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DICAS PARA AS PROVAS DISCURSIVAS (especialmente para as provas do Cespinho lindo) *Fontes: Dicas de Português para a prova Cespe (Ouse Saber); Aulas de Estrutura Redacional do G7 Jurídico para Analista MPSP e anotações do Curso CEI. 1. Contagem de Linhas: Tomando como exemplo a prova de segunda fase para o cargo de Promotor MP-CE da banca Cespe (nunca será cebraspe), serão 20 linhas para as questões discursivas e 90 linhas para a peça prática. Já nos concursos para Analista/Técnico (bancas FCC e Cespe), as redações e estudos de caso COSTUMAM ter o limite máximo de 30 linhas. O que os professores aconselham? USAR TODAS AS LINHAS. Os motivos são: mais chances de bater a resposta do espelho E pelo fato de que na hora de descontar os erros de português a banca considera o número de linhas para dividir. Ou seja, se a pessoa usou apenas 20 linhas de 30 e errou 10 vezes, ela terá a nota menor de quem tb errou 10 vezes mas escreveu 30 linhas. *Todos falaram para NUNCA deixar questão em branco. Se a questão pediu X e o candidato escreveu Y seguindo os aspectos microestruturais (ex: legibilidade, respeito à margem, indicação de parágrafos etc), ele ganhará geralmente no mínimo 2 pontos em 40 (que geralmente é a nota máxima do cespe para analista). Ele estará lascado do mesmo jeito, mas pelo menos tirará 2 pontos e não um ZERÃO. a) LINHA INTEGRALMENTE RISCADA (não conta). Assim, se você tem 30 linhas e riscou 2 linhas de forma integral, na hora de contar os erros o examinador considerará que vc escreveu 28 e não 30. b) LINHA PARCIALMENTE RISCADA (conta). 2. Tamanho da Letra: Eu já tive diversas questões discursivas corrigidas nos cursos que fiz e faço e sempre escutei o conselho para diminuir o tamanho da minha letra. Faça um teste: entre no site do Cespe e baixe o espelho das provas discursivas. É de chocar a quantidade de informações que eles pedem no espelho em contraponto ao número de linhas que temos para escrever (e isso sem considerar que eles querem que vc responda algo que nem foi expressamente perguntado). Na prova de analista do TRF3 da Banca FCC foram 30 linhas para 7 questionamentos...Logo, é preciso diminuir o tamanho da letra. Quanto mais conteúdo você colocar ali, melhor. 3. Letra de Forma: Não é o meu caso, pois tenho letra cursiva. O professor do G7 foi claro ao dizer que banca NÃO PODE exigir um estilo de letra (ex: só cursiva ou só forma). O que a banca PODE exigir é que a letra seja LEGÍVEL. O que o professor do Ouse disse é que se o candidato resolver escrever com a LETRA DE FORMA, ele DEVERÁ diferenciar a letra MAIÚSCULA da letra MINÚSCULA, sob pena de ser apenado. Ele disse também que a banca deve exaurir todas as tentativas para entender a letra do candidato. EU DUVIDOOOOO que isso ocorra na prática. Imagine o examinador tendo que corrigir 200 peças. Vc acha mesmo que ele vai tentar decifrar a letra de médico do caboclo? É ruim, hein. Lembre-se: vc precisa do examinador, ele não precisa de vc. Outra coisa: ao escrever Lei 8.429, p.ex, vc tem que colocar isso em LETRA MAIÚSCULA. Logo, quem escreve com letra de forma deve ficar ainda mais atento com isso. 4. CUIDADO COM OS ASPECTOS MACRO E MICROESTRUTURAIS: O professor colocou o exemplo de um espelho do Cespe. A questão valia 3 pontos. O candidato tirou 2.65 no CONTEÚDO. Ocorre que ele foi penalizado na parte do português e a NOTA FINAL na questão caiu para 1.15 pontos (não consegui copiar a outra foto). É de lascar ou não é? 5. Aspectos MACROESTRUTURAIS: Abrange: Conteúdo da resposta