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Trabalho sobre Nietzsche

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COLÉGIO LONDON
Thuanny Albuquerque nº24
TRABALHO DE FILOSOFIA 
Nietzsche
Rio de Janeiro - RJ
2019 
Sumário
Introdução	3
Biografia	4/5/6/7
Sua Filosofia	8/9/10
Práticas da Filosofia de Nietzsche	11
Bibliografia	12
· Introdução 
 Friedrich Nietzsche é um dos principais filósofos da contemporaneidade. Sua vasta obra inaugurou temas na filosofia que colocam em questão assuntos tidos como “intocáveis”. 
 Sua vida foi tão vigorosa quanto sua filosofia. Vivendo similar a um ermitão e sempre isolado, passou de gênio a louco, sofreu com duras críticas de estudiosos da época e aguentou o peso da carreira acadêmica ainda jovem. Nietzsche foi um mar de provocações e inventividade. 
 Escreveu vários textos criticando a religião, a moral, a cultura contemporânea, filosofia e ciência, usando metáforas, ironias e aforismo. 
· Biografia 
 Em 15 de outubro de 1844, nasceu Friedrich Wilhelm Nietzsche, no vilarejo de Röcken, na então Prússia (hoje Alemanha). Nesse mesmo dia, foi comemorado o 49º aniversário do rei da Prússia, Friedrich Wilhem IV, inspiração de seu nome. O próprio monarca foi o responsável por tornar o pai de Nietzsche o Ministro luterano da cidade, isso fez com que o próprio filósofo pensasse em seguir a carreira de pastor. Filho de pastor luterano, Karl Ludwig, seu pai morreu cinco anos após o seu nascimento, deixando a mãe viúva com três filhos para criar. Vai para Naumburg com a sua família por questões financeiras, onde passa toda a sua infância. Seis meses após a morte do pai, seu irmão de dois anos também falece. 
 A sua formação teve como base uma educação rígida e os princípios luteranos. Por motivos financeiros, em sua adolescência, porém, o filósofo começa a traçar os primeiros questionamentos acerca da religião.
 Quando criança, Nietzsche mostrava-se diferente dos seus colegas, apresentando um rigor com os estudos e um comportamento de severo autocontrole. Ainda na infância, o filósofo começou a sofrer sérios problemas de saúde jamais diagnosticados com precisão e que o acompanhariam por toda a sua vida. Problemas de visão que o levaram à cegueira quase total no fim de sua vida e dores de cabeça muito fortes acompanharam-no durante muito tempo e debilitaram muito a sua saúde. 
 Aos 14 anos de idade e por seu desempenho notável, Nietzsche ganhou uma bolsa de estudos na Escola de Pforta, tradicional colégio alemão, que já tinha recebido alunos como o filósofo alemão Johann Gottlieb Fichte (1762–1814). Nessa instituição Nietzsche aprendeu latim e grego, e também conheceu Paul Deussen (1845–1919), que viria a se tornar seu melhor amigo. O filósofo foi responsável pela fundação de um clube de literatura e música na escola onde estudava. Por meio de seus estudos, também começou a questionar os ensinamentos cristãos. 
 Ao terminar os estudos básicos, o filósofo começou os estudos em teologia e filologia na Universidade de Bonn, por influência de sua mãe. Logo ele muda de curso, contrariando-a, transferindo-se para os estudos de filologia e voltando-se para o idioma grego. Em Bonn conhece o professor Friedrich Wilhelm Ritschl, que o estimulou ao estudo das tragédias gregas e apresentou-o à filosofia do alemão niilista e pessimista Arthur Schopenhauer. Em 1865, Nietzsche seguiu Ritschl para a Universidade de Leipzig. 
 Em 1867 o pensador foi convocado pelo exército alemão para servir na Guerra Franco-Prussiana, atividade que, para a sorte de Nietzsche, durou pouco, devido a um acidente. 
