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Monitoria Introdução à 
Contabilidade - ESAN 2020.1
Revisão dos Aspectos Introdutórios (Unidades I a VI)
Patrimônio e Patrimônio Líquido, Processo Contábil, Plano de Contas, 
Receitas e Despesas, Regimes Contábeis
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Monitoria de Introdução à Contabilidade
Conceitos Introdutórios
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Monitoria de Introdução à Contabilidade
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculado a uma pessoa ou a uma
entidade. É o objeto de estudo da contabilidade.
Abrange tudo aquilo que a pessoa ou empresa tem (bens e direitos) e tudo aquilo que a pessoa
ou empresa deve (obrigações). Do ponto de vista contábil, são considerados apenas os bens,
direitos e obrigações que podem ser avaliados em moeda.
Bens
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São bens tudo o que possui valor econômico e que pode ser convertido em dinheiro, sendo utilizado na realização do
objetivo principal de seu proprietário. São as coisas úteis, capazes de satisfazer as necessidades das pessoas e das
empresas. Os bens classificam-se em: Bens Móveis, Bens Imóveis, Bens Tangíveis e Bens Intangíveis. Os bens fazem
parte do ATIVO (patrimônio bruto).
Bens Móveis
São móveis os bens passíveis de remoção sem dano, seja por força própria ou por força alheia. Ou seja, objetos concretos, palpáveis, físicos, que não
são fixos ao solo. Ex.: dinheiro, veículos, móveis, utensílios, máquinas, estoques, animais (que possuem movimentos próprios, semoventes), etc.
Bens Imóveis
São imóveis os bens que não podem ser retirados de seu lugar natural (solo e subsolo) sem destruição ou dano, ou seja, aqueles que, para serem
deslocados, terão de ser total ou parcialmente destruídos (pois são fixos ao solo). Ex.: árvores, edifícios, terrenos, construções, etc.
Bens Tangíveis
Também chamados de bens corpóreos e bens materiais, são tangíveis os bens que constituem uma forma física, bens concretos, que podem ser
tocados. Ex.: veículos, terrenos, dinheiro, móveis e utensílios, estoques, etc.
Bens Intangíveis
Também chamados de bens incorpóreos e bens imateriais, são intangíveis os bens que não constituem uma realidade física e que não podem
ser tocados. Ex.: nome comercial (marca), patente de invenção, ponto comercial, o domínio de internet, etc.
Direitos
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São os recursos que a empresa tem a receber e que gerarão benefícios presentes ou futuros. É o poder de exigir
alguma coisa. Pode ser, por exemplo, o valor que uma empresa receberá decorrente de uma venda a prazo. O
comprador já levou a mercadoria, porém ainda não pagou, então a empresa tem o direito de receber o valor
correspondente. Fazem parte do ATIVO (patrimônio bruto).
Exemplos de direitos: duplicatas a receber, salários a receber, aluguéis a receber, contas a receber, títulos a receber,
etc.
Obrigações
São dívidas, valores a serem pagos a terceiros (empresa ou pessoa física). Fazem parte do PASSIVO.
Quando se compra um bem a prazo, ele integra-se ao patrimônio a partir do momento que o fornecedor o entrega.
Como foi uma venda a prazo, a empresa passa a ter uma obrigação com o fornecedor, representada por uma conta a
pagar equivalente ao preço do bem. Assim como aumenta de um lado o Ativo (bem) da empresa, de outro lado
aumenta o Passivo (obrigação) da empresa.
Exemplos de Obrigações: salários a pagar, aluguéis a pagar, contas a pagar, Fornecedores ou Duplicatas a pagar
(referente a compra de mercadorias a prazo), impostos a pagar (ou impostos a recolher), etc.
Patrimônio Líquido (PL)
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A Situação Patrimonial Líquida também faz parte do PASSIVO (obrigações), mas contém uma natureza especial, onde
também fazem parte das obrigações os direitos dos acionistas, sócios ou titular da empresa individual em relação ao
patrimônio da pessoa jurídica.
Representa aquilo que, de fato, a empresa tem. Isto é, sua riqueza efetiva, o que lhe sobra depois de pagar todas as
suas dívidas.
Patrimônio Líquido (PL)
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O Patrimônio Líquido é a diferença entre os valores do ativo (+) e do passivo (-) de uma entidade em determinado
momento.
Exemplo: se a empresa tem um Ativo (bens + direitos) de R$100.000,00 e um Passivo (obrigações) de R$40.000,00, o
Patrimônio Líquido dessa entidade será de R$60.000,00.
ATIVO
R$100.000,00
PASSIVO
R$40.000,00
Patrimônio Líquido
R$60.000,00
Total Ativo R$100.000,00 Total Passivo R$100.000,00
Sendo assim:
A = P + PL
Capital
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O Patrimônio pode ser conceituado como um conjunto de capitais, cuja origem dos
capitais está representada pelo Passivo e a aplicação dos capitais pelo Ativo.