Apresentação (legibilidade, respeito às margens e indicação de parágrafos) e estrutura textual (organização das ideias em texto estruturado) Margem recomendável: aproximadamente 2 cm (professor do G7 disse para não usar a tampa da caneta BIC como referência, mas não explicou o porquê). Ele disse tb que não se aplica a norma da ABNT (que diz ser 2.5 cm), mesmo pq o texto não se enquadra na categoria de TÉCNICO e pelo fato de o candidato não ter régua. *Conselho do professor: não respeitar as MARGENS. Ele disse que muitas vezes o candidato fica agoniado querendo escrever mais e não coloca parágrafo. Ocorre que ele será penalizado no português e ficará lascado da mesma forma. 6. Parágrafos: Todos os professores indicam parágrafos CURTOS como forma de deixar o texto mais bonito e pelo fato de cansar menos o examinador. O professor do G7 indica a seguinte quantidade de parágrafos: o total de questionamentos MAIS 02. Ex: a questão pede 3 itens, logo, a pessoa colocaria 3 parágrafos desses itens e mais 02 (um para introdução e outro para conclusão). Nunca fiz assim e nem sei se o farei. Em relação à quantidade de linhas por parágrafo ele disse que o examinador não vai sair contando se o primeiro teve 5, o segundo teve 8 e o terceiro teve 10 linhas, p.ex. Contudo, isso pode interferir quanto à estética do texto. 7. Margens: A pessoa NÃO PODE DE FORMA ALGUMA passar das margens da folha da resposta. O examinador não vai considerar nada que estiver escrito após a margem e isso será contado como erro de grafia. NÃO PASSE DA MARGEM na hora de escrever ou na hora de separar a palavra. 8. Aspectos MICROESTRUTURAIS: O que é penalizado? Ortografia Erros de grafia e acentuação Morfossintaxe: Pontuação, construção do período, emprego de conectores, concordância nominal, concordância verbal, regência nominal, regência verbal. Propriedade vocabular: Diálogo com leitor; repetição de palavras; expressões coloquiais; uso de expressões não dicionarizadas; uso inadequado de figuras de linguagem. 9. Separação Silábica: O que eu aprendi a vida toda foi que devemos colocar o traço logo após a palavra (-). Já o professor do G7 disse que vc pode colocar o (_) tb ( ex: profes_). Eu prefiro continuar fazendo como já faço. Ele disse tb que palavras com hífens (ex: beija-flor) podem ser separadas de duas formas: a) Linha 11 (...) beija- Linha 12 flor b) Linha 11 (...) beija- Linha 12 – flor Eu aprendi a vida toda a fazer da forma “B” e não pretendo mudar. Na hora de separar a palavra NÃO PASSE DA MARGEM. E cuidado para não deixar certas palavras sozinhas na separação, tipo: PUTATIVO Linha 11 (...) puta- Linha 12 tivo 10. Folha de Texto definitivo SEM IDENTIFICAÇÃO: Eu nunca vi, mas já escutei casos de pessoas que foram desclassificadas por assinarem a peça. JAMAIS coloque seu nome lá, meu filho. Tente escrever de forma neutra (ex: Promotor (a) e não Promotora ou Promotor). 90% dos professores dizem que é impossível fazer rascunho nas provas para MEMBRO. São muitas questões e pouco tempo. Eles recomendam usar a folha de rascunho como ESQUELETO, marcando as palavras-chave. Nas provas para ANALISTA eu sempre fiz rascunho. Contudo, isso deu certo para mim que resolvo rápido as objetivas devido à prática. E te digo: passei sufoco na prova do TRF3. Fiz os dois rascunhos e pensei que nem teria tempo de passar a resposta para a folha definitiva. CUIDADO!! Isso ocorreu no TRF3 com duas pessoas que conheci: a prova continha 2 estudos de caso (questão 01 e questão 02). Ocorre que na hora de preencher a folha definitiva a pessoa colocou a questão 02 na questão 01. Isso é praticamente morte certa. FIQUE ATENTO. O professor disse para NÃO CRIAR NOMES E DATAS que não foram dadas no enunciado. Isso pode caracterizar IDENTIFICAÇÃO e vc será ELIMINADO. Logo, não invente de querer colocar um exemplo colocando lá Tício e Caio, p.ex. CUIDADO tb com o TIPO DE RASURA. Caso a pessoa erre e rasure de forma diferente, fora do padrão, ISSO TB PODE CONFIGURAR IDENTIFICAÇÃO. 