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Quimioterapia: Tipos, Administração e Toxicidade

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Quimioterapia 
Tipos de Quimioterapia 
Existem três formas de emprego da 
quimioterapia: 
 
 Quimioterapia de indução 
 Quimioterapia adjuvante 
 Quimioterapia neoadjuvante 
Avaliação da resposta à quimio 
Segundo os critérios da OMS: 
 
Remissão completa: (2 observações separadas 
por 4 semanas) 
Remissão parcial: redução de 50% (durante 4 
semanas) 
Enfermidade estável: redução < 50% ou 
crescimento < 25% 
Progressão da Enfermidade: crescimento > 25% 
Tumor x resposta à quimioterapia 
Possível cura pela QT Resposta em estágios 
avançados, mas não cura 
Leucemias agudas Leucemias crônicas 
Linforma de Hodgkin Câncer de bexiga 
Câncer de testículo Câncer de mama 
Linfomas de grau 
intermediário 
Câncer de endométrio e 
cervical 
Linfoma de Burkitt Mieloma múltiplo 
Neuroblastoma Câncer colorretal 
Câncer microcítico de 
pulmão 
Câncer gástrico 
Tumor x resposta à quimioterapia 
Possível cura induzida por 
QT adjuvante 
Resposta pobre em 
estágios avançados 
Câncer de mama Sarcoma osteogênico 
Câncer colorretal Câncer de pâncreas 
Sarcoma osteogênico Câncer de células 
renais 
Câncer de cabeça e pescoço Câncer de tireóide 
 Melanoma 
 Câncer não microcítico 
de pulmão 
Técnicas de administração da QT 
A via de administração depende: 
 
Fármaco 
Tumor 
Paciente 
Técnicas de administração da QT 
Via oral: metotrexato, bussulfan, 
ciclofosfamida, idarrubicina 
 
Via intravenosa: citarabina, cisplatina, 
bleomicina 
 
Vias subcutânea e intramuscular: bleomicina, 
citarabina, metotrexato, asparaginase. 
Perfusão IV contínua 
Vantagens: 
 
Permite níveis plasmáticos mais prolongados 
(fluorouracil e citarabina) 
Diminui a toxicidade 
 
Desvantagens: 
 
Células tumorais resistentes 
Administração regional 
A administração local e regional pretende 
conseguir: 
 
Exposição maior (concentração, tempo) 
Menor distribuição e toxicidade 
 
•Exigem técnicas complexas 
Administração regional 
Via intraarterial: se aplica no carcinoma hepático 
e na perfusão de um membro isolado em 
sarcomas ou melanomas limitados a uma 
extremidade. 
 
Via intracavitaria: administração em cavidades 
orgânicas. 
Exemplos de QT localizada ou IC 
Tipo de 
administração 
Tipo de câncer Citostático 
Intratecal Leucemia, linforma, mama, 
pulmão (implicação meníngea) 
Metotrexato, 
citarabina 
Intraperitoneal Ovário, tumores GI Cisplatino, 
fluorouracil 
Intrapleural Linfoma, mama, outros Bleomicina 
Intravesical CA superficial bexiga Mitomicina, 
doxorrubicina 
Intraarterial Melanoma, hepatoma, 
metástase hepática 
Cisplatino, 
fluorouracil 
Tópica Pele Fluorouracil 
Intensificação da dose 
A quimioterapia intensiva ou QAD, tem sido necessária em alguns 
tumores: 
 
Leucemia mieloblástica aguda: 1ª RC/1ª recaída 
Leucemia linfoblástica aguda: 1ª RC 
Leucemia mielóide crônica: primeiro ano de evolução 
Antineoplásicos empregados em QAD 
Antineoplásico Doses 
convencionais 
(mg/m2)* 
Doses altas 
(mg/m2)* 
Ciclofosfamida 600-1000 5000-7000 
Ifosfamida 5000-12000 8000-16000 
Carmustina 200 400-800 
Cisplatino 25-150 150-160 
Paclitaxel 175-225 1200-3000 
Carboplatino 300-500 800-1600 
Toxicidade limitante em QAD 
Carboplatino: mucosite, diarréia, neurotoxicidade 
e hepatite 
 
Cisplatina: renal e neurológica 
 
Paclitaxel: hipersensibilidade, mucosite, 
neuropatia 
 
Ciclofosfamida: náuseas, vômitos, cistite 
hemorrágica, cardíaca 
Estratégias de suporte para superar a 
toxicidade da QAD 
Técnicas de resgate hematopoético: 
 