O capital é o conjunto de recursos postos à disposição da empresa, seja por terceiros ou por proprietários
(passivo ou patrimônio líquido).
Ou seja, é a soma das riquezas ou recursos acumulados que se destinam à produção de novas riquezas.
A expressão Capital tem vários significados distintos, como a seguir:
Capital Próprio
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É o investimento inicial feito pelos proprietários da empresa e corresponde ao patrimônio líquido inicial. Ele só é
alterado quando os proprietários realizam investimentos adicionais (aumentos de capital) ou desinvestimentos
(diminuições de capital). Também pode receber a denominação Capital Nominal ou Capital Integralizado.
Capital Social
Capital de Terceiros
Constitui a riqueza líquida à disposição dos proprietários. É a soma do capital social, suas variações, os lucros e as
reservas. Ou seja, é aquele que se originou da própria atividade econômica da entidade, como lucros, reservas de
capital e reservas de lucros. Equivale ao Patrimônio Líquido (ou Situação Líquida).
Corresponde ao passivo real ou passivo exigível (obrigações) da empresa e representa os
investimentos feitos com recursos de terceiros. Por exemplo: compra de um imóvel
financiado pelo banco em 12 vezes (Financiamentos a pagar) ou compra de mercadorias
(estoque) com pagamento a prazo (Fornecedores).
Serviço Público Federal
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Corresponde à soma do passivo + patrimônio líquido da empresa e representa o total dos recursos utilizados no
financiamento das atividades (Passivo Total).
Passivo total = Ativo total = Patrimônio bruto = Total das origens = Total das Aplicações = Capital Total a Disposição da
Entidade.
Capital Total à Disposição da Entidade
Capital Integralizado e Capital a Integralizar
Os recursos destinados pelos proprietários à formação do Capital Social nem sempre estão disponíveis para serem
transferidos do patrimônio dos sócios para o patrimônio da entidade (empresa) no ato de constituição da mesma. O
Capital Social só é integralizado (realizado) quando os recursos correspondentes são transferidos do patrimônio dos sócios
para o patrimônio da entidade.
Quandoum sócio se compromete formalmente (mediante contrato social) a entregar certa importância para compor o
Capital Social da entidade à qual pertence, em data futura, embora subscrita, aquela parcela do capital, correspondente
aos recursos não entregues, encontra-se a integralizar (ou a realizar).
Sendo assim, o capital subscrito pode ou não estar integralizado. Se, ato contínuo à subscrição, a titularidade dos bens e
direitos é transferida para o patrimônio da entidade, então o capital estará subscrito e integralizado. Caso contrário,
embora o capital esteja subscrito, ainda se encontrará a integralizar.
Capital Autorizado
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O capital próprio de Sociedades Anônimas de Capital Aberto (que negociam suas ações em bolsa ou balcão), a partir
da Lei nº 6.404/1976, (Lei das S.A.) foi instituído como Capital Autorizado.
Antes desta Lei, toda mudança na Constituição do Capital Social só poderia ser feita através de uma alteração de
estatuto, contrato ou registro da empresa na Junta Comercial ou Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas, mas,
com a nova Lei, nas Sociedades Anônimas a Assembleia Geral dos acionistas pode delegar ao Conselho de
Administração (órgão executivo das S.A.) a faculdade de elevar o Capital Social até um determinado limite autorizado.
Exemplo: A empresa tem um Capital Social de R$500.000,00, um Capital Integralizado de R$300.000,00 e um Capital
Autorizado de R$800.000,00.
Processos Contábeis
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O Plano de Contas é o conjunto de Contas, diretrizes e normas que disciplinam as tarefas do setor de Contabilidade
objetivando a uniformização dos registros contábeis.
No Brasil, não há o uso obrigatório de Plano de Contas
padronizado, a não ser em alguns casos especiais, como de bancos,
seguradoras e outras subordinadas a alguma entidade reguladora
federal. A organização das contas fica a critério de cada empresa, que o
faz de acordo com suas necessidades. A lei apenas disciplina,
genericamente, a função e a ordem das contas dos vários grupos em que
se divide o Ativo e o Passivo
Lançamentos Contábeis
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São as várias atividades que se estendem desde da identificação e classificação dos fatos contábeis até sua
plenificação como unidade informativa, segundo um fluxo sistêmico de processamento.
As variações verificadas no patrimônio, são registradas em contas que reúnem fatos de uma mesma natureza,
identificados por um título.
Esses registros são efetuados através de lançamentos contábeis.
Diário
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E este ura livro no qual são registradas todas as operações contabilizáveis de uma entidade, em ordem cronológica e
com a observância de certas regras. Antigamente, o livro era preenchido unicamente à mão, isto é, era manuscrito.
Depois, passou-se a utilizar processos mecânicos para a escrituração em folhas soltas, as quais são, em seguida,
copiadas por decalque no livro de folhas presas. Processos eletrônicos são utilizados no trabalho contábil em geral
hoje, na maioria das empresas; neste caso, encadernam-se as folhas soltas impressas.