11. Rasuras: Primeira coisa: leia o edital. Eu já li que em alguns concursos a banca NÃO PERMITEque o candidato passe o TRAÇO em caso de erro, devendo escrever “digo” e continuar a escrita. Ex: a dignidade da pessoa jumana, digo, humana. Na verdade essa é a exceção, mas o seguro morreu de velho... Tem gente que não se dá ao trabalho nem de ler o edital, tem dó... a) O professor do G7 falou algo QUE EU DISCORDO VEEMENTEMENTE: ele disse que a pessoa ao errar deve escrever o traço (ex: excessao) e pode escrever acima da palavra. Não concordo, aprendi a vida toda que a pessoa deve riscar e colocar a palavra correta DEPOIS do traço, NÃO acima do traço ou abaixo do traço. O que ele disse tb e EU CONCORDO é: não pode o candidato colocar aquela desenho tipo gaivota (não sei colocar aqui) e escrever nela. Vide foto do exemplo (lá tem a gaivota). Da mesma forma, NÃO PODE o candidato escrever a palavra errada e colocar para a banca “FAVOR DESCONSIDERAR”. b) Agora vamos às orientações do OUSE: No caso de erro, RISQUE, com um traço SIMPLES (e não traço composto ou com desenho de círculos), a palavra, a frase, o trecho ou o sinal gráfico e escreva EM SEGUIDA o respectivo substitutivo. Ex: o pão de queijo de Minas é o pior melhor. Não usar parênteses (que é pontuação). CORRETO: o pão de queijo de Minas é o pior melhor. ERRADO: o pão de queijo de Minas é o (pior) melhor. Não escrever com mais força sobre o erro (errou? Não tente remendar. Ele disse que poderá caracterizar IDENTIFICAÇÃO). RASURAS 12. Abreviaturas: Professor do Ouse diz existir polêmica aqui, pois muitos dizem ter sido penalizados. Contudo, ele discorda. Diz que o problema é que a pessoa não coloca o ponto após a abreviatura e aí sim perde o ponto. Manual de redação do CESPE (PAS) diz que pode abreviações nos casos de: Pronomes de tratamento ➪ Sr. (senhor) Termos referentes a leis e artigos ➪ art. (artigo), inc. (inciso) Apenadas abreviações coloquiais: p/, vc, tb, pq, etc. Ele disse para SEMPRE colocar ponto final depois da abreviação. CUIDADO: Se a palavra abreviada for a última, NÃO COLOQUE DOIS PONTOS. Ex: CORRETO: ela gosta de uva, manga, goiaba etc. ERRADO: ela gosta de uva, manga, goiaba etc. . 13. Siglas: Copiando diretamente, as orientações foram: Com sigla empregada no plural, admite-se o uso de “s” (minúsculo) UBSs (Unidades Básicas de Saúde) PAs (Processos Administrativos) NÃO usar apóstrofo ➪ Ex: UBS’s; PA’s Sigla pronunciada como palavra ➪ apenas a inicial maiúscula Petrobras Pontuação de siglas Se for usar, não colocar pontos ➪ Errado: C.P.C. Correto: CPC Errado: C. C. Correto: CC Contudo, ele alertou para o fato de que o cespe PODE NÃO PENALIZAR o emprego do ponto como em C.P.C, mas aconselhou não colocá-lo. 14. Expressão CUMULADO COM ou COMBINADO COM (c/c): A expressão combinado com, geralmente empregada nas citações de legislação, deve ser abreviada e precedida de vírgula quando se referir a dispositivo legal especificado: Exemplos: a) O paciente foi condenado pela prática do delito previsto no art. 18 da Lei n. 10.826/2003, c/c o art. 19 da mesma norma; b) O advogado fundamentou a petição no