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1 BRUXISMO: RELAÇÃO COM A ANSIEDADE E O ESTRESSE Alessandro Cossentino Prins RA: 349943341700 Alzenir Oliveira de Souza RA: 345386941700 Daniela dos Santos Costa de Andrade Rogéria Luciana Ferreira Corrêa RA:345918741700 Rosinilda da Silva RA:351386241700 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...............................................................................3 2. JUSTIFICATIVA..............................................................................3 3. ANSIEDADE RELACIONADA AO BRUXISMO........................4,5,6,7 3.1 Bruxismo cêntrico...................................................................7,8 4. ANSIEDADE RELACIONADA AO ESTRESSE..............................8,9 4.1 Irritabilidade..............................................................................10 4.2 Insônia................................................................................10,11 4.3 Sensação de cansaço..............................................................11 4.4 Dores e tonturas.......................................................................11 4.5 Negatividade.............................................................................12 4.6 Falta de Concentração..............................................................12 5. METODOLOGIA.......................................................................12,13 6. CONCLUSÃO................................................................................13 7. REFERÊRENCIAS.........................................................................14 3 1.INTRODUÇÃO Vivemos em uma sociedade onde o convívio social e as interações socias são cada dia mais próximas e constantes. Relacionamentos que cultivamos influênciam diretamente nossa personalidade e quando o isolamento ocorre e deixa de acontecer essa troca, isso pode trazer diversos maléficios para a integralidade da saúde tanto física como mental. O cenário atual da pandemia de COVID-19 pode despertar diversos sentimentos e sensações, por isso durante a quarentena as crises de bruxismo, possívelmente relacionadas a fatores genéticos, situações de estresse, tensão e ansiedade, podem aumentar. Nesse trabalho iremos comentar sobre dois tópicos de pesquisas, que podem levar a um quadro de bruxismo. Nessa pesquisa, entendemos como uma situação pode acarretar diversos quadros de patologias agudas e que se não tratadas em tempo poderão se tornar crônicas. 2. JUSTIFICATIVA Abordamos o tema Bruxismo devido a situação atual mundial da pandemia do vírus Covid-19, o qual nos obrigou a fazer o isolamento social podendo acarretar em possíveis patologias mentais e físicas que podem levar há uma disfunção da articulação temporomandibular ( DTM), levando desde tratamentos especifícos até mesmo um procedimento cirúrgico. 4 3. ANSIEDADE RELACIONADA AO BRUXISMO A ansiedade e o medo, por si, não são doenças e nem transtornos. Além de serem experiências normais do cotidiano, são condições essenciais e naturais à vida humana, responsáveis por preparar o indivíduo para situações de ameaça e perigo. Em alguns casos, no entanto, um indivíduo pode apresentar ansiedade ou medo elevados de forma desproporcional à situação que os elicia ou em situações nas quais eles não são adaptativos, muitas vezes se mantendo de modo persistente e levando a prejuízos no seu funcionamento, caracterizando os transtornos de ansiedade. Os TA interferem significativamente na vida do indivíduo diagnosticado e daqueles com quem ele convive, comprometendo suas atividades cotidianas, seus relacionamentos sociais e outras esferas da vida. Além disso, transtornos de ansiedade apresentam baixos índices de remissão espontânea e tendem a se cronificar ou mesmo se desdobrar em outros transtornos psiquiátricos quando não tratados. Ansiedade generalizada e persistente que não ocorre exclusivamente nem mesmo de modo preferencial numa situação determinada (a ansiedade é “flutuante”). Os