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Caso clinico - Obesidade

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1. O paciente do presente estudo possui seu ICMC 54,1Kg/m² e sua classificação é Obesidade Grau III, segundo a OMS 1998, e Superobesidade de acordo com a Sociedade Americana de Cirurgia Bariátrica Federação Internacional de Cirurgia Bariátrica. 
A sua distribuição de calorias durante o dia está inadequada, pois ele precisa inserir o café da manhã e colação, pois para sua patologia de DM2 tona-se essencial às primeiras refeições e aumentar o aporte calórico no inicio do dia, pode ajudar a controlar o peso, a ceia deve ser ajustada também, visto que ele fica comendo besteiras até de madrugada, o que prejudica seu ciclo circadiano, pois uma alimentação errada, como comer a noite, interrompe a fisiologia circadiana, quanto sua ingestão de nutrientes, podemos ter uma base que sua dieta esta calórica, e hiperlipídica, pelo fato de preferir carne vermelha com gorduras e frituras, além de carboidratos refiados que justifica sua glicemia em jejum alterada, e ingerir diariamente refrigerante sem açúcar, que é rica e sódio que é prejudicial para sua hipertensão, o que justifica a alteração da mesma.
Nos exames laboratoriais apresentou glicemia em jejum alterada, 248mg/dL, sendo que a normaglicemia seria de 65,0 – 100,0 mg/dL, e a Hemoglobina Glicada 7,2mg/Dl, sendo o limite de 5 a 6,5 mg/dL, ou seja, segundo o Consenso da Sociedade Brasileira de Diabetes ele apresenta DM2, estando descompensada, tendo um excesso de glicose no sangue, com isso o paciente produz mais insulina, porém seus receptores GLUT 4 não conseguem capturar para dentro da células, devido a resistência, por conta do tecido adiposo, em relação aos demais exames como hematócrito e hemoglobina, os mesmos apresentaram resultados dentro de suas referencias. Referente seus exames físicos apresentou uma elevação dos seus níveis pressóricos, onde sua classificação ficou Hipertensão estágio 3, ao qual também relatou episódios de ronco intenso durante o sono com sensação de sufocamento ao despertar. Apresentou edemas discretos em membros inferiores, além de apontar em seu caso cínico, dispneia aos moderados esforços, acompanhada de sudorese profusa, levando a subjetividade de insuficiência cardíaca. 
Iteração fármaco e nutrição o mesmo utiliza a medicação de Enalapri, pode causar hipercalemia, após seis meses pode causar leve excreção urinária de zinco e uma redução leve dos níveis intracelular, deve ser administrado 1 h ou 2 h, antes da refeição, ou com alimentos pobres em fibras; em relação à medicação de Furosemida, deve ser administrada com alimentação para diminuição do TGI, depleta zinco e magnésio; a medicação Clortalidona, não interage com alimentos depleta potássio, e magnésio, deem ser ingeridos com alimentos pela manhã, em relação Anlodipina, o alimento não afeta a biodisponibilidade do fármaco, depleta potássio, cálcio, e Vit. D, e por fim a Metformina, deve ser administrado com alimentos para maior absorção e minimizar efeitos adversos.
2. GEB = 10 x P (kg) + 6,25 x E (cm) – 5 x I (anos) + 5 - Mifflin-St Jeor (1990)
GEB = 10 X 163,8 + 6,25 X 174 – 5 X 55 + 5 
GEB = 1.638 + 1087,50 – 275 + 5
GEB = 2.455,50 kcal/dia
VET = GEB X FA
VET = 2.455,50 X 1,3
VET = 3.192,15 Kcal / dia 
Adequação calorias = 3.192,15 – 1.000 = 2.192,15 Kcal/dia
Utilizei para determinação do VET a equação Mifflin-St Jeor (1990), utilizando seu peso atual, e não o ajustado, tendo em vista que o paciente ainda não possui esse peso, por isso poderia resultar em algo insustentável para a composição corporal que se encontra.
 Escolhi a mesma por ser uma das fórmulas recomendada nas diretrizes brasileiras de obesidade (ABESO, 2016) e também pelo motivo de ter me apresentado uma menor quantidade de calorias visto de o paciente precisa perder peso, após a equação fiz um déficit calórico de 1.000 kcal/dia, a fim de alcançar a perca de peso, que também é sugerida nas diretrizes da ABESO 2016.
3. A prescrição dietoterápica considerando as patologias do paciente apresentadas é a seguinte:
· Dieta hipocalórica, visando à redução do peso atual;
· Dieta hipossódica, visando à diminuição PA
· Dieta normoproteíca;
· Dieta nomoglicídica, sendo menor possível, porém com carboidratos integrais de baixo índice glicêmico, para ajuste de sua glicemia;
· Dieta normolipídica, com ajuste nas gorduras de melhor qualidade aumentando as insaturadas, como monoinsatura e polinsaturada.
4. QAVP
	NUTRIENTE
	%
	KCAL
	GRAMAS
	G/KG DE PESO
	Proteína
	20
	438,43
	109,61
	0,67
	Carboidrato
	55
	1.205,68
	301,42
	1,84
	Lipídeos
	25
	548,04
	60,89
	0,37
	Saturados
	6
	131,53
	14,61
	0,02
	Monoinsaturados
	10
	219,22
	24,36
	0,15
	Polinsaturados
	9
	197,29
	21,92
	0,13
	
	100
	
	
	
QAVE
	NUTRIENTE
	%
	KCAL
	GRAMAS
	G/KG DE PESO
	Proteína
	19,86
	438,36
	109,59
	0,67
	Carboidrato
	54,62
	1.205,52
	301,38
	1,84
	Lipídeos
	25,52
	563,31
	62,59
	0,38
	Saturados
	6,33
	139,77
	15,53
	0,09
	Monoinsaturados
	10,05
	221,76
	24,64
	0,15
	Polinsaturados
	7,14
	157,50
	17,50
	0,11
	Colesterol
	-
	1,82
	0,20
	
	Trans
	-
	2,16
	0,24
	
	
	100
	2.207,19
	
	
5. Conforme o objetivo do paciente, ao qual precisa reduzir cerca de 10 a 20% do seu peso atual, levando em consideração sua historia clinica, como suas patologias, foi elaborado um planejamento alimentar individualizado, sendo uma dieta balanceada, permitindo ao paciente uma variedade de alimentos e adequação nutricional, visando maior aderência de forma sustentável, onde foram distribuídos segundo as diretrizes brasileiras de obesidade (ABESO, 2016),em que os nutrientes ficariam 20% a 30% de lipídios, 55% a 60% de carboidratos e 15% a 20% de proteínas, e aporte adequado de vitaminas e minerais.
Para as frações de gorduras, foi utilizado a I Diretriz sobre o consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular, onde recomenda gorduras saturadas, <7% do VET; gorduras insaturadas, sendo as monoinsaturadas 5 a 10% VET. Para as gorduras polinsaturadas foi utilizada a recomendação para o tratamento das dislipidemias, American Heart Association, ao qual seu consumo fica de 5 a 10% do VET.
Foi elaborado um plano com redução do sódio, segundo a 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão, recomendando 1.500 mg/dia, além dos micronutrientes para controle de sua hipertensão, voltada para uma dieta DASH / Mediterrânea, composta por micronutrientes essências, como potássio, magnésio, vit. D, fibras.
Segue abaixo a relação dos micronutrientes monitorados no plano alimentar e suas recomendações.
	Nutriente
	Valor de referencia
	Valores encontrados
	Magnésio
	420 mg
	470,60 mg
	Potássio
	4.700 mg
	4.813 mg
	Cálcio
	1.200 mg
	1.283,24 mg
	Ferro
	8 mg
	13,09mg
	Sódio
	1.500 mg
	1.054,08 mg
	Vit. D
	10 mcg
	3,61 mcg
	Fibras
	30 g
	45,19 g
6. Promover uma dieta hipocalórica com objetivo de perda de peso, dessa forma, teve um déficit calórico de 1000kca/dia, segundo a recomendação das diretrizes brasileiras de obesidade (ABESO, 2016), a fim de alcançar a perda de 1kg por semana e melhorar os marcadores bioquímicos, como glicemia e diminuir o estado inflamatório, melhorando sua qualidade de vida.

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