Buscar

Aula13-15_RE_RNR_Petroleo e Gás_APena2020

Prévia do material em texto

Recursos Energéticos 
 
A Génese dos Jazigos de Petróleo e Gás 
Assane Pena, 2017-2020 
Universidade Licungo-Beira, Moçambique 
 
 Luís Menezes Pinheiro, 2014-2015 
Universidade de Aveiro, Portugal 
Recursos Energéticos 
 
A Génese dos Jazigos de Petróleo e Gás 
Assane Pena, 2019 
Universidade Licungo-Beira, Moçambique 
 
 Luís Menezes Pinheiro, 2014-2015 
Universidade de Aveiro, Portugal 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Carvão Mineral 
 
 
Fonte de energia não renovável, mas convencional 
14/01/2016, Revisado em 2019 Recursos Energéticos, Assane Pena; 
UNILICUNGO 
2 
Terminologia das Fontes Energéticas 
(gás comprimido) 
(gás do xisto) (gás do xisto) 
(gás comprimido) 
O Petróleo (do Grego petra – rocha ou pedra e elaion – óleo ou 
Latim oleum – óleo) (“crude oil”) em tempos conhecido como 
“ouro negro”, é um liquido espesso, castanho/esverdeado escuro 
ou negro, que existe nos estratos superiores de algumas áreas da 
crusta continental. Também é conhecido por naft, do Árabe naK ou 
nafata (fluir). 
Consiste de uma mistura complexa de vários hidrocarbonetos, 
principalmente da série dos alcanos. Pode variar muito em 
aparência, composição e pureza. 
 
O petróleo é utilizado principalmente para a produção do “fuel oil”, 
que é uma importante fonte primária de energia. 
 
É também a matéria prima para muito produtos químicos, incluindo 
solventes, fertilizantes, pesticidas e plásticos. 
 
RECURSOS ENERGÉTICOS Petróleo – Definições Prévias 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
• Petróleo (sentido lato) : mistura natural constituida 
principalmente por hidrocarbonetos. Pode ocorrer: 
•no estado gasoso = gás natural 
•no estado liquído = petróleo bruto, nafta, óleo 
•no estado sólido = asfaltos, betumes 
•são comuns ocorrências mistas 
Petróleo (Sentido restrito): Petróleo bruto (líquido) 
 
•Hidrocarbonetos: compostos de H e C (com pequenas quantidades de outros elementos). 
Distinguem-se pelo número de átomos de C e H das suas moléculas e pela maneira como estes 
estão arranjados. 
•Em termos químicos, um hidrocarboneto é um composto químico formado por carbono (C) e 
hidrogénio (H). Todos os hidrocarbonetos são formados por um backbone de carbono (esqueleto 
de carbono), estando os átomos de hidrogénio ligados a esse esqueleto. 
 
•Jazigo de petróleo: acumulação de petróleo susceptivel de 
exploração económica. 
RECURSOS ENERGÉTICOS Petróleo – Definições Prévias 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
 
 
Há essencialmente 3 tipos de hidrocarbonetos: 
 
HIDROCARBONETOS SATURADOS, também conhecidos como alcanos (CnH2n+2), 
que não têm ligações duplas, triplas ou aromáticas. Incluem os alcanos normais, 
os isoalcanos e os cicloalcanos. 
 
HIDROCARBONETOS AROMÁTICOS, que têm pelo menos um anel aromático 
(benzeno). Incluem os naftalenos (2 anéis) os fenantrenos (3 anéis) e o tolueno 
(composto aromático mais comum no petróleo; apresenta 1 anel). 
 
HIDROCARBONETOS INSATURADOS, que têm uma ou mais ligações duplas ou 
triplas entre os átomos de carbono. Dividem-se em: 
alcenos CnH2n (somente com uma ligação dupla) 
alcinos CnH2n-2 (somente com uma ligação tripla) 
 
Cada um deste hidrocarbonetos deve obedecer à Regra dos 4-hidrogénios que 
diz que todos os átomos de carbono devem ter o número máximo de átomos de 
hidrogénio a que se possam ligar (o limite é 4). Deve notar-se que cada ligação 
extra remove 2 átomos de hidrogénio e somente os hidrocarbonetos saturados 
podem atingir o máximo de 4. Isto deve-se às posições únicas dos 4 electrões do 
Carbono. 
hMp://en.wikipedia.org/wiki/Petrole4um 
RECURSOS ENERGÉTICOS Hidrocarbonetos (constituintes de Petróleo) 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Segundo a classificação de Tissot & Welte (1978) podem ser divididos em 6 tipos: 
 
 
(1) PARAFÍNICOS (n-alcanos) 
 
(2) PARAFÍNICO-NAFTÉNICOS 
 
(3) NAFTÉNICOS (ciclo alcanos) 
 
(4) AROMÁTICOS INTERMÉDIOS 
 
(5) AROMÁTICOS-ASFÁLTICOS 
 
(6) AROMÁTICO-NAFTÉNICOS 
 
 
 
. 
hMp://en.wikipedia.org/wiki/Petroleum 
RECURSOS ENERGÉTICOS Hidrocarbonetos (constituintes de Petróleo) 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Hidrocarbonetos parafínicos normais ou n-alcanos (fórmula geral Cn H2n+2) 
H C 
 
J. Pacheco, 2007 
GASOSOS 
Metano Etano n-Propano 
 
n-Butano 
 
LÍQUIDOS 
n-Pentano n-Hexano 
 
 etc. até C 15 H32 
SÓLIDOS 
De C 
15 
H 
32 até C 40H 82 
RECURSOS ENERGÉTICOS Hidrocarbonetos (constituintes de Petróleo) 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
IsoButano 
C4H10 
 
