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Friedrich Nietzsche Um dos pensadores europeus modernos mais influentes. Aline R. Mathias, Isabela E. Barroso, Isabela F. Mendes Lopes e Mariana F. Peter 2 Biografia de Nietzsche 3 Em 15 de outubro de 1844, nasceu Friedrich Wilhelm Nietzsche no vilarejo de Röcken, na então Prússia (hoje Alemanha). Aos 24 anos de idade, Nietzsche foi nomeado professor de filologia clássica da Universidade da Basileia, na Suíça, devido à sua carreira universitária brilhante. Entre 1860 e 1870, Nietzsche estudou filologia clássica, que consiste em estudos das línguas clássicas e ele focou no Grego. Ele foi analisar a cultura grega antiga e com isso se envolveu em estudos sobre tragédia grega, e assim aprofundando os estudos em filosofia. 4 A partir da segunda metade da década de 1870, a saúde Nietzsche começa a se tornar cada vez mais frágil. Ali no finalzinho da década, ele conhece o psicólogo Paul Rée e através dele, Lou Salomé. A partir de 1882, depois de romper amizade com Paul Rée e Lou Salomé, que veio provavelmente da rejeição de Salomé, Nietzsche passa a ter uma vida nômade, passando o verão no norte da Europa e o inverno no Sul. E isso faz com que o seu quadro piore e passando a ter em 1889 um colapso mental que o incapacitou mentalmente. Ele ficou assim por 11 anos, até sua morte em 25 de Agosto de 1900. 5 Principais Obras Em 1871, publicou seu primeiro livro, “O Nascimento da Tragédia no Espírito da Música”. Em 1883, publicou “Assim Falava Zaratustra”. “Além do Bem e do Mal” (1886) é o centro dessa guerra, o primeiro livro entre seus escritos negativos e negadores, conforme ele mesmo declara em seu “Ecce Homo” (1888), publicado postumamente. Em 1888, Nietzsche iniciou a obra “O Anticristo”, que só foi publicada em 1895. 6 Principais conceitos teóricos 7 Para Nietzsche, os principais temas abordados por todos os filósofos até o século XIX (como Deus, ser, razão, sentido, verdade, ciência, produção, beleza, ordem, justiça, estado, revolução, família, demonstração, lógica) seriam construções, valores morais ocidentais, que domesticavam o homem e anulavam sua criatividade. Sua filosofia constitui uma exaltação de todos os valores vitais e é uma crítica da cultura, especialmente da tradição filosófica e do cristianismo. 8 Natureza e valores para Nietzsche Estudioso da física, da química e principalmente da biologia, Friedrich Nietzsche se baseia nelas para compreender o homem, seu comportamento, suas ações. Interessa-lhe o ser humano partícipe da natureza, submetido a suas forças e a suas leis, componente do mundo. O Ideal do Super- Homem Superar os valores significa também superar o homem submetido a eles. Preso à suposta objetividade da ciência e ao ressentimento moral cristão, o homem está sob o domínio da “moral do escravo“, em que se prezam os valores que Nietzsche denomina “inferiores”: humildade, bondade, piedade, satisfação, amor ao próximo. Esses valores são falsos e, ao contrário do que se acredita, controlam o homem em vez de libertá-lo. 9 Nietzsche e a morte de Deus Ao proceder à transvaloração dos valores, Nietzsche os entende como “humanos, demasiado humanos“. Isso significa que é o homem que deve dar sentido à própria vida. Até porque, afirma o filósofo, divindades não existem. A vida é aqui. E agora. “Deus está morto” “Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós!”, escreve Nietzsche em A gaia ciência. 10 O Eterno Retorno A doutrina do eterno retorno, explica Scarlett Marton em Nietzsche, a transvaloração dos valores, insere-se no contexto da cosmologia nietzscheana. Para Nietzsche, só há um mundo: este. E ele é eterno e infinito. Todavia, as forças que o compõem são finitas. “Todos os dados são conhecidos: finitas são as forças, finito é o número de combinações entre elas, mas o mundo é eterno. Daí se segue que tudo já existiu e tudo tomará a existir. Se o número dos estados por que passa o mundo é finito e se o tempo é infinito, todos os estados que hão de ocorrer no futuro já ocorreram no passado.” 11 A importância e influência de Nietzsche por toda a história 12 As suas tentativas de expor os motivos dos primórdios da filosofia, da moral e das religiões ocidentais tradicionais, afetaram gerações e gerações de teólogos, filósofos, psicólogos, poetas, romancistas e dramaturgos, de tal forma que, todo o presente é caracterizado como “pós- nietzschiano”. Nietzsche foi capaz de pensar nas consequências da vitória do secularismo do Iluminismo – obtidas em sua observação de que “Deus está morto” – de maneira que deixou trabalho para muitos intelectuais europeus depois de sua morte em 1900. 13 Era declaradamente contra o nacionalismo, contra o antissemitismo e contra a politica de poder, posteriormente e ironicamente, tendo seu nome usado por fascistas e nazistas para promover todas as mesmas coisas que ele abominava. 14 Nietzsche foi considerado como: • a consumação da filosofia ocidental, o pensador que deu um fim a metafisica (ou seja, qualquer sistema filosófico voltado para compreender a teologia, a ontologia ou qualquer coisa acima da realidade sensível); • o originador do método genealógico e o responsável pela discussão prática deste; • um pensador desconstrutivo por excelência. 15 O nome de Nietzsche até os dias de hoje é alistado repetidamente em vários movimentos distintos, do feminismo emancipatório até o fascismo e o nazismo, e como assim foi, um pensador desconstrutivo por excelência, Nietzsche manterá suas teses e indagações por muitos e muitos anos, seja na política, na arte, na filosofia ou na cultura, seu nome sempre estará gravado na história.
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