Transplante de progenitores 
hematopoéticos 
 
Fatores estimulantes de colônias 
(eritropoetina, fator estimulante de 
colônias granulocíticas) 
Estratégias de suporte para superar a 
toxicidade da QAD 
Agentes de resgate farmacológico: 
 
Amifostina: proteção contra xerostomia 
 
Dexrazosano: proteção da miocardiopatia 
 
Leucovorin: proteção de células normais ao 
metotrexato. 
Farmacologia dos Antineoplásicos 
Associações de antineoplásicos resulta em maior taxa 
de resposta. Para realizá-lo, os fármacos combinados 
devem ter: 
 
 Atividade antitumoral demonstrada em 
monoterapia; 
 Diferentes mecanismos de ação; 
 Toxicidades diferentes sobre tecidos normais; 
 Ausência de resistência cruzada. 
Asparaginase 
Mecanismo de ação: 
Asparaginase 
Indicações: 
 
Tratamento de indução de: 
Leucemia linfocítica aguda e 
Linfomas não-Hodgkin e Hodgkin. 
 
Contra-indicações: 
 
Hipersensibilidade ao fármaco. Pancreatite ativa ou 
história da doença. 
Asparaginase 
Interações medicamentosas: 
 
Aumento de toxicidade: mercaptopurina, 
vincristina, prednisona 
 
Diminuição do efeito de: metotrexato 
 
Aumento do efeito de: ciclofosfamida, 
anticoagulantes cumarínicos 
Asparaginase 
Farmacocinética: 
 
Via intramuscular ou intravenosa 
Pequena fração atravessa a BHE 
Meia-vida plasmática: dose-dependente (8-30 
h a 39- 49 h) 
Desconhece-se o processo de eliminação. 
Azatioprina 
Mecanismo de ação: 
Azatioprina 
Indicações: 
 
 Adjuvante na prevenção de rejeição de 
enxertos 
 Tratamento de artrite reumatóide grave 
 Tratamento de várias doenças autoimunes. 
 
Azatioprina 
Contra-indicações: 
 
 Hipersensibilidade 
 Gravidez e lactação. 
 
Azatioprina 
Interações medicamentosas: 
 
Aumento de efeito: alopurinol (toxicidade), 
agentes alquilantes (ciclofosfamida, clorambucil, 
melfalam) aumentam o risco de neoplasias, 
metotrexato. 
IECA: leucopenia severa. 
Diminui a ação de anticoagulantes, 
ciclosporina. 
 
Azatioprina 
Farmacocinética: 
 
 Via oral 
 Azatioprina e 6-MP: ligam a proteínas plasmáticas 
(30%) 
 Acumulam-se nos tecidos 
 Sofre extenso metabolismo, produzindo 6-
mercaptopurina (6-MP), pela xantina oxidase 
 Azatioprina: meia vida de 12 min. e 6-MP de 0,7-3 
h. 
Bleomicina 
Mecanismo de ação: 
 
 Antibiótico glicopeptídeos 
 Inibe a incorporação de timidina no DNA 
 Liga-se ao DNA - quebra suas hélices 
 Inibição menor do RNA e proteínas 
Bleomicina 
Indicações: 
 
 Carcinoma testicular, linfoma de Hodgkin, 
linfoma não-Hodgkin, melanomas, sarcomas. 
 
Contra-indicações: 
 
Hipersensibilidade, reação idiossincrásica, doença 
pulmonar grave. 
Bleomicina 
Interações medicamentosas: 
 
Diminui efeito de: digoxina, fenitoína. 
Cisplatina aumenta efeito da bleomicina 
(diminui sua eliminação). 
 