 Ao voltar para Leipzig, Nietzsche conhece Wagner (1813–1883) na casa de Hermann Brockhaus (1806–1877), orientalista casado com a irmã do compositor. Brockhaus era especialista em sânscrito e persa, e de suas publicações podemos citar Vendidad Sade, texto da religião Zoroastra, cujo profeta era Zaratustra.
 Wagner e Nietzsche se tornaram grandes amigos e ambos compartilharam grande interesse por Schopenhauer. Nietzsche, que havia composto obras para o piano, coral e orquestra desde a adolescência, tinha grande admiração pelo músico alemão devido à sua genialidade, personalidade atraente e influência cultural. A relação entre ambos era tão fraternal que em 1882, o filósofo escreveu sobre os dias que passou junto à Wagner como seus melhores dias da vida. Em 1876, no entanto, Nietzsche rompe a amizade por discordâncias intelectuais, políticas e musicais que vieram à tona após a organização de Wagner de um evento em celebração de sua obra, o Festival de Bayreuth. Nietzsche achou o projeto wagneriano demasiadamente nacionalista e uma espécie de massificação cultural da música, que Nietzsche sempre considerou, até então, a expressão mais genuína da cultura alemã. Nesse período, ele também abandona a leitura de Arthur Schopenhauer por considerá-lo demasiadamente pessimista e negador da vida que, quando fortalecida, levaria o ser humano à sua plenitude, segundo Nietzsche. 
 Aos 24 anos de idade, Nietzsche foi nomeado professor de filologia na universidade de Basileia. Adotou, então, a nacionalidade suíça. Ele foi na época o mais jovem a conseguir esse cargo. Suas leituras de Schopenhauer e sua amizade com Wagner contribuíram muito para este feito. 
 Foi na Basileia que Nietzsche encontrou Jacob Burkhardt (1818–1897), que se tornaria um de seus amigos próximos, inclusive sendo importante após seu primeiro colapso em 1889. No ano seguinte à chegada na universidade, Nietzsche participou, como assistente em um hospital (1870-71), da Guerra Franco-Prussiana, contraindo disenteria e difteria. Especula-se que a difteria e o seu tratamento, feito na época com medicamentos para náusea e o ópio, teriam contribuído para uma piora no quadro de saúde geral do filósofo. 
 Com a pressão de ser jovem e ter que manter sua colocação como professor universitário, em 1872 Nietzsche publica “O Nascimento da Tragédia”. O livro é recebido com críticas mordazes de Ulrich von Wilamowitz-Möllendorff, filólogo de renome da época. Segundo o acadêmico, Nietzsche era a “desgraça de Schulpforta”, sendo Schulpforta uma escola preparatória de renome em que Nietzsche e ele próprio estudaram. 
 Em 1873, Nietzsche conheceu Paul Rée, com quem teve um triângulo amoroso junto a Lou Salomé. Rée foi um grande filósofo, também estudioso de Schopenhauer. Em 1878, o autor lança “Humano, Demasiado Humano”. 
 Em 1879, seu estado de saúde obrigou-o a deixar o posto de professor. Sua voz, inaudível, afastava os alunos. Começou, então, uma vida errante em busca de um clima favorável tanto para sua saúde como para seu pensamento (Veneza, Gênova, Turim, Nice, Sils-Maria: "Não somos como aqueles que chegam a formar pensamentos senão no meio dos livros - o nosso hábito é pensar ao ar livre, andando, saltando, escalando, dançando (...).”
 Este período nômade, logo após o encontro com Lou Salomé em 1881, lhe rendeu grande obras: A Gaia Ciência (1882-87), Assim Falou Zaratustra (1882-85), Além do Bem e do Mal (1886) e a Genealogia da Moral (1887). O último ano criativo de Nietzsche, 1888, foi quando ele completou O Caso Wagner (maio-agosto), Crepúsculo dos Ídolos (agosto-setembro), O Anticristo (setembro), Ecce Homo (outubro-novembro) e Nietzsche Contra Wagner (dezembro). 
