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residência em saúde ufg P R O V A S A N T E R I O R E S ( 2 0 1 5 - 2 0 2 0 ) nutrição clínica não esquecer EDITAL ESQUEMATIZADO informações importantes! INSCRIÇÕES19 21 Cronograma ÚLTIMO DIA PARA PAGAMENTO 08 18 10 17 - 21 REALIZAÇÃO DA PROVA ENVIO DO CURRÍCULO RESULTADO PRELIMINAR RESULTADO FINAL FEVEREIRO 2021 DEZEMBRO 2020 NOVEMBRO 2020 OUTUBRO 2020 nutrição clínica Materno Infantil 28.5% Suporte Nutricional 11% DCNT 10.5% Câncer 7.5% Av Nutricional 7% TGI 6.5% Renal 6% Bioquímica 5% Paciente crítico 5% DCV 4% Hepato 3.5% Pâncreas 2.5% RANKING C O N T E Ú D O P R O G R A M Á I C O 2 4 H O R A S 7 D I A S Terapia Enteral 3 0 D I A S R E N D I M E N T O EDITAL ESQUEMATIZADO UFG 2020 Terapia Parenteral Tipos de dieta hospitalares Paciente crítico Doenças hepáticas Doenças do trato gastrointestinal Doenças pancreáticas Doenças renais Doenças pulmonares Doenças cardiovasculares Doenças hematológicas Câncer Avaliação nutricional Hipertensão Diabetes Bioquímica de carboidratos Bioquímica de lipídios Bioquímica de proteínas Desnutrição MATERNO INFANTIL UFG 2020 1) Qual é a recomendação para a programação de ganho de peso, até o final da gestação, para uma gestante de vinte semanas, apresentando peso pré- gestacional de 49 kg, peso atual de 67 kg e altura de 1,65 m? (A) Manutenção do peso. (B) Ganho mínimo de 0,5 kg/mês. (C) Ganho médio de 0,5 kg/semana. (D) Ganho mínimo de 1,0 kg/mês. 2) Leia o caso a seguir: Uma gestante de trinta e oito anos, com vinte e quatro semanas de gestação, sobrepeso pré-gestacional, ganho de peso atual de 11 kg, altura de 1,49 m, mãe portadora de diabetes tipo 2, glicemia de jejum de 125 mg/dL, glicemia pós-prandial de duas horas de 172 mg/dL, com hipertensão não controlada induzida pela gestação, recebeu diagnóstico recente de diabetes gestacional e foi encaminhada para equipe multiprofissional para iniciar o tratamento adequado. De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017/2018, o tratamento inicial para essa gestante consiste em: (A) terapia nutricional. (B) terapia nutricional e insulinoterapia. (C) terapia nutricional e atividade física. (D) terapia nutricional, atividade física e insulinoterapia. 3) Quanto às recomendações de energia e nutrientes para uma gestante de vinte e sete anos infectada pelo HIV, na 12a semana gestacional, peso pré-gestacional de 52 kg, peso atual de 54 kg, altura de 1,58 m, na fase assintomática da doença, orienta- se: (A) suplementação de proteínas, para prevenir o emagrecimento e promover aumento de massa muscular. (B) aumentar em 10% os requerimentos de energia, devido ao aumento da taxa metabólica basal. (C) aumentar a ingestão de vitaminas C, E, B6 e B12, para auxiliar na redução da transmissão vertical. (D) retirar a lactose e a sacarose da dieta, para prevenir a ocorrência de diarreia devido à terapia antirretroviral. 4) Constitui recomendação da Organização Mundial da Saúde (2016) durante os cuidados pré-natais, visando a uma experiência positiva na gravidez: (A) suplementação diária de 1,5 a 2 gramas de cálcio elementar nas gestantes de populações com baixa ingestão diária deste mineral, para reduzir o risco de pré-eclâmpsia. (B) suplementação oral diária de 30 a 60 miligramas de ferro elementar e de 400 microgramas de ácido fólico nas gestantes com anemia, para a melhora das reservas corporais de ferro. (C) utilização de suplementos de zinco, vitaminas C e E, para auxiliar na melhoria da imunidade das gestantes. (D) utilização de suplementos com alto teor de proteínas pelas gestantes de populações subnutridas, para melhorar os resultados maternos e perinatais. MATERNO INFANTIL UFG 2020 5) Os hormônios produzidos na gestação são responsáveis pelas modificações corporais nas gestantes que vão permitir o desenvolvimento e o amadurecimento fetal, o parto e a lactação. Qual dos seguintes hormônios está relacionado à implantação e à placentação do embrião, à redução da motilidade do trato gastrointestinal, à deposição materna de gordura, ao aumento da excreção renal de sódio e ao estímulo do apetite na gestante? (A) Lactogênio placentário humano. (B) Gonadotrofina coriônica humana. (C) Progesterona. (D) Estrogênio. 6) A gravidez é acompanhada por alterações anatômicas, fisiológicas e psicológicas que afetam quase todas as funções orgânicas da gestante. O entendimento dessas modificações é indispensável para o nutricionista subsidiar a assistência nutricional durante o pré-natal. Dentre as modificações metabólicas e bioquímicas ocorridas na gestação e destacadas por Accioly, Saunders e Lacerda (2009),pode-se citar o aumento: (A) da mobilização de gordura corporal, ocorrendo elevação dos níveis plasmáticos de ácidos graxos, triglicerídeos e colesterol. (B) da taxa metabólica basal, em 30%, a partir do início da gestação, refletindo em maior gasto energético, além do aumento das funções renal e cardíaca. (C) da utilização periférica de glicose, em torno de 40 a 50%, a partir do 3o trimestre, associada a maiores níveis séricos de aminoácidos. (D) dos níveis plasmáticos de insulina, que se torna mais eficaz por ação dos hormônios da tireoide conhecimentos_específicos_nutrição. 7) O colostro é o leite produzido em pequena quantidade nos primeiros três a sete dias após o parto. É um fluido espesso e amarelado, constituindo o leite ideal nos primeiros dias de vida, inclusive para bebês prematuros, pelo seu alto teor de: (A) vitaminas lipossolúveis. (B) calorias. (C) proteínas. (D) imunoglobulina A. 8) Sabendo que a produção de leite materno no primeiro semestre de vida do bebê é estimada em 807 mL/dia, que o teor de energia do leite produzido é de 67 kcal/100mL, que a eficiência de conversão da energia dos alimentos em energia corporal é de 80% e que a energia fornecida pela mobilização de gordura das reservas acumuladas durante a gestação é de 170 kcal/dia, qual é o adicional diário de energia necessário para essa lactante manter uma produção de leite adequada? (A) 675 kcal/dia. (B) 540 kcal/dia. (C) 505 kcal/dia. (D) 460 kcal/dia. MATERNO INFANTIL UFG 2020 9) A introdução dos alimentos complementares deve ser lenta e gradual. A alimentação deve complementar o leite materno, sendo que o início das refeições não deve substituir as mamadas no peito, recomendando-se o aleitamento materno até os dois anos de idade ou mais. Constitui uma das orientações do Ministério da Saúde (2015) para a introdução da alimentação complementar para uma criança que atinge os sete meses: (A) oferecer alimentos complementares três vezes ao dia, sendo duas papas de fruta e uma papa salgada. (B) oferecer alimentos complementares quatro vezes ao dia, sendo duas papas de fruta e duas papas salgadas. (C) introduzir o ovo inteiro cozido, considerando a história familiar de alergias alimentares. (D) introduzir gradativamente a alimentação da família, com ajuste da consistência. 