Bleomicina 
Farmacocinética: 
 
 Vias I.M., I.Pleural, I.P., S.C., e I.V. 
 Taxa de ligação a proteínas: 1% 
 Não atravessa a BHE 
 Metabolizada: fígado, rim, intestino, pele, 
pulmão. 
 Eliminação: de 50% a 70% do fármaco são 
eliminados na forma íntegra na urina. 
Ciclofosfamida 
Mecanismo de ação: 
 
 Impede a divisão celular 
 Induz ligação cruzada e/ou fragmentação das 
hélices de DNA 
 É um pró-fármaco 
 É agente não-específico de fase do ciclo celular 
 Possui atividade imunossupressora. 
Ciclofosfamida 
Indicações: 
 
 Adjuvante do: 
 Câncer de mama e de metástases; 
 Câncer colo-retal, 
 Câncer de cérvice uterina, 
 Adenocarcinoma de pulmão 
 Doença de Hodgkin, 
 Linfoma não-Hodgkin, 
Ciclofosfamida 
 Leucemia linfóide aguda, 
 Leucemia mielocítica e monocítica, 
 Mieloma múltiplo, 
 Neuroblastoma, 
 Retinoblastoma, 
 Carcinoma de testículo, próstata, endométrio e 
ovariano, 
 Câncer de bexiga, rim, 
 Como imunossupressor. 
Ciclofosfamida 
Contra-indicações: 
 
Hipersensibilidade, 
Depressão grave da medula óssea. 
 
Ciclofosfamida 
Interações medicamentosas: 
 
 Reduz os efeitos de: digoxina e quinolonas. 
 Aumenta a toxicidade de: citarabina, doxorrubicina, 
alopurinol, colchicina, probenecida, cloranfenicol, 
anticoagulantes orais. 
 C/ Cimetidina:  toxicidade da ciclofosfamida. 
 Com Fenobarbital e fenitoína: menor efeito. 
 Com Tiazidas: prolonga a leucopenia. 
CiclofosfamidaInteração benéfica: 
Ciclofosfamida 
Farmacocinética: 
 
 Bem absorvida via oral 
 Taxa de ligação a proteínas: 10% a 56% 
 Atravessa parcialmente a BHE e a placenta 
 É excretada pelo leite materno. 
 Meia vida: 1,3 a 16 h. 
 Menos de 10% excretados na forma íntegra e 85% 
a 90%, na forma de metabólitos (urina) 
Cisplatina 
Mecanismo de ação: 
 
 Agente alquilante não-específico sobre o ciclo 
celular. 
Cisplatina 
Indicações: 
 
 Câncer de bexiga, 
 Câncer de próstata, ovário, testículo, mama 
 Câncer de cabeça e pescoço, 
 Câncer de pulmão, 
 Linfomas Hodgkin e não-Hodgkin, 
 Neuroblastoma, mieloma e osteossarcoma. 
Cisplatina 
Contra-indicações: 
 
 Insuficiência renal pré-existente, 
 Mielossupressão, 
 Dificuldades na audição, 
 Alergia. 
 
 
Cisplatina 
Interações medicamentosas: 
 
 Fármacos que têm seu efeito diminuído: 
Carbamazepina (absorção reduzida ou eliminação 
acelerada); fenitoína; fármacos para tratamento da 
gota ( [ ] de ácido úrico no sangue). 
  efeitos tóxicos da cisplatina: Diuréticos de alça, 
aminoglicosídeos e vancomicina. 
 Uso concomitante de anti-histamínicos: pode 
mascarar ototoxicidade. 
Cisplatina 
Farmacocinética : 
 
 Ligação a proteínas plasmáticas: > 90%. 
 SNC: [ ] baixa. Alta captação em rins, fígado, 
ovários, útero e pulmões. 
 Excreção urina: > 90% , bile: 10%. 
 Meia-vida: 16 a 53 h. 
A inibição do DNA persiste por vários dias. 
 Acumula-se nos tecidos. 
Citarabina 
Mecanismo de ação: 
 
 Análoga das purinas. 
 Entra na célula através de carreador, 
 Convertida: trifosfato de aracitidina, 
 Compete com o substrato normal pela 
enzima DNA polimerase, inibindo-a, 
 Reduz a síntese de DNA. 
Citarabina 
Indicações: 
 
• Citarabina convencional: 
 Leucemia não-linfocítica aguda 
 Leucemia mielocítica crônica (fase blástica). 
 Linfomas não-Hodgkin em crianças. 
 
•Citarabina lipossomal: 
Tratamento de meningite linfomatosa. 
Citarabina 
Contra-indicações: 
 
 Hipersensibilidade, 
 Infecção meníngea ativa (citarabina 
lipossomal). 
 
Citarabina 
Interações medicamentosas: 
 
• Citarabina convencional: 
  efeito de: digoxina, gentamicina, flucitosina. 
 Aumenta efeito de: metotrexato. 
 