•Hidrocarbonetos nafténicos ou ciclo-
alcanos 
 
Ciclobutano 
C4H8 
 
•Hidrocarbonetos não-saturados 
 
Benzeno 
RECURSOS ENERGÉTICOS Hidrocarbonetos (constituintes de Petróleo) 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
FACTORES CONDICIONANTES DA OCORRÊNCIA DE PETRÓLEO EM 
BACIAS SEDIMENTARES 
A formação de uma acumulação de petróleo em uma bacia sedimentar requer a 
associação de uma série de fatores: 
• a existência de rochas ricas em matéria orgânica (0,3 a 1% de COT), denominadas 
de rochas geradoras; 
• as rochas geradoras devem ser submetidas às condições adequadas (tempo-60Ma 
e temperatura 60 a 120ºC) para a geração do petróleo; 
• a existência de uma rochas com porosidade (5 a 30%) e permeabilidade (o valor 
minimo de 0.1md; a maioria 5 a 500md) necessárias à acumulação e produção do 
petróleo, denominada de rochas reservatório; 
• a presença de condições favoráveis à migração do petróleo da rocha geradora até a 
rocha reservatório; 
• a existência de uma rocha imperpeável que retenha o petroleo, denominada de 
rocha selante ou capeadora; e 
• um arranjo geométrico das rochas reservatório e selante que favoreça a 
acumulação de um volume significativo de petróleo. 
Uma acumulação comercial de petróleo é o resultado de uma associação adequada 
destes fatores no tempo e no espaço. A ausência de apenas um desses fatores 
inviabiliza a formação de uma jazida petrolífera. Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Metano (gás dos pântanos - swamp/marsh gas): hidrocarboneto formado por 1 
átomo de carbono e 4 átomos de hidrogénio: CH4 (peso molecular: 16.04). 
O Metano é o componente principal do gás natural. Quando uma molécula de 
metano é queimada na presença de oxigénio, liberta uma molécula de CO2 
(dióxido de carbono) e duas moléculas de H2O (água). 
 CH4 + 2O2 → CO2 + 2H2O 
 
O metano puro é inodoro. É um gás de estufa com um potencial de 
aquecimento global de 22 (o que significa que tem 22 vezes a capacidade do 
dióxido de carbono de provocar efeito de estufa). 
8 
RECURSOS ENERGÉTICOS Hidrocarbonetos (constituintes de Petróleo) 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
O petróleo é gerado nas bacias sedimentares, a partir da transformação de 
matéria orgânica acumulada juntamente com os sedimentos inorgânicos 
em ambientes, em geral aquáticos (fundo de lagos, lagunas ou mares) com 
deficiente circulação da massa líquida junto ao fundo e deficientes em 
oxigénio. 
RECURSOS ENERGÉTICOS - Geracão do Petróleo 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Geração do Petróleo e Gás. Querogénio 
 
•A matéria orgânica (cadáveres de animais e plantas planctónicos e bentónicos, 
restos de vegetais superiores, algas, etc.) transforma-se, como resultado de 
reacções químicas complexas e do ataque por bactérias, acompanhados por 
aumento de pressão e temperatura em gás biogénico (metano) e num material 
rico em hidrocarbonetos sólidos muito pesados designado por querogénio. 
Fragmentos de querogénio 
Plancton vivo contendo gotas de óleo (x150) 
• A formação de óleo ou gás depende do tipo de matéria orgânica inicial. Quase 
todo o óleo é formado a partir dos restos soterrados de algas marinhas e 
bactérias; no entanto forma-se gás se este material for soterrado a maiorprofundidade; Os caules e folhas soterrados de plantas terrestres, dão origem 
a carvão e quase não se forma óleo; com o seu soterramento a maior 
profundidade produzem gás. 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Matéria Orgânica Fóssil, Os Custobiólitos 
 
• Os hidrocarbonetos, tanto petróleo como gás, têm 
origem na MOSF (Matéria Orgânica Sedimentar Fóssil) 
presente em certos tipos de rochas sedimentares. 
 
 
 
• Caustobiólitos - “rochas que contenham quantidades +/- 
importantes de compostos carbonados de origem orgânica 
ou, mesmo, carbono puro, desde que este último seja de 
origem orgânica”. 
 
• Os caustobiólitos correspondem ao que se designa por 
Matéria orgânica sedimentar fóssil ou, simplesmente, 
Matéria carbonácea. 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Rochas geradoras, maturação 
 
A Matéria Orgânica (MO) apresenta, na maior parte do tempo, uma baixa 
concentração nos sedimentos: 
•Em média, as areias e os arenitos contem em torno de 0,05% da MO; 
•Os calcários 0,3% e as argilas cerca de 2%. Portanto, os sedimentos finos, em 
todos os ambientes, apresenta maiores teores de carbono orgânico total (COT); 
 
 
 
 
As rochas sedimentares ricas em querogénio, como são os casos de rochas carbonáticos 
contendo pelo menos 0,3 até 0,6% COT, e rochas argilosos, contendo de 0,5 a 1% de COT, 
designam-se por rochas geradoras (ou rochas-mãe – source rocks) e podem gerar 
quantidade significativa de petróleo em consequência de reacções químicas que 
decompõem o querogénio em hidrocarbonetos de peso molecular menor. 
 
Estas reacções são iniciadas pelo aumento da temperatura a que as rochas são submetidas por efeito 
da subsidência das bacias e consequente acumulação de espessuras crescentes de outros sedimentos 
(gradiente geotérmico médio = 30º C/km). 
•A evolução do querogénio no sentido da transformação em petróleo é designada por maturação e 
depende da temperatura e do tempo. 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2019) in L. Menezes 
Pinheiro, 2014 
J. Pacheco, 2007 
RECURSOS ENERGÉTICOS– Tipos de Querogênio 
 
A composição do Querogénio determina o tipo de hidrocarbonetos que poderá ser 
gerado: 
•Distinguem-se geralmente 3 Tipos de Querogénio: 
•Tipo I: predominantemente formado a partir de algas e bactérias (rico em H e 
pobre em O). Derivado de rochas geradoras derivadas de ambientes lacustres. 
 
•Tipo III: predominantemente formado a partir de restos de vegetais terrestres 
carreados para a bacia (pobre em H; rico em O). Derivado rochas geradoras de 
ambientes marinho deltaico. 
 
 
•Tipo II, intermédio (podre em H e rico em O do que o querogênio do Tipo I). 
Derivado da matéria orgânica de origem marinha. 
 
•O Querogênio Tipo I produz predominantemente óleo e o de Tipo III produz 
predominantemente gás, mas a natureza do petróleo gerado depende também do 
grau de maturação atingido pelo querogénio. 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Etapas de Formação do Petróleo 
A formação do petróleo está relacionada à maturação 
térmica da matéria orgânica e ocorre em três etapas 
principais: 
 
•Diagénese 
 
•Catagénese, e 
 
•Metagênese. 
 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Diagénese 
 
• Ocorre durante e logo após o soterramento, a matéria orgânica 
sofre alterações sob baixas temperaturas (até 50ºC) e baixas 
profundidades, sendo considerada imatura. 
 
• As mudanças são devidas principalmente à actividade de 
microorganismos, que promovem a destruição ou a 
transformação dos biopolímeros, gerando como novos 
constituintes os geopolímeros, que são precursores do 
querogénio. 
 
• Algumas moléculas sintetizadas por organismos sofrem poucas 
alterações nesta etapa e preservam sua estrutura original, 
sendo conhecidas como fósseis geoquímicos ou 
biomarcadores. 
 
• No final da diagênese a matéria orgânica é constituída 
basicamente de querogénio. 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Catagénese - Window oil 
Corresponde à fase principal de geração de petróleo, sendo também conhecida como 
“janela de geração do petróleo” (Ro% = 0,5 – 1,3%) e corresponde à fase matura da 
matéria orgânica. 
 