10) Para crianças e adolescentes com doença renal crônica, as DRIs (Dietary Reference Intake) são indicadas como ponto de partida, embora haja guias e recomendações específicos. De acordo com Riella e Martins (2013), em crianças com DRC, (A) as dietas hipoproteicas (0,8 a 1 g/kg/dia) são indicadas, concomitante à suplementação dietética com aminoácidos essenciais ou cetoácidos. (B) a ingestão de ferro, zinco e selênio deve ser mantida em 100% da DRI para a idade, enquanto para cálcio e fósforo é necessário considerar seus níveis séricos, além do paratormônio e da fosfatase alcalina. (C) a recomendação líquida diária em situação de hemodiálise e diálise peritoneal deve ser correspondente ao volume urinário excretado no período de 24 horas. (D) a ingestão de potássio deve ser limitada nos casos de risco de hiperpotassemia, devendo- se observar os níveis séricos desse nutriente. 11) Você é nutricionista da pediatria de um hospital público e está preparando um relatório nutricional para solicitação de fórmula infantil à prefeitura, para a programação de alta de um paciente. Considerandoas seguintes características do produto: lata de 400 gramas, densidade calórica de 0,70 kcal/mL, medida de 4 gramas com rendimento de 30 mL de dieta preparada, qual será a quantidade de latas da fórmula infantil a ser solicitada para atender durante 30 dias um lactente com necessidade de 490 kcal diárias? (A) 4 (B) 5 (C) 6 (D) 7 12) Segundo Accioly, Lacerda e Aquino (2009), crianças, gestantes e mulheres em idade reprodutiva fazem parte do grupo de risco para o desenvolvimento da anemia ferropriva. De acordo com estas autoras, qual indicador bioquímico está relacionado à diminuição dos depósitos de ferro na primeira etapa deste tipo de anemia? (A) Ferritina sérica. (B) Transferrina sérica. (C) Protoporfirina eritrocitária. (D) Hemoglobina sérica. MATERNO INFANTIL UFG 2020 13) A partir da introdução da alimentação complementar é preciso oferecer água para o lactente, pois os alimentos fornecidos têm maior teor de proteína e de sais. Segundo o Manual de Orientação da Sociedade Brasileira de Pediatria (2012), o volume de água recomendado para uma criança de 7 a 12 meses, incluindo leite materno, fórmula e alimentação complementar, deve ser de: (A) 500 mL. (B) 600 mL. (C) 700 mL. (D) 800 mL. 14) Leia o relato do caso a seguir. Nutricionista atende uma lactante com criança de cinco meses, eutrófica, ganho de peso adequado e em aleitamento materno exclusivo. A mãe retornará ao trabalho em dez dias e deseja continuar oferecendo o leite materno ao filho. Neste caso, o nutricionista orienta que o leite materno ordenhado seja: (A) descongelado em recipiente de vidro no microondas. (B) estocado sob congelamento por, no máximo, 15 dias. (C) mantido sob refrigeração por, no máximo, 8 horas. (D) descongelado em banho-maria e fervido por 1 minuto. 15) Uma gestante eutrófica chega à consulta nutricional mensal relatando seguir a orientação alimentar prescrita, com curva de ganho de peso ascendente dentro do recomendado para a idade gestacional, porém com resultado de colesterol de 250 mg/dL, hemoglobina de 11 g/dL e albumina de 2,7 g/dL. Como o nutricionista deve orientar esta paciente? (A) Estimular o consumo de alimentos com fontes de ferro, de vitamina C e de proteína. (B) Manter a orientação alimentar prescrita até a reavaliação na próxima consulta. (C) Restringir a ingestão de gordura saturada e introduzir fitoesteróis diariamente. (D) Diminuir a ingestão de gordura animal e aumentar alimentos com fontes de proteína e ferro. 16) Gestantes com diagnóstico de diabetes devem receber orientação dietética individualizada para atingir a normoglicemia e favorecer o nascimento do concepto em boas condições. Quanto à terapia nutricional para diabetes na gestação, sabe-se que: (A) a ceia tem grande importância, sobretudo para mulheres que fazem uso de insulina à noite, devendo conter 25 g de carboidratos complexos, além de proteínas ou lipídios, para evitar hipoglicemia durante a madrugada. (B) após duas semanas de seguimento adequado da dieta, se os níveis glicêmicos permanecerem elevados recomenda-se a diminuição do total de carboidratos para 40% do VET. (C) quanto ao efeito do índice glicêmico dos carboidratos, a fonte e o tipo de carboidrato por refeição são mais importantes do que a quantidade deste. (D) a quantidade de carboidratos simples, como glicose, frutose e sacarose, não deve ultrapassar 5% da quantidade total de carboidratos, sendo que o restante deve ser composto de carboidratos complexos. MATERNO INFANTIL UFG 2020 17) A avaliação nutricional de uma gestante é uma das primeiras etapas do acompanhamento nutricional no pré-natal, fornecendo dados importantes para a elaboração de condutas dietéticas adequadas e para a promoção do melhor estado nutricional materno e do concepto. Sabe-se que, na avaliação de uma gestante: (A) com diabetes mellitus tipo 2, hospitalizada, em fase de ajuste do esquema insulínico, deve-se realizar a avaliação nutricional completa e acompanhamento semanal. (B) com índice de massa corporal pré-gestacional indicando obesidade, recomenda-se ganho ponderal de 1,0 kg no 1o trimestre e 0,3 kg por semana no 2o e 3o trimestres. (C) com baixo peso pelo índice de massa corporal pré-gestacional, recomenda-se inclinação ascendente da curva no gráfico de acompanhamento nutricional, e que esta permaneça na faixa de baixo peso ou alcance a faixa A. (D) com índice de massa corporal pré-gestacional indicando estado nutricional adequado, recomenda-se um ganho de 0,4 kg por semana a partir do 1o trimestre. 