sintomas essenciais são variáveis, mas compreendem nervosismo persistente, tremores, tensão muscular, transpiração, sensação de vazio na cabeça, palpitações, tonturas e desconforto epigástrico. Medos de que o paciente ou um de seus próximos irá brevemente ficar doente ou sofrer um acidente são frequentemente expressos. Sua sinonímia inclui estado ansioso, neurose ansiosa e reação de angústia. A ansiedade é um problema psicológico que se traduz por um sentimento de insegurança, ou, medo sem fundamento real. Todos nós somos ansiosos em determinado momento da vida sem que isso seja patológico. Existem contudo diferente graus de ansiedade. Em algumas pessoas, a ansiedade exprime-se por um sentimento de medo, inquietação, sensação de perigo iminente, (medo de insucesso, morte súbita, medo de perder o auto controle, medo de ficar mentalmente destabilizado) Em alguns casos, a ansiedade é acompanhada por algumas manifestações físicas, tais como, secura de boca, pulso acelerado, transpiração, opressão torácica, e vertigens. Nestes casos, chamamos-lhe angústia. 5 É necessário saber que a ansiedade é no início, uma reacção normal, um sinal de alarme do organismo perante certos acontecimentos da vida quotidiana. Se ela está controlada, a ansiedade actua sobretudo como estimulante. As dificuldades da vida são habitualmente o factor desencadeante da ansiedade e, nos casos agudos, da angústia. Além disso, as dificuldades pessoais de inserção na sociedade, os conflitos interiores no domínio afectivo, emocional e sexual podem conduzir a uma sintomatologia ansiosa. A dor e o abuso de certas substâncias (café, chá, tabaco, álcool e drogas diversas) podem também desencadear episódios de ansiedade e outros problemas psicológicos. É necessário não esquecer que a ansiedade é um fenómeno universal, que faz parte da nossa existência. Frequentemente, simples medidas de higiene de vida e a mudança de hábitos quotidianos, podem diminuir ou mesmo eliminar as reações ansiosas. Percebe-se, portanto, que a região bucal, por constituir a primeira zona de estimulação e excitação sensorial, fonte primária de experiências de prazer, frustração e dor, ocupa um lugar privilegiado na expressão dos afetos, constituição do caráter e determinação dos hábitos de vida dos indivíduos (por exemplo, roer unha, fumar, morder objetos, etc. constituem resquícios, fixações desse modo primitivo de satisfação). O bruxismo diz respeito ao desgaste ou ranger dos dentes que, segundo PAIVA et al. (1977), não tem um propósito funcional e pode ter início precoce ou tardio. É um apertamento involuntário dos dentes que, associado aos movimentos mandibulares laterais e protrusivos, resulta no rangido e desgaste dos dentes. Seria um hábito freqüente, associado ao estresse emocional ou fadiga, no qual os dentes mandibulares se movem lateralmente ou protrusivamente, enquanto contatam com os dentes maxilares, resultando em padrões de desgaste anormais sobre os dentes. De acordo com OKESON (1992), as atividades do sistema mastigatório podem ser de dois tipos: funcional, que inclui mastigar, falar, deglutir, e parafuncional, que inclui apertar e ranger os dentes. As atividades parafuncionais podem ocorrer durante o dia e/ou durante a noite: a atividade diurna consiste em apertar e ranger os dentes, assim como também outros hábitos que a pessoa faz sem perceber, como, por exemplo, morder a bochecha e a língua, chupar o dedo, etc.; a atividade noturna divide-se em episódios unitários, chamados de aperto, e contrações rítmicas, chamadasde bruxismo. Como é comum ocorrerem juntas, 6 denominam-se somente bruxismo. Ainda que a maioria das pessoas, em alguma época de sua vida, realize atividade de bruxismo (NÓBILO et al., 2000), é a repetição periódica e crônica que caracteriza a patologia. Segundo MOLINA (1989), nos indivíduos que não apresentam a patologia do bruxismo, os dentes ficam em contato, no máximo, 2 horas em um período de 24 horas. Já nos bruxômanos, os dentes ficam em contato