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Phablo Gonçalves Ferreira Forte Turma N1 Matrícula: 600359925 QUESTIONÁRIO DE PROCESSO CIVIL I 1 – O que é jurisdição? É o poder que o Estado detém para aplicar o direito a um determinado caso, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e com isso resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei. 2 – O que é competência? É a limitação do exercício da jurisdição atribuída a cada órgão ou grupo de órgãos jurisdicionais. 3–Quais os critérios para determinação da competência? Na análise dos critérios de fixação de competência a primeira questão a ser resolvida é a da chamada competência internacional que vem estipulada pelos arts. 88 e 89 do Código de Processo Civil. O art. 88 dispõe sobre a competência internacional concorrente e o art. 89 sobre a competência internacional exclusiva. Verificada a competência internacional, e sendo certo que a demanda pode ser ajuizada perante autoridade judiciária brasileira, passa-se a análise da competência interna. Para se fixar a competência interna devem ser empregados três critérios: objetivo, funcional e territorial. O critério objetivo fixa a competência em razão do valor da causa ou da sua natureza, sendo previstos nos arts. 91 e 92 do CPC. O critério funcional de fixação de competência a distribui entre diversos órgãos “quando as diversas funções necessárias num mesmo processo ou coordenadas à atuação da mesma vontade de lei são atribuídas a juízes diversos ou órgãos jurisdicionais diversos”. Há também o fenômeno da competência funcional ocorrendo entre processos diferentes, quando todos eles são ligados a uma mesma pretensão. O critério territorial, em que a distribuição da competência se faz em razão de aspectos ligados, exclusivamente, à posição geográfica, sendo certo que se pretende com tal critério aproximar o Estado juiz dos fatos ligados à pretensão manifestada pelo autor. Por fim, deve-se analisar a questão dos “foros privilegiados” previstos no art. 100 do CPC. 4 – Não sendo argüida a incompetência relativa o que ocorre? O artigo 65 do CPC dispõe que em caso de incompetência relativa, se o réu não alegar a incompetência em preliminar de contestação, será prorrogada a competência do juízo. E o seu parágrafo único deixa claro que o Ministério Público é parte legítima para alegar a incompetência, nas causas em que atuar. 5 – Quando pode ser argüida a incompetência absoluta? A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição e deve ser declarada de ofício. 6 – Quais as conseqüências da decretação da incompetência absoluta? Reconhecida a incompetência absoluta, o processo é atingido por nulidade, mas está só se restringe aos atos decisórios. Os autos serão remetidos ao juiz competente, que terá de aproveitar os atos probatórios, já praticados. 7 – Qual o foro competente para propor ação contra réu incapaz? O foro do domicílio do réu. 8 – Qual o foro competente para julgar ações em que for ré a pessoa jurídica? Como rés, as pessoas jurídicas devem ser demandadas no foro: a) da respectiva sede; b) da agência ou sucursal, quanto as obrigações que o departamento tenha contraído (art. 53 III “a”). 9 – O que é conexão entre duas ou mais ações? É o elo entre duas ou mais ações por terem em comum algum de seus elementos: as partes, o pedido (objeto mediato) e a causa de pedir (art. 55, § 2º). 10 – O que é continência entre duas ações? É quando as ações tem em comum as partes e a causa de pedir, sendo que o objeto mediato de uma delas é mais amplo que o da outra e a contém. 11 – O que sucede quando ocorre continência entre duas ou mais ações? “Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas.” (Art. 57 do CPC) 12 – O que é prevenção de juízo? É o fenômeno processual pelo qual um juiz tem preferência em relação a outro para conhecer e decidir uma causa, porque antes já praticou algum ato que influa no julgamento daquela lide. 13 – O que é conflito de competência? Conflito de competência é o fato de dois ou mais juízes se darem por competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para o julgamento da mesma causa ou de mais de uma causa. Trata-se de um incidente processual originário que deve ser dirigido ao Tribunal competente para apreciar o conflito. 14 – Quem pode suscitar o conflito de competência? O juiz, as partes e o Ministério Público. 15 – Perante qual órgão e de que forma será suscitado o conflito de competência? Quando o suscitante for o juiz, expondo suas razões remeterá os autos do processo de ofício ao presidente do tribunal. Se os suscitante forem qualquer das partes ou o MP, o conflito deve ser suscitado por meio de petição também dirigida ao presidente do tribunal – art. 954. 16 – Que tipos de atos pratica o juiz no processo? Sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 17 – O que é sentença? É quando o juiz põe termo ao processo decidindo a causa, a favor ou não, quanto ao pedido do autor. 18 – O que é decisão interlocutória? É quando o juiz resolve questão incidente (circunstância acidental; que ocorre no meio do processo). 19 – O que é despacho? É todo ato praticado no processo, de oficio (por iniciativa ou autoridade própria) ou a requerimento da parte. 20 – O que são atos meramente ordinatórios? São todos os atos de um processo que não precisam ser realizados pelo juiz, podendo ser feitos pelos funcionários do cartório. 21 – Quais os recursos cabíveis contra cada tipo de ato praticado pelo juiz no processo? Apelação é o recurso cabível contra as sentenças proferidas em primeira instância a fim de levar a causa ao reexame dos tribunais de segundo grau de jurisdição. Agravo de instrumento é o recurso cabível contra certas decisões interlocutórias, conforme enuncia o art. 1.015 do CPC. Embargos de declaração são os recursos destinados a requerer ao órgão jurisdicional prolator da decisão que afaste a obscuridade, supra a omissão, elimine contradição presente do julgado ou corrija eventual erro material embargos de declaração são os recursos destinados a requerer ao órgão jurisdicional prolator da decisão que afaste a obscuridade, supra a omissão, elimine contradição presente do julgado ou corrija eventual erro material. 