Partidas de Diário
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O registro de uma operação no livro Diário denomina-se partida de Diário. O método universalmente usado em
todos os sistemas contábeis é o método das Partidas Dobradas, como vimos. A expressão partidas dobradas não
indica duplicidade ou repetição de um mesmo registro. Como vimos, nos exemplos de registros de operações no
Razão, sempre que ocorria um fato, dois ou mais elementos do patrimônio eram alterados equivalentemente,
permitindo equilíbrio constante e, consequentemente, a adoção da fórmula:
Os requisitos necessários de uma partida de Diário são os seguintes:
a) data de operação;
b) conta a ser debitada;
c) conta a ser creditada;
d) histórico da operação, com a menção das características principais dos documentos comprobatórios da operação;
e) valor da operação, em moeda.
ATIVO PASSIVO
PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO
Lançamentos no Livro Diário
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Lançamento é o meio pelo qual se processa a escrituração contábil, ou seja, é a forma de se efetuar o lançamento 
contábil no livro Diário.
Este lançamento é feito a partir de operações.
Quando debitar e quando creditar?
Débito Crédito
+A -A
-P +P
-PL +PL
+A (mais bens e direitos/mais ativo)
-A (menos bens e direitos/menos ativo)
+P (aumenta dívida/mais obrigações/mais passivo)
-P (diminui dívida/menos obrigações/menos passivo)
+PL (mais receita/mais patrimônio líquido)
-PL (menos receita/mais despesa/mais custo/menos 
patrimônio líquido)
Lançamentos no Livro Diário
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Exemplo 1
Operações realizadas durante o mês de Dezembro de 2011 na empresa "Bem Viver":
1) A empresa retirou dinheiro do caixa para depósito no banco no valor de $200.
D- Banco (+A)..... $200
C- Caixa (-A)....... $200
Explicação: Neste lançamento, a empresa diminui seu dinheiro disponível em caixa (-A) e aumentou seu dinheiro 
disponível na conta banco (+A).
2) Recebimento de $600 de clientes em dinheiro.
D- Caixa (+A)........ $600
C- Clientes (-A)...... $600
Explicação: A empresa recebeu dinheiro (mais bens) e diminuiu sua conta clientes (menos bens a receber), pois uma 
parte acaba de ser paga (a conta clientes significa valores que ainda não entraram, mas devem entrar - ex: cartão de 
crédito, cheque).
Lançamentos no Livro Diário
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Exemplo 1
3) Pagamento de fornecedor em cheque no valor de $500.
D- Fornecedor (-P)...... $500
C- Banco (-A)............. $500
Explicação: A conta Fornecedores diminuiu em $500, ou seja, diminuiu a dívida (-P), e como foi pago em cheque, diminuiu o ativo 
da conta bancos.
4) Constituição da empresa "ABC" - capital totalmente integralizado em dinheiro - $5.000.
D- Caixa (+A)............................ $5.000
C- Capital subscrito (+PL)........... $5.000
Explicação: Nesta operação, os sócios colocaram dinheiro na empresa, aumentando o caixa. Como o capital aumentou, há também 
mais receita (+PL).
5) Compra de veículo com pagamento 50% à vista em cheque e 50% financiado a curto prazo em 10 parcelas. Valor total de $2.000.
D- Veículos (+A)............................ $2.000
C- Banco (-A)................................ $1.000
C- Financiamentos a pagar (+P)...... $1.000
Explicação: Com a compra do veículo, a empresa aumentou sua quantidade de bens (+A), pagou 50%, em cheque, diminuindo este 
valor do banco (menos recursos) e financiou a outra metade em 10 parcelas de $100, ou seja, criou uma dívida/obrigação.
Lançamentos no Livro Diário
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Exemplo 2
Operações realizadas na empresa XYZ no mês de Abril/2010:• 03/04/2010 - Constituição da empresa - o capital subscrito no contrato social é de R$120.000,00. Os sócios
integralizaram todo o capital em dinheiro.
• 12/04/2010 - Realizaram a abertura de uma conta corrente em nome da empresa para realizar sua
movimentação e depositaram R$90.000,00 do dinheiro da empresa nesta conta bancária.
• 17/04/2010 - Pagaram a despesa com aluguel do mês corrente (abril/2010), no valor de R$5.000,00. O
pagamento foi realizado em dinheiro.
• 21/04/2010 - A empresa realizou a compra de dois computadores e uma impressora. O valor total da compra foi
de R$6.000,00 pago à vista em cheque.
• 24/04/2010 - A empresa comprou mesas e cadeiras para uso na empresa, desembolsando à vista em dinheiro o
total de R$1.600,00.
• 27/04/2010 - A empresa comprou mercadorias para revender. Efetuou a compra à prazo no valor de
R$27.000,00.