por, pelo menos, 10 horas no mesmo período. Devido a essa pressão mandibular é que ocorre o aparecimento da dor e o incômodo sentido na boca. De modo geral, o bruxismo é considerado uma disfunção psicossomática multifatorial, causada tanto pela oclusão anormal como por fatores psicológicos. Entretanto, como afirmam NÓBILO et al. (2000), as interpretações dos autores são ainda confusas quanto à etiologia, prevalência e forma de tratamento adequada ao bruxismo. Sabe-se que uma característica marcante dos pacientes denominados psicossomáticos é a perturbação da vida de fantasia, manifesta numa incapacidade de exteriorizar adequadamente a agressão e processar a angústia: o paciente exibe o que teóricos da psicos somática denominam “alexitimia” e “pensamento operatório”, ou seja, uma dificuldade de sentir e nomear as emoções e um pensamento orientado para a realidade externa, pragmático e pobre em representações carregadas de afetos (MARTY, 1993; SILVA & CALDEIRA, 1992). Com base nes sas considerações preliminares, o objetivo desse estudo é o de ampliar a compreensão do bruxismo através da investigação da ansiedade, depressão e modos de expressão da raiva em paciente bruxômanos em comparação com não-bruxômanos. O bruxismo do sono é um distúrbio complexo e multifatorial cuja etiologia não é completamente compreendida. Os possíveis fatores etiológicos podem ser divididos em periféricos (morfológicos) e centrais (patológicos e psicológicos). Atualmente se concebe que os fatores morfológicos, relacionados à anatomia óssea da região orofacial e à discrepâncias oclusais, têm um papel menor na etiologia do bruxismo do sono e os patológicos e psicológicos têm maior importância. Assim consideram-se associados à patogênese do bruxismo do sono: fatores genéticos; estresse emocional; ansiedade; uso de algumas drogas (cafeína, álcool, cocaína e tabaco); algumas medicações (inibidores seletivos da recaptação de 7 serotonina, anfetaminas, benzodiazepínicos e drogas dopaminérgicas) e doenças neurológicas, como o mal de Parkinson. É possível que fatores relacionados à depressão, à ansiedade e ao estress psicológico desempenhem importante papel na indução e perpetuação do bruxismo do sono, bem como na frequência e severidade do processo. A palavra Bruxismo vem do grego "brychein" e significa ranger dos dentes (Lavigne et al., 2015). É considerada como uma atividade muscular repetitiva do maxilar envolvendo ranger ou apertamento dos dentes (Raphael et al.,2016) e pode influenciar na qualidade de vida humana mesmo não sendo uma doença que coloque a vida em risco, (Shetty, 2010).Existem duas formas de manifestação do Bruxismo (Bruxismo do sono e Bruxismo em vigília (Lobbezoo et al., 2013). Segundo Lavigne et al. (2008), o Bruxismo em vigília é definido como a consciência do aperto da mandíbula e o Bruxismo do sono é um comportamento que foi recentemente classificado como um distúrbio do movimento relacionado ao sono. O bruxismo do sono é um hábito oral que ocorre enquanto a pessoa dorme, sendo caracterizado por movimentos da musculatura temporomandibular, forçando um contato entre as superfícies dentárias. As consequências dessa desordem incluem desgaste excessivo dos dentes, fraturas dentárias, dor temporomandibular, risco aumentado de problemas periodontais, sobrecarga em implantes, perdas dentárias e distúrbios no sono. 3.1 Bruxismo Cêntrico Caracterizado apenas pelo apertamento do dente, sem ranger ao dormir ou até durante o dia. O bruxismo cêntrico recebe esse nome porque, durante a manifestação do distúrbio, a mandíbula mante-se centrada.No bruxismo cêntrico, ou apertamento dentário, que consistiria em manter os dentes cerrados de forma contínua por um determinado período, haveria uma destruição das estruturas de sustentação dos dentes, bem como favoreceria o surgimento de problemas nos músculos da mastigação e nas articulações temporomandibulares. O tipo de contração muscular prevalente seria a isométrica. 