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UNIVERSIDADE PAULISTA LUIZ CARLOS RIBEIRO DA COST ABUSO SEXUAL INFANTIL EM ÂMBITO FAMILIAR E A PROTEÇÃO DO CÓDIGO PENAL PERANTE A ESSE TEMA GOIÂNIA 2020 LUIZ CARLOS RIBEIRO DA COSTA ABUSO SEXUAL INFANTIL EM ÂMBITO FAMILIAR E A PROTEÇÃO DO CÓDIGO PENAL PERANTE A ESSE TEMA Monografia apresentada a Coordenação do Curso de Direito da Universidade Paulista - UNIP, Campus Flamboyant, para fins de avaliação do Trabalho de Conclusão de Curso. Orientadora: Cecilia Aires P Lemes GOIÂNIA 2020 LUIZ CARLOS RIBEIRO DA COSTA ABUSO SEXUAL INFANTIL EM ÂMBITO FAMILIAR E A PROTEÇÃO DO CÓDIGO PENAL PERANTE A ESSE TEMA Monografia apresentada a Coordenação do Curso de Direito da Universidade Paulista - UNIP, Campus Flamboyant, para fins de avaliação do Trabalho de Conclusão de Curso. Orientadora: Profa. Cecilia Aires P Lemes Aprovado em: BANCA EXIMINADORA _______________________________/____/____ Universidade Paulista – UNIP _______________________________/____/____ Universidade Paulista - UNIP RESUMO O estudo proposto objetivou retratar... Palavras-Chave: Abuso Sexual. ABSTRACT Keywords: SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 7 2. A FASE DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA 10 2.1 Faixa etária pertinente a criança e adolescente 10 2.1 Aspecto sexual da criança e adolescente 13 3. DO ABUSO SEXUAL DE MENOR NO ÂMBITO LEGISLATIVO 13 4. DANOS PSICOLÓGICOS E COMPORTAMENTAIS DO MENOR ABUSADO 13 REFERÊNCIAS 14 7 1. INTRODUÇÃO O abuso infantil é uma dura realidade social, uma vez que casos dentro dessa esfera são de grande ocorrência, fato que pode ser constatado em noticiários e pesquisas, uma das formas mais corriqueiras de abuso se refere ao de caráter sexual, sendo que a maioria dos eventos desse cunho sucede dentro do âmbito familiar. Perante o cenário levantado, a violência sexual contra a criança e adolescente constitui no ato de estimular sexualmente o de menor a fim tirar algum proveito sexual do mesmo. Quando submetida a uma situação dessa espécie, os danos psicológicos e físicos gerados na criança e adolescente são de severo grau, gerando transtornos psicológicos que acometem o bem-estar durante a continuidade da sua vida. Como justificativa para realização desse estudo, verifica-se que a questão do abuso sexual em menores de idade é tema de difícil trato, fato caracterizado por diversos motivos, como a relação de poder, uma vez que o agressor se encontra em uma posição de superioridade. Outros fatores colaboram para a ocorrência do abuso, como a inocência da criança e adolescente, preconceito pelo qual o tema é tratado, difícil reconhecimento do abuso, omissão da vítima, dentre outros fatores, os quais atribuem ao tema diversas dificuldades de prevenção e coibição, tornando imprescindível a exposição dos fatos. Portanto, julga-se importante apresentar o cenário e as características presentes no abuso sexual infantil. Em contrapartida, é importante colocar no cerne da discussão a criança e adolescente, fase da vida compreendida pela formação comportamental, cognitiva, pessoal, em que, quando acometida por episódios traumáticos, como a violência sexual dentro do âmbito familiar, esse fato representa um duro golpe ao seu bem-estar psicológico e físico. Desse modo, esse estudo partiu do exórdio com a finalidade de mostrar a importância de tratar o tema do abuso sexual infantil, seja dentro do recinto familiar 8 ou fora dele, devido aos danos psicológicos e físicos que o abuso causa as crianças e adolescentes. Perante a esse fato, o estudo visa analisar a forma com que o ordenamento jurídico trata dessa esfera, principalmente no que diz respeito ao Código Penal e sanções cabíveis ao infrator, tendo em vista o papel e finalidade que a pena possui na prevenção de ações delituosas. A pesquisa pretende adentrar nos danos causados aos menores de idade devido aos abusos sexuais, expondo o prejuízo causado na formação da criança e adolescente, expondo características comuns presentes em vítimas