•Citarabina lipossomal: 
 Mínimo potencial para interação com outros 
medicamentos. 
Farmacocinética: 
 
• Citarabina convencional: 
 Via I.V., S.C., 
 15% de ligação c/ proteínas plasmáticas, 
 Atravessa a BHE, 
 Biotransformação: plasma, fígado e outros tecidos. 
 Excreção urinária: metabólitos inativos (80%). Cerca 
de 10% excretados inalterados. 
Citarabina 
Citarabina 
• Citarabina lipossomal: 
 Via intratecal, 
 Metaboliza-se no plasma a ara-U (inativo), 
 Meia-vida terminal: 100 a 263 h. 
 Eliminação urinária. 
Doxorrubicina 
Mecanismo de ação: 
 
 Antibiótico citotóxico antraciclínico, 
 Intercala-se na dupla hélice do DNA, 
 Forma cplexo ternário com topoisomerase II e DNA. 
 A estabilização do cplexo de clivagem inibe nova 
ligação do DNA e causa quebras na dupla hélice. 
 Também inibe diretamente a topoisomerase II, 
 Morte celular por apoptose. 
Doxorrubicina 
Indicações: 
 
• Doxorrubicina convencional: 
 Leucemias linfoblástica aguda e mieloblástica aguda, 
 Neuroblastoma, mieloma múltiplo, 
 Osteossarcomas, carcinomas de bexiga, 
 Câncer de mama, ovário, tireóide, estômago e pulmão 
de pequenas células, 
 Linfomas de Hodgkin e não-Hodgkin, sarcoma de 
Kaposi. 
Doxorrubicina 
• Doxorrubicina lipossomal: 
 Sarcoma de Kaposi, 
 Carcinoma metastático de ovário em pacientes 
refratários à terapêutica com paclitaxel e 
derivados da platina. 
 
 
Doxorrubicina 
Contra-indicações: 
 
• Doxorrubicina convencional: 
 Hipersensibilidade, 
 Insuficiência cardíaca congestiva grave, 
 Cardiomiopatia, 
 Mielossupressão pré-existente. 
 
•Doxorrubicina lipossomal: 
Hipersensibilidade. 
Doxorrubicina 
Interações medicamentosas: 
 
• Doxorrubicina convencional e lipossomal 
 Reduz os níveis de digoxina e fenitoína. 
 Interage com Fenobarbital. 
 Uso concomitante c/ ciclosporina: convulsões ou 
coma e c/ cisplatina: leucemia. 
 Radioterapia:  sua cardiotoxicidade. 
 Verapamil:  toxicidade da doxorrubicina. 
Doxorrubicina 
Farmacocinética: 
 
• Doxorrubicina convencional: 
 Via intravenosa, ligação protéica: 70% 
 Distribuída: fígado, baço, rim, pulmão, coração e 
no leite humano. Não atravessa a BHE. 
 Metabólito ativo: doxorrubicinol 
 Excretada: bile, 50% íntegro e 23% como 
doxorrubicinol; (-) 10% eliminado pela urina. 
Doxorrubicina 
• Doxorrubicina lipossomal: 
 Distribuição: limitada, 
 Biotransformada: fígado e no plasma, 
produzindo metabólitos ativos e inativos. 
 
Fluorouracil 
Mecanismo de ação: 
 
 Antimetabólito, análogo das pirimidinas, 
 Mecanismo de ação: inibe síntese de DNA, 
 Também é incorporado diretamente em 
cadeias de DNA e RNA, perturbando suas 
funções. 
Fluorouracil 
Fluorouracil 
Indicações: 
 
 Carcinoma colo-retal, gástrico, pancreático e 
de mama, 
 Carcinoma prostático, de bexiga, do epitélio 
ovariano, cervical, endometrial, anal, esofágico. 
 Tumores metastáticos de carcinoma de pele, 
hepáticos, de cabeça e pescoço e 
hepatoblastoma, etc. 
Fluorouracil 
Contra-indicações: 
 
 Hipersensibilidade, 
 Depressão da medula óssea, 
 Infecções potencialmente graves. 
 Forma tópica: mulheres grávidas ou que 
pretendam engravidar. 
 