 Já na manhã do dia 3 de janeiro de 1889, em Turin, Nietzsche passou por um colapso mental que o deixou inválido pelo resto de sua vida. O filósofo, após ver um cavalo sendo açoitado no Piazza Carlo Alberto abraçou-o pelo pescoço, tendo seu colapso e nunca mais voltado à total sanidade. No início desta loucura, Nietzsche encarnou alternativamente as figuras de Dionísio e Cristo, expressas em bizarras cartas, afundando, depois, em um silêncio quase completo até a sua morte. 
 Alguns dizem que Nietzsche sofreu uma infecção por sífilis (que foi o diagnóstico original dos médicos em Basel e Jena), contraída enquanto ainda era um estudante ou quando servia ao exército da Prússia na guerra; outros dizem que o uso de hidrato de cloral, uma droga utilizada como sedativo, definhou seu já doente sistema nervoso;alguns especulam que seu colapso tem a ver com uma doença adquirida de seu pai; já outros afirmam que Nietzsche sofreu da síndrome de CADASIL, uma desordem hereditária. A causa exata da queda do filósofo ainda não foi esclarecida, o que sabemos é que ele tinha uma forte constituição nervosa e chegou a tomar uma grande gama de medicamentos. 
 Para complicar ainda mais as interpretações sobre sua doença, Nietzsche afirmou em uma carta, em 1888, que nunca teve nenhum sintoma de desordem mental, enquanto Rée, em 1897, escreveu uma carta contando o desequilíbrio frequente de Nietzsche.
 A popularização de Nietzsche começou em 1888, a partir de seminários de Georg Brandes na Universidade de Copenhagen, que chegou a lhe indicar Kierkegaard, mas infelizmente não pôde ser lido devido a crise nervosa de Nietzsche nos anos seguintes. Em 1889, Nietzsche é hospitalizado na Basileia, depois passou um ano em um sanatório na cidade de Jena. Já em 1890, sua mãe o levou de volta para casa e foi sua cuidadora pelos próximos sete anos, até sua morte.
 Com a morte da mãe, a irmã Elisabeth ficou com a responsabilidade de cuidar de Nietzsche. Ela havia voltado do Paraguai em 1893, depois de ter criado Aryan, uma colônia antissemita chamada New Germany (Nueva Germania). Ela foi a responsável pela edição antissemita do pensamento de Nietzsche e ficou responsável por todos os seus manuscritos.
 No dia 25 de agosto de 1900, quase com 56 anos, Nietzsche morreu na residência que sua irmã o colocou. A causa da morte foi um misto de pneumonia e um ataque nervoso. Seu corpo foi transportado para o cemitério onde o resto de sua família estava sepultada, na vila de Röcken. A casa onde estavam seus manuscritos, a Villa Silberblick, se transformou em um museu e, desde 1950, eles foram armazenados no arquivo Goethe-und Schiller-Archiv, em Weimar. 
· Sua Filosofia 
 Nietzsche põe em causa a busca racional da verdade e os valores que regulam a vida humana no Ocidente. 
 Quando jovem, era muito influenciado pela filosofia Schopenhauer, mas ainda assim rejeita sua metafísica e seu pessimismo. E via na cultura pré-socrática uma cultura autêntica. 
 Mas após alguns estudos, mudou completamente de ideia e passou, até mesmo, a criticar a antiga tradição grega e a judaico-cristã, a famosa filosofia clássica. Para ele, a filosofia, representada por Sócrates (o “homem de uma visão só”), instaura o predomínio da razão, fazendo-se com que o homem se distancie da sua própria natureza e suas forças vitais. O pensamento de Sócrates e a filosofia de Platão impuseram um moralismo que valoriza muito a humildade e o conformismo como forma de manter a ordem e condenam valores como orgulho, confiança e nobreza. Com isso, criticava, também, a filosofia clássica. Para ele, a base dessa filosofia era: 
· Exigir que a razão revele, mediante teorias, a natureza última das coisas; 
· Admitir que a verdade, como meta final da atividade filosófica, figura como um valor indispensável e fundamental para o ser humano; 
· Aceitar que, além da verdade, valores morais como piedade, solidariedade e humildade também são fundamentais para a organização da vida em sociedade; 
· Concordar que, em ultima instância, aceitar a verdade e os supostamente autênticos valores morais como indispensáveis para a vida equivale a comprometer-se com determinados pressupostos metafísicos. 