8 Na outra modalidade, o bruxismo excêntrico, ou seja, ranger dos dentes, prevaleceria a contração muscular isotônica e haveria o desgaste das bordas incisais dos dentes, em especial nos anteriores.O bruxismo do sono tem uma importante prevalência na população em geral, causando diversos danos ao sistema estomatognático. O estresse psicológico é um fator de risco para essa disfunção.Problema comum, aparentemente simples e inofensivo, mas que esconde uma série de desdobramentos graves. Condição cada vez mais frequente, em função do estresse e da ansiedade do mundo moderno, o bruxismo provoca dores generalizadas – na cabeça, no pescoço e até na coluna – e pode ocasionar trincas e fraturas, levando à perda completa dos dentes. 4. O ESTRESSE RELACIONADO COM O BRUXISMO O estresse é um mal que afeta grande parte da população mundial nos dias atuais. A correria da rotina, que não nos permite parar, está afetando cada vez mais pessoas de todas as idades. Isto porque há uma grande correlação sobre o modo como você vivencia e percebe as situações adversas ou de maior pressão no dia a dia. A palavra estresse nos remete a algo que nos gera incômodo, a alguma coisa negativa. Mas, nem sempre quer dizer que esteja relacionado a algo ruim. Na medida certa o estresse é fundamental para garantir a defesa do nosso organismo em situações de perigo agudo e de emergência ou para garantir a nossa adaptação frente aos desafios impostos. Por exemplo, em situações de maior pressão nosso cérebro libera uma série reações químicas que fazem-nos adaptar a este desconforto. Então, se alguém está passando por uma situação de pressão no trabalho, o cérebro percebe e responde com alterações que farão a pessoa reagir com maior eficiência sobre este fato. Porém, se o organismo se mantém sob este estado de alerta por muito tempo, podem ser gerados vários problemas físicos, como por exemplo: gastrites, enxaquecas, problemas de pele, cardíacos, entre outros. E também problemas psicológicos, como depressão, transtorno de ansiedade, síndrome de burnout, síndrome do pânico, entre outros. 9 Assim, quando o indivíduo que sofre de estresse não está emocionalmente saudável, um ciclo vicioso de desequilíbrio se mantém, ou seja, o indivíduo não consegue voltar ao seu estado normal, permanecendo estressado. E, apesar do estresse não ser o causador de doenças graves, ele é um dos principais causadores de vulnerabilidade para o agravamento ou permanência das doenças com as quais possa estar envolvido. É preciso sempre ficar de olho nos sinais do seu corpo para saber quando é hora de parar e desacelerar. O fato é que a ansiedade desencadeada de forma crônica se transforma em estresse e causa danos ao organismo. Isto porque quando necessitamos realizar qualquer tipo de atividade sobre um ambiente estressor, os neurônios do hipotálamo, área relativamente pequena do diencéfalo, enviam sinais químicos para glândula que fica logo abaixo, a amígdala, e ela produz hormônios que se espalham pela corrente sanguínea até chegar nas glândulas que ficam acima dos rins, adrenal. São pelos neurônios do hipotálamo e pelas glândulas cerebrais: amígdala e adrenal, que produzimos a adrenalina e o cortisol. A liberação do cortisol na medida certa é importante para nossa sobrevivência, mas quando ele atinge altos níveis está muito relacionado ao estressecrônico, diferente da adrenalina que depois de liberada causa reações mais imediatistas no corpo, mas depois ele se restabelece com maior facilidade. Então, o aumento do nível de cortisol gera problemas físicos, sendo os mais comuns as gastrites, problemas de pele, enxaqueca, hipertensão, tensão muscular, alterações no humor e no sono, etc. Paralelamente existem os fatores psicológicos desencadeantes da ansiedade como: a repreensão ou não aprovação, a desvalorização, entre outros, que podem estar relacionados a recordação de fatos desagradáveis e dolorosos que acabam fazendo com que seu organismo prepare-se constantemente para a luta ou fuga de situações de perigo. Se você possui as sensações causadas pela ansiedade em situações similares com alto nível de frequência, e não consegue controlar este estado, talvez seja hora de buscar a ajuda com um psicólogo, o profissional especializado neste tipo de assunto. Uma vez que você não busque ajuda, outros fatores vão corroborando para que seu problema aumente, já que o estresse sempre ocorre em cadeia e dentro de uma espiral de prejuízos físicos e psíquicos. 