de abuso sexual infantil. Portanto, com essa pesquisa, acredita-se que a mesma possui grande importância social, em primeiro plano, por tocar em um tema tão relevante, que não depende de classe social, religião, etnia, gênero, para a sua ocorrência, que ainda é tratado com certo preconceito. Em segundo plano, presume-se que haverá uma maior conscientização acerca do assunto, uma vez que, a partir da exposição de traços característicos comportamentais da vítima, possa facilitar o reconhecimento do abuso sexual infantil, colaborando para denúncia dos agressores. Mediante a essa questão do abuso sexual de menor, é importante salientar que o estudo focou no abuso relacionado ao menor em âmbito familiar, uma vez que essa é uma das tipologias mais comuns, fato que denota grande importância a mesma. Portanto, foi trabalhado a questão do abuso de vulnerável em âmbito penal, principalmente aos casos que tratam dessa ação sem consentimento da vítima, em que a mesma é coagida a ter é coagida a prover benefícios sexuais ao infrator. Assim, o foco da pesquisa foi quanto aos danos no desenvolvimento sadio que essa ação causa no menor e quanto ao reconhecimento do abuso por parte dos familiares, a fim de permitir um aumento nas denúncias, tal qual a coibição desse crime dentro do âmbito familiar. O problema de pesquisa é o elemento que dá exórdio a produção cientifica. Desse modo, diante do cenário levantado, foram estabelecidos os seguintes problemas de pesquisa: O que é abuso sexual infantil e os danos físicos e psicológicos que esse crime provoca no menor? Qual o trato do Código Penal para a 9 questão do abuso sexual infantil? É possível verificar mudanças comportamentais na criança ou adolescente que sofre abusos sexuais? Como hipótese, acredita-se que o abuso sexual infantil é um ato que produz severos danos psicológicos e físicos a vítimas, em que muitas não conseguem relatar ou denunciar os abusos sofridos, mesmo na fase adulta, trazendo consigo os traumas e as dores referentes aos abusos sofridos. Diante da gravidade desse crime, interferindo diretamente no bem-estar e desenvolvimento da criança e adolescente, o abuso sexual infantil é tipificado no Código Penal do Brasil, sendo esse um crime denominado de estupro de vulnerável, em que a reconhecimento da agressão é de difícil ocorrência, uma vez que essa é uma infração que ocorre, corriqueiramente, em âmbito intrafamiliar, locais ermos, em sigilo, fato que dificulta a constatação. Quando se tem a ocorrência de crimes de abuso sexual infantil, o menor acaba mudando de comportamento, em que a reconhecimento dessas alterações são de suma relevância para interromper e denunciar os crimes de violência sexual contra o menor. Com o intuito de planejar um percurso a ser percorrido pelo estudo, a fim de que ele possa elucidar a problemática levantada, foram determinados objetivos, queforam alcançados durante o desenvolvimento do estudo. Assim o objetivo principal do trabalho é pautado em: Estabelecer qual a proteção dada pelo Código Penal em relação ao abuso sexual de menor, tal qual as mudanças comportamentais da criança ou adolescente, a fim de facilitar o reconhecimento do abuso. Os objetivos específicos são representados por: Conceituar o que vem a ser o abuso sexual infantil; Expor, através do campo científico da psicologia, os danos acarretados nas crianças e adolescentes que são vítimas de abuso sexual; Apresentar a legislação específica relacionada ao estupro a vulnerável e as sanções previstas; Demonstrar quais as mudanças comportamentais mais comuns em crianças e adolescentes que são vítimas de abuso sexual. No que tange a aplicação metodológica aplicada a pesquisa, utilizou-se da consulta a legislação específica e considerações de doutrinadores atuantes na de direito do trabalho, está pesquisa pode ser classificada como pesquisa doutrinária e normativa, onde que através de material de consulta, tais como artigos, monografias, 10 livros de autores foi possível realizar considerações sobre o assunto de pesquisa realizando afirmações através do método dedutivo, foi realizado um exame jurisprudencial a fim de estruturar a base teórica da pesquisa. 