18) Na conduta nutricional para uma gestante com hipertensão gestacional estágio 2, utiliza-se dieta: (A) hipossódica (até 2 g/dia), a fim de evitar picos hipertensivos que possam colocar em risco o curso da gravidez. (B) hiperproteica, acrescida de leite e derivados desnatados e quantidade reduzida de gorduras saturadas. (C) normoproteica, com o intuito de compensar a proteinúria e promover crescimento tecidual. (D) suplementada com vitaminas A, C e E, a fim de combater os radicais livres responsáveis pelos aumentos pressórios. 19) O cuidado nutricional para uma gestante com diagnóstico de diabetes gestacional tem por objetivo manter a normoglicemia, favorecendo o nascimento do concepto a termo,com peso adequado e com menor risco de distúrbios respiratórios e malformações congênitas. Para essa patologia, a Associação Americana de Diabetes recomenda: (A) teor de proteína entre 15 – 20% do valor energético total, com um adicional de 10 g diárias. (B) consumo diário de fibras solúveis e insolúveis de 15 a 20 g dia para controle da constipação e da glicemia. (C) teor de lipídios entre 20 – 30% do valor energético total, priorizando os ácidos graxos n- 6. (D) restrição de sódio visando à prevenção das síndromes hipertensivas da gravidez. 20) Considere uma gestante de 26 anos, com idade gestacional de 22 semanas, peso pré-gestacional de 68 kg, altura de 1,57 m, com ganho de 6 kg até o momento. Com base nas recomendações do IOM (2009), qual será o peso máximo que esta gestante poderá atingir até o final da gestação? (A) 75,0 kg (B) 77,0 kg (C) 78,5 kg (D) 79,5 kg MATERNO INFANTIL UFG 2020 21) O diabetes gestacional é caracterizado por redução na secreção pancreática de insulina, alteração nos receptores de insulina, alteração na secreção de glucagon e desequilíbrio nos hormônios contrainsulínicos. Constituem fatores de risco associados ao desenvolvimento do diabetes ges- tacional: (A) estatura materna < 1,50 m, síndrome do ovário policístico, história de macrossomia fetal. (B) idade materna < 25 anos, história familiar de diabetes em parentes de 1o grau, oligoaminia. (C) deposição periférica excessiva de gordura materna, polidraminia, antecedente de morte fetal ou neonatal. (D) ganho de peso materno ≥ 6,8 kg em intervalo ≤ 12meses entre gestações, idade materna > 25 anos, hipertensão na gravidez atual. 22) A assistência nutricional é essencial para o acompanhamento da gestante HIV positiva. Quanto ao manejo nutricional de gestantes infectadas pelo HIV recomenda- se: (A) redução da lactose da dieta nas pacientes com diarreia intensa, como uma conduta a ser avaliada individualmente. (B) utilização de dieta hipolipídica devido às alterações do perfil lipídico em decorrência de terapia antirretroviral. (C) suplementação de proteínas para promover o aumento de massa muscular e prevenir o emagrecimento. (D) acréscimo de 10% nos requerimentos de energia em fases sintomáticas e durante a Aids. 23) A avaliação bioquímica orienta o nutricionista quanto ao estado nutricional e de saúde geral da gestante. O estabelecimento de pontos de corte específicos para gestantes ocorre em razão dos ajustes fisiológicos da gestação. De acordo com Accioly, Saunders e Lacerda (2009), qual dos valores laboratoriais mencionados a seguir é considerado como valor normal durante a gestação? (A) Creatinina ̶ 1,2 mg%. (B) Colesterol total ̶ 260 mg/dL. (C) Glicemia de jejum ̶ 88 mg/dL na primeira consulta. (D) Triglicerídios ̶ 160 mg/dL. 24) A reposição de micronutrientes é fundamental na terapianutricional da criança desnutrida grave. Na fase aguda da infecção, na qual ocorrem mudanças no metabolismo proteico, com favorecimento da síntese de proteínas de fase aguda, qual é o nutriente que deve ser excluído? (A) Ácido fólico. (B) Cobre. (C) Ferro. (D) Zinco. MATERNO INFANTIL UFG 2020 25) A Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose (2017), da Sociedade Brasileira de Cardiologia, traz recomendações importantes quanto ao tratamento de crianças e adolescentes com dislipidemias. Segundo este documento: (A) em crianças com hipercolesterolemia, o tratamento dietético nutricional deve seguir os mesmos parâmetros estabelecidos para adultos. (B) nas crianças com altos níveis de LDL, recomenda-se a redução da ingestão de todos os tipos de gordura e aumento da ingestão de alimentos ricos em ômega 3. (C) nos recém-nascidos com hipercolesterolemia grave, é necessário fazer uso de fórmulas pobres em gordura, enriquecidas com ômega 3 e triglicerídeos de cadeia média. (D) em crianças ou adolescentes com dislipidemia, é desaconselhada a prescrição de dieta pobre em lipídios, pelo risco de comprometimento do crescimento ou do desenvolvimento. 26) Para uma adolescente com diagnóstico nutricional de obesidade, de 12 anos, demonstrando elevação dos níveis séricos de colesterol e lipídios, e que já passou pelo estirão da puberdade, qual seria, dentre as opções a seguir, a conduta mais indicada para a intervenção nutricional? (A) Restrição da ingestão calórica e manutenção do peso por causa da puberdade. (B) Restrição da ingestão calórica e ajuste do peso em relação à estatura atingido com o crescimento. (C) Restrição da ingestão calórica e diminuição ponderal de 3 kg por mês. (D) Restrição da ingestão calórica e diminuição ponderal de aproximadamente 0,5 kg/semana. 27) O aleitamento materno exclusivo é recomendado até os seis meses de idade, enquanto as fórmulas infantis devem ser utilizadas apenas na impossibilidade de manutenção deste. Sabe-se que as fórmulas infantis industrializadas são elaboradas com base no leite de vaca. As principais modificações necessárias no leite de vaca, para a elaboração de fórmulas infantis modificadas, consistem em: (A) adição de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K). (B) diminuição do teor de proteínas e aumento de eletrólitos. (C) substituição de parte dos lipídios por óleo vegetal. (D) adição de carboidratos como lactose e maltodextrina. 