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Carlos Drummond de Andrade

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Instituto Federal da Bahia- IFBA
• Carlos Drummond de Andrade
• Nascido em Itabira, 31 de Outubro de 1902 ;
• Faleceu no Rio de Janeiro, 17 de Agosto de 1987.
Instituto Federal da Bahia- IFBA
• Alunos: Luigui, Van-Romel e Robson.
• Prof.: Antônio Pádua.
• Turma: 411
Trabalho de Língua Portuguesa.
2019
• Drummond foi um poeta, contista e cronista brasileiro, 
considerado por muitos o mais influente poeta brasileiro do 
século XX. Ele foi um dos principais poetas da segunda 
geração do Modernismo brasileiro. Sua memória dessa cidade 
viria a permear parte de sua obra. Seus antepassados, tanto 
do lado materno como paterno, pertencem a famílias de há 
muito tempo estabelecidas no Brasil. 
• Posteriormente, foi estudar no Colégio Arnaldo, em Belo 
Horizonte, e no Colégio Anchieta, dos jesuítas, em Nova 
Friburgo. Formado em farmácia pela Universidade Federal de 
Minas Gerais, com Emílio Moura e outros companheiros, 
fundou "A Revista", para divulgar o modernismo no Brasil.
 Em 1925, casou-se com Dolores Dutra de Morais, com quem
teve dois filhos, Carlos Flávio, que viveu apenas meia hora (e a
quem é dedicado o poema "O que viveu meia hora", presente
em Poesia completa, Ed. Nova Aguilar, 2002), e Maria Julieta
Drummond de Andrade.
 No mesmo ano em que publica a primeira obra poética, “alguma
poesia" (1930), o seu poema Sentimental é declamado na
conferência "Poesia Moderníssima do Brasil", feita no curso de
férias da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, pelo
professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de
Souza Pinto, no contexto da política de difusão da literatura
brasileira nas Universidades Portuguesas.
Principais Obras: 
 A Rosa do povo: A rosa do povo é um livro que pertence ao 
alto modernismo literário brasileiro, no qual Drummond se 
baseia em muitos versos do poeta norte americano Walt
Whitman. 
 A Boca de luar: Nesta livro estão reunidos a coleção de 
crônicas escritas em toda a década de 80, a maioria foi 
originalmente publicada no Jornal do Brasil.
 Contos de aprendiz: Temas dos 15 contos neste livro giram em 
torno da grande pauta da obra do autor: o memorialismo, o 
relato da vida pacata no interior do Brasil do início do século 
XX.
 Antologia Poética: Organizada em 1962, no auge de seus 60 
anos, Antologia poética narra o amor, a morte, a memória, a 
família e o passado brasileiro em um perfeito conjunto de 
poemas, organizados em nove seções. 
POEMA DE SETE FACES
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta 
meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é serio, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do 
Bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
Análise do texto
• Em "Memória", o sujeito poético confessa que está confuso e 
magoado por amar aquilo que já perdeu. Por vezes, a 
superação simplesmente não acontece e esse processo não 
pode ser forçado.
• A composição fala daqueles momentos em que continuamos 
amando mesmo quando não devemos fazê-lo. Movido pelo 
"sem sentido / apelo do Não", o sujeito insiste quando é 
rejeitado. Preso ao passado, deixa de prestar atenção ao 
tempo presente, aquilo que ainda pode tocar e viver. 
Contrariamente à efemeridade do agora, o passado, aquilo 
que já terminou, é eterno quando se instala na memória.
No Meio do Caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Análise ao poema
Este é, provavelmente, o poema mais célebre de Drummond,
pelo seu carácter singular e temática fora do comum. Publicado
em 1928, na Revista da Antropofagia, "No Meio do Caminho"
expressa o espírito modernista que pretende aproximar a poesia
do cotidiano.
Referindo os obstáculos que surgem vida do sujeito,
simbolizados por uma pedra que se cruza no seu caminho, a
composição sofreu duras críticas pela sua repetição e
redundância.
Contudo, o poema entrou para a história da literatura brasileira,
mostrando que a poesia não tem de ficar limitada aos formatos
tradicionais e pode versar sobre qualquer tema, até mesmo uma
pedra.
 Curiosidades:
 Expulso do colégio
O ainda menino Drummond foi expulso do Colégio Anchieta, aos 15 anos, por
insubordinação mental – na época a justificativa dos padres da direção. Mais
tarde graduou-se em Farmácia, embora nunca tenha exercido a profissão
 Não fez parte da ABL
O escritor sempre rejeitou o título de imortal atribuído aos membros da
Academia Brasileira de Letras. Isso porque Drummond nunca sequer se
inscreveu para candidatar-se para ocupar uma cadeira
 Traduziu músicas da banda The Beatles
Em 1969, seis músicas do quarteto britânico foram traduzidas por
Drummond para a revista Realidade (Editora Abril): Ob-La-Di, Ob-La-Da;
Piggies; Why don’t we do it in the road?; I Will; Blackbird e Happiness is a
warm gun.
 Deu samba!
Carlos Drummond de Andrade virou samba-enredo da Estação Primeira de
Mangueira em 1987 , que teve o enredo como o grande vencedor daquele
ano. Já em 1976, o sambista Martinho da Vila gravou “A Rosa do Povo”, um
disco com canções inspiradas no livro de Drummond.
 Em 1989 o Brasil ganhou notas de Cruzado Novo, que 
cortavam três zeros em relação à moeda anterior, o 
Cruzado. A nota de 50 cruzados novos foi estampada 
por Drummond – de um lado o rosto do poeta, do outro 
o poema Canção Amiga (do livro Novos Poemas, de 
1948): “Eu preparo uma canção/ que faça acordar os 
homens/ e adormecer as crianças.”
• Referencias:
«Carlos Drummond de Andrade». UOL - Biografias. Consultado
em 21 de setembro de 2012
↑ «Poesia na Segunda Geração do Modernismo». Consultado
em 11 de dezembro de 2015
«As Revistas». Projeto Memória. Consultado em 3 de junho de 
2012
↑ Santiago, Silviano; Coelho Frota, Lélia. Correspondência de 
Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade Rio de 
Janeiro: Bem-Te-Vi, 2002. pp. 282.
«A linha de sangue de Drummond - dn - DN». DN
↑ «Linha do tempo». Projeto Memória. Consultado em 3 de 
junho de 2012
drum
https://www.passeiweb.com/estudos/livros/poema_de_sete_
faces
http://educacao.uol.com.br/biografias/carlos-drummond-de-andrade.jhtm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Drummond_de_Andrade#cite_ref-2
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/literatura/modernismosegunda-fase-literariapoesia.htm
http://www.projetomemoria.art.br/drummond/vida/as-revistas.jsp
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Drummond_de_Andrade#cite_ref-8
http://books.google.com.br/books?id=0I0tAAAAYAAJ&q="o+que+viveu+meia+hora"&dq="o+que+viveu+meia+hora"&hl=pt-BR&sa=X&ei=jygMUZq7ELC_0QGQv4CQDA&redir_esc=y
http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=1000399&page=-1
https://pt.wikipedia.org/wiki/Carlos_Drummond_de_Andrade#cite_ref-5
http://www.projetomemoria.art.br/drummond/
https://www.passeiweb.com/estudos/livros/poema_de_sete_faces

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