Ela ocorre devido ao contínuo incremento na temperatura e subsidência da bacia. O 
incremento na temperatura (que varia de 60 a 120ºC) propicia a quebra de ligações 
químicas dos compostos polares, gerando hidrocarbonetos cada vez mais simples e 
de menor peso molecular (aromáticos e saturados). 
 
A degradação térmica do querogênio gera óleo e , num estágio mais 
avançado, gera gás húmido. 
 
A etapa final de evolução da matéria orgânica é a aquela que a alta 
temperatura (150 a 200ºC) provoca o craqueamento dos 
hidrocarbonetos líquidos, e a matéria orgânica é representada 
basicamente por gás seco (metano), sendo considerada pós -matura ou 
senil. Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
SINTESE de geração do Petróleo 
 99,9% do C é reciclado apenas 0,1% fica disponível para 
participar do processo de geração de hidrocarbonetos 
 A M.O. deve constituir no mínimo 2% do volume dos 
sedimentos para que a geração seja possível, neste caso os 
sedimentos são denominados de rocha-fonte ou geradora 
 Ambiente de circulação restrita, alta produtividade e de 
baixa oxidação 
 Além disso, é preciso: 
– TEMPO: 60 milhões de anos 
– TEMPERATURA: 60 a 120 graus Celsius 
– CONDIÇÕES DE PRESERVAÇÃO: Ambiente Redutor 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Síntese da geração do Petróleo 
 Janela de Geração: entre 60 e 120 graus Celsius 
 Estágios de Maturação: 
 
 
– MATURO (60 – 120º): Petróleo líquido fluido e enriquecido em 
parafinas (cadeias saturadas) 
 
– SUPERMATURO (T>120o C): „queima‟ dos sedimentos e do 
petróleo líquido, que será transformado em condensado, gás 
húmido e, finalmente, seco. 
– IMATURO (T<60o C): se gerado, será viscoso e rico em 
componentes pesados 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
A geração do Petróleo 
 
 
Tissot (1974): Querogênio Tipo I, II ou III 
– Proporção de H/C e O/C na M.O. 
 
Diagrama de van Krevelen: 
– Trends (tendências) de evolução 
 Classificação: Indicadores obtidos a partir da Pirólise e 
análise do COT 
– Índice de Hidrogênio – HI 
– Índice de Oxigênio – OI 
H/C & HI elevados : Geração Óleos  
 O/C & OI elevados : Geração Gás 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Diagrama de van Krevelen 
Assane Pena, (2019) 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
G‡s biogˇnico 
īleo 
G‡ 
1 
2 
3 
4 
5 
Gás 
Gás biogénico 
Óleo 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Geração de Petróleo e Gás 
 
GERAÇÃO DE PETRÓLEO EM FUNÇÃO DA PROFUNDIDADE DAS ROCHAS GERADORAS 
Volume gerado 
0 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
GERAÇÃO DE PETRÓLEO EM FUNÇÃO DA PROFUNDIDADE DAS ROCHAS GERADORAS 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Geração de Petróleo e Gás 
geração 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
MATURAÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE QUEROGÉNIO 
1,5 
0,5 
H/C 1,0 
0,05 0,10 0,15 0,20 
O/C 
0 
0,4% Ro 
0,5 
1,5 
2,0 
Janela de gera¨‹o de —leo 
TIPO I 
 TIPO I I 
T IPO III 
Janela de geração de óleo 
Tipo I: predominantemente 
formado a partir de algas e 
bactérias, rico em H e pobre em 
O) 
Tipo III: predominantemente 
formado a partir de restos de 
vegetais terrestres carreados 
para a bacia, rico em O e pobre 
em H) 
Tipo II: intermédio (podre em H e 
rico em O do que o Tipo I). 
 
Ro: Poder Reflector da Vitrinite. 
1,0 
RECURSOS ENERGÉTICOS– Maturação e Reflectância da Vitrinite 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Reflectância da Vitrinite 
A Vitrinite é um dos componentes do carvão mineral e grande 
parte do querogênio sedimentar. É um tipo de maceral, que são 
componentes orgânicos do carvão de formaanáloga aos minerais 
nas rochas. A vitrinite tem uma aparência vítrea, de onde provém o 
seu nome. 
16 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Deriva de materiais da parede das células ou esqueleto do caule de 
plantas que formam o carvão. Compõe-se de polímeros, celulose e 
lignina (ou lenhina). É o componente mais comum do carvão. É 
abundante também em querogênios que derivam dos mesmos 
precursores biogénicos como carvão, plantas terrestres e turfa. A 
vitrinite sofre diagénese por alterações térmicas da lenhina e da 
celulose em paredes de células de plantas. É comum em rochas 
sedimentares ricas em matéria orgânica como argilitos e margas 
originadas de ambientes terrestres, ou com algum conteúdo 
originado do ambiente terrestre. 
Geo$sica Aplicada à Prospecção de Hidrocarbonetos – Reflectância da Vitrinite 
O estudo da reflectância da vitrinite (ou poder reflector da vitrinite) 
é um método chave para obter a história de temperatura das 
bacias sedimentares. Este método foi estudado primeiramente por 
exploradores de carvão que tentavam diagnosticar a maturidade 
térmica das camadas de carvão. 
17 geração de óleo com uma reflectância de 0,86 a 1,1 %. 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Mais recentemente, a sua utilização como ferramenta de estudo da 
transformação do querogênio em hidrocarbonetos vem sendo 
muito explorada. O principal atrativo do método para esta aplicação 
é sua sensibilidade a faixas de temperatura que correspondem à 
geração de hidrocarbonetos (60o a 120o C). Assim, utilizando-se uma 
calibração apropriada, a reflectância da vitrinite pode ser utilizada 
como um indicador da maturidade em rochas geradoras de 
hidrocarbonetos. Geralmente o início da geração de óleo é 
correlacionado com uma reflectância de 0,5 a 0,6% e o término da 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Sínteses de Etapas de Geração do Petróleo 
H 
RECURSOS ENERGÉTICOS– Reflectância da Vitrinite 
hMp://www.kohlenpetrographie.de/en/index.php/reflectancemeasurement
s 
18 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
http://www.kohlenpetrographie.de/en/index.php/re%EF%AC%82ectancemeasurements
http://www.kohlenpetrographie.de/en/index.php/re%EF%AC%82ectancemeasurements
RECURSOS ENERGÉTICOS – Geração de Petróleo e Gás 
British offshore oil and gas originate from 2 sources: 
Gas beneath the southern North Sea and the Irish Sea formed from 
coals which were derived from the lush, tropical rain forests that 
grew in the Carboniferous Period, about 300 million years ago. 
 