art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, c/c o art. 6º do Código Civil. Quando, porém, o antecedente da expressão for termo genérico, serão inadmissíveis a forma abreviada e a vírgula: CORRETO: O advogado fundamentou a petição em artigo da Constituição Federal combinado com artigo do Código Civil. ERRADO: O advogado fundamentou a petição em artigo da Constituição Federal c/c com artigo do Código Civil. A expressão cumulado com, também abreviada, é empregada para ações ou pedidos simultâneos. Nesse caso NÃO SE USA A VÍRGULA. CORRETO: Ação de invalidade de negócio jurídico c/c (cumulada com) danos morais. ERRADO: Ação de invalidade de negócio jurídico, c/c (cumulada com) danos morais. 15. Numeração de DATA e LEI: MUITO CUIDADO!! Cespe penaliza MUITO nesse quesito. Se for colocar a data da lei, escrever por extenso: CORRETO: Lei nº 5.450, de 2 de maio de 1970 ERRADO: Lei 5440, de 02.05.70 ou 1.970 Para memorizar Lei ➪ Lembrar do pingo do “i” ➪ Tem ponto Ano ➪ Não tem pingo do “i” ➪ Não tem ponto 16. Local e Data: Localidade (cidade) não pode ser abreviada. CORRETO: Brasília ERRADO: Bsb Unidade da federação não é obrigatória. CORRETO: Brasília/DF CORRETO: Brasília Primeiro dia é ordinal. 1º Não existe zero antes do 1 a 9. 2 de março (e não 02 de março) Mês é minúsculo e por extenso. CORRETO: março (e não Março ou mar.) Não existe pontuação no número do ano. CORRETO: 2020 ERRADO: 2.020 Fortaleza, 1º de março de 2020 Fortaleza, 2 de março de 2020 Fortaleza-CE, 20 de março de 2020 17. Grafia: Problemas: Ocultação de grafemas e sinais diacríticos Pingo do “i” e do “j” (já perdi ponto por isso...o ponto ficou deslocado). Acento deslocado Cedilha deslocado do “c” EXEMPLOS: Pingo do “i”, ausência de til, deslocamento de cedilha: Ausência de til, deslocamento de cedilha: Til deslocado: Cedilha deslocado: 18. Palavras Estrangeiras (estrangeirismo): Sempre usar aspas ou alguma marca formal de identificação. O cespe admite SUBLINHADO ou ASPAS. Eu prefiro SEMPRE colocar ASPAS. Cespe adora penalizar quando a pessoa escreve CAPUT e não coloca aspas. CORRETO: “caput” ERRADO: caput 19. Escrever QUÓRUM ou QUORUM? O professor do Ouse disse que “Quórum”, com acento, é a forma aportuguesada do latim “quorum“. Disse ainda que apesar de vários dicionários já apresentarem a palavra “quórum”, o principal parâmetro do CEBRASPE é o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), elaborado pela Academia Brasileira de Letras, e no VOLP temos a escrita QUORUM, dada como ESTRANGEIRA e devendo ter aspas. Ele disse para consultar o VOLP quando surgirem as dúvidas. 20. MUITO IMPORTANTE!! Maiúsculas e Minúsculas: Quem escreve com letra de forma deve ter cuidado redobrado aqui!! Lei Usar o “L” maiúsculo sempre que se referir a uma lei específica, seja pelo nome da lei ou pelo número. CORRETO: Lei 8.666/93 ERRADO: lei 8.666 ou lei 8666 CORRETO: Lei de Execução Fiscal ERRADO: lei de Execução Fiscal; Lei de execução fiscal. CORRETO: Lei Estadual nº 134/00 ERRADO: lei Estadual nº 134/00 ou Lei estadual nº 134/00 CORRETO: Constituição Federal ERRADO: constituição federal ou Constituição federal (já perdi ponto aqui) 21. Dois pontos: NÃO utilizar letra maiúscula depois dos dois pontos (eu cometia direto esse erro). 