10 4.1 Irritabilidade A irritabilidade é uma forma de alteração no nosso humor, associada a comportamentos de nervosismo, a falta de paciência, ao desgosto, descontentamento, entre outros, na tentativa de defender-nos ou preservar um equilíbrio saudável do nosso organismo. Uma pessoa estressada tende a se sentir irritada muito mais facilmente. E, normalmente a irritabilidade vem junto com a ansiedade e vice-versa, as sensações físicas inclusive podem ser parecidas, começando com o aumento da frequência cardíaca, da voz, pressão arterial, sensações de calor, podendo culminar em ações impulsivas e agressivas em relação aos outros. Conforme Dalgalarrondo (2008, p. 175), estados de irritabilidade estão também relacionados a processos mentais de julgamentos e comportamentos morais, que refletem nossas inclinações e interesses. Diante de fatores estressores, como mudança repentina de estilo de vida ou rotina seja na vida familiar, social ou física, podemos desencadear uma série de atitudes impulsivas em função da necessidade de sermos atendidos quanto às nossas vontades ou desejos. O circuito do estresse é como se fosse uma bola de neve, uma coisa levando a outra. Do isolamento, pode vir a depressão, por exemplo. 4.2 Insônia A falta de sono também é um dos sintomas mais comuns em pessoas que estão sob o efeito do estresse. Deitar na cama e não conseguir dormir mesmo após um dia exaustivo, pode indicar um quadro de estresse ou ansiedade. Além de ser um sinal, a insônia também vai causar irritabilidade e estresse no dia seguinte. Isto porque aquele assunto que o incomoda, ou uma situação na qual você não consegue mudar no tempo que gostaria, fica insistentemente “martelando” na cabeça, e o cérebro literalmente não descansa. O corpo exposto a situações como as relatadas acima por longo período de tempo traz uma série de prejuízos no humor, memória e atenção no dia a dia, acarretando inclusive em doenças mais graves com o passar do tempo. 11 Quando a insônia é algo recorrente, pode ser um sinal de que você está vivendo um momento de estresse e precisa se cuidar. 4.3 Sensação de Cansaço Quando a sensação de cansaço não termina, mesmo após um período satisfatório de descanso, pode ser sinal de estresse. Passar um final de semana inteiro descansando, e chegar na segunda-feira com a sensação de que esse tempo não foi suficiente, pode estar relacionado a uma condição de alerta intermitente, onde mesmo em um estado de relaxamento a musculatura do corpo se mantém rija, provocando a sensação de que nunca se consegue descansar por completo. Esta sensação provém da espiral que já listamos até aqui, ansiedade, irritabilidade, insônia; as três juntas ou não, tendem a provocar sensações que acarretam o cansaço crônico. 4.4 Dores e Tonturas É muito comum uma pessoa que esteja sob estresse relatar dores musculares, principalmente na região do músculo trapézio, o que fica abaixo do pescoço e entre os ombros.A grande correlação destas dores e o estresse é que os hormônios ACTH e Cortisol são também os hormônios do estresse.Assim, a tensão muscular reduz a quantidade de oxigênio e nutrientes que deveriam chegar até a musculatura provocando as dores. Assim, a tensão nos músculos de uma pessoa estressada pode resultar em dores como as da fibromialgia, por exemplo. Muitas vezes, quem sofre desse mal também relata tonturas frequentes, náuseas, dor no peito e taquicardia. As dores musculares ou sensações de tontura são basicamente um dos efeitos em cascata do estresse e da ansiedade, pela liberação do cortisol e o acionamento da amígdala sem que o estímulo de perigo esteja presente. 