11 2. A FASE DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA Para o início dessa fase da pesquisa, no primeiro capítulo foi tratado as bases teóricas pertinentes ao objeto de estudo, em conformidade com esse quadro, nessa porção do estudo o foco foi voltado para as características pertinentes ao intervalo de idades correspondente a infância e adolescência, apresentando características como, faixa etária, comportamentos, desenvolvimento, dentre outros fatores 2.1 Faixa etária pertinente a criança e adolescente O desenvolvimento do ser humano, no que se refere ao seu aspecto biológico, é compreendido por fases, as quais indicam a sua maturação, tanto no aspecto físico, como no psicológico, uma vez que, uma das primeiras fases que o ser percorre é infância, em que ele é reconhecido dentro do aspecto social como uma criança, possuindo características e comportamentos comuns a esse período. Para uma melhor compressão sobre a fase citada, o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), instaurado a partir da Lei nº 8.069/90, em seu segundo artigo, avalia como criança o sujeito que possui até 12 (doze) anos de idade incompletos, sendo assim o período de 0 (zero) a 12 (doze) anos, uma vez que posterior a essa etapa da vida ele já é considerado um adolescente. Mesmo que seja um indivíduo dando os seus primeiros passos em ambiente social, a criança é um sujeito capaz de realizar determinadas escolhas, possuindo identidade de personalidade, estabelecendo interação social com outras pessoas, dentre outras ações, conforme expressa Rodrigues (2009). É importante notar, que a fase compreendida a infância, quando se é criança, não é apenas um período de prelúdio a fase adolescente sem relevância na construção de um indivíduo, ao contrário, a puerícia é uma das fases mais importantes da vida no que tange a construção de sujeito, uma vez que as 12 experiências, memórias afetivas, aprendizagens, são elementos que serve de base para a construção da identidade do ser humano, como pondera Maia (2012). De acordo com o cenário exposto, pode-se verificar a importância da infância para o crescimento do ser humano como pessoa que integra o âmbito social, fato que motiva a proteção para com as crianças, conforme a Lei nº 8.069/90, garantindo a sua liberdade de expressão, a ausência de responsabilidades, assegurando o seu direito de poder brincar, dentre outros elementos. Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Parágrafo único. Os direitos enunciados nesta Lei aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem (BRASIL, 1990). Dentro do cenário estabelecido, nota-se que a criança e o adolescente, além dos direitos concebidos a todo ser humano que lhe são assegurados, eles possuem uma proteção adicional, fato denotado, principalmente, pela maturação, de desenvolvimento cognitivo e social que lhe é característico. Para Jácome (2018), a criança, mediante as suas particularidades, no que diz respeito a sua integração em um ambiente social, possui uma amplitude maior de direitos, os quais visam proteger e garantir uma formação saudável ao indivíduo dessa faixa etária, visto que esse é um importante período de maturação e desenvolvimento do sujeito. Junto com esse novo e ambíguo sentimento de infância - com um estatuto próprio, especificidades definidas, necessidades pré-determinadas, e idealizações, nasceram práticas e teorias para governar as crianças. A cada etapa da infância, a cada tipo de compreensão sobre a mesma, correspondem um tipo de instituição e uma pedagogia (BARBOSA, 2000, p. 106). Assim, é possível compreender a criança como um ser particular, que se diferencia do adulto, fato justificado principalmente a sua maturação. Portanto, 13 quando se realiza uma análise comportamental, pode-se dizer que a criança ainda carece de compreensão e maturidade pra exercer a liberdade plena de direitos