22. Maiúscula e Minúscula no cargo: Qual seria o correto? Promotor de Justiça Substituto ou promotor de justiça substituto? Depende!! a) Usando como substantivo comum ➪ letra minúscula ➪ promotor de justiça substituto CORRETO: o promotor de justiça é responsável... ERRADO: o Promotor de justiça é responsável... b) Usando como assinatura da peça ➪ letra maiúscula CORRETO: Promotor de Justiça ERRADO: promotor de justiça 23. Título e Subtítulo: Esse foi um dos maiores aprendizados que tive! Eu sempre colocava ponto final e vi que isso é errado. Cuidado para não cometer esse erro ao escrever a peça processual. NÃO USAR PONTO FINAL NO TÍTULO E SUBTÍTULO Será um desconto em cada tópico da peça! 24. Pontuação na Assinatura: Eu tb não sabia disso. NÃO USAR PONTO FINAL NO FINAL DA ASSINATURA Ponto depois de abreviatura ➪ art. Ponto para separar a centena do numeral da lei ➪ Lei 8.666/90 Não usar para separar as siglas ➪ CPC ➪C.P.C. Professor disse que viu alguns casos que não foram descontados, mas o Manual de Redação do CESPE diz que não deve ser utilizado. 25. Citaçãode dispositivos Legais: PONTO MAIS IMPORTANTE!!! Em uma única linha o cespe penalizou a pessoa 3x. Lei que regulamenta a redação das leis: Lei Complementar 95/1998 Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes princípios: - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado pela abreviatura "Art.", seguida de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste; Art. 1º, art. 2º, art. 3º .... art. 9º; art. 10, art. 11, art. 20, art. 306, art. 909 etc. Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes princípios: - os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos; os parágrafos em incisos, os incisos em alíneas e as alíneas em itens; Artigos ➪ parágrafos ou incisos Parágrafos ➪ incisos Incisos ➪ Alíneas Alíneas ➪ itens Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes princípios: - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico "§", seguido de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão "parágrafo único" por extenso; § 1º, § 4º, § 9º, § 10, § 12, § 15 Se forem citados mais de um parágrafo, devem ser utilizados dois símbolos (§§). Ex.: §§ 3º, 4º e 6º Nunca grafar “§ único”, “p. u.” Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes princípios: - os incisos serão representados por algarismos romanos, as alíneas por letras minúsculas e os itens por algarismos arábicos; Incisos ➪ algarismos romanos (I, II, III) ➪ não necessitam, obrigatoriamente, do indicativo ‘inciso’, bastando o algarismo romano. Ex: art. 27, IV, do CC Exceção: citação crescente Alíneas ➪ letras minúsculas: a, b, c, d, e ➪ USAR ASPAS (escrita cursiva) Itens ➪ algarismos arábicos: 1, 2, 3, 4 Uso da vírgula e as duas formas de citação: SEQUÊNCIA DECRESCENTE OU INDIRETA: COM VÍRGULA lei ➪ artigo ➪ parágrafo ➪ inciso ➪ alínea ➪ item A Lei nº 111, art. 13, § 7º, inciso III, teve sua redação alterada pela Lei nº 222/68. SEQUÊNCIA CRESCENTE OU DIRETA: NÃO USAR VÍRCULA Item ➪ alínea ➪ inciso ➪ parágrafo ➪ artigo ➪ lei A alínea “c” do inciso III do § 7º do art. 13 da Lei nº 111 teve sua redação alterada pela Lei nº 222/68. Especificidades na abreviação: Se a palavra “artigo” não preceder numeral, ela não poderá ser abreviada CORRETO: o advogado fundamentou-se em dois artigos da Lei n. 4.348/1964. ERRADO: o advogado fundamentou-se em dois arts. da Lei n. 4.348/1964. Quando citados na ordem direta (crescente), inciso e alínea são usados sempre por extenso CORRETO: a alínea “b” do inciso IV... ERRADO: a alínea “b” do inc. IV... Na ordem indireta (decrescente), podem ser suprimidos CORRETO: conforme o art. 67, IX, “c”, do Regimento Interno. CORRETO: conforme o art. 67, inciso IX, alínea “c”, do Regimento Interno. Citação de mais de um artigo na mesma lei: Abreviatura art. no plural (arts.) Ex: arts. 117, IX, e 132, XI, da Lei nº 8.112/90 26. Citação de artigos: Citação de mais de um artigo na mesma lei: Abreviatura art. no plural (arts.) Ex: arts. 117, IX, e 132, XI, da Lei nº 8.112/90 Citação de mais de um artigo de diplomas diferentes: Cada um individualmente e separados por ponto e vírgula Ex: art. 5º, XXII, da Constituição Federal; art. 7º, III, da Lei 12.016/09; e art. 3º, II, do Decreto nº 7.226/10. 