• 30/04/2010 - A empresa vendeu parte de seus estoques à vista em dinheiro, no valor de R$15.000,00 com CMV
(Custo da Mercadoria Vendida) de R$7.000,00.
Lançamentos no Livro Diário
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Exemplo 2
Lançamentos:
LIVRO DIÁRIO
Data Conta Débito Crédito
03/04/10
Caixa (+A) 120.000 ---------
Capital subscrito (+PL) --------- 120.000 
H.:Vlr ref. subscrição de capital social cfe contrato
12/04/10
Banco (+A) 90.000 ---------
Caixa (-A) --------- 90.000 
H.: Vlr ref. transferência caixa cfe Doc. Nº
17/04/10
Despesa com aluguel (-PL) 5.000 --------
Caixa (-A) -------- 5.000 
H.: Vlr ref. pgto aluguel mês 04/2010
21/04/10
Equipamentos de informática (+A) 6.000 --------
Banco (-A) -------- 6.000 
H.: Vlr ref. compra EquipInfoBR cfe NF Nº
24/04/10
Móveis e utensílios (+A) 1.600 --------
Caixa (-A) -------- 1.600 
H.: Vlr ref. compra ModelarHome cfe NF Nº
27/04/10
Estoque (ou Mercadoria Revenda)(+A) 27.000 ---------
Fornecedores (+P) --------- 27.000 
H.: Vlr ref. compra de mercadorias cfe NF Nº
30/04/10
Caixa (+A) 15.000 ---------
Receita de vendas (+PL) --------- 15.000
CMV (custo mercadoria vendida) (-PL) 7.000 ---------
Estoque (ou Mercadoria Revenda) (-A) --------- 7.000
H.: Vlr ref. venda de mercadoria cfe NF Nº
Sendo:
H: Histórico
Vlr: Valor
ref.: referente
cfe: conforme
NF: Nota Fiscal
Nº: Número
Razão
Serviço Público Federal
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Conforme mencionamos anteriormente, o Razão é um livro fundamental ao processo contábil
e exigido pela legislação brasileira para empresas cuja tributação do Imposto de Renda seja
com base no Lucro Real.
Em virtude de sua eficiência, ele é indispensável em qualquer tipo de empresa.
Por meio do razão é possível controlar separadamente o movimento de todas as contas. O
controle individualizado das contas é importante para se conhecer os seus saldos,
possibilitando a apuração de resultados e elaboração de demonstrações contábeis, como o
balancete de verificação do razão, balanço patrimonial, etc.
Ou seja, é o detalhamento por contas individuais dos lançamentos realizados no diário, sendo usado para resumir e
totalizar, por conta ou subconta, estes lançamentos.
Este livro agrega as contas Patrimoniais (contas do BP e da DRE), compostas por ativo, passivo e patrimônio líquido e por
receitas, despesas e custos.
Razão
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É dispensada a autenticação ou registro do livro pelos órgãos competentes, isto porque o Razão é cópia autentica do que
foi escriturado no Livro Diário. Porém, na escrituração, deverão ser obedecidas as regras da legislação comercial e fiscal
aplicáveis aos lançamentos em geral.
Escrituração manuscrita do Livro Razão
Deve conter no mínimo as seguintes informações:
Nome da conta
Data do lançamento: dia, mês e ano de ocorrência do fato que alterou o valor do componente patrimonial;
Contrapartida: é a conta que completa o lançamento de outra conta que está sendo escriturada;
Histórico do lançamento: descrição do fato administrativo do evento registrável na escrituração;
Débito e Crédito: indicação do valor que será acrescido e/ou diminuído do saldo da conta;
Saldo: diferença entre o somatório do débito e somatório do crédito; e
D/C: indicação da natureza do saldo - D (devedor) e C (credor).
OBS.: Se for usado escrituração mecanizada, além destes ítens, deve conter também o nº da folha correspondente no livro
diário.
Método das Partidas Dobradas
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A essência do método, universalmente aceito, é que o registro de qualquer operação implica que a um débito numa
ou mais contas deve corresponder um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos
valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados.
"Não há débito(s) sem crédito(s) correspondente(s). ”
Débito e Crédito
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Trata-se de uma convenção contábil indicadora da variação específica que se quer representar na conta.
GRUPO DE CONTAS SALDO EFEITOS DOS LANÇAMENTOS NA 
CONTA
ATIVO Devedor D ⇒ Aumento C ⇒ Diminui
PASSIVO Credor D ⇒ Diminui C⇒ Aumenta
PATRIMÔNIO LÍQUIDO Credor D ⇒ Diminui C⇒ Aumenta
RECEITAS Credor C⇒ Aumenta
CUSTOS E DESPESAS Devedor D ⇒ Aumento
Fatos Contábeis
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Fatos contábeis são ocorrências que têm por efeito a alteração da composição do Patrimônio, seja em seu aspecto
qualitativo ou em seu aspecto quantitativo.
