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PROVA N1 TÍTULOS DE CRÉDITO - PROFº RAFAEL BRITTO (1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE CAMPO GRANDE 
 Rod. BR 163 – Av. Gury Marques, 3.203 ⚫ Chácara das Mansões 
 Campo Grande (MS) ⚫ 79079-005 ⚫ (67) 3345-6100 
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 Rod. BR 163 – Av. Gury Marques, 3.203 ⚫ Chácara das Mansões 
 Campo Grande (MS) ⚫ 79079-005 ⚫ (67) 3345-6100 
 CENTRO UNIVERSITÁRIO ANHANGUERA DE CAMPO GRANDE 
 Rod. BR 163 – Av. Gury Marques, 3.203 ⚫Vila Olinda
 Campo Grande (MS) ⚫ 79079-005 ⚫ (67) 3345-6100 
PROVA N1
	ACADÊMICO (A): Rubiana de Oliveira Gimenes
	RA: 052.051.421-11
	AVALIAÇÃO: N1 
	DATA: 21/04/2020
	 REVISÃO DE NOTA:
	NOTA DA PROVA
	CURSO: Direito
	 SÉRIE: 7°
	TURMA: Noturno
	
	DISCIPLINA: TÍTULOS DE CRÉDITO – AMI – NÍVEL 2
	
	PROFESSOR: RAFAEL BRITTO
	
ORIENTAÇÕES PARA A PROVA:
· Identifique a sua prova preenchendo os campos em brancos indicados neste cabeçalho; 
· O valor de cada questão está colocado ao lado da mesma; 
· Leia atentamente o enunciado de cada questão, procure refletir antes de responder e busque atender exatamente ao solicitado; 
· A prova deverá ser postada conforme orientação de local e prazo. O envio incorreto invalidará a avaliação.
01) (Acervo Pessoal) Fernando Prass emitiu cheque de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em 01/11/2015, tendo como beneficiário Jailson. Na mesma data Jailson endossou o título em preto para Bruno Henrique, que, endossou em preto para Gustavo Scarpa. De posse do título, Gustavo Scarpa verifica que no anverso da título há a assinatura de Willian Bigode, sem que seja discriminada a sua responsabilidade cambiária.
Com base na situação acima, pergunta-se: 
Willian Bigode poderá ser considerado devedor cambiário? Explique e Justifique. (Valor: Quinhentos pontos)
	Analisando-se o caso em concreto, verifica-se que, Willian Bigode, endossou o título em branco. Neste diapasão, com amparo no art. 911, do CC/02, pode-se atribuir sim a qualidade de devedor cambial a Willian Bigode, uma vez que ele consta na série regular de endossos. Outrossim, segundo o art. 21 da Lei 7357/85 (lei do cheque), o endossante garante o pagamento do título.
	Assim, com amparo no art. 914 do CC/02 c/c art. 21 da Lei do Cheque, assume Willian Bigode responsabilidade solidária pelo título, podendo, em caso de insuficiência de recursos, poder demandar contra os demais endossantes..
02) (Acervo Pessoal) Uma nota promissória à ordem foi subscrita por Vanderlei Luxemburgo, em favor de Dudu. Na ocasião, não houve por parte de Vanderlei a indicação da data de emissão e tampouco a época do pagamento. O beneficiário Dudu transferiu o título para Rony mediante assinatura no verso e em branco, sem inserir os dados omitidos pelo promitente.
Com base na hipótese apresentada, responda justificadamente aos questionamentos a seguir.
a) Ao ser emitida, essa nota promissória reunia os requisitos formais para ser considerada um título de crédito? (Valor: Duzentos e cinquenta pontos).
É um título de crédito pelo qual uma pessoa, denominada emitente, faz a outra pessoa, designada beneficiária/tomador, uma promessa pura e simples de pagamento de quantia determinada, em seu favor ou a outrem à sua ordem, nas condições nelas constantes.
•	Promessa de pagamento
Possui dois intervenientes:
a)	Promitente: aquele que faz a promessa;
b)	Tomador∕ Beneficiário (que será o credor)
Ex.: nota promissória
Salvo a data (se omissa, será considerada a vista) e o lugar de pagamento ou emissão, a ausência de algum dos requisitos ocasiona a desconsideração do título como NP (art. 76 da LU).
b) Impede o preenchimento do título o fato de Rony tê-lo recebido de Dudu sem que os dados omitidos por Vanderlei tenham sido inseridos? (Valor: Duzentos e cinquenta pontos)
		A respeito do caso concreto, necessária exegese do que dispõem os §§1.º e 2.º do referido artigo, ao dar a presunção de legitimidade ao portador de inserir a data de emissão e o local do pagamento, quando este não constar no título. Outrossim, também se presume vencível à vista, a nota que não contiver aposição do vencimento, e pagável no domicílio do emitente, ou ainda no local que o portador indicar no título. 
	Inclusive, estes requisitos foram ratificados no art. 75, do Decreto n.º 57.663/66: "Art. 75. A nota promissória contém: 1. denominação 'nota promissória' inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para redação desse título; 2. a promessa pura e simples de pagas uma quantia determinada; 3. a época do pagamento; 4. a indicação do lugar em que se deve efetuar o pagamento; 5. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga; 6. a indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é passada; 7. a assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor). Art. 76. O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como nota promissória, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes. A nota promissória em que se não indique a época do pagamento será considerada à vista. Na falta de indicação especial, o lugar onde o título foi passado considera-se como sendo o do lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor da nota promissória. A nota promissória que não contenha indicação do lugar onde foi passada, considera-se como tendo-o sido no lugar designado ao lado do nome do subscritor.
Inclusive a súmula 387 do STF já resguarda a possibilidade de o credor de boa-fé complementar as informações faltantes no título antes do protesto ou da cobrança. 
Portanto, as ausências do local de pagamento e de vencimento não desnaturam a qualidade do título executivo, assim como, sendo Rony, portador de boa-fé do título, autorizado o seu preenchimento, em caso de inadimplemento do mesmo.

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