27. Erros mais comuns: Falta de pontuação na abreviação (art); Falta de pontuação na numeração da lei (Lei 8666/93); Falta de aspas em estrangeirismo (caput); Falta de aspas na alínea (alínea d); Erro na vírgula Lei com letra minúscula (Lei de execução fiscal, lei 8.666/90); Falta da preposição “de” antes da lei (art. 107, IV, CP); 28. Como escrever? “VEZ QUE” ou “UMA VEZ QUE” O professor disse que “Vez que” não é uma expressão dicionarizada, logo, é considerada errada pelo CESPE ERRADO: O réu foi absolvido, vez que não havia provas concretas contra ele. CORRETO: O réu foi absolvido, uma vez que não havia provas concretas contra ele. 29. Palavra “REQUER”: Uso do “que” a) "Requer seja expedido alvará..." b) "Requer que seja expedido alvará“ Professor disse que ambas as formas estão corretas. MAS ele tb disse que o Cespe já considerou errada a omissão do SUJEITO antes do verbo requer. Sendo assim, ele recomendou escrever: “ante o exposto, requer (o réu, autor, assistido, parquet)...” 30. Dicas de como escrever: A maioria dos professores recomendam que o candidato não fique enchendo linguiça. A pessoa pode escrever o texto mais belo do mundo, mas se o escrito não estiver condizente com o espelho, já era. O professor do G7 deu o seguinte exemplo: a questão pergunta se cabe instauração de PAD tendo como base denúncia anônima. Ele disse que muitos candidatos começam falando da origem do direito administrativo, da gênese da Lei 8.112 e afins, perdendo tempo com uma introdução que na maioria das vezes nem será pontuada, por não constar do espelho (visto que não era nem pergunta). Dica professora Aline do CEI: Eu, Aline, tinha uma caneta de preferência. Particularmente, gosto de um modelo da Faber Castell de ponta fina, que deixa minha letra mais elegante e, também, me permitia escrever mais rápido. O modelo era caneta faber c fine 062 preta. Funcionava para mim, assim como a Bic pode funcionar para você! Leve logo suas canetas... não precisa comprar a caneta ungida do vendedor ambulante. Risos. Escolha o modelo de caneta a que mais se adequa e pratique bastante! Escreva um pouco a cada dia, por que, no dia da sua prova, seu pulso vai doer de tanto que você precisará escrever e, na era da digitação, não estamos mais acostumados a escrever de forma manuscrita. Essa é a verdade. E, se você praticar um pouco a cada dia, o esforço maior do seu dia da prova não vai te prejudicar, pois sua mão estará condicionada a este exercício. E, você, pode, também, fazer exercícios com aquelas bolinhas, nos intervalos dos seus treinos, fortalecendo a musculatura da sua mão e pulso. Pratique em folhas próprias e pautadas, pois assim será o seu caderno de prova. Numa prova dissertativa, o candidato deve escrever o máximo que souber sobre o assunto que está sendo questionado, mas não pode se esquecer do núcleo essencial da questão. Não fuja do tema. Enfrente-o de maneira objetiva e responda exatamente o que o examinador está pedindo. No caso do TJRJ, serão poucas linhas, para cada uma das vinte e cinco questões. Logo, as quinze linhas devem ser administradas com precisão. Vocês precisam ter estratégia, na hora da prova. Precisam demonstrar profundidade de conhecimento, mas não podem se