São todos os eventos que ocorrem na empresa, passíveis de se determinar um valor monetário. O registro de um
fato contábil pode ou não alterar o valor do Patrimônio Líquido da empresa.
Classificam-se em três grupos: Fatos contábeis permutativos (qualitativos ou compensativos), Fatos contábeis
modificativos (ou quantitativos) e Fatos contábeis mistos (ou compostos).
Permutativos, Qualitativos ou Compensativos
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São fatos que acarretam uma troca (permuta) entre elementos do ativo, do passivo, ou de ambos, porém sem
provocar alteração no Patrimônio Líquido, alterando apenas a composição qualitativa dos elementos pertencentes
ao Patrimônio. Ex.: compra de uma máquina à vista - ocorre a permuta de um bem (dinheiro) por outro bem
(máquina), ambos elementos do ativo.
Modificativos ou Quantitativos
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São fatos que alteram a composição do Patrimônio e modificam para mais (modificativos aumentativos) ou para menos
(modificativos diminutivos) a situação líquida da empresa.
Modificativos aumentativos: envolvem uma conta patrimonial e uma conta de receita, aumentando o Patrimônio
Líquido (PL). Ex.: Receita de vendas, receita de aluguel, etc.
Modificativos diminutivos: envolvem uma conta patrimonial e uma conta de despesa, diminuindo o Patrimônio Líquido
(PL). Ex.: pagamento de despesas em geral, etc.
Mistos ou Compostos
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São os que envolvemsimultaneamente um fato permutativo (qualitativo) e um fato modificativo (quantitativo),
alterando o Patrimônio Líquido (PL), ou seja, a troca de elemento patrimonial com lucro ou prejuízo.
Mistos aumentativos: envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de receita (venda com lucro,
aumenta PL).
Ex.: recebimento de duplicatas com juros, pagamento de duplicatas com desconto, reforma de dívida com desconto,
vendas com lucro, pagamentos de obrigações com desconto, etc.
Mistos diminutivos: envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de despesa (venda com prejuízo,
diminui PL).
Ex.: recebimento de duplicatas com desconto, pagamentos de duplicatas com juros, reforma de dívida com juros, etc.
Fatos Contábeis
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Os fatos contábeis alteram o Patrimônio sob seus dois aspectos básicos: o qualitativo e
o quantitativo. Ao analisar os fatos permutativos, observa-se que provocam variações estritamente
qualitativas, isto é, modifica-se apenas a natureza dos elementos patrimoniais envolvidos. Já
os fatos modificativos e os fatos mistos geram mudanças reais na expressão monetária da situação
líquida, ou seja, provocam variações de natureza quantitativa.
OBS.: Não confunda fato com ato administrativo. O ato administrativo, ao contrário do fato
administrativo, não produz de imediato qualquer alteração no Patrimônio e não deve ser
registrado na contabilidade. Se contabilizado, é chamado de operação extrapatrimonial (conta de
compensação). Encarregar um empregado a desempenhar determinada tarefa constitui um ATO
ADMINISTRATIVO. Agora, pagar a ele o seu salário define um FATO ADMINISTRATIVO, pois estará
alterando o Patrimônio da entidade.
Plano de Contas
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É o conjunto de contas, previamente estabelecido, que norteia os trabalhos contábeis de registro de fatos e atos
inerentes à entidade, além de servir de parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis.
A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada, por empresa, já que os usuários de informações podem
necessitar detalhamentos específicos, que um modelo de Plano de Contas geral pode não compreender.
Objetivos do Plano de Contas
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Estabelecer normas de conduta para o registro das operações da organização e, na sua montagem, devem ser levados
em conta três objetivos fundamentais:
a) atender às necessidades de informação da administração da empresa;
b) observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma legal de elaboração do balanço
patrimonial e das demais demonstrações contábeis (Lei 6.404/76, a chamada "Lei das S/A”);
c) adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos, principalmente às da legislação do Imposto de
Renda.
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/contabil/lei6404_1976.htm
Elenco de Contas
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Consiste na relação das Contas que serão utilizadas para o registro dos Fatos Administrativos decorrentes da gestão do
Patrimônio da empresa, bem como, dos Atos Administrativos considerados relevantes (aqueles cujos efeitos possam se
traduzir em modificações futuras no Patrimônio da empresa).
O conjunto das contas depende do volume e da natureza dos negócios da empresa, bem como dos interesses dos
usuários (gerentes, proprietários, governos, bancos, etc.).
Por exemplo, para a tomada de decisões (área gerencial) em indústrias, torna-se necessário destacar as contas de
salários e encargos para o pessoal da linha de produção, para o pessoal da área de vendas, para o pessoal administrativo,
e honorários da diretoria; já para uma farmácia, única conta de salários e encargos poderá ser suficiente.
O Elenco de Contas envolve a intitulação (nome) e o código de cada Conta.