12 4.5 Negatividade Uma pessoa estressada também tende a ver o mundo com olhos de negatividade. A sensação de que tudo dá errado e de que nada tem um propósito, pode ser um dos sintomas desse mal. Diante desse pensamento, também é possível notar variações de humor na maioria dos casos. Sob estresse as evidências ou circunstâncias da vida ao qual a pessoa está exposta estão relacionados ao seu descontentamento com algo que não vai de encontro com seus interesses ou valores. 4.6 Falta de Concentração A falta de concentração é um outro sintoma frequente do estresse, assim como falhas de memória. O estresse deixa o cérebro em estado de alerta constante. Essa condição pode fazer a pessoa esquecer de fatos e compromissos importantes ou impedir que ela foque em algo que precisa de sua atenção. Estas duas funções executivas do cérebro, atenção e memória, são essenciais em nosso dia a dia, e um impacto sobre elas acaba comprometendo a eficiência da pessoa em atividades que antes para ela eram comuns. Uma vez que a pessoa não consegue realizá-las, irá retroalimentar o negativismo, consecutivamente a irritabilidade, ansiedade, insônia, a sensação de cansaço, as dores no corpo, entre outros sintomas. 5. METODOLOGIA O estudo desses temas colabora muito com o trabalho da odontologia, pois a partir da compreensão de como pode surgir o Bruxismo, é possivel ajudar o paciente a identificar como ele desenvolveu o problema e como pode resolver ou melhorar o mesmo. A fundamentação metodológica deste estudo foi fazer uma pesquisa básica ou fundamental, com os objetivos de uma pesquisa exploratória, para podermos averiguar as causas que contribuem com o surgimento do Bruxismo, principalmente nesse momento que enfrentamos um grande desafio de adaptação com o distanciamento social no mundo. 13 Embasada no método de pesquisa bibliográfica, onde foi feito um trabalho de pesquisa em fontes documentais de muitos autores através da disponibilização de seus estudos, pensamentos, opiniões, artigos e diversos por intermédio do seu conteúdo em sites, artigos científicos, livros, documentários e diversos, sempre observando a veracidade das fontes e dados. 6. CONCLUSÃO O bruxismo nos pacientes serve para alertar não somente uma oclusão anormal ou desgaste nos dentes, mas devemos estar atentos para um possível quadro emocional, mental, ansiedade, estresse, entre outros fatores psicológicos envolvidos. Nós da odontogia devemos nos atentar nos pacientes como um todo, não somente na nossa área orofacial, pois temos como profissionais da saúde o dever de esclarecer e orientar o paciente a procurar ajuda de outros profissionais da área da saúde, quando avaliarmos nescessário , assim não só minimizar o problema do paciente e sim junto através das inter-relações com outros profissionais eliminar o problema. 7.REFERÊNCIAS Referências:https://scielosp.org/article/rbepid/2019.v22/e190038/ http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72722015000100012 Site scielo ARTIGO ORIGINAL • Rev. bras. epidemiol. 22 2019 • https://doi.org/10.1590/1980-549720190038 RAIDARIAN, P.I.; ASSUNÇÃO, Z.L.V.; JACOB, M.F. Bruxismo: uma atualização dos conceitos, etiologia, prevalência e gerenciamento. JBA, Curitiba, v.1, n.4, p.290-295, out./dez. 2001. O bruxismo é um hábito parafuncional que 14 https://www.dtscience.com/wp-content/uploads/2015/10/Bruxismo-Uma- Atualiza%C3%A7%C3%A3o-dos-Conceitos-Etiologia-Preval%C3%AAncia-e- Gerenciamento.pdf http://lelivros.love/book/download-ansiedade-como-enfrentar-o-mal-do-seculo- augusto-cury-em-e-pub-mobi-e-pdf/#tab-additional_information Ansiedade – Como Enfrentar o Mal do Século – Augusto Cury http://www.saude.sc.gov.br/index.php/documentos/atencao-basica/saude- mental/protocolos-da-raps/9217-ansiedade-generalizada/file SEGER L. et al. Odontologia e Psicologia, uma abordagem integradora.São Paulo: Santos,1998.
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