esquecer do principal da questão. Nas minhas provas, eu sempre procurei ir direito ao ponto questionado e depois ia acrescentando argumentos e novas informações sobre o instituto jurídico, pois aí já garantia uma pontuação da qual tinha certeza que seria considerada, na minha avaliação. O examinador quer encontrar na sua reposta o que está no espelho de correção. Só isso. Não venha com firulas e latim. Eu, dificilmente, deixava linhas em branco e usava o espaço das linhas ao meu favor. Jamais deixe uma questão em branco. Você não chegou nessa fase para isso. Se joga! Se não souber o assunto, fale de algum princípio, algo relacionado com o tema, traga um conceito, enfim, ao menos tangencie o tema de alguma forma. Não se perde a chance de pontuar, jamais. Não tenha pressa de entregar sua prova. São 05 horas. E o que são 05 horas, diante de meses, anos, uma década de estudo? Se você terminou toda a prova e ainda sobrou tempo, você deve ler seu texto e acrescentar uma vírgula, um acento, um ponto faltante. Quase sempre tem. E um português escorreitoagrada o examinador, como já destacamos. Outra regra fundamental: Não basta acertar o ponto, sem apresentar a fundamentação legal, doutrinária ou jurisprudencial que justifique sua resposta. A regra de ouro aqui é “Argumento? Fundamento!”. Para toda afirmação que você apresentar, precisa mencionar a sua fundamentação. Você precisa citar os artigos legais que embasam a sua resposta. Não é para transcrevê-los. Eu os mencionava entre parênteses. Muitos alunos não entendem por que a sua nota é mais baixa do que a de outros candidatos, “se escreveram a mesma coisa”. É que um fundamentou, enquanto o outro não. Um mencionou a súmula do STF/STJ ou disse que havia entendimento sumulado e o outro não. Use o vade-mécum ao seu favor. Apesar de ser proibida a consulta às súmulas pelo edital do concurso, os vade-mécuns fazem remissão a elas, nos artigos de lei. Só quem se familiariza com o seu vade-mécum vai citar a súmula e cravar a nota, ou, ao menos, dizer que existe entendimento sumulado do STF/STJ! Há vade- mécuns que até mencionam o número de ADI ou ADC e a conclusão do julgado do STF. Por exemplo, pegue o seu vade-mécum e consulte os artigos 33 e 41 da Lei Maria da Penha e veja se ele não faz referência à ADC 19 e a síntese do julgado. Sei que, ao menos, o vade-mécum na Rideel tem essa sistemática. Dicas professor Marcel do CEI: Leia e releia várias vezes o enunciado da prova antes de iniciar a resposta. Na quase totalidade de rodadas, muitos se distanciaram dos enunciados. Veja, por exemplo, a questão sobre a lógica do razoável. Na cabeça do enunciado fiz constar “discorra sobre o método de interpretação da lógica do razoável e o papel do magistrado na sua aplicação, abordando os seguintes itens (...). Qual a surpresa? Muitos passaram a falar do método sem observar a cabeça do enunciado e, ainda, os subitens. Dá para perceber que o aluno sabia tudo sobre o tema, mas se distanciou, por distração, do tema. Por isso, é sempre importante ler e reler várias vezes o enunciado para só então começar a lançar tinta. Não se desespere. A cada segundo mais de mil palavras chegam ao nosso cérebro. A memória possui três etapas: 1) captação; 2) armazenamento; 3) evocação. Imagine uma metáfora. Uma máquina fotográfica antiga. Quando você estuda, você bate a foto. Quando você tenta guardar o que leu, você armazena a foto no rolo de filme. Quando você, no dia da prova, tenta lembrar do que estudou, você revela o filme. Essas são lições da psicologia jurídica. O estudo é interessante