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O plano de Contas normalmente é composto de cinco grupos:
• ATIVO - CONTAS DEVEDORAS
• PASSIVO - CONTAS CREDORAS
• DESPESAS - CONTAS DEVEDORAS
• RECEITAS - CONTAS CREDORAS
• APURAÇÃO DE RESULTADO
Estes grupos por sua vez também se dividem em sub grupos, os quais:
Plano de Contas
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ATIVO
CIRCULANTE (Bens e direitos realizáveis num prazo inferior a 365 dias)
NÃO CIRCULANTE (Idem, num prazo superior a 365 dias)
Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível
PASSIVO
CIRCULANTE (Obrigações exigíveis num prazo inferior a 365 dias)
NÃO CIRCULANTE (Idem, num prazo superior a 365 dias)
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Capitais próprios)
O ATIVO representa a parte positiva do
patrimônio, a fonte de investimentos, as
aplicações de recursos (BENS E
DIREITOS).
O PASSIVO representa a parte negativa do
patrimônio, a fonte de financiamentos, as
origens dos recursos (OBRIGAÇÕES).
Plano de Contas
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Monitoria de Introdução à Contabilidade
DESPESAS
Com vendas
ADMINISTRATIVAS
FINANCEIRAS
Despesas: Todo gasto despendido na
manutenção da atividade da empresa.
Receitas: Todo valor obtido decorrente da
venda dos produtos e serviços da sua
atividade.
Plano de Contas
RECEITAS
VENDAS
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
FINANCEIRAS
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Modelo de Plano de Contas
1 – ATIVO
1.1 - CIRCULANTE
1.1.1 - Disponível
1.1.1.001 - Caixa
1.1.1.002 - Bancos Conta Movimento
1.1.2 - Realizações
1.1.2.001 - Clientes
1.1.2.002 - ( - ) Duplicatas Descontadas
1.1.2.003 - Aplicações Financeiras
1.1.2.004 - Impostos a Recuperar
1.1.2.005 - Despesas do Exercício Seguinte
1.1.2.006 - ( - ) Provisão para Devedores Duvidosos
1.1.3 – Estoques
1.1.3.001 - Estoque de Mercadorias
1.1.3.002 - (-) Provisão para Ajuste ao Valor de 
Mercado
1.2 - NÃO CIRCULANTE
1.2.1 - Realiza a Longo prazo
1.2.1.001 - Títulos a Receber
1.2.2 - Investimentos
1.2.2.001 - Participações em Outras Cias
1.2.2.002 - Imóveis para Renda
1.2.3 – Imobilizado
1.2.3.001 - Equipamentos de Informática
1.2.3.002 - Imóveis
1.2.3.003 - Instalações
1.2.3.004 - Máquinas e Equipamentos
1.2.3.005 - Móveis e Utensílios
1.2.3.006 - Veículos
1.2.3.007 - (-) Depreciação Acumulada
1.2.4 - Intangível
1.2.4.001 - Marcas e Patentes
1.2.4.002 - Capital Intelectual
1.2.4.002 - (-) Amortização Acumulada
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Modelo de Plano de Contas
2- PASSIVO
2.1 – CIRCULANTE
2.1.1 - Obrigações
2.1.1.001 - Fornecedores
2.1.1.002 - Aluguéis a Pagar
2.1.1.003 - Empréstimos a Pagar
2.1.1.004 - ICMS a Recolher
2.1.1.005 - Imposto de Renda a Pagar
2.1.1.006 - IR Fonte a Recolher
2.1.1.007 - Contribuições Previdenciárias 
a Recolher
2.1.1.008 - FGTS a Recolher
2.1.1.009 - Honorários da Diretoria a Pagar
2.1.1.010 - Salários a Pagar
2.1.1.011 - Dividendos a pagar
2.1.1.012 - Outras Obrigações a Pagar
2.2 – NÃO CIRCULANTE
2.2.1 – Obrigações
2.2.1.001 - Financiamentosa Pagar
2.3 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2.3.1 – Capital
2.3.1.001 - Capital
2.3.1.002 - ( - ) Capital a Realizar
2.3.2 - Reservas de Capital
2.3.2.001 - Ágio na Emissão de Ações
2.3.3 – Ajuste de Avaliação Patrimonial
2.3.3.001 - Aumentos Atribuídos a Bens 
do Ativo
2.3.4 - Reservas de Lucros
2.3.4.001 - Reserva Legal
2.3.5 - Ações em Tesouraria
2.3.5.001 - Aquisição de Ações Próprias
2.3.6 - Lucros ou Prejuízos Acumulados
2.3.6.001 – Lucros Acumulados
2.3.6.002 – ( - ) Prejuízos Acumulados
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Modelo de Plano de Contas
3 - DESPESAS 
3.3 – DESPESAS OPERACIONAIS
3.3.1 – Despesas com Vendas
3.3.1.001 - Comissões sobre Vendas
3.3.1.006 - Fretes e Carretos
3.3.1.007 - Material de Embalagem
3.3.1.008 - Propaganda e Publicidade
3.3.1.009 – Despesas c/ Devedores 
Duvidosos
3.3.2 – Despesas Administrativas
3.3.2.001 - Aluguel
3.3.2.002 - Energia Elétrica
3.3.2.003 - Água
3.3.2.004 - Correios
3.3.2.005 - Depreciações
3.3.2.006 - Amortizações
3.3.2.007 - Fretes e Carretos