 Para Nietzsche, Sócrates foi o grande responsável pela decadência que se instalou em Atenas, sendo, ele, um moralista que tenta inverter os valores condenando o ser humano por ser quem ele é. Segundo o alemão, o filósofo fez-nos acreditar que os valores defendidos pelo forte, pelo ser humano nobre, eram equivocados, sem valor nenhum; que a justiça deveria garantir os direitos dos fracos e que o reino da força deveria ser substituído pelo império da razão e da harmonia que somente as leis podem trazer, remetendo ao ser humano uma prisão moral, onde não se tinha a liberdade de vontade e instinto. Para Sócrates, a virtude é a aceitação de um conjunto de valores que moldam nossa conduta e nos garantem o convívio social. 
 O termo “bom” era usado somente para quem demonstrava superioridade e que, justamente por vislumbrar a realidade de um ponto de vista distinto, tinha o direito de criar valores. 
 Sua crítica á cultura judaico-cristã é, principalmente, a defesa de uma “moral dos escravos”, escravos no sentido psicológico- esta nega a vontade e o desejo – e de uma “moral dos senhores”- se relaciona com os que afirmam a vida. 
 Com isso, chega-se em um dos seus principais pontos: A morte de Deus. Este ponto está ligado á morte de um jeito específico de se pensar. Essa “morte” acontece quando deixamos de sermos guiados pela religião e passamos a seguir nós mesmos, nossos próprios pensamentos e vontades. A superação da morte de Deus é a força da criação, é a concretização do espírito livre, aquele que não se submete a nada e cria seus próprios valores. 
 Nietzsche recusava o cristianismo pois, na sua concepção, ele era perigoso porque admite como válida a moral do fraco e preconiza o amor cristão. O filósofo condenava o cristianismo pelo seu niilismo –postura que se recusa a aceitar valores importantes para reconhecer a natureza de determinado objeto, por exemplo: que entre os seres humanos existem os nobres e os fracos. E o segundo ponto, segundo Nietzsche, da condenação do cristianismo, é a igualação, abstrata e metafisicamente, de todos os seres humanos, e recebe essa crítica, pois essa igualdade não pode ser concretamente observada. Nietzsche via o cristianismo como uma mentira fatal e perigosa, pois recusa o orgulho, a nobreza, a paixão, o instinto, e decreta como fundamental tudo o que nega o próprio ser da humanidade. 
 Seu objetivo era criar uma nova vertente de pensamento e uma nova maneira de se fazer a filosofia. 
 Nietzsche queria a liberdade moral do homem, queria o homem desprendido de qualquer coisa que o induzisse aos valores morais impostos, com o fim da aceitação dos sistemas metafísicos-religiosos. Essa liberdade, dava de volta ao homem o seu papel de líder e a vontade de poder, mas não somente um poder político, um poder de construção cultural, criando seus próprios valores, morais e “leis” a serem seguidas, por conta própria, de maneira espontânea e livre. 
 Com o fim da metafísica, têm-se uma supressão da ideia de uma realidade superior ao mundo que efetivamente vivemos, cujos valores orientariam as condutas humanas. A saída da metafísica responde a um conjunto de questões postas pelo ser humano antigo, aquele que seguia uma moral imposta. Só que o ser humano antigo não responde mais às questões contemporâneas. 
 O homem capaz de se livrar das crenças metafisicas e do universo de valores morais é chamado de além do homem (“Übermensch”). Esse homem se entrega à uma humanidade entregue a si mesma, corresponde ao sujeito comprometido com um projeto de vida conduzido de forma nobre e corajosa, sem pensar nas consequências em si, já que não se tem algo ou alguém para o repreender. 