Oil and gas under the central and northern North Sea formed from 
the remains of planctonic algae and bacteria that flourished in 
tropical seas in the Jurassic Period, about 140 million years ago. 
 
They accumulated in muds which are now the profilic Kimmeridge 
Clay source rock. 
 
Most North Sea oil is the valuable light oil. Gas from the North Sea 
is methane. 
19 David Squire 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
20 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Geração de Petróleo e Gás 
David Squire 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
21 
dry gas (C1, methane) 
wet gas (C2GC4) 
light oil (C5GC14) d>1 
normal oil (C15+) d>1 
hMp://www.humble_inc.com/oil_gas_gen_yields.htm 
Diagrammatic illustration of kerogen composition, which leads to oil and gas 
formation directly from kerogen cracking and gas from oil cracking (Modified from 
Pepper and Corvi, 1995). 
À medida que a rocha geradora 
se torna mais quente, longas 
cadeias de átomos de 
hidrogênio e carbono se 
rompem a partir do querogênio, 
formando óleo pesado ceroso e 
viscoso (óleos pesados). Em 
temperaturas mais altas, as 
cadeias de hidrocarbonetos 
mais curtas se desprendem para 
dar óleo leve (mais valioso). 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Geração de Petróleo e Gás 
Scheme of Petroleum Generation, Cracking and Expulsion 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
A Qualidade do Petróleo 
 Qualidade do óleo é diretamente proporcional a sua densidade, 
viscosidade e composição química. A presença de elementos 
que aumentam sua acidez é particularmente preocupante, tanto 
devido a questões de Segurança Operacional como na 
disponibilização para o Refino 
– API (grau): escala comparativa entre a densidade do fluido e a da 
água (10o API <=> d = 1,0 g/cm3) 
Viscosidade (em centipoise, cP ): impacto nas capacidade de produção – 
– RGO (Razão Gás/Òleo): função da Rs (Razão de Solubilidade do gás 
no óleo); Influencia a produtividade, as vazões e a recuperação final 
dos reservatórios 
– Psat (Pressão de Saturação): abaixo da qual o gás em solução começa a 
constituir uma fase separada do óleo; afecta a produtividade e a 
recuperação final 
H2S: problema para a Segurança Operacional – 
– TAN (Total Acid Number): problemas no refino 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
MIGRAÇÃO PRIMÁRIA 
RECRURSOS ENERGÉTICOS – Migração Primária 
• As rochas geradoras (ou rochas mãe) são geralmente argilitos, 
margas ou calcários micríticos com muito baixas porosidade e 
permeabilidade, das quais não era possível extrair o petróleo 
que geram; actualmente já é possível fazer a sua exploração com 
técnicas de fracking, por exemplo, fracking water (injeção de agua). 
 
 Contudo, a transformação do querogénio em petróleo é 
acompanhada por um aumento de volume e muitas vezes 
é simultânea com a libertação de água de constituição de 
alguns minerais argilosos. Estes mecanismos levam à 
expulsão do petróleo e da água recém formados (migração 
primária), da rocha-mãe, cujos poros ficam 
sobresaturados, para as rochas adjacentes quando estas 
são permeáveis. 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
MIGRAÇÃO SECUNDÁRIA 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Migração Secundária 
• Uma vez entrado no espaço poroso de uma rocha 
permeável o petróleo tende a migrar em direcção à 
superfcie por ser menos denso que os outros fluidos que 
impregnam as rochas em profundidade, geralmente água 
salgada ou doce. 
 
• Esta migração, dita secundária, é mais ou menos longa e 
sinuosa uma vez que se orienta ao sabor da disposição das 
camadas sedimentares permeáveis e impermeáveis e, 
eventualmente, de fracturas que permitam a passagem 
através destas últimas. 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2018) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
ACUMULAÇÃO/RETENÇÃO 
• Quando, na sua migração em direcção à superficie, o petróleo 
encontra uma barreira impermeável, desvia-se e procura outro 
caminho. Se não encontra outro caminho para continuar a sua 
ascensão, fica retido dando origem a uma acumulação. 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Acumulação/Retenção 
• As disposições particulares das formações geológicas que 
constituem barreiras intransponíveis à migração designa-se 
por armadilhas ou estruturas de retenção, e podem ser 
principalmente de natureza estrutural e/ou estratigráfica. 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2018) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Tipos de estruturas - armadilhas 
Estrutura, ou armadilhas – toda e qualquer forma, convexa ou não, em 
que a associação da rocha reservatório com rocha de cobertura forme 
em profundidade um corpo geométrico bem definido, com dimensões 
significativas e a capacidade de reter petróleo. 
 
Existem basicamente dois tipos de armadilhas: 
 
Estruturais – são formadas pela deformação da rocha, tais como 
dobras ou falhas. 
 
Estratigráficas - são formadas pela maneira como a rocha-reservatório 
foi originalmente depositada, ou então pela erosão da rocha – 
reservatório, no caso de discordâncias angulares – superfícies de erosão 
existentes no topo das formações basculadas, ou por biselamentos 
laterais. Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Armadilha estrutural (anticlinal) Armadilha estrutural (falha inversa) 
Armadilha estratigráfica (recife)Acumulação de óleo Acumulação de óleo Acumulação de gás 
Acumulação de óleo 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Armadilhas 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
COBERTURA - ROCHAS SELANTES 
• A cobertura das acumulações de petróleo ou seja, a barreira que 
impede o progresso da migração, é constituida por rochas 
selantes (impermeáveis) tais como argilitos, margas, calcários 
compactos, evaporitos (anidrite e sal), etc.. 
 
• A barreira lateral é, contudo, muitas vezes constituida por falha(s) 
cuja caixa de falha está preenchida por material impermeável. As 
falhas podem actuar como condutas de migração de fluidos ou 
como estruturas selantes, dependendo do material que preenche 
a caixa de falha ser mais ou menos argiloso. 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Cobertura – Rochas Selantes (Cap Rock) 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Rochas Selantes/ Rochas de coberturas (Cap rock) 
 
• A associação desta rocha de cobertura a rochas porosas e 
permeáveis constitui a base da existência de reservatórios 
petrolíferos. 
 
• As melhores rochas de cobertura são as formadas por 
material sedimentar dúctil. 
 
