostra o caso de uma terapeuta e que em um de seus atendimentos, estimula 
sua paciente a ter um relacionamento com um rapaz dez anos mais jovem, até o momento, 
não vendo problemas nessa relação. Mas, ao decorrer da trama, ele descobre que o 
namorado citado pela paciente, é seu filho. Portanto, o fato envolveria tanto os casos de 
transferência, pois ao saber da situação a paciente não conseguiria prosseguir com o 
tratamento, e também de contratransferência, pois a terapeuta não aceitaria que seu filho se 
relacionasse com uma mulher dez anos mais velha, principalmente por preconceito e por 
conhecer boa parte de seu histórico de relações. 
 
 
15. Sobre a entrevista inicial, leia o artigo, de Pasqua (2011) abaixo relacionado e como 
sugestão: assista ao seriado: “Em Terapia”. 
R: Analisando a série “Em terapia”, o referido artigo analisa como as entrevistas iniciais são 
abordadas pelos psicólogos ao iniciar o processo de terapia e os dilemas da profissão. O 
psicólogo relatado na série vive um conflito pessoal com o pai e ao mesmo tempo, tem casos 
complicados, com transferências e contratransferências, o que muitas vezes atrapalha seu 
bom desempenho no trabalho. 
 
Leitura obrigatória: 
CUNHA, J. A. A história do examinando. In: CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico - V. 5ª ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2000, cap. 6 (p. 57-66). 
BENJAMIN, A. A entrevista de ajuda. 13ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011. 
OCAMPO, M. L. S. & ARZENO, M. E. G. A entrevista inicial. In: OCAMPO, M. L. S. O processo 
psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. 11ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009, cap. 2 
(p.21-43). 
CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico – V. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000, cap. 11 (p.105-138). 
PASQUA, L. D.; A técnica das entrevistas iniciais partindo do seriado “Em terapia”. 
Diaphora | Revista da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul 12(1) | 2011 | 99-106. 
disponível em: http://www.sprgs.org.br/diaphora/ojs/index.php/diaphora/article/view/52 
https://www.youtube.com/watch?v=2_QUns4JLFM
http://www.sprgs.org.br/diaphora/ojs/index.php/diaphora/article/view/52
Patrícia Cristina de Gouvêa 
RA: N5358E6 
Psicologia – Noturno 
Disciplina: Técnicas de entrevista e observação 
Professor César Ornelas 
 
(acessado em 17/03/2020).

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