 Seres humanos que vivem dessa forma acabam disseminando valores fundamentais para toda a espécie, mas quais seriam esses valores a serem disseminados? 
O além do homem valoriza muito mais a criatividade do que a verdade, mostrando que o nosso desenvolvimento está muito mais ligado ao nosso processo criativo do que a procedimentos lógicos ou empíricos. Com isso, a criatividade passa a ser a expressão mais plena da felicidade tão buscada pelo ser humano, e a arte será a concepção da autorrealização dos indivíduos e a fonte fundamental para a manutenção do bem-estar. 
 O fato de Deus está morto, afirma que agora devemos viver plenamente a vida, sendo nós mesmos, livre dos falsos valores e da moralidade. 
 Para Nietzsche, “bom” é tudo aquilo que colabora com a afirmação da vida, para que passemos a nos envolver com tudo que compromete ao “eu”. 
 O filósofo, usava como seu objeto de atenção a arte, e usava como elogio à vida a figura de Dionisio, que representava a violência e irracionalidade,com sua desproporção de complexidade, e a figura de Apolo para representar a regra, o conceito, a medida, tudo que é racional. Nietzsche prezava a busca pelo dionisíaco, que se consiste com uma tentativa de recolocar o ser humano em contato consigo mesmo. 
 Se posto em prática todos os conceitos e pontos colocados por Nietzsche, viveríamos por nossa própria conta e consequência, mas ainda assim livres, sem nenhuma moral ou valor impostos a nós, seria somente o ser humano puro e simples. 
· Práticas da filosofia de Nietzsche 
Seu pensamento influenciou a Europa Continental no século XX, mas não se obteve uma resposta positiva. 
 Na década de 30, o partido nazista de Hitler e o partido fascista de Mussolini, se influenciaram pela filosofia nietzschiana. Sua irmã, Elisabeth, teve contato com ambos líderes de Estado, e como compartilhava dos mesmos objetivos e ideias políticas dos nazistas, acabou produzindo uma obra, inspirada nos escritos de seu irmão, que justificava a guerra, a dominação e a agressão em nome de ideais nacionalistas e de supremacia racial. 
 Na França, até os anos 60, sua filosofia era utilizada por artistas e escritores, tendo em vista que a academia era dominada pelos pensamentos de Hegel, Husserl e Heidegger, até os anos 50. Até os anos 80, seu perspectivismo com a declaração “Deus está morto”, e sua ênfase no poder como um real motivador e objeto principal usado para explicar as ações das pessoas, estabeleceu um jeito diferente de desafiar a autoridade e lançar contra ela uma crítica social. 
 Podemos citar alguns artistas, filósofos, historiadores, poetas, novelistas, psicólogos, sociólogos e músicos influenciados por Nietzsche no século XX: Alfred Adler, Georges Bataille, Martin Buber, Albert Camus, E.M. Cioran, Jacques Derrida, Gilles Deleuze, Isadora Duncan, Michel Foucault, Sigmund Freud, Stefan George, André Gide, Hermann Hesse, Carl Jung, Martin Heidegger, Gustav Mahler, André Malraux, Thomas Mann, H.L. Mencken, Rainer Maria Rilke, Jean-Paul Sartre, Max Scheler, Giovanni Segantini, George Bernard Shaw, Lev Shestov, Georg Simmel, Oswald Spengler, Richard Strauss, Paul Tillich, Ferdinand Tönnies, Mary Wigman, William Butler Yeats e Stefan Zweig. 
 
· Bibliografia 
· https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/friedrich-nietzsche/ 
· https://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Nietzsche 
· https://razaoinadequada.com/filosofos/nietzsche/ 
· https://colunastortas.com.br/series/friedrich-nietzsche/ 
· https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biografias/friedrich-nietzsche.htm 
· https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2016/06/4-reflexoes-que-vao-te-introduzir-ao-pensamento-de-nietzsche.html 
· http://www.afilosofia.com.br/post/nietzsche/470 
· Apostila Ético de Filosofia, Caderno 4

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