3.3.2.008 - Material de Expediente
3.3.2.009 - Prêmios de Seguro
3.3.2.010 - Comunicações
3.3.2.011 - Impostos e Taxas
3.3.2.012 - Serviços de Terceiros
3.3.2.013 - Multas Fiscais
3.3.2.014 - Salários
3.3.2.015 - Honorários da Diretoria
3.3.2.016 - Décimo Terceiro Salário
3.3.2.017 - Encargos Sociais
3.3.2.018 - Férias 
3.3.3 – Despesas Financeiras
3.3.3.001 - Despesas Bancárias
3.3.3.002 - Juros Passivos
3.3.3.003 - Descontos Concedidos
3.3.4 – Outras Despesas Operacionais
3.3.4.001 - Prejuízo de Participação em outras Cias
3.3.4.002 - Despesas Eventuais
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Modelo de Plano de Contas
4 - RECEITAS 
4.1 – RECEITAS OPERACIONAIS
4.1.1 – Receitas de Vendas
4.1.1.001 – Venda de Mercadorias
4.1.1.002 – ( - ) Vendas Anuladas
4.1.1.003 – ( - ) ICMS sobre Vendas
4.1.1.004 – ( - ) PIS sobre Faturamento
4.1.2 – Receitas Financeiras
4.1.2.001 - Rendimentos de Aplicações Financeiras
4.1.2.002 - Descontos Obtidos
4.1.2.003 - Juros Ativos
4.1.3 – Outras Receitas Operacionais
4.1.3.001 - Lucros de Participações em Outras Cias
4.1.3.002 - Reversão de Provisão Para Devedores
Duvidosos
4.1.3.003 - Receitas Eventuais
5 – CONTAS DE APURAÇÃO DE RESULTADOS
5.1 – APURAÇÃO DE RESULTADO
5.1.1 – Apuração de Resultado
5.1.1.001 - Custo das Mercadorias Vendidas (CMV)
5.1.1.002 - Resultado com Vendas de Mercadorias (RVM)
5.1.1.003 - Apuração do Resultado do Exercício (ARE) 
Classificação das Contas
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Em consequência da Teoria Patrimonialista, atualmente mais usada e aceita como a mais adequada entre os contadores,
as contas são classificadas em dois grandes grupos: as contas patrimoniais e as contas de resultado.
Contas Patrimoniais
São aquelas contas que representam o Ativo (indica a existência de Bens e Direitos) e o Passivo (indica a existência de
Obrigações e Patrimônio Líquido da entidade, formado pelo capital social, as reservas e os prejuízos acumulados). São
essas contas que representam o Patrimônio da empresa, através do Balanço Patrimonial.
Contas de Resultado
São as Receitas e as Despesas do período, que devem ser encerradas no final do exercício para que se apure o resultado
do exercício. Este resultado, lucro ou prejuízo, será incorporado ao Patrimônio através da conta Prejuízos acumulados
(quando o resultado for negativo), ou Reserva de lucros (quando o resultado for positivo).
São acontecimentos que modificam a situação líquida da empresa e representam variações no Patrimônio da entidade.
Estas contas não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas permitem que o resultado do exercício seja apurado.
Receitas e Despesas
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O ponto de partida para o encerramento das contas de Resultado é o Balancete de Verificação depois dos ajustes
(Balancete Ajustado), de acordo com os princípios ou convenções contábeis e os preceitos legais.
Obrigatoriamente, apura-se o resultado obtido pela empresa no término de cada exercício social, quando do
encerramento de todas as contas de Resultado.
A critério da empresa, podem-se apurar resultados mensais, trimestrais, semestrais, anuais etc.,
Para apurar o Resultado do exercício obtido pela empresa, em determinado período, transferem-se todos os saldos das
contas de Resultado para a conta de Apuração do Resultado.
Resultado Receitas Despesas
Receitas e Despesas
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Receita: Entrada de elementos para o ativo oriundo, em geral, de venda de mercadorias, prestação de serviços ou juros
sobre aplicações financeiras
Condições essencial: Não pode implicar em passivo
Despesas: “Consumo” (ou futuro “consumo”) de bens ou serviços que produz, direta ou indiretamente, uma receita.
Condições essencial: Só há despesas com a finalidade de gerar receita.
Não existe receita (s) sem a (s) despesa (s) correspondente (s) (regra geral)
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O Regime Contábil é o critério adotado para o registro dos valores das transações das Receitas/ganhos e das
Despesas/custos de uma organização para apuração de Lucro ou Prejuízo em determinado período.