Fluorouracil 
Interações medicamentosas: 
 
  do efeito do fármaco: leucovorina, folinato 
cálcico, metronidazol. 
  toxicidade do fármaco: alopurinol, cimetidina, 
folinato cálcico, diuréticos tiazídicos, tamoxifeno. 
 Aumento do efeito de: anticoagulantes 
(especialmente cumarínicos) 
 
Fluorouracil 
Farmacocinética: 
 
 Absorção via oral errática, 
 Via tópica, a absorção sistêmica mínima (6%), 
 Via intravenosa, 
 Atravessa a BHE e a placenta, 
 Produz metabólitos ativos, 
 Eliminação: via respiratória (90%) e por via renal. 
Metotrexato 
Mecanismo de ação: 
 
 Antimetabólito, antagonista do ácido fólico. 
 Reversão: com dose mil vezes maior do 
substrato ou pela administração de ácido fólico, 
 Mecanismo imunossupressor e 
antiinflamatório: não esclarecido. 
Metotrexato 
Metotrexato 
Indicações: 
 
 Imunossupressor. 
 Antineoplásico: câncer de mama, cabeça, 
pescoço, pele e ovário, linfoma não-Hodgkin, 
sarcoma osteogênico, carcinoma colo-retal, 
linfoma de Hodgkin, leucemias, carcinoma de 
esôfago e estômago, carcinoma de pulmão. 
Metotrexato 
Contra-indicações: 
 
 Hipersensibillidade, 
 Gravidez ou durante a amamentação, 
 Insuficiência renal ou hepática crônica, 
 Psoríase ou artrite reumatóide que tenham doença 
crônica de fígado, com evidências laboratoriais de 
síndr. de imunodeficiência, hipoplasia da medula 
óssea, leucopenia, trombocitopenia, anemia, 
alcoolismo. 
Metotrexato 
Interações medicamentosas: 
 
 Alimentos, 
 Reduz a ação de fenitoína, 
 Aumentam a toxicidade: Vincristina, etretinoato, 
salicilatos, sulfonamidas, probenecida, 
ciclosporina, procarbazina antinflamatórios não-
esteroidais e altas doses de penicilina, 
 Ácido fólico:  a resposta do metotrexato. 
Metotrexato 
Farmacocinética: 
 
• Absorção oral excelente em doses < a 30 mg/m2, 
• Biodisponibilidade oral é de 90%, 
• Via I.M.: biodisp. de 76% - 100%, 
• Taxa de ligação a proteínas: 50% 
• Início do efeito terapêutico: 7 a 10 dias para 
mielosupressão e de 3 a 6 semanas para artrite 
reumatóide. 
Metotrexato 
 Atravessa a placenta, 
 Meia-vida de eliminação: 8-15 horas para altas 
doses e de 3-10 horas para baixas doses, 
 Pouco metabolizado (<10%), 
 Excretado pelo rim: fármaco íntegro (80%-
90%) e pela bile (0%-10%). 
 
Paclitaxel 
Mecanismo de ação: 
 
 
 
 
 
 
 
Célula Cancerosa 
Paclitaxel 
Indicações: 
 
• Carcinoma primário e metastáticode ovário, em 
combinação com cisplatina, 
• Adjuvante de carcinoma de mama metastático, 
• Tratamento de carcinoma de pulmão, 
• Segunda escolha no sarcoma de Kaposi. 
Paclitaxel 
Contra-indicações: 
 
 Hipersensibilidade, 
 Pacientes com tumores sólidos e 
contagem de neutrófilos < 1500 
células/mm3, 
 Sarcoma de Kaposi, com contagem de 
neutrófilos < a 1000 células/mm3. 
 
Paclitaxel 
Interações medicamentosas: 
 
 Aumentam o efeito do paclitaxel: cisplatina e 
doxorrubicina (reduz depuração), 
 Inibidores do sistema enzimático citocromo P450 
diminuem seu metabolismo, 
 Cisplatina + paclitaxel: mielossupressão mais 
profunda, inverter a ordem de administração. 
Paclitaxel 
Farmacocinética: 
 
 Via I.V. 
 Ligação a proteínas plasmáticas: de 89 - 98%, 
 Metabolizado no fígado pelo sistema do cit. 
P450, produzindo metabólitos inativos, 
 Excreção biliar, 
 Meia vida terminal: 5,8 - 17,4 h. 
Vimblastina 
Mecanismo de ação: 
 
 Interrompe as células em metáfase, 
 O efeito citotóxico é facilitado pela ligação do 
fármaco à tubulina, 
 Ocorre dissolução dos microtúbulos, parada da 
divisão celular em metáfase. 
 Leva à morte celular. 
 Tanto células normais quanto malignas sofrem 
alterações. 
Vimblastina 
Indicações: 
 
 Tratamento paliativo de carcinoma de mama, 
Tratamento paliativo de sarcoma de Kaposi, 
 Tratamento paliativo de linfoma histiocítico, 
 Tratamento paliativo de linfoma de Hodgkin 
generalizado, 
Vimblastina 
 Tratamento paliativo de linfoma não-Hodgkin, 
 Tratamento paliativo de linfoma linfocítico nodular 
ou difuso, 
 Tratamento paliativo de câncer de testículo 
avançado, 
 Tratamento combinado de câncer de bexiga, 
 Tratamento de melanoma, 
 Tratamento de câncer de próstata. 
Vimblastina 
Contra-indicações: 
 
 Granulocitopenia, 
 Infecções bacterianas, 
 Administração intratecal, 
 Hipersensibilidade. 
 
Vimblastina 
Interações medicamentosas: 
 
 Inibidores do cit.P 450, 
 Associação com mitomicina: resulta em 
toxicidade pulmonar e broncoespasmo intenso, 
 Diminui a biodisponibilidade de fenitoína, por 
reduzir a absorção gastrintestinal. 
 Zidovudina: aumenta a toxicidade hematológica. 
Vimblastina 
Farmacocinética: 
 
 Via I.V., 
 Liga-se às proteínas plasmáticas: 98 a 99,7%, 
 Metabolismo: hepático, apresenta metabólito 
ativo – diacetil vimblastina, 
 Excreção: renal (13,6-23,3%) e pelas fezes (10%). 
 Meia vida: 24,8 h. 
Vincristina 
Mecanismo de ação: 
 
 Agente antimitótico, 
 Impede a divisão mitótica durante a metáfase ao 
se ligar à tubulina, 
 Bloqueia a utilização do ácido glutâmico (síntese 
proteica e ác. nucleicos), 
 A interrupção da mitose leva a morte celular. 
Vincristina 
Indicações: 
 
 Tratamento de leucemia linfoblástica 
aguda, 
 Linfoma de Hodgkin e não-Hodgkin, 
 Neuroblastoma cerebral, 
 Mieloma, câncer de mama, carcinoma de 
pulmão de pequenas células. 
 
Vincristina 
Contra-indicações: 
 
 Hipersensibilidade, 
 Uso intratecal, 
 Gravidez. 
 
Vincristina 
Interações medicamentosas: 
 
 Fármacos que  os níveis plasmáticos da 
vincristina: itraconazol (inibição do cit.P450), 
asparaginase (diminui o metabolismo). 
 Administração concomitante com mitomicina 
C: pode causar taquipinéia e broncoespasmo 
severo. 
Vincristina 
 Fármacos que  os níveis plasmáticos: 
fenitoína, carbamazepina. 
 Reduz os níveis plasmáticos da digoxina. 
 Vincristina + zidovudina: aumenta o risco de 
toxicidade hematológica. 
 
 
Vincristina 
Farmacocinética: 
 
 Absorção via oral: pobre, 
 Penetra pouco a BHE, 
 Liga-se em 75% a proteínas plasmáticas, 
 Metabolismo: fígado pelo cit. P450, 
 80% excretado pela bile e fezes e 10 a 20 %, pela 
urina, 
 Meia vida final: 24 h. 
Atenção Farmacêutica em Oncologia 
Dificuldades para implantar AF em oncologia: 
 
Dificuldade de contato com o paciente e 
obtenção de dados clínicos relevantes 
Oncologistas são profundos conhecedores dos 
PRM’s 
Interação com o paciente muito complexa 
Monitorização da toxicidade da QT 
Toxicidade hematológica 
Toxicidade gastrintestinal 
Toxicidade cardíaca 
Nefrotoxicidade e urotoxicidade 
Alopécia 
Toxicidade hepática 
Toxicidade neurológica 
Graus de toxicidade 
Toxicidade Grau 0 Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 
Leucócitos 
(x 103/L) 
> 4,0 3,0-3,9 2,0-2,9 1,0-1,9 < 1,0 
Plaquetas 
(x 103/L) 
normal 75 - normal 50-74,9 25-49,9 < 25 
Náuseas nenhuma Ingere o 
suficiente 
Come 
pouco 
Ingesta 
quase nula 
Sem 
ingesta 
Vômitos nenhum 1 episódio 
em 24 h 
2-5 
episódios 
6-10 
episódios 
> 10 
episódios 
Diarréia nenhuma 2-3 
evacuações 
a mais/dia 
4-6 7-9 < 10 
Graus de toxicidade 
Toxicidade Grau 0 Grau 1 Grau 2 Grau 3 Grau 4 
Estomatite nenhuma Úlceras c/ 
dor, dor 
de 
garganta 
leve 
Edema ou 
úlceras 
dolorosas, 
pode 
comer 
sólidos 
Idem, mas 
não pode 
comer 
sólidos 
Requer NP 
ou enteral 
Creatinina 
(N= 1 
mg/dL) 
Normal < 1,5 x N 1,5-3,0 x N 3,1-6,0 x N > 6,0 x N 
Bilirrubina 
(N= 1 
mg/dL) 
Normal < 1,5 x N 1,5-3,0 x N > 3,0 x N 
Toxicidade Hematológica 
Toxicidade gastrintestinal 
Toxicidade gastrintestinal 
Mecanismo pelo qual a QT induz a vômitos: 5-
HT 
 
Náuseas e vômitos: fase aguda e fase tardia 
 
Êmese antecipatória 
 
 
Profilaxia da Êmese aguda 
QT com potencial emetógeno de moderado a 
elevado: 
 
Antagonista de 5-HT3 + corticóide 
70-90% proteção 
Vias oral e intravenosa 
Dose do ondansetron: 8-32 mg em dose única ou 
em duas tomadas. 
Dose da dexametasona: 20 mg 
Profilaxia da Êmese aguda 
QT pouco emetógena: 
 
Corticóide + antidopaminérgico 
 
QT muito pouco emetógena: 
 
Não requer profilaxia 
Profilaxia da êmese tardia 
 
Os antagonistas de 5-HT3 são de pouco valor 
 
Dexametasona + antidopaminérgico 
Tratamento de resgate quando a profilaxia 
falha 
Prática clínica: 
 
Utilizam-se todos os antieméticos 
Mucosite 
Mucosite: localização 
 
Queimação local e úlceras 
 
Frequente em pacientes com QAD e 
tratamentos prolongados 
 
Agentes mais implicados: doxorrubicina, 5-
fluorouracil, metotrexato, vinblastina. 
Mucosite 
Medidas paliativas na mucosite: 
 
Enxagues bucais e higiene rigorosa da cavidade 
oral 
Evitar substâncias irritantes 
Evitar alimentos secos, pegajosos, ácidos ou 
picantes e comidas quentes 
Ingerir uma dieta adequada e muito líquido 
Diarréia 
Classificação da diarréia devido à QT: 
 
Diarréia aguda 
 
Diarréia tardia 
 
•Diarréia + neutropenia: internação 
Cardiotoxicidade 
Antineoplásicos mais implicados: antraciclinas 
e doxorrubicina e daunorrubicina 
 
Anomalias no ECG e hipotensão 
 
ICC e redução na fração de ejeção ventricular 
abaixo de 50% 
Cardiotoxicidade 
Interação desaconselhada: 
 
Cardiotoxicidade 
• Interação benéfica: 
 
Cardiotoxicidade 
Nefrotoxicidade e urotoxicidade 
Fármacos mais implicados: 
 
Cisplatino e metotrexato: túbulos renais 
Ciclofosfamida e ifosfamida: bexiga 
 
Pacientes que recebem cisplatino na dose 
> 60 mg/m2, recebem amifostina na dose 
entre 740 e 910 mg/m2. 
Nefrotoxicidade e urotoxicidade 
Alopécia 
Fármacos mais implicados: 
 
Antraciclinas, bleomicina, ciclofosfamida, 
dactinomicina, docetaxel, paclitaxel, vinblastina, 
etc. 
 
Medidas de apoio: 
 
Aplicação de frio local 
Medidas estéticas: perucas, chapéus, etc. 
Neurotoxicidade 
Fármacos mais implicados: 
 
Asparaginasa, alcalóides da vinca, 
procarbazina, 5-fluorouracil, cisplatino, 
metotrexato. 
Hepatotoxicidade 
Fármacos mais implicados: 
 
Asparaginasa, carboplatino, citarabina, 
mercaptopurina, metotrexato, etc.

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