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análise literária

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As Histórias
Ler um livro não é só conhecer a história. É preciso colocar-se no texto e tentar percorrer o caminho que o pensamento do autor percorreu. É preciso entender o porquê, o quando, o onde, o como. Para que o mundo maravilhoso e mágico do autor se torne realidade, é necessário que os leitores entrem no texto com suas vivências e recriem a realidade criada pelo autor.
O roteiro de análise literária tem a intenção de ajudar você a compreender os elementos das histórias contadas em livros. Ele precisa, porém, ser adaptado às características de cada livro e de cada autor.
1. Identificação:
Autor
Obra
Local e data de publicação
Editora
Ano da Publicação
Ex: BRAFF, Menalton. O Fantasma da Segundona. São Paulo: FTD, 2014.
2. Pesquisa
· Biografia do autor
3. Estrutura da Obra 
a) Assunto - principal acontecimento sobre o qual gira a história.
b) Enredo – conjunto de fatos narrados.
O enredo apresenta os seguintes elementos: 
· Introdução – momento em que são apresentados os fatos iniciais; serve para situar o leitor diante do que irá ler.
· Complicação – parte da história em que são desenvolvidos os conflitos.
· Clímax – momento culminante da história, de maior tensão e suspense.
· Desfecho – solução dos conflitos; resolução da complicação, da aventura.
c) Personagem – ser que vive a ação, responsável pelos acontecimentos da história. (Você deverá caracterizar o personagem)
A personagem pode ser: 
· Principal – mais importante no desenrolar do enredo.
· Secundária – personagem que tem uma participação menor ou menos freqüente. É importante situar as características físicas, psicológicas, sociais etc. das personagens. A personagem principal pode ser protagonista quando apresenta características que a fazem sobressair em seu grupo, ou antagonista quando ela se opõe ao protagonista e atrapalha sua ação.
d) Espaço – lugar onde se passam as ações das personagens. 
e) Ambiente – espaço com características sociais, econômicas, morais, psicológicas em que vivem as personagens. 
f) Tempo - análise dos índices de tempo que o enredo apresenta.
O tempo pode ser caracterizado quanto à: 
· Duração – tempo que a história levou a ocorrer.
· Época – pano de fundo da história. Quando a época é atual, basta justificar com elementos da atualidade; quando a época é antiga, pode-se e deve-se procurar uma correspondência com fatos históricos.
g) Narrador - identificação do ponto de vista ou foco narrativo, isto é, verificar se o narrador conta a sua própria história (1ª pessoa) ou conta à história de outras pessoas (3ª pessoa).
4. Opinião
O leitor deve dar sua opinião a respeito da história, da estrutura da obra, do autor e da linguagem.
Obs:Adaptações realizadas para este roteiro
Referência: Cócco, Maria Fernandes.ALP – análise, linguagem e pensamento: a diversidade de textos numa proposta construtivista – São Paulo: FTD, 1993
Texto Narrativo
A narrativa pode ser definida como relato de acontecimentos que remetem para o conhecimento do Homem e das suas realizações no mundo. É uma forma de literatura que compreende o romance, a novela, o conto e a epopeia. A nível de texto, pode ser entendida como um encadeamento discursivo, nas suas relações com os acontecimentos que relata e o ato que o produz.
Na narrativa literária, com recurso frequente à ficção, por vezes socorrendo-se de acontecimentos históricos, há uma expressão do mundo exterior e objetivo. Em geral, a enunciação surge na terceira pessoa (por vezes, na primeira pessoa, quando o narrador assume o papel de personagem), predominando a função referencial ou informativa da linguagem.
O texto narrativo, que permite uma comunicação através do discurso do narrador e da história recriada, apresenta um discurso múltiplo e complexo que recorre, essencialmente, à narração, à descrição, ao diálogo e ao monólogo. 
Categorias do Texto Narrativo
O texto narrativo possui três elementos estruturais: personagem, espaço e acontecimento (ação num tempo). Consideram-se, por isso, categorias da narrativa as personagens, o espaço, o tempo e a ação.
As personagens (agentes da narrativa em torno dos quais gira a ação) podem distinguir-se quanto ao relevo ou papel desempenhado como principais ou protagonistas (à volta das quais decorre a ação), secundárias (participam na ação sem um papel decisivo) e figurantes (servem apenas para funções decorativas dos ambientes); podem, também, ser individuais ou singulares e coletivas. Quanto à composição ou concepção e formulação, as personagens definem-se como modeladas ou redondas (com densidade psicológica, capazes de alterarem o comportamento ao longo da narrativa), planas (sem vida interior, sem alteração do comportamento ao longo da ação, nem evolução psicológica) e tipos (personagens planas, representantes de um grupo profissional ou social). Em relação aos processos de caracterização, esta pode ser direta por autocaracterização (através das palavras da própria personagem) e heterocaracterização (através dos elementos fornecidos por outras personagens ou pelo dramaturgo através das didascálias) ou indiretas (deduzida a partir das atitudes, dos gestos, dos comportamentos e dos sentimentos da personagem ou a partir de símbolos que as acompanham).
O espaço físico (e geográfico) é formado pelo lugar onde decorre a ação, podendo dizer-se interior ou exterior, fechado ou aberto, público ou privado; o espaço social e cultural caracteriza o meio em que vivem as personagens, a situação social e económica ou os valores culturais, as tradições e os costumes; o espaço psicológico exprime vivências que cada personagem tem do espaço físico ou de um espaço de emoções e sensações. 
Os ambientes, como cenários importantes para retratar situações, hábitos, atitudes, valores, resultam dos espaços físicos, sociais, culturais e psicológicos.
O tempo dá conta da sucessão dos anos, dos dias, das horas em que acontece a história ou dura a ação. Diz-se tempo cronológico se indica as datas e sucessão dos acontecimentos; considera-se tempo histórico o que corresponde à época ou ao momento em que decorre a ação; chama-se tempo do discurso ou da narrativa ao que obedece à sequência do próprio enunciado; e é tempo psicológico o que exprime a vivência subjetiva das personagens, que permite uma percepção do decorrer do tempo.
A ação divide-se em central (constituída pelos acontecimentos principais) e secundária (constituída pelos acontecimentos menos relevantes que valorizam a ação central). Pode ser aberta se não há desenlace da história e do destino final das personagens; e fechada quando se observa a ação solucionada e a sorte final das personagens. Tem como momentos estruturais a introdução (situação inicial, apresentação), o desenvolvimento (peripécias e ponto culminante) e a conclusão (desenlace). Quanto à estrutura, as ações na narrativa relacionam-se entre si por encadeamento (ordenação temporal das ações), por encaixe (introdução de uma ação noutra) e por alternância (entrelaçamento das ações que se vão desenrolando, separada e alternadamente, podendo fundir-se em determinado ponto da intriga).
Referência 
Texto Narrativo. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. [Consult. 2013-05-02]. Disponível na http://www.infopedia.pt/$texto-narrativo.

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