no campo da prova oral. Até onde e quando uma testemunha pode se recordar de fatos? Já parou para pensar nisso? É sempre importante ler e reler o enunciado justamente para fazer eclodir todo conhecimento sobre o tema. E mais. Evitar distanciamento do enunciado. Desculpe a repetição, caso já tenha averbado a orientação a seguir para você. No dia da prova, leia e releia várias vezes o enunciado. Vai olhar para o lado e ver um monte de gente já escrevendo. Não se desespere. Respire fundo e indague «o que o examinador está querendo de mim nesta resposta?» Coloque no rascunho o que tem de ter nela. Por exemplo, eu colocaria no meu rascunho dessa questão: 1) papel do magistrado no método de interpretação da lógica do razoável; 2) modelo constitucional que subsidia o método da lógica do razoável; 3) crítica; 3) força normativa dos princípios; 4) a lógica jurídica como solução de antinomias; 2) Faça parágrafos curtos. Muitos alunos se perdem com parágrafos longos. Isso dificulta a leitura do texto. Não deixem de ler o texto de Luís Roberto Barroso, denominado de Revolução da Brevidade. Pode ser obtido no Google. Tem apenas duas folhas. Vale muito a pena. 3) Não coloquem muitas ideias no mesmo parágrafo. Isso faz com que você se perca no caminho da escrita; 4) Tome cuidado com o time da questão. Na questão, por exemplo, sobre a possibilidade de haver responsabilidade civil sem dano (60 linhas), observei que muitos alunos só explicitaram o tema na linha de número 40. Passaram toda a questão falando sobre a responsabilidade civil, requisitos. Perderam linhas e linhas para falar sobre o dano moral, material, estético. Nada disso foi objeto da questão. Houve, para muitos, distanciamento do enunciado e também demora no enfrentamento do tema; 5) Uma boa dissertação tem de ter cadência. Começo, meio e fim. O candidato tem de fazer a transição entre temas de forma leve, solta, sem entroncamentos. Por exemplo, na questão sobre lógica do razoável, experimentei corrigir muitas boas dissertações que partiram para falar dos excessos cometidos na segunda guerra mundial a partir da concepção positivista. Fez bem a transição que explicitou a insuficiência do positivismo, adentrou no neoconsitucionalismo e explicitou a teoria da lógica. Também não errou quem já foi mais direto explicitando a teoria e seu expoente. Há mais de uma forma de versar a questão. Todas elas só não podem deixar de enfrentar os itens exigidos; 6) Outro equívoco muito comum de escrita envolve desperdício de linhas. Em questões curtas das rodadas, contendo apenas 30 linhas, vários candidatos escreveram apenas quinze ou vinte. Desperdiçar, por exemplo, 10 linhas para enfrentar a questão da lógica do razoável que continha inúmeros subitens é um equívoco. Não quer significar que você tem sempre de usar todas as linhas dispostas pelo examinador. Em absoluto. O importante é enfrentar suficientemente cada um dos itens. Lembrando: CESPE é correção “cara crachá”. Rsrs. Se você não colocou na resposta item obrigatório do espelho, já era... perderá pontos. 7) Não utilize expressões pomposas, a exemplo de piegas, mutatis mutandis, nessa vereda etc. Aqui vale a lição do artigo já citado. Escrever de forma clara e objetiva é muito mais difícil do que escrever de forma truncada. Antigamente era sinônimo de erudição falar difícil e escrever difícil. Hoje isso está ultrapassado; 8) Inúmeras correções de provas ponderam acerto sobre gramática e logicidade de texto. Portanto, o estudo da gramática deve ser contínuo.
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