Regimes Contábeis
1 – Regime de Competência
Este regime é universalmente adotado, aceito e
recomendado pelo imposto de renda. Evidencia o Resultado
da empresa (lucro ou prejuízo) de forma mais adequada e
completa.
As regras básicas para a contabilidade pelo regime de
competência são:
A receita só será contabilizada no período em que for gerada,
independente do seu recebimento.
O lucro ou prejuízo será apurado confrontando-se toda a
despesa gerada no período (mesmo que ainda não tenha sido
paga) com o total da receita gerada no mesmo período
(mesmo que não tenha sido recebida).
2 – Regime de Caixa
O regime de caixa é uma forma simplificada de contabilidade, é
aplicado basicamente às entidades sem fins lucrativos, tais como
igrejas (*), clubes, sociedades filantrópicas, etc.
As regras básicas para a contabilidade pelo regime de caixa são:
A receita será contabilizada no momento do seu recebimento, ou
seja, quando entrar dinheiro no caixa (encaixe)
A despesa será contabilizada no momento do pagamento, ou seja,
quando sair dinheiro do caixa (desembolso)
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Monitoria de Introdução à Contabilidade
Segundo o Regime de Competência, todas as Despesas e Receitas devem ser contabilizadas quando são incorridas e
quando são geradas, respectivamente, independentemente da condição de pagamento, se à vista ou a prazo.
Dessa forma, durante a contratação de uma apólice de seguro temos que ela refere-se a uma despesa, porém é uma
despesa contratada em um período mas que trará benefícios futuros, quando do encerramento da vigência do contrato.
Como o benefício desta despesa se estende a períodos futuros, seria injusto e inadequado atribuir toda a despesa
somente para o mês de contratação.
Assim, quando ocorre a contratação de uma despesa, que gere benefícios futuros, é correto, segundo o Princípio de
Competência, contabilizá-la por todo o período de vigência do benefício, dessa maneira esta apólice de seguro deveria ter
a despesalançada a cada mês durante todo o prazo de vigência.
Regime de Competência e os Apólices de Seguros
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Exercícios de Fixação
6 - (CFC). Uma indústria de alimentos pagou em 1º de dezembro de 2010 o valor de R$4.800,00 pela contratação de
prêmio de seguro dos veículos utilizados para entrega dos produtos vendidos, vigente de dezembro de 2010 a novembro de
2011. Em janeiro de 2011, o registro contábil correspondente ao gasto com seguros gerou um aumento de:
a) R$400,00 em Despesa. b) R$400,00 em Custo de Produção. c) R$4.400,00 em Despesa. d) R$4.400,00 em Custo de Produção.
Resolução:
Total do prêmio dividido por 12 meses (4.800/12), teremos 400,00 por mês até o fim da vigência da Apólice em Nov/11.
Portanto a cada mês vai gerar um aumento da despesa em R$ 400,00.
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Exercícios de Fixação
13 – (RFB) Determinada empresa, cujo exercício social coincide com o ano-calendário, pagou a quantia de R$ 1.524,00
de prêmio de seguro contra incêndio no dia 30 de setembro de 2019. A apólice pertinente a essa transação cobre riscos
durante o período de primeiro de outubro de 2019 a 30 de setembro de 2020. Considerando o princípio da competência
de exercícios, o Contador da empresa registrou o pagamento dos gastos na conta Seguros a Vencer. No balanço
patrimonial de 31 de dezembro de 2019, após as apropriações de praxe, o saldo desta conta, "Seguros a Vencer", deverá
ser de:
A) R$ 1.260,00. B) R$ 381,00. C) R$ 1.524,00. D) R$ 1.172,20. E) R$ 1.143,00.
Resolução:
Sendo assim, se tomarmos o valor total (R$ 1.524,00) e dividir por 12 meses (Período de vigência da apólice: primeiro de 
outubro de 2019 a 30 de setembro de 2020) teremos R$127,00. Multiplicando por 3 meses finais de 2019 (outubro, 
novembro e dezembro) teremos R$381,00 até dez/19.
Dessa forma, a diferença: R$1.524,00 - R$381,00 (meses de out/nov/dez) = R$1.143,00 será o Saldo da contas - Seguros 
a vencer depois de dezembro.
Referências
Serviço Público Federal
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Contabilidade Introdutória. EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA-USP. Contabilidade Introdutória. 12. Rio de Janeiro Atlas
2019 1 recurso online ISBN 9788597021011. (Biblioteca on line da UFMS)
"Patrimônio" em Só Contabilidade. Virtuous Tecnologia da Informação, 2007-2020. Consultado em 23/04/2020 às
21:26. Disponível na Internet em http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/patrimonio.php
“Plano de Contas” em Homepage Professor José Divanil Spósito Berbel, Berbel Pro, 2020. Consultado em 24/04/2020 às
00:43. Disponível na Internet em http://www.berbel.pro.br/plano_de_contas.htm

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