22- O juiz pode alterar a sentença ou o acórdão, depois de sua publicação? CPC/2015, Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: I – para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo; II – por meio de embargos de declaração. 23 – Qual o horário para a prática dos atos processuais? CPC/2015, Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. § 1o Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano. 24 – Quais os atos processuais praticados mesmo durante as férias forenses? Em caráter excepcional o Código permite a prática dos seguintes atos durante as férias e nos feriados (art. 214, incs. I e II): I – os atos previstos no art. 212, § 2º; II – a tutela de urgência. Código de Processo Civil. Art. 212. ... § 2º Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal. 25 – Quando começa a correr o prazo para a resposta do réu, se citado durante o feriado ou durante as férias forenses? Só começará a correr no primeiro dia útil seguinte ao feriado ou às férias. 26 – Onde devem ser realizados os atos processuais? “Os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei” (art. 217). Prevê o art. 217 (segunda parte) exceção à regra de que os atos se devem realizar na sede. 27 – Como são determinados os prazos processuais?“os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos lei” (art.218) Todo prazo é delimitado por dois termos: o inicial dies a quo e o final dies ad quem. Pelo primeiro, nasce a faculdade de a parte promover o ato; pelo segundo, extingue-se a faculdade, tenha ou não sido levado a efeito o ato. 28 – Como se classificam os prazos processuais? De forma geral, os prazos podem ser: a) Legais são os fixados pela própria lei, como o de resposta do réu e o dos diversos recursos. b) Judiciais, os marcados pelo juiz, em casos como o da designação de data para audiência, o de fixação do prazo do edital, o de cumprimento da carta precatória, o de conclusão da prova pericial, etc. 29 – O que são prazos dilatórios? São os que, embora fixado na lei, admitem ampliação pelo juiz. 30 – O que são prazos peremptórios? São os que a convenção das partes e, ordinariamente, o próprio juiz, não pode alterar (art. 218). Ex: contestar, oferecer exceções e reconvenção, recorrer. 31 – Como ficam afetados os prazos na ocorrência de feriados ou férias durante o período? Durante as férias forenses o prazo sofre efeito suspensivo. (art. 214). Paralisada a contagem, o restante do prazo recomeçará a fluir a partir do primeiro dia útil seguinte ao término das férias (art. 214). 32 – Como são computados os prazos? Em regra, os prazos são contados, com exclusão do dia de começo e com inclusão do de vencimento (art. 231). Como é a intimação o marco inicial dos prazos (art. 231), o começo de fluência só se dá, realmente, a partir do dia seguinte. Mas é preciso que esse dia seja útil, pois nenhum prazo processual começa em dia não útil. 33 – Quais os prazos concedidos à Fazenda Pública e ao Ministério Público? Gozarão de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal. 34 – Como se contam os prazos para litisconsortes que tenham advogados diferentes? CPC/2015, Art. 191. Quando os litisconsortes tiverem diferentes procuradores, ser-lhes-ão contados em dobro os prazos para contestar, para recorrer e, de modo geral, para falar nos autos. 35 – O que é preclusão? É a extinção do direito de praticar ou de emendar o ato processual por ter decorrido o prazo, independentemente de declaração judicial, ficando assegurado, porém, à parte provar que não o realizou por justa causa. 36 – O que é citação? Consiste no ato processual no qual a parte ré é comunicada de que se lhe está sendo movido um processo e a partir da qual a relação triangular deste se fecha, com os três sujeitos envolvidos no litígio devidamente ligados: autor, réu e juiz. 37 – De que forma pode ser cumprida a citação? Pelo correio; por oficial de justiça; por hora certa; pelo escrivão ou chefe de secretaria; por edital e por meio eletrônico. 38 – A que se destina a citação inicial? Tem dupla função: convocar o réu a comparecer em juízo e cientificar-lhe da existência da demanda ajuizada em seu desfavor. 39 – Quais os efeitos da citação válida? A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e ainda quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição. 40 – O que é citação por hora certa? Na citação por mandado, prevê o artigo 252, caput, do CPC que: Quando, por 2 (duas) vezes, o oficial de justiça houver procurado o citando em seu domicílio ou residência sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar qualquer pessoa da família ou, em sua falta, qualquer vizinho de que, no dia útil imediato, voltará a fim de efetuar a citação, na hora que designar. No dia e na hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho, comparecerá ao domicílio ou à residência do citando a fim de realizar a diligência (art. 253, caput, CPC). Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca, seção ou subseção judiciárias (art. 253, § 1º, CPC). 41 – Quando se fará a citação por meio de oficial de justiça? A citação por meio de oficial de justiça será feita nas hipóteses expressamente previstas no Código ou em lei especial, ou quando frustrada a citação pelo correio (art. 249 do CPC). 42 – Quais as hipóteses previstas para a citação por edital? A citação por edital será feita: a) quando desconhecido ou incerto o citando; b) quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar o citando; e c) nos casos expressos em lei. 43 – Quando deve ser alegada a nulidade de qualquer ato processual? CPC/2015, Art. 278. A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão. Parágrafo único. Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento. 44 – Quais os efeitos das nulidades sobre os atos processuais? Verificado a existência de vício do ato, este perde seus efeitos, e também o perderão todos os atos subsequentes que dele forem dependentes. 45 – A toda causa deve ser atribuído um valor? CPC/2015, Art. 291. A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico imediatamente aferível. 46 – Citar 3 casos de suspensão do processo. Pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu procurador; Pela convenção das partes; Pela arguição de impedimento ou de suspeição.
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