• As argilas são as mais comuns e constituem as rochas de 
cobertura na maior parte dos reservatórios clásticos; 
 
• As rochas evaporíticas, como a anidrite e o sal formam as 
rochas de cobertura dos reservatórios carbonatados. 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
RECURSOS ENERGÉTICOS – 5 Factores Críticos: “Magic Five” 
Reservatório 
(acumulação) 
3. Armadiha 
(retenção) 
2. Migração 
1. Rocha Geradora 
(geração) 
5. Timing!!! 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
4 
RESERVATÓRIO EM FUNÇÃO DA ROCHA 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Reservatórios (Classificação Geológica) 
• Para que o petróleo acumulado numa armadilha seja em 
quantidade suficiente e possa ser produzido com fluxos de 
produção compensatórios, é necessário que a rocha que contém o 
petróleo (rocha reservatório) seja suficientemente porosa e 
permeável, ou seja, os poros têm de estar interligados entre si, de 
modo que a rocha deixe passar fluidos. 
• As rochas reservatório mais comuns são siliciclásticas (areias, 
arenitos, cascalheiras, etc.) ou carbonatadas (calcarenitos, 
calcários recifais, calcários carsificados, dolomites, microbialitos, 
etc.). 
 
• Qualquer rocha porosa e permeável pode, contudo, 
funcionar como reservatório, incluindo rochas eruptivas e 
metamórficas, quando estão altamente fracturadas. 
Assane Pena, (2018) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Rochas carbonatadas 
Tanto os calcários como as dolomites constituem 40% das rochas reservatórios 
que existem em todo mundo. Uma rocha carbonatada típica é constituída por 
grãos, matriz e cimento. Os grãos ou partículas são constituídas por fragmentos 
de conchas e outros pequenos organismos marinhos, ou por partículas 
precipitadas de águas ricas em cálcio. 
 
A matriz é constituída por lama de deposição litificada, preenchendo a maior 
parte do espaço não ocupado por grãos. O material cristalino que constitui o 
cimento pode ter uma variedade de tamanhos, dependendo da sua 
composição, das condições de cristalização e dos espaços vagos existentes. 
 
Um dos aspectos mais importantes na interpretação dos carbonatos é a 
maneira como se classifica as múltiplas formas de coexistência das partículas 
com a matriz. A classificação mais usada na indústria petrolífera é a de Robert 
Dunham (1962), que classifica as rochas carbonatadas usando como base a 
estrutura interna e a textura externa. 
 
 
 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
As rochas clásticas 
As rochas clásticas mais típicas como rocha – reservatório são os arenitos. Os arenitos 
são depositados numa variedade de ambientes geológicos, desde áreas desérticas (em 
dunas) até canais submarinos, rios e deltas. 
 
De a cordo com o ambiente de sedimentação, os arenitos podem ser classificados em: 
Arenitos continentais – formados em terra; 
Arenitos marinhos – depositados no mar; 
Arenitos de transição – depositados em deltas. 
 
Os arenitos também podem ser classificados de acordo com os minerais constituintes 
(a maior parte destes baseiam-se na percentagem dos três constituintes principais): 
Quartzo; 
Feldspato; 
Fragmentos de rocha: 
 
Assim temos: 
Arenito quartzítico; 
Arenito feldspático (arcose); 
Arenito em fragmentos (grauwackes, ou grauvaques) 
 Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
• Os parâmetros que caracterizam os arenitos, no que diz respeito ao processo deposicional 
são: 
• Natureza e abundância da matriz; 
• Tamanho; 
• Forma; 
• Esfericidade; 
• Arranjo; 
• Distribuição (sorting) dos grãos 
 
• O tamanho e a distribuição dos grãos são os parâmetros mais importantes, excepto para 
arenitos compactados e cimentados em que a textura é o principal parâmetro que controla a 
qualidade do reservatório. 
 
• Os reservatórios clásticos são quase sempre compostos de sequências de arenitos e 
argilas. A presença ou ausência das argilas afecta drasticamente a qualidade do 
reservatório. 
 
• Bons reservatórios são todos aqueles que não têm argilas; Maus reservatórios são 
todos aqueles que possuem uma % elevada de argilas. Geralmente, quanto mais fino for 
o grão de deposição do arenito, maior será a possibilidade de estes conterem minerais 
de argila. 
 
 
 
 
 
Os reservatórios clásticos (sequências de arenitos e argilas) 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
• As argilas são classificadas em: 
• Alogénicas (singenéticas) – foram depositadas ao mesmo tempo com as 
areias. 
• Autigénicas – ocorrem in-situ, nos poros do arenito, depois deste ter sido 
depositado (podem bloquear a porosidade ou preencher fracturas). 
 
• Em termos composicionais, as argilas são classificadas em 4 grupos (as 
propriedades das argilas podem afectar a qualidade do reservatório): 
 
• Caulinites 
 
• Esmectites ou montmorilonites - dilatam facilmente em contacto com a 
água doce, reduzem a porosidade da rocha e causam problemas de 
sondagens. 
 
• Ilites – tem uma estrutura fibrosa, não dilata na presença de água, mas as 
fibras podem migrar entre os poros das rochas, reduzindo a permeabilidade 
da rocha. 
 
• Clorites 
 
 
As Argilas, Um dos Constituintes dos reservatórios clásticos 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
CARACTERÍSTICAS DE ALGUMAS ROCHAS RESERVATÓRIO 
(Porosidade e Permeabilidade) 
Ø(%) k(mD) 
• Arenitos fluviais e aluviais 2-26 10-500 
• Arenitos eólicos 10-30 10-1200 
• Arenitos deltaicos 11-35 10-8 000 
• Arenitos de mar raso 5-31 10-10 000 
• Arenitos de mar profundo 12-35 9-2800 
• Carbonatos intertidais 4-25 5-67 
• Carbonatos de mar raso 7-25 2-200 
• Carbonatos recifais 3-19 1-184 
RECUROSOS ENERGÉTICOS – Rochas Reservatório 
J. Pacheco, 2006 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Volume total 
Volume total – Volume do grão 
Volume de poros interconectados 
Volume total 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
DISTRIBUIÇÃO DO PETRÓLEO E DA ÁGUA NOS POROS 
DUM RESERVATÓRIO 
Água Óleo Clasto 
Os poros de um 
reservatório de petróleo não 
contêm sòmente petróleo 
mas também água. 
A fracção do espaço poroso 
ocupada pela água designa- 
se por saturação de água 
(Sa); em geral não é 
possível produzir o 
petróleo se Sa>0,5 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Porosidade e Saturação em Água 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
MenezesPinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
 t 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
RESERVATÓRIO EM FUNÇÃO DOS FLUIDOS 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Reservatórios (Classificação da Engenharia Petrolífera) 
Reservatório de óleo: de cordo com a posição que ocupa no diagrama de fases (ilustrado a 
seguir),uma mistura liquida de hidrocarbonetos pode receber o nome de óleo saturado ou óleo 
subsaturado. Por exemplo, se o ponto representativo da mistura se contra, no diagrama de fases, 
exactamente em cima da curva dos pontos de bolha, ponto 1, diz-se que o óleo é saturado em gás 
ou simplesmente saturado. Se a mistura está sujeita a uma pressão maior que a pressão de bolha 
(ponto R, por exemplo), diz-se que o óleo é subsaturado. 
Reservatório de gás é a jazida (zagigo) de petróleo que contém uma mistura de hidrocarbonetos 
que se encontra no estado gasoso nas condições de reservatório. Quando o ponto correspondente 
às condições de pressão e temperatura a que está submetida a mistura é colocado em um 
diagrama de fases, verifica-se que o mesmo se localiza à direita da temperatura crítica. Os 
reservatórios de gás são classificados como reservatórios de gás seco, reservatórios de gás húmido 
e reservatórios de gás retrógrado 
Em função das diferentes composições das misturas de 
hidrocarbonetos e das diferentes condições de temperatura e 
pressão, existem três tipos de reservatórios: reservatórios de 
óleo, de gás e reservatórios que possuem duas fases (óleo e gás) 
em equilíbrio. 
Assane Pena, (2018) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Reservatório de duas fases (óleo e gás) em equilibro: a curva RS no diagrama representa a transição do fluido 
desde as condições iniciais do reservatório, ponto R, até as condições da superfície, ponto S. Neste exemplo, 
aproximadamente 60% dos hidrocarbonetos estarão na fase liquida na superfície e os 40% restantes estarão na 
fase gasosa. 
 