28) As cólicas ocorrem em cerca de 10 a 30% dos lactentes, caracterizando-se por choro inexplicável e irritabilidade. De acordo com Vitolo (2008), o que minimiza os sintomas das cólicas do lactente? (A) A retirada de leite e derivados da alimentação da nutriz habituada a ingeri-los e sem antecedentes de alergia ao leite. (B) A suspensão da ingestão de chocolate e ovo pela nutriz. (C) Os intervalos mais curtos entre as mamadas. (D) O esvaziamento completo da mama, para que o bebê receba o leite posterior. MATERNO INFANTIL UFG 2020 30) Atualmente a ocorrência de gestação em mulheres com doença renal crônica vem se tornando cada vez mais comum. Quanto mais precoce o início do acompanhamento pré-natal maiores são as chances de obtenção de bons resultados obstétricos. Desta forma, no acompanhamento de uma gestante em terapia renal substitutiva, recomenda-se: (A) a utilização de padrões de ganho de peso gestacional específicos para portadoras de doença renal crônica, com base no IMC pré-gestacional. (B) a diminuição do tempo de diálise em 50%, objetivando a manutenção da ureia sérica em níveis adequados e melhor controle da volemia. (C) a ingestão protéica semelhante a outro paciente em diálise, com adição das necessidades da gestação. (D) o monitoramento inicial mínimo dos níveis séricos de albumina, ureia, fósforo, potássio, hemograma e Kt/V. 29) “Os Dez Passos da Alimentação Saudável para Crianças Menores de Dois Anos”, preconizados pelo Ministério da Saúde e Sociedade Brasileira de Pediatria, sugerem: (A) introduzir a gema do ovo, a partir dos seis meses, evitando-se a clara devido ao seu maior risco de alergenicidade. (B) oferecer carne à criança, desde a primeira papa principal, juntamente com cereais, tubérculos, leguminosas e hortaliças. (C) oferecer alimentos complementares três vezes ao dia se a criança estiver desmamada e cinco vezes ao dia, se estiver recebendo leite materno. (D) introduzir o consumo do açúcar na alimentação da criança após os dois anos de idade. 31) Leia o caso a seguir. A paciente MAD, de 25 anos, realizou sua primeira consulta de nutrição durante a gravidez na 16a semana gestacional, na qual foram identificados os seguintes dados antropométricos: peso atual de 67 kg, peso usual de 62 kg e altura de 1,58 m. Ao ser questionada pelo nutricionista a paciente não soube referir seu peso pré-gestacional, lembrando-se apenas que há 5 meses pesava 60 kg. No seu cartão da gestante o peso registrado na primeira consulta médica pré-natal, realizada na 15a semana, era de 66 kg. De acordo com os dados do caso apresentado, qual peso deve ser considerado pelo profissional nutricionista para definição do IMC pré-gestacional e da programação de ganho de peso para esta gestante? (A) 60 kg. (B) 62 kg. (C) 66 kg. (D) 67 kg. MATERNO INFANTIL UFG 2020 32) Leia o caso a seguir: A gestante NMS, 24a semana gestacional, de 17 anos, 1,42 m de altura, durante consulta de nutrição quando avaliada pelo IMC pré-gestacional, apresentou estado nutricional inicial indicando obesidade, O ganho ponderal de 9 kg, demonstrado até o momento, já havia atingido o ganho de peso total recomendado. De acordo com os dados do caso apresentado, quanto ao ganho ponderal subsequente dessa gestante, recomenda-se: (A) ganho de peso diferente de gestantes adultas, devido à imaturidade fisiológica. (B) programar o limite inferior de ganho de peso conforme categoria de IMC pré- gestacional. (C) atingir o ganho de peso máximo indicado segundo a faixa de IMC pré-gestacional. (D) manter o peso, pois a gestante já atingiu o ganho de peso total recomendado. 33) Leia as informações a seguir. Gestantes com diagnóstico de diabetes devem receber orientação dietética individualizada para alcançar as metas do seu tratamento. A dieta deve ser planejada e distribuída ao longo do dia, geralmente em três grandes e três pequenas refeições, objetivando-se evitar episódios de hiperglicemia, hipoglicemia ou cetose. É preciso ter atenção quanto à adequação de doses de insulina e horários de sua administração e quanto ao conteúdo dos nutrientes fornecidos em cada refeição. A ceia tem grande importância, em especial para gestantes que usam insulina noturna. Conforme estas informações, qual é a opção indicada para o lanche noturno de uma gestante com diagnóstico de diabetes e com prescrição de insulina à noite? (A) 200 mL de chá de hortelã com adoçante + 5 bolachas água e sal (138,2 kcal;20,7 g de carboidrato; 3,3 g de proteína; 4,5 g de lipídio). (B) 200 mL de suco natural de limão com adoçante + 1 pão francês (144,5 kcal; 32,1 g de carboidrato; 4,76 g de proteína; 0,1 g de lipídio). (C) 150 g de salada de frutas (mamão, banana, maçã com casca e caldo de laranja) com adoçante (148,4 kcal; 35,2 g de carboidrato; 1,0 g de proteína; 0,4 g de lipídio). (D) 150 mL de mingau de aveia com adoçante (193,6 kcal; 25,6 g de carboidrato; 8,1 g de proteína; 6,5 g de lipídio). MATERNO INFANTIL UFG 2020 34) Leia o caso a seguir. Uma nutriz de 26 anos, 1 mês após o parto, altura de 1,69 m, peso atual de 75 kg, em aleitamento materno exclusivo, com recomendação de perda de peso total de 5 kg até o final do 1o semestre e prática diariamente de uma hora de exercícios aeróbios. - Peso pré-gestacional: 65 kg - Peso no IMC médio: 62 kg - Necessidade de energia para produção láctea no 1o semestre: 675 kcal/dia - Fator energia: 6500 kcal/kg - VET = GE (TMB x NAF) + adicional energético para a lactação – energia para perda de peso - TMB (18-30 anos)= 14,818 x peso (kg) + 486,6 - NAF:1,53 (sedentário ou leve); 1,76 (ativo ou moderadamente ativo); 2,25(vigoroso ou moderadamente vigoroso) Com base nessas informações, indique a necessidade energética diária para essa paciente: (A) 3270 kcal. (B) 3140 kcal. (C) 3009 kcal. (D) 2931 kcal. 35) O leite materno é recomendado como alimento exclusivo até o sexto mês de vida da criança e, a partir de então, deve ser mantido com alimentos complementares até os dois anos ou mais de idade. Com relação à composição do leite materno, sabe-se que: (A) o teor de gordura e de micronutrientes ingeridos pela mãe interfere na quantidade de gorduras totais e de micronutrientes encontrados em sua composição. (B) a IgM é a imunoglobulina encontrada em maior concentração, principalmente