e escolhas dentro da sociedade, devido a esse fato se tem a vinculação de responsabilidade para com a criança de uma pessoa maior de idade. Em relação ao período que ser humano é identificado como criança, uma característica indissociável desse período é a ação de brincar, que pode ser compreendida como uma atividade desprovida de responsabilidade e pressão, as quais seguem um padrão cultural, sendo tratado como uma oportunidade capaz de possibilitar momentos de lazer e interação social, além de ser um importante meio de propiciar o desenvolvimento cognitivo durante a infância. De acordo com Rodrigues (2009), a figura da criança com a brincadeira são elementos intrínsecos, em que é difícil imaginar a infância sem a presença de brincadeiras, sendo esse o momento em que ela trabalha o lado lúdico da vida, construindo um mundo imaginário por intermédio de elementos, possibilitando a oportunidade de ela o recriar, expressar, pensar de forma particular, transmitindo seus sonhos, desejos, medos, coragem, dentre outras características. Segundo Maia (2012) os primeiros anos da vida humana, compreendido pela infância, é retratado pelo direito que a criança possui de brincar, sendo essa ação um meiodela começar a se inserir no âmbito social, em que a partir da imaginação, com bases em elementos reais presentes no mundo, ela recria um mundo ilusório em que no qual se sente mais confortável. Para Rodrigues (2009) o brincar é uma ação que a criança realiza de forma natural, automática, sendo uma atividade presente no seu dia a dia, desde dos primeiros de vida, em que ela brinca em grande parte com o seu próprio corpo, de modo mais intimista, em que, com o passar dos anos, evolui para brincadeiras com outras crianças, com brinquedos que desperta o lado lúdico. Diante do ponto de vista explorado, nota-se como que o ato de brincar está associado a infância, já que no aspecto cultural, a criança tem o brincar como um direito a ser exercido, em que o mesmo não pode ser suprimido, fato motivado principalmente pelos resultados positivos que essa ação produz no seu processo de desenvolvimento tanto no aspecto social como no cognitivo. 14 Em conformidade com o cenário descrito, a infância é um período de formação do indivíduo, sendo essa fase reconhecida pela bondade, pelo olhar mais puro em relação ao mundo, sem malícia, sem responsabilidades, sem pressão social, fato que deixa a criança livre pra fazer o que desejar, uma vez que atividades lúdicas, como brincadeiras e histórias infantis acabam chamando a atenção das crianças. 2.1 Aspecto sexual da criança e adolescente 3. DO ABUSO SEXUAL DE MENOR NO AMBITO LEGISLATIVO Colocar a importância da pena no contexto de coibição de crimes 4. DANOS PSIOLÓGICOS E COMPORTAMENTAIS DO MENOR ABUSADO 15 16 REFERÊNCIAS BRASIL. Lei nº 8.069, de 13 de junho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 10 de maio de 2020 BARBOSA, Maria Carmen Silveira. Fragmentos sobre a rotinização da infância. Educação & Realidade, vol. 25, n. 1, 2000. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/48685/30326. Acesso em: 22 de maio de 2020. JÁCOME, Paloma da Silva. Criança e infância: uma construção histórica. Natal/RN: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2018. Disponível em: https://monografias.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/7139/1/crian%C3%A7aInfancia Contruc_Monografia_2018.pdf. Acesso em: 19 de maio de 2020. MAIA, Janaína Nogueira. Concepções de criança, infância e de educação dos professores de educação infantil. Campo Grande: Universidade Católica Dom Bosco, 2012. Disponível em: https://site.ucdb.br/public/md-dissertacoes/11459-janaina-nogueira-maia.pdf. Acesso em: 09 de maio de 2020. RODRIGUES, Luiza Maria. A Criança e o Brincar. Mesquita/RJ: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: http://www.ufrrj.br/graduacao/prodocencia/publicacoes/desafios-cotidianos/arquivos/i ntegra/integra_RODRIGUES.pdf. Acesso em: 11 de março de 2020.
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