 
Onde: Temperatura limite de gás (T1), também chamada de “Cricondenterma” 
Pressão limite de líquido (P1), também chamada de “Cricondenbárica” 
Ponto crítico (Tc, Pc) 
Curva de ponto de bolha (também chamado de ponto de saturação) 
Temperatura de ponto de bolha (Tb) 
Pressão de ponto de bolha, também chamada Pressão de saturação (Pb) 
Curva de ponto de orvalho (To e Po) 
Gás 
liquido 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Sistema ou Campo Petrolíferos 
 Condições essenciais para que exista uma Acumulação de 
petróleo: 
– Existência de Geração na Bacia Sedimentar 
– Existência de Rochas Reservatórios 
– Existência de Rochas Capeadoras (Selante) 
– Existência de Estruturas de captação e aprisionamento (Trapas) 
– Condições físicas para Migração 
O conjunto destes elementos mais suas relações espaciais e 
temporais define um CAMPO ou SISTEMA PETROLÍFERO 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Sistema Petrolíferos 
 A identificação de um Sistema Petrolífero depende da 
caracterização do hidrocarboneto (Assinatura Geoquímica) 
e da capacidade de relacioná-lo a uma determinada rocha- 
fonte 
 Além disso, é preciso determinar os caminhos físicos de 
interconexão entre as acumulações e a rocha-fonte ( 
Rota de Migração) 
 Mais de um Sistema Petrolífero pode ocorrer numa mesma 
Bacia Sedimentar e estar actuando num mesmo tempo ou em 
tempos distintos 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assinatura Geoquímica do Petróleo 
Assinatura geoquímica 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Rotas de Migração: através de Falha 
Rota de migração 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Campo ou Sistema Petrolíferos 
 Para Magoon & Dow, fisicamente podemos entender um 
Sistema Petrolífero como: 
– “um Sistema Natural que compreende uma determinada porção de 
uma rocha-fonte ativa, todo o óleo e gás natural a ela relacionados e, 
ainda, todos os elementos geológicos (...) essenciais para a existência 
de uma acumulação” 
Rocha-fonte 
Selo Reservatório 
Falha 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
ESTIMATIVA DO VOLUME DE PETRÓLEO CONTIDO NUMA ARMADILHA 
 RECURSOS ENERGÉTICOS– Volume de Óleo in situ 
• Para se estimar o volume de petróleo contido numa armadilha é 
necessário entrar com o volume total do espaço fechado (Vt ou 
VR), a porosidade média da rocha reservatório (Ø) e o valor da 
saturação em água (Sa): o óleo “in situ” ou em condições do 
reservatorio (Vis) será dado pela simples fórmula: 
 Vis = VR * Ø * (1 -Sa) 
 
 
 
 
• No caso dos óleos, só cerca de 15 a 60% (Fr, factor de recuperação) deste 
petróleo será, no entanto, produzido porque o resto fica agarrado às paredes 
dos poros e só dificilmente pode ser deslocado. Para o gás, o Fr é mais alto 
podendo atingir mais de 85%. 
• Pode-se melhorar o factor de recuperação injectando água, CO2, vapor, 
detergentes, etc. (recuperação secundária) 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
•Como o volume original deve ser expresso sempre 
nas condições de superfície (N), utiliza-se o factor 
volume de formação (Bo) para efectuar a conversão; 
Definições prévias relacionadas com a estimativa de reservas 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Prospecção de hidrocarbonetos 
Métodos geológicos: 
Geologia de superfície – mapeamento de rochas que afloram na superfície de modo 
a reconhecer e delimitar as bacias sedimentares e identificar algumas estruturas 
capazes de acumular hidrocarbonetos. As áreas compostas por rochas ígneas e 
metamórficas são eliminadas, como também pequenas bacias sedimentares sem 
estruturas favoráveis para acumulação de hidrocarbonetos. 
 
Aerofotogrametria e fotogeologia: 
- A aerofotogrametria é utilizada para construção de mapas base ou topográficas 
e consiste em fotografar o terreno utilizando um avião devidamente equipado, 
voando com altitude, direcção e velocidade constante. 
 
- A fotogeologia consiste na determinação das feições geológicas a partir de fotos 
aéreas, onde dobras, falhas e o mergulho das camadas geológicas são visíveis. A 
ausência de cobertura vegetal permite a identificação directa das rochas na área 
de estudo. As estruturas geológicas podem ser identificadas através da variação 
de cor do solo, da configuração de rios e de drenagens na área de estudo. As 
imagens de radar e satélites, cujas cores são processadas, podem ser utilizadas 
para ressaltar caracteristicas especifica de rochas expostas na superfície. 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Geologia de sub-superfície: consistem no estudo de dados geológicos obtidos em um 
poço explorado. A partir destes dados é possível determinar as características 
geológicas das rochas de sub-superficie usado diversas técnicas como as de descrição 
das amostras recolhidas durante a perfuração, estudo das formações perfuradas e sua 
profundidade em relação a um referencial fixo (frequentemente o nível do mar), 
construçãode mapas e secções estruturais através das correlações entre as 
informações de diferentes poços; identificação de fosseis, etc. 
 
