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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP ICH – Curso de Psicologia / Campus Paraíso Relatório de Tarefa Domiciliar: Realização da atividade domiciliar de forma a valer como atividade complementar, seguindo regras básicas da ABNT, seguindo as instruções da tarefa estabelecida pelo ICH. Exercícios aplicados à disciplina para revisão e estudo: 1. Quanto a técnica de entrevista descreva abaixo as áreas da psicologia na qual ela pode ser aplicada e por quê? Resposta: A entrevista, sendo uma técnica de investigação na psicologia, pode ser usada em diversos contextos e áreas. Embora seja mais frequente lembrarmos o uso na área clínica ou triagem ( com o objetivo de ser usada para entender a história de vida e definir hipóteses de um diagnóstico), ela também pode ser usada na empresa, a fim de achar as informações e objetivos que se combinem com a vaga de procura, na escola, com o objetivo de ajudar a criança na sala de aula e no contexto da pesquisa, com o propósito de obter falar que mostram que aquela pessoa pode fazer parte do tema de um projeto. 2. Explique de que forma a entrevista de anamnese se diferencia da entrevista devolutiva? A entrevista de anamnese tem por objetivo descobrir sobre a história de vida e pregressa do paciente, assim como colaborar para hipóteses de um diagnóstico. Já a entrevista devolutiva é um meio do paciente ou os responsáveis do paciente ter acesso ao progresso da terapia. 3. A entrevista psicológica, se diferencia em termos de sua estruturação, conforme proposto por Bleger (2003) podem ser de três tipos. Cite e descreva quais são estas. Entrevista livre ou não estruturada: Se caracteriza pelo discurso livre os espontâneo do entrevistado, considera as demandas do sujeito avaliado, visa o conhecimento amplo e geralmente as perguntas são abertas. Fechada ou estruturada: Altamente padronizada, objetiva, tem por objetivo quantificar informações e as perguntas são quase sempre fechadas. Semi-dirigida ou semi-estruturada: O entrevistador tem claro seus objetivos e organiza uma sequência para isso. Requer mais experiência e treinamento. 4. Quais as etapas do processo psicodiagnóstico, conforme estudado em Cunha (2000). Resposta: A entrevista psicológica é a primeira etapa, dando início ao plano de de avaliação, juntamente com a observação clínica e a aplicação de testes psicológicos. 5. Considere as técnicas de entrevistas psicológicas estudadas em aula e justifique a frase ao lado, com suas próprias palavras: “um erro diagnóstico impõe ao paciente um esforço inútil no sentido de que ele nos expõe seu mundo interno, falando de seus sofrimentos e angústias e, ao final, diante do erro, poderá não mais confiar em um processo psicoterápico que, se iniciado, não alcançará seu objetivo, que é o da cura”. (extraído de: Freud (1913) em: O Início do Tratamento). Resposta: Em todo contexto terapêutico, existe um vínculo de confiança entre paciente e terapeuta, assim como entre o paciente e a terapia. Dessa forma, um erro diagnóstico, não só é prejudicial a saúde psíquica do paciente, mas também destrói o vínculo construído durante todo o processo. Sendo assim, não será possível atingir o objetivo, que é a cura. 6. A entrevista clínica é considerada uma das principais competências do psicólogo, destaque as questões internas e externas que podem ocorrer conforme visto em Benjamim (2011). Questões externas (fatores ambientais): Interrupções, ambiente (sala), descuidado com as fichas de outros pacientes, confortos e distrações. Questões internas (Fatores sobre o psicólogo): Desejo de ajuda e a compreensão a si mesmo. 7. Sobre o procedimento e estrutura da entrevista clínica, como o psicólogo deve proceder no início e no final desta entrevista? Resposta: Seguindo o procedimento, no começo da entrevista, é necessário que o psicólogo informe sobre o enquadre (tempo, espaço, sigilo, discrição…) e comece a entrevista por onde o entrevistado começar. No final, é importante que o enquadre seja respeitado Leia o caso abaixo e responda as questões: Carlos (nome fictício) é um menino de 8 anos, cursando a quarta série do ensino fundamental de uma escola pública, terceiro filho, mora com sua mãe e seus irmãos de 18 anos e 12 anos na periferia de São Paulo. Seu pai abandonou a família sem aviso e desapareceu, quando ele ainda era um bebê de 3 meses. A situação financeira da família é complicada e seus recursos econômicos muito precários. Por vezes, durante o atendimento psicoterápico, faltou dinheiro para comprar alimentos, quando isso ocorria sua mãe levava Carlos para a casa da avó materna e desta forma ele faria ao menos uma refeição. Carlos é um garoto alegre e bem humorado, não apresenta dificuldades na escola, considerado simpático e comunicativo pelos familiares e colegas. Já no primeiro encontro com a psicóloga Ana, ele mostrou-se afetivo e pode estabelecer um bom vínculo com ela. Marta, sua mãe procurou o consultório da psicóloga Ana alegando que: "não sabia mais o que fazer com ele", segundo suas palavras. Na escola as professoras reclamavam do seu comportamento em sala de aula, apesar de Carlos apresentar um bom rendimento acadêmico. 8. De acordo com o que você aprendeu em TEO esclareça como a psicóloga Ana deve proceder com Carlos (8 anos) e sua mãe Marta, antes de começar qualquer tipo de intervenção terapêutica? Resposta: Antes de qualquer intervenção terapêutica, é necessário realizar uma entrevista de anamnese com a responsável legal para saber a história de vida do paciente, suas demandas, informações sobre o desenvolvimento dessa criança desde a sua gestação. Também é importante esclarecer que comportamentos são esses que a mãe está explicitando e validar a queixa da escola. 9. Dentre os tipos de entrevista conhecidos por você, que tipo delas seria indicado para o caso? Resposta: Uma vez que o objetivo é conhecer o paciente, entender as demandas do mesmo, o tipo de entrevista mais pertinente nesse contexto seria a livre ou não estruturada. 10.A entrevista fechada seria indicada para o caso acima? Resposta: Não, uma vez que a entrevista fechada não daria a estrutura para conhecer Carlos, não iria valorizar seu discurso livre e espontâneo, assim como o contexto não é apropriado, já que a entrevista fechada é comumente usada em contextos de pesquisa. 11. Elabore um roteiro de entrevista semiaberta para Ana realizar entrevista sobre o caso de Carlos. a. Quem poderia ser chamado para entrevista? Resposta: É necessário chamar a responsável legal, no caso, a mãe do menino e, uma vez que a queixa vem do contexto escolar, seria proveitoso o contato com os professores de Carlos. b. Quais as questões, que deveriam ser feitas por Ana, para coleta de dados sobre Carlos? Resposta: Diversas perguntas são necessárias, entre elas: Qual a sua relação com seus professores? Você tem alguma dificuldade na escola? Como é a sua turma? Você tem bastante amigos? Sua mãe te ajuda a realizar as tarefas de casa? Como você se sente quando vai à escola? Leia o caso abaixo e responda as questões: Ana psicóloga relata que, durante uma sessão, Carlos lhe fazendo a pergunta, “você tem filhos?”, enquanto modela com as mãos, duas metades de massinhas branca imitando um pão e encaixa outra marrom entre as duas, como se fizesse um hambúrguer. Ana lhe informa que não. Ele pergunta a seguir se ela sabia fazer panqueca, e quando respondi que não, ele fala: "Quando você tiver filhos vai ter que saber fazer hambúrguer, assim como minha mãe faz para mim". Ana pergunta se a mãe faz hambúrguer para ele e ele diz que quando não tem pão, pois não têm dinheiro para comprar, a mãe lhe faz panqueca. Esse relato de Carlos fez Ana sentir-se abalada, seus olhos encheram de lágrimas e ela chorou tentando esconder de Carlos o rosto molhado passou a sentir uma raiva inexplicável da mãe do menino e a ter dificuldade em atender à Carlos, com isso quando era dia da sessão ela frequentemente sentia-se indisposta com dores de cabeça e atrasava-se para o atendimento. Ao longo dos atendimentos, Ana se perguntava se seriaterapêutico trazer para Carlos um lanche. Ele lhe disse que antes de vir para a sessão muitas vezes, não tomava café da manhã. Quando isso ocorria Carlos tomava apenas um café, na sala de espera do consultório, em que havia uma garrafa térmica com café, da qual ele se servia e depois de tomar guardava o resto para dar à sua mãe. 12.De acordo com o caso acima faça uma análise da entrevista, em relação ao processo de transferência e contratransferência manifestados por Ana e Carlos. Resposta: É possível perceber que Carlos, passado um tempo fazendo acompanhamento psicológico, fez uma transferência com Ana, a imaginando como alguém que poderia lhe cuidar, como sua mãe. Tal processo é comum e faz parte do setting da terapia. Por outro lado, Ana fez uma contratransferência nada saudável e/ou ética, uma vez que não instrumentalizou e não conseguiu separar as relações. Dessa forma, o processo inteiro se prejudica e deixa de ser prestativo, científico. Ao longo do tempo, Carlos foi se sentindo mais seguro e isso desencadeou um processo de Transferência , em que ele parecia querer encontrar na sessão alguém que cuidasse dele, como a mãe em casa. As brincadeiras passaram a ser sobre cuidados de um para o outro, em que o principal aspecto era o de fazer e dar alimentos. Carlos desenhou Ana, não mais como um cachorro bravo como na entrevista inicial, mas como uma pessoa capaz de dar cuidados e de ajudá-lo. 13.Preencha o espaço acima com a palavra, que indica corretamente o processo que está ocorrendo com Carlos. 14. No filme Terapia do amor (2005) Assista ao trailer disponível no link acessado em 17/03/2020: https://www.youtube.com/watch?v=2_QUns4JLFM e discuta as questões envolvidas no processo de Transferência e Contratransferência, que podem ser destacadas do filme (trailer). Resposta: Sobre o filme Terapia do Amor,compreende-se que as questões éticas sobre a disposição do processo terapêutico foram ignoradas e a dinâmica não só é prejudicial, mas imoral em vários sentidos. É possível inferir do trailer que a psicóloga tem como paciente a namorado de seu filho. Apesar de saber desta informação, ela não a dispensa ou encaminha para outro psicólogo e não é honesta em relação a sua familiaridade com o namorado da moça. A transferência, nesse processo, ocorre de diversas formas. A paciente confia e possui um vínculo muito grande com sua psicóloga. Já a psicóloga não usa a contratransferência da maneira certa. https://www.youtube.com/watch?v=2_QUns4JLFM 15.Sobre a entrevista inicial, leia o artigo, de Pasqua (2011) abaixo relacionado e como sugestão: assista ao seriado: “Em Terapia”. (Sem pergunta) BIBLIOGRAFIA CUNHA, J. A. A história do examinando. In: CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico - V. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000, cap. 6 (p. 57-66). BENJAMIN, A. A entrevista de ajuda. 13ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2011. OCAMPO, M. L. S. & ARZENO, M. E. G. A entrevista inicial. In: OCAMPO, M. L. S. O processo psicodiagnóstico e as técnicas projetivas. 11ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009, cap. 2 (p.21-43). CUNHA, J. A. Psicodiagnóstico – V. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000, cap. 11 (p.105-138). PASQUA, L. D.; A técnica das entrevistas iniciais partindo do seriado “Em terapia”. Diaphora | Revista da Sociedade de Psicologia do Rio Grande do Sul 12(1) | 2011 | 99-106.
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