na fase do colostro, representando 90% do total das imunoglobulinas. (C) na fase do colostro, apresenta maior teor de proteína, imunoglobulina, sódio e cloro e menor teor de energia, lipídio e lactose quando comparado à fase de leite maduro. (D) sua composição varia de uma mãe para outra, de um período de lactação para outro, mas não se modifica de acordo com o período do dia. 36) Leia o caso a seguir. Um lactente, com 60 dias de vida, peso atual de 5600 g, necessidade energética diária de 105 kcal/kg, capacidade gástrica média de 150 mL, foi internado na Clínica Pediátrica de um hospital devido a uma virose, está em uso exclusivo de fórmula láctea industrializada. A fórmula disponível no hospital fornece 66 kcal/100 mL. Neste caso, qual é a quantidade diária aproximada de mamadeiras para o alcance das necessidades energéticas desse lactente? (A) 5. (B) 6. (C) 7. (D) 8. MATERNO INFANTIL UFG 2020 37) A alergia alimentar ou hipersensibilidade alimentar é um dos tipos de hipersensibilidade alérgica resultante de uma resposta imune exacerbada pela exposição de um indivíduo a uma proteína alimentar, absorvida através da mucosa intestinal. Na dieta de um lactente de 6 meses, que apresenta alergia à proteína do leite de vaca, qual dos seguintes produtos descritos abaixo pode ser utilizado? (A) Fórmula infantil em pó, balanceada para lactentes até o 6o mês de vida, com proteína do soro do leite maior ou igual a 60%, lipídios de fonte vegetal acima de 95%, acrescido de prebióticos maior ou igual 4 g/L e isenta de sacarose. (B) Fórmula infantil em pó, polimérica, nutricionalmente completa, para nutrição enteral/oral de lactentes e crianças de 0 a 18 meses, hipercalórica, com relação ca- seína/proteínas do soro do leite de 70/30, acrescida de prebióticos e isenta de sacarose, lactose e glúten. (C) Fórmula infantil em pó, para lactentes de 0 a 12 meses, com proteínas modificadas em sua relação caseína/proteína do soro do leite (40:60), enriquecida com nucleotídeos com Lc-pufas DHA e ARA, ferro e vitaminas, densidade calórica de 67 kcal/100mL e isenta de lactose. (D) Fórmula infantil semielementar em pó, balanceada para lactentes de 0 a 12 meses, com proteína do soro do leite de vaca hidrolisada em 80% de peptídeos e 20% de aminoácidos livres e isenta de sacarose e lactose. 38) A obesidade infantil é um dos distúrbios nutricionais que mais cresce no mundo e é de difícil abordagem. O acompanhamento nutricional é uma das estratégias essenciais para o tratamento desta enfermidade, devendo englobar avaliação antropométrica e medidas dietéticas. No tratamento nutricional de uma criança de 4 anos com obesidade moderada, recomenda-se: (A) uma perda ponderal média de 1 a 2 quilogramas mensais, com enfoque na redução de tecido adiposo. (B) o uso dos edulcorantes artificiais sucralose e aspartame, para auxiliarem na redução ponderal, numa quantidade máxima de duas gramas diárias. (C) uma dieta normoglicídica, normo a hipolipídica e hiperprotéica para favorecer a redução ponderal e permitir um ritmo adequado de crescimento. (D) a realização de restrição lipídica, com atenção especial à diminuição da ingestão de gordura saturada. 39) Para uma criança de dois meses, em aleitamento materno exclusivo e com diagnóstico recente de doença do refluxo gastroesofágico, qual é a medida indicada para início de seu tratamento dietoterápico? (A) Manter o aleitamento materno, com maior fracionamento das mamadas, retirar alérgenos da dieta da mãe e reforçar os cuidados posturais. (B) Introduzir alimentação artificial, realizando o espessamento da fórmula infantil com farinhas pré-cozidas ou farinhas de cozimento na proporção de 5% a 7% e de 3% a 5%, respectivamente. (C) Utilizar fórmula láctea industrializada com amido em sua composição e específica para crianças portadoras de doença do refluxo gastroesofágico. (D) Iniciar uso de fórmula láctea industrializada a base de hidrolisado proteico, isenta de lactose e sacarose. MATERNO INFANTIL UFG 2020 40) O lactente D. L. S., de um ano e dez meses, tem doença renal crônica e está em hemodiálise há dois meses. Nesse período, tem apresentado peso pré-sessão dialítica de 13,0 kg, sendo o peso seco de 11,5 kg. Com o objetivo de permitir que a diálise seja realizada em domicílio, optou-se por instituir a diálise peritoneal. Nesse caso, a necessidade energética deste paciente e a recomendação de proteína em gramas por quilo (g/kg), considerando o novo tratamento dialítico e a seguinte fórmula para o cálculo do requerimento energético: EER = [89 X peso (kg) – 100] + 20, são, respectivamente: (A) 0,95 g/kg – 943,5 kcal/dia. (B) 1,10 – 1077,0 kcal/dia. (C) 1,30 – 943,5 kcal/dia. (D) 1,50 – 1077,0 kcal/dia. 41) O lactente L. S. P. nasceu na 34a semana gestacional, com peso de 1.500 g e 40 cm de comprimento. A idade corrigida deste lactente, atualmente, estando ele com três meses de idade, é: (A) um mês. (B) um mês e duas semanas. (C) dois meses. (D) dois meses e três semanas. 42) Leia o caso a seguir. Paciente J. V. S., de quatro anos, do sexo masculino, chega ao pronto-socorro pediátrico com desnutrição energético-proteica grave, hipoglicemia, hipotermia, desidratação e choque séptico. A dieta do pré-escolar foi suspensa e, após tratar as alterações metabólicas e hidroeletrolíticas, foi iniciada a terapia nutricional enteral. De acordo com o caso apresentado, a fase do tratamento da desnutrição grave em que se encontra o paciente e a característica da dieta a ser administrada são, respectivamente: (A) estabilização – energia: 80 a 100 kcal/kg/dia; proteína: 1,0 a 1,5 g/kg/dia; osmolaridade até 280 mmol/L. (B) reabilitação – energia: 150 – 220 kcal/kg/dia; proteína: 4,0 a 5,0 g/kg/dia; baixo teor de lactose (13 g/L) (C) monitorização – energia: 80 – 100 kcal/kg/dia; proteína: 4,0 a 5,0 g/kg/dia; Dieta enteral oligomérica. (D) acompanhamento – energia: 150 – 220 kcal/kg/dia;proteína: 1,0 a 1,5 g/kg/dia; osmolaridade até 280 mmol/L. 43) Na avaliação nutricional da gestante adolescente: (A) a avaliação antropométrica deve ser interpretada de forma equivalente à gestante adulta somente para as adolescentes que engravidaram dois anos após a menarca. (B) o peso pré-gestacional informado deve corresponder a, no máximo, dois meses antes da concepção ou do peso aferido antes da oitava semana gestacional. (C) o peso desejável deve ser utilizado para calcular a taxa metabólica basal de uma adolescente com sobrepeso pré-gestacional. (D) o estado nutricional pré-gestacional das adolescentes deve ser classificado de acordo com o índice de massa corporal para a idade ginecológica. MATERNO INFANTIL UFG 2020 44) No manejo nutricional das síndromes hipertensivas da gravidez, recomenda-se: (A) restrição calórica para controlar o ganho de peso gestacional e reduzir complicações. (B) dieta normossódica, com teor de sódio menor que 2,4 gramas diárias, no estágio 1 da hipertensão gestacional. (C) dieta normoprotéica (1 g/kg/dia) com o objetivo de corrigir a hipoproteinemia. (D) suplementação de 3 gramas de cálcio/dia para ges-tantes da 14a semana até o parto. 