Métodos potenciais (métodos indirectos): 
- Gravimétrico: com base na variação de densidade em superfície faz a exploração 
gravimétrica de petroleo, permitindo fazer estimativa da espessura de sedimentos 
em uma bacia sedimentar, presenças de rochas com densidades anómalas como 
rochas ígneas e domo salino, e prever a existências de altos e baixos estruturais 
pela distribuição lateral e desigual de densidade subsuperficial. 
 
- Magnetometria: a prospecção magnética para petroleo tem como objectivo medir 
pequenas variações na intensidade do campo magnético terreste, consequência da 
distribuição irregular das rochas magnetizadas em superfícies. 
 
Prospecção de hidrocarbonetos 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Métodos Sísmicos (método indirecto, geofísico ) 
Método de refração sísmica regista somente ondas refratadas com 
angulo critico e tem grande aplicação na área de sismologia. Foi através 
deste método que a estrutura da terra foi descrita. Na área de petróleo, 
a sua aplicação é bastante reduzida actualmente, embora tenha sido 
largamente usado na década 1950 como apoio e refinamente a 
resultados obtidos pelos métodos potenciais. 
 
O método de reflexão sísmica é o método de prospecção mais utlizado 
actulamente na industria do petroleo, pois forne alta definição das 
feições geológicas em susuperficies propicias á acumulação de 
hidrocarbonetos, aumcusto relativamente mais baixo. Mais de 90% dos 
investimentosem prospecção são aplicados em sísmica de reflexão. Os 
produtos finais são, entre outros, imagens das estruturas e camadas 
geológicas em subsuperficies, apresentadas sob as mais diversas 
formas´, que são disponibilizadas para o trabalho dos intérprete. Assane Pena, (2019) in L. Menezes Pinheiro, 2014 
Subdivisões em Tratamento de Dados Sísmicos 
 
Devido à grande quantidade de levantamento geofísico (sísmicos) utilizados, 
por exemplo, na prospecção petrolífera, estes levantamentos são 
geralmente divididos em três áreas: 
1º aquisição de dados 
De maneira simples, a sísmica de reflexão consiste em produzir uma onda e 
registar os ecos. 
Fontes sísmicas em terra: 
A onda é produzida por explosão de dinamite ou por emissão de vibração 
possante a partir de instalação montada sobre caminhão (sistema 
vibroseis), ou por uma pancada de mareta sobre uma placa metal na 
superfície. 
Receptores: em terra, o retorno da onda é registrado por geofones. 
 
Fontes sísmica no mar (Offshore): 
A onda é produzida a partir de um canhão de ar que explode uma bolha de 
gás debaixo d’água. 
Receptores: na água, o retorno da onda é registado por hidrofones. 
 
 
 
 Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
2º Processamento do sinal (dados geofísicos) 
• Software: Petrel, SPW, etc. 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Frequência de amostragem 
tem que ser 2x frequência 
máxima 
Sobreposição dos espectros 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
3º Interpretação: 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
3º Interpretação 
A interpretação de Estratigrafia Sísmica consiste num conjunto de 
procedimentos que visam a determinação do significado geológico dos 
dados de sísmica de reflexão, permitindo a identificação e correlação 
de sequências deposicionais e inferir o ambiente deposicional e as 
litofácies (Mitchum et al., 1977b; Sheriff e Geldart, 1985) e eventos 
tectónicos (Winter, 1984). 
Este processo incluídos: 
a) o reconhecimento e correlação de sequências sísmicas a partir das 
terminações e configurações das reflexões sísmicas; 
b) a análise das variações do carácter das reflexões de modo a 
reconhecer a ocorrência de mudanças estratigráficas e eventos 
tectónicos; 
c) o reconhecimento de fácies sísmicas características que sugerem 
diferentes ambientes deposicionais ou actividade tectónica. 
 
 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
ESQUEMA DE UM POÇO DE PETRÓLEO 
1ª tubagem de revestimento 
 
2ª tubagem de revestimento 
cimento 
 
 
perfurações 
RECURSOS ENERGÉTICOS – EXPLORAÇÃO DE UM JAZIDO, Esquema de um Poço 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Reservatório com: 
gás 
óleo água A B 
C 
W E 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Exploração de um Jazigo 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
EXPLORAÇÃO DE UM JAZIGO (Mapa) 
Contornos estruturais do topo do reservatório 
A B C 
Contacto 
óleo/água 
Contacto 
gás/óleo 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Exploração 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
PRINCIPAIS CONDIÇÕES QUE AFECTAM A 
RENTABILIDADE DA EXPLORAÇÃO 
• O volume de petróleo recuperável tem que ser suficiente 
para, aos preços correntes e previsíveis do mercado, 
amortizar os investimentos em pesquisa (± €*1010-11) e 
desenvolvimento (± e deixar um lucro que 
compense os risco geológico, económico e outros. 
 
€*1012-13) 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Condições de Exploração 
• As condições geológicas do jazigo, sobretudo as 
características do reservatório e o mecanismo de expulsão 
do petróleo, devem contribuir para fluxos de produção 
suficientemente elevados para permitir uma recuperação 
razoavelmente rápida dos investimentos. 
J. Pacheco, 2007 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
36 
A ideia de origem biogénica do petróleo refere que o petróleo provém da matéria orgânica de origem 
orgânica (seres vivos). 
As teorias biogénicas assentam em três argumentos: a riqueza em MO dos sedimentos, a presença de 
porfirinas (pigmentos derivados da clorofila) e o fenómeno atribuído aos derivados do colesterol). 
 
A ideia da origem abiogénica do petróleo foi largamente defendida nos meios ocidentais por Thomas 
Gold, baseado em trabalhos publicados na Rússia, principalmente nos trabalhos de Nikolai Kudryavtsev 
(1893G1971). 
 
Esta teoria propõe que grandes quantidades de carbono existem naturalmente no planeta, algumas 
na forma de hidrocarbonetos. Como os hidrocarbonetossão menos densos que os fluidos aquosos 
retidos nos poros dos sedimentos, migram para níveis menos profundos através de redes de fracturação 
profunda. 
Micróbios termofílicos existentes nas rochas (biosfera profunda) serão em parte os responsáveis pelos 
biomarcadores encontrados no petróleo. Contudo, o seu papel na formação, alteração e contaminação 
dos depósitos de hidrocarbonetos não é bem compreendido. Cálculos termodinâmicos e estudos 
experimentais confimam que os nG alcanos (components comuns do petróleo) não derivam 
naturalmente do metano a pressões tipicas das encontradas em bacias sedimentares, pelo que a teoria 
da origem abiogénica de hidrocarbonetos sugere a sua geração a grandes profundidades (superiores a 
200 km). 
Estes hidrocarbonetos migrariam então para níveis menos profundos juntamente com o 
metano, muitas vezes, com hélio, azoto e metais pesados. 
hMp://en.wikipedia.org/wiki/Petroleum 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Origem Biogénica e abiogénica do Petróleo 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
suficiente para produzir 1 milhão de barris para teste. hMp://en.wikipedia.org/wiki/Petroleum 
RECURSOS ENERGÉTICOS –Origem abiogénica do Petróleo 
 
Diamantóides são comuns no gás e no petróleo e estão provavelmente relacionados com 
diamantes naturais provenientes do Manto terrestre. Alguns proponentes da origem 
abiogénica do petróleo acreditam que as reservas actuais nunca serão esgotadas porque 
estão permanentemente a ser renovadas a partir de níveis mais profundos. Um 
argumento a favor desta teoria surgiu em 1999, quando uma bacia petrolífera conhecida 
por "Eugene Island 330“, na margem da Luisiana, passou subitamente de um reservatório 
já quase esgotado para um reservatório cheio de petróleo, tendo sido atingidos níveis de 
produção quase equivalentes aos do início da exploração. Outros argumentos a favor 
desta teoria são a criação por Henry Scott da Universidade de Indiana, em 2004, de 
metano em laboratório, utilizando apenas elementos e compostos inorgânicos, assim 
como o facto bem conhecido de existirem hidrocarbonetos em corpos planetários que se 
pensa que nunca tiveram vida. 
Têm sido também utilizadas implicações desta teoria para a descoberta recente de 
grandes reservas petrolíferas. A teoria da origem biogénica prediz a existência de 
petróleo somente em certo tipo de rochas e a uma certa profundidade; contudo, a teoria 
abiogénica abre novas perspectivas. Uma grande parte das reservas da Arábia Saudita, 
Irão, Kazaquistão, a costa do Vietnam, e virtualmente a maior parte do petróleo na Rússia 
foram encontrados a profundidades ou em rochas-mãe (source rocks) incompativeis com 
os modelos clássicos. Na Suiça, Thomas Gold conduziu um furo experimental para 
encontrar petróleo em granito puro, tendo encontrado petróleo 
37 
L. Menezes Pinheiro, 2013 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
Nikolai Alexandrovich Kudryavtsev (1893G1971). Geólogo de 
Petróleo russo. Fundador da moderna teoria da origem abiogénica 
do petróleo, que considera que o petróleo é formado a partir de 
fontes de hidrocarbonetos nãoGbiogénicas situadas em níveis 
profundos da crusta e manto terrestre. 
FormouGse no Instituto Mineiro de Leninegrado (São Petersburgo) 
em 1922, doutorouGse em Geologia e Mineralogia em 1936, e 
tornouGse professor em 1941. Começou a sua carreira em geologia 
em 1920 no Comité Geológico da Rússia. Entre 1929 e 1971 
trabalhou no All_Union Geological Research Institute (VNIGRI). Foi 
perseguido pelo regime de Estaline e preso num Gulag. 
Kudryavtsev desenvolveu numerosos estudos geológicos regionais que 
resultaram na descoberta de várias explorações comerciais de petróleo e gás no 
distrito de Grozny (Região Autónoma Tchechena), na Ásia Central, TimanG 
Pechora, e noutras regiões da União Soviética. Foi responsável pela prospecção 
na Georgia, e compilou o programa dos principais poços de pesquisa na Sibéria 
Ocidental, em 1947, que abriram cominho à nova era de produção petrolífera na 
Rússia, que começou com o primeiro campo de gás, junto a Berezovo, em 1953. 
RECURSOS ENERGÉTICOS –Origem abiogénica do Petróleo 
hMp://en.wikipedia.org/wiki/Petroleum Assane Pena, (2019) 
in L. Menezes 
Pinheiro, 2014 
RECURSOS ENERGÉTICOS –Origem abiogénica do Petróleo 
Publicações seleccionadas: 
 
-Outlook of the West Siberian petroleum potential. Kudryavtsev N.A., 
Ed. Moscow and Leningrad, GosGeolIzdat. - 307 p. (in Russian) 
-Kudryavtsev N.A., 1951. Against the organic hypotesis of oil origin. Oil 
Economy Jour. [Neftyanoe khoziaystvo], no. 9. - pp. 17-29 (in Russian) 
-Kudryavtsev N.A., 1955. Recent state of the origin of petroleum problem. In: Discussion on 
the problem of oil origin and migration. - Kiev, Ukrainian SSR Ac. Sci. Publ. 
 p. 38-89 (in Russian) 
G Kudryavtsev N.A., 1959. Oil, gas, and solid bitumens in the igneous and metamorphic rocks. VNIGRI 
Proc. no. 142. G Leningrad, GosTopTechIzdat Publ. G 278 p. (in Russian) 
Kudryavtsev N.A., 1963. Deep Faults and Oil Deposits. G Leningrad, GosTopTekhIzdat. – 220 p. (in 
Russian) 
G Kudryavtsev N.A., 1964. Factors governing distribution of oil and gas fields in the Earth's crust. In: 
Petroleum Geology [Geologiya neâi]. Papers of XXII Geological Congress presented by Soviet 
geologists. G Nedra Press (in Russian) 
G Kudryavtsev N.A., 1966. On haloid metasomatism. In: Problems of oil origin. Porfiriev V.B., Ed. G Kiev, 
Naukova Dumka Publ. G pp. 144G173 (in Russian) 
G Kudryavtsev N.A., 1967. Closing speech. In: Proc. Conference on Distribution regularities and 
formation conditions for oil and gas fields in the West Siberia Plain. G Moscow, Nedra Press. G pp. 
246G249. (in Russian) 
G Kudryavtsev N.A., 1973. Genesis of oil and gas. G Leningrad, Nedra Press. G 216 p. (in Russian) 
hMp://en.wikipedia.org/wiki/Petroleum Assane Pena, (2019) 
in L. Menezes 
Pinheiro, 2014 
Bibliografia 
• Gomes, J. S. and Alves, F. B. (2007). O Universo da Indústria Petrolífera. 
Fundação Calouste Gulbenkian, 647 pp. 
 
• Pacheco, J. T. (2006). A Génese dos Jazigos de Petróleo. Apontamentos e 
apresentações Power Point sobre Geologia de Petróleo, utilizadas nas 
aulas leccionadas na Universidade de Aveiro. 
 
• Britain’s offshore oil and gas. Geological Museum, UK offshore Operators 
Association. 
 
• hMp://en.wikipedia.org/wiki/Petroleum 
 
• PGT (Petroleum Geoscience Technology). Introdução à Geologia do 
Petróleo. www.pgtech.com.br 
RECURSOS ENERGÉTICOS – Bibliografia 
Assane Pena, (2019) in L. 
Menezes Pinheiro, 2014 
http://www.pgtech.com.br/

Continue navegando