45) Leia o caso a seguir: A paciente M. L. S, de 32 anos, tem IMC pré-gestacional de 29,80 kg/m2 está com 29 semanas de idade gestacional, apresenta ganho de peso até o momento de 9,4 kg e foi recém-diagnosticada com diabetes melito gestacional. Nesse caso, o plano alimentarprescrito deve: (A) restringir calorias, objetivando a perda de peso e a eutrofia nutricional. (B) favorecer o controle metabólico e restringir o ganho de peso. (C) conter de 40 a 45% de carboidratos, 15 a 20% de proteínas e 30 a 40% de gorduras. (D) conter edulcorantes em substituição à sacarose, que deve ser restringida do plano alimentar. 46) O cuidado nutricional pré-natal tem sido valorizado pelo impacto no resultado obstétrico. A identificação precoce de gestantes com inadequação do estado nutricional permite ao nutricionista intervir por meio da orientação nutricional. Em relação ao ganho de peso materno durante a gestação, às mulheres: (A) com peso normal pré-gestacional recomenda-se um ganho de 9 a 12 kg. (B) abaixo do peso pré-gestacional recomenda-se um ganho de 12 a 16 kg. (C) com sobrepeso pré-gestacional recomenda-se um ganho por volta de 7 a 11,5 kg. (D) com obesidade pré-gestacional recomenda-se ganho de peso mensal de 0,5 kg durante toda a gestação. 47) É importante o planejamento da gestação em pacientes submetidas a gastroplastia. Nesses casos, recomenda-se a gestação de: (A) seis a oito meses após a cirurgia. (B) oito a dez meses após a cirurgia. (C) dez a 12 meses após a cirurgia. (D) 12 a 18 meses após a cirurgia. 48) A avaliação da perda ponderal durante a lactação baseada no estado nutricional pré-gestacional é importante para as nutrizes com: (A) sobrepeso pré-gestacional, que deverão perder >2,5kg/mês. (B) peso normal pré-gestacional, que deverão perder até 1,0 kg/mês. (C) obesidade pré-gestacional, que deverão perder > 3,0 kg/mês. (D) peso normal pré-gestacional, que deverão perder > 1,5 kg/mês. MATERNO INFANTIL UFG 2020 49) A fibrose cística é uma doença genética autossômica recessiva, caracterizada por mutações no gene Cystic Fibrosis Transmembrane Conductance Regulator. A diretriz de 2011 para terapia nutricional na fibrose cística recomenda: (A) evitar o aleitamento materno para lactentes clinicamente estáveis em decorrência de sintomas de fadiga e diarreia. (B) utilizar a combinação de triglicérides de cadeia média e longa, que garantem aporte de ácidos graxos essenciais e que não necessitam de enzimas para absorção, respectivamente. (C) fornecer um aporte de gorduras na dieta entre 35 e 40% do valor calórico total e aumentar a densidade calórica com maltodextrina. (D) utilizar a nutrição parenteral, por longo prazo, para pacientes após cirurgia do trato gastrointestinal e em espera de transplante. 50) As síndromes hipertensivas da gravidez (SHG) estão entre as principais causas de morbimortalidade materna e fetal. O controle dietético tem tido destaque na prevenção e no tratamento das suas formas mais graves. Com relação aos aspectos nutricionais nas SHG, pode-se afirmar que: (A) a adoção de dieta hiperproteica (≥ 2 g/kg/dia) e redução de gorduras saturadas, trans e colesterol devem ser orientadas nos casos de pré-eclâmpsia e eclâmpsia. (B) a medida básica é a restrição de sódio, recomendando-se uma dieta com até 3 gramas diárias deste mineral, para o tratamento do edema associado. (C) a restrição da ingestão de cálcio é recomendada para redução do risco de pré eclâmpsia e hipertensão gestacional para gestantes com história de SHG e com consumo elevado deste nutriente. (D) a restrição calórica leve é indicada para auxiliar no controle do ganho de peso gestacional e para reduzir o risco de desenvolvimento dessas patologias, visto que se observa maior frequência de SHG em gestantes com ganho de peso excessivo. MATERNO INFANTIL UFG 2020 51) Como classificar o estado nutricional de uma gestante que apresenta os seguintes resultados de exames laboratoriais: glicemia de jejum 75 mg/dL; albumina 3 g/dL; ácido úrico 3,4 mg%, hemoglobina 11,8 g/dL? (A) Desnutrição leve. (B) Desnutrição moderada. (C) Desnutrição grave. (D) Eutrofia. 52) A paciente N.A.S. é uma gestante portadora de doença renal crônica. Atualmente, encontra-se em tratamento dialítico, com programação de seis sessões de 3,5 horas de hemodiálise por semana. Faz uso de quelante de fósforo e demonstra ganho de peso interdialítico médio de 700 gramas. Sua última avaliação bioquímica indicou níveis séri- cos adequados de ureia e creatinina, fósforo elevado e potássio abaixo do limite máximo de normalidade. Considerando estes resultados bioquímicos, qual é a intervenção dietética indicada? (A) Substituição da carne vermelha por carne branca e proteína de soja, exclusão de leite e derivados e restrição da ingestão de frutas e verduras. (B) Manutenção da ingestão proteica, aumento da frequência de uso do quelante de fósforo e ajuste no tempo das sessões de diálise. (C) Controle da ingestão proteica, mantendo, no mínimo, 50% de proteína de alto valor biológico e ingestão de alimentos com menor relação fósforo/proteína. (D) Manutenção da ingestão proteica, priorizando alimentos com maior relação fósforo/proteína. 53) Duas crianças que completaram seis meses de idade iniciaram a alimentação complementar. A primeira está em aleitamento materno e a outra já foi desmamada. Essas duas crianças devem fazer, ao dia, respectivamente: (A) 3 e 6 refeições. (B) 3 e 5 refeições. (C) 2 e 6 refeições. (D) 2 e 4 refeições. 54) Uma criança com um ano de vida, em aleitamento mater no associado à alimentação sólida, chega ao pronto-socorro infantil do Hospital das Clínicas/UFG com quadro de diarreia aguda e sinais importantes de desidratação. Nesse caso, a conduta inicial mais adequada é: (A) suspender a alimentação sólida e usar medicamento para conter a diarreia. (B) manter o aleitamento materno, aumentar a alimentação sólida e usar medicamento para conter a diarreia. (C) repor as perdas hídricas e manter o aleitamento materno. (D) manter a alimentação sólida e repor as perdas hídricas. MATERNO INFANTIL UFG 2020 55) Para um lactente de quatro meses com diagnóstico de alergia a proteína do leite de vaca, qual é a dieta indicada? (A) Fórmula infantil com predominância proteica de caseína, fonte de carboidrato composta de 100% de maltodextrina, fonte lipídica composta de 100% de óleos vegetais. (B) Fórmula infantil com fonte proteica composta de 40% de caseína e 60% de proteína do soro do leite, fonte de carboidrato composta de 100% de lactose, fonte lipídica composta de 98% de óleos vegetais e 2% de gordura animal. (C) Fórmula infantil com fonte proteica 100% proveniente do leite de cabra, fonte de carboidrato 100% de maltodextrina e fonte lipídica composta de 100% de óleos vegetais, acrescida de prebióticos. (D) Fórmula infantil com fonte proteica composta de 100% de aminoácidos livres, fonte de carboidrato composta de 100% de maltodextrina e fonte lipídica composta de 100% de óleos vegetais. 56) Entre as deficiências de vitaminas e micronutrientes encontradas em crianças com desnutrição grave, as mais comuns são a de vitamina A, ácido fólico, zinco, cobre, magnésio, potássio e ferro. Especificamente em relação ao ferro, sua suplementação não é recomendada na fase de estabilização inicial do tratamento desses pacientes, pois: (A) interfere na estabilização dos distúrbios hidroeletrolíticos. (B) há risco de agravamento de infecções neste período. (C) tem sua absorção gravemente comprometida. (D) compromete a absorção de ácido fólico e zinco. 57) Segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (2011), quais são as recomendações para a terapia nutricional no paciente pediátrico gravemente desnutrido durante a fase de estabilização? (A) Dieta isenta de lactose e à base de aminoácidos livres, com até 100 kcal/kg/dia, 130 mL/kg dia de oferta hídrica e de 2 a 2,5 g de proteína/kg/dia. (B) Dieta com baixos teores de lactose e sódio, com até 100 kcal/kg/dia, 130 mL/kg dia de oferta hídrica e de 1 a 1,5 g de proteína/kg/dia. (C) Dieta com baixo teor de lactose e suplementação de micronutrientes, com 150 kcal/kg/dia, 150 a 200 mL/kg dia de oferta hídrica e de 3 a 4 g de proteína/kg/dia. (D) Dieta isenta de lactose e suplementação de micronutrientes, com 200 kcal/kg/dia, 150 a 200mL/kg dia de oferta hídrica e de 2 a 2,5 g de proteína/kg/dia. anotações UFG 2020 gabarito UFG 2020 1 - D 2 - A 3 - B 4 - A 5 - C 6 - A 7 - C 8 - C 9 - B 10 - D 11 - D 12 - A 13 - D 14 - B 15 - B 16 - A 17 - C 18 - B 19 - A 20 - D 21 - A 22 - D 23 - B 24 - C 25 - A 26 - D 27 - C 28 - D 29 - B 30 - C 31 - A 32 - B 33 - D 34 - A 35 - C 36 - B 37 - D 38 - D 39 - A 40 - C 41 - B 42 - A 43 - A 44 - B 45 - C 46 - C 47 - D 48 - B 49 - C 50 - A 51 - D 52 - C 53 - B 54 - C 55 - D 56 - B 57 - B SUPORTE NUTRICIONAL UFG 1) Pacientes submetidos à terapia nutricional parenteral (TNP) estão sujeitos a complicações relacionadas à infusão da dieta. Dentre as complicações metabólicas, a hipertrigliceridemia pode ser controlada se: (A) preferir a infusão cíclica de lipídios, ao invés de infusões contínuas durante 24 horas. (B) monitorar os níveis séricos de triglicerídeos no início da TNP e, depois, diariamente. (C) limitar a quantidade de lipídio infundido ao máximo de 1,0 g/kg/dia. (D) suspender a infusão lipídica diária em caso de triglicerídeos acima de 1000 mg/dL. 2) A nutrição enteral precoce (NEP) tem importância na evolução e no prognóstico do paciente. A maior parte das diretrizes e dos consensos estabelece como NEP aquela (A) realizada entre 24 horas e 48 horas após a internação hospitalar ou após evento traumático. (B) iniciada em até 24 horas após a admissão em Unidade de Terapia Intensiva. (C) realizada em até 48 horas após a finalização do jejum cirúrgico programado. (D) iniciada nas primeiras 24 horas após verificado funcionamento intestinal. 3) Os triglicerídeos de cadeia média (TCM) são muito utilizados na formulação de dietas enterais. A vantagem metabólica desse tipo específico de lipídios é de: (A) ser capaz de potencializar a absorção de lipídios essenciais, como o linoleico (ômega-6) e α-linolênico (ômega-3), necessários para a prevenção de deficiências. (B) dispensar o alongamento da cadeia carbônica antes de serem usados nas vias da ciclo- oxigenase ou da lipo-oxigenase. (C) dispensar o transportador carnitina palmitoil transferase para atravessar a membrana mitocondrial externa. (D) ser absorvidos por uma via única através da circulação portal, ao invés da absorção padrão por vasos linfáticos. 4) Todos os pacientes submetidos a jejum prolongado e/ou desnutridos graves podem apresentar síndrome de realimentação no momento da introdução da terapia nutricional. No intuito de evitar a síndrome de realimentação, a te-rapia nutricional deve ser iniciada com: (A) 15% a 50% da meta nutricional e atingir 100% de três a cinco dias. (B) 20% a 50% da meta nutricional e atingir 100% de três a cinco dias. (C) 20% a 70% da meta nutricional e atingir 100% de três a sete dias. (D) 25% a 70% da meta nutricional e atingir 100% de três a sete dias. 5) A desnutrição tem alta prevalência no ambiente hospitalar. Sua identificação precoce, por ferramentas validadas, possibilita estabelecer a conduta nutricional mais apropriada para tentar recuperar o estado nutricional do paciente. Segundo a Sociedade Brasileira de Nutrição Enteral e Parenteral (2018), quais são os principais métodos indicados na prática hospitalar para avaliar a função muscular? (A) Dobras cutâneas e bioimpedância. (B) Espessura do músculo adutor e polegar e circunferência da panturrilha. (C) Força do aperto de mão e teste de caminhada. (D) Ultrassom e circunferência muscular do braço. SUPORTE NUTRICIONAL UFG 6) Leia o relato do caso a seguir. Paciente F.V.S., idoso, com 80 kg e com necessidade energética de 30 kcal/kg em restrição hídrica de 25 mL/kg/dia. Nesse caso, o paciente deverá receber uma fórmula com densidade calórica mínima de: (A) 1.0 kcal/mL. (B) 1.2 kcal/mL. (C) 1.5 kcal/mL. (D) 2.0 kcal/mL. 7) Paciente com diagnóstico de câncer de pâncreas e estágio C da ASG-PPP necessitou de cirurgia de ressecção do tumor, com retirada parcial do pâncreas e parte do duodeno. Permaneceu com mais de 150 cm de intestino delgado e houve preservação de cólon. Encontra-se no pós-operatório com sonda nasoentérica posicionada após a anastomose intestinal. Que tipo de dieta enteral deve ser priorizada na terapia nutricional? (A) Dieta polimérica, hipercalórica e hiperproteica. (B) Dieta hidrolisada, hipercalórica e hiperproteica. (C) Dieta polimérica, hipercalórica e normoproteica. (D) Dieta hidrolisada, hipercalórica e normoproteica. 8) A prescrição de solução de nutrição parenteral é necessária para alguns doentes críticos, e a adequada distribuição das fontes calóricas na solução é fundamental para evitar complicações. Considerando um paciente de 70 kg, internado em unidade de terapia intensiva, que apresenta adequada perfusão tecidual e estabilidade hemodinâmica, quantos mililitros (mL) de solução de nutrição parenteral serão necessários para oferecer 20 kcal/kg/dia e qual é a velocidade máxima de infusão para evitar sobrecarga reticuloendotelial? Considere: 50% carboidratos na forma de glicose anidra a 20%; 20% de proteínas com solução de aminoácidos a 10% e 30% de lipídios (TCL/TCM) a 10% (A) 1842 mL e 50 mL/h. (B) 2041 mL e 50 mL/h. (C) 2076 mL e 100 mL/h. (D) 2196 mL e 100 mL/h. 9) Cem gramas de pó de um suplemento dietético apresentam em sua composição 30% de proteínas, 25% de lipídeos e 45% de carboidratos. Qual é o volume necessário para suplementar uma dieta com 600 kcal, considerando-se que o suplemento foi diluído a 30%? (A) 350 mL (B) 380 mL (C) 400 mL (D) 420 mL SUPORTE NUTRICIONAL UFG 10) Para um paciente em terapia nutricional enteral foi oferecida uma fórmula composta de 24% de proteína (77% de caseinato de cálcio e sódio, 23% L-arginina), 53% de carboidrato (100% maltodextrina) e 23% de lipídios (19% TCM, 67% óleo de peixe, 12% de óleo de milho e 2% de lecitina de soja), acrescida de arginina e nucleotídeos, senta de lactose, sacarose e fibra. Essa dieta é classificada como sendo: (A) monomérica. (B) oligomérica. (C) polimérica. (D) elementar. 11) A prescrição de solução de nutrição parenteral é necessária para alguns doentes críticos, e a adequada distribuição das fontes calóricas na solução é fundamental para evitar complicações. Considerando um paciente de 70 kg, internado em unidade de terapia intensiva, que apresenta adequada perfusão tecidual e estabilidade hemodinâmica, quantos mililitros (mL) de solução de nutrição parenteral serão necessários para oferecer 20 kcal/kg/dia e qual é a velocidade máxima de infusão para evitar sobrecarga reticuloendotelial? Considere: 50% carboidratos na forma de glicose anidra a 20%; 20% de proteínas com solução de aminoácidos a 10% e 30% de lipídios (TCL/TCM) a 10% (A) 1842 mL e 50 mL/h. (B) 2041 mL e 50 mL/h. (C) 2076 mL e 100 mL/h. (D) 2196 mL e 100 mL/h. 12) Leia o caso a seguir. Um paciente adulto, do sexo masculino, de 42 anos, 1,70 m, 66 kg, portador de lesão do sistema nervoso central, iniciou terapia nutricional enteral via sonda nasogástrica com densidade calórica de 1,35 cal/mL. A fórmula foi composta por 228 g de carboidratos, 76 g de proteínas e 72 g de lipídios. No caso relatado, o paciente recebeu um volume final de: (A) 1380 mL. (B) 1460 mL. (C) 1686 mL. (D) 1864 mL. 13) A osmolalidade refere-se ao número de miliosmoles por quilo de solução, e os valores estão relacionados à tolerância digestiva da fórmula enteral. Os nutrientes influenciam a osmolalidade de uma solução. Dessa forma: (A) as proteínas hidrolisadas e os aminoácidos livres reduzem a osmolalidade. (B) os carboidratos de maior peso molecular, como os amidos, apresentam elevado efeito osmótico. (C) os carboidratos simples, como os mono e dissacarídeos, aumentam a osmolalidade. (D) os triacilgliceróis de cadeia longa por serem insolúveis elevam a osmolalidade. SUPORTE NUTRICIONAL UFG 14) O carboidrato é o primeiro substrato utilizado como fonte energética em nutrição parenteral. A concentração a ser utilizada deve poupar o catabolismo proteico, mas sem agravar a hiperglicemia. Assim, recomenda-se que a infusão máxima diária de glicose para pacientes críticos seja de:(A) 7 mg/kg/minuto. (B) 6 mg/kg/minuto. (C) 5 mg/kg/minuto. (D) 4 mg/kg/minuto. 15) A terapia nutricional aplicada às úlceras de pressão deve fornecer nutrientes específicos que favoreçam a cicatrização de feridas, tenham ação anti-inflamatória e que melhorem o estado nutricional do indivíduo. Desta forma, os flavonoides são importantes, porque: (A) agem como substrato para a formação da ornitina, precursora das poliaminas, sendo fundamentais na divisão celular e imunomodulação. (B) promovem melhor biodisponibilidade do ácido linolênico, o que contribui para intensificar a ação anti-inflamatória. (C) melhoram a circulação sanguínea, aceleram a resposta imunológica e contribuem para a compensação de componentes nutricionais durante o processo in-flamatório. (D) apresentam ação imunomoduladora, impedindo a diminuição dos níveis séricos de linfócitos em complicações infecciosas, com redução das prostaglandinas E2. 16) A osmolalidade da fórmula enteral é um dos fatores que pode influenciar a tolerância digestiva dos pacientes a essa forma de alimentação. Portanto, na presença de jejunostomia, no que se refere à osmolalidade, a fórmula enteral mais indicada é: (A) hipotônica, com osmolalidade entre 550-750 mOsm/kg. (B) isotônica, com osmolalidade entre 550-750 mOsm/kg. (C) isotônica, com osmolalidade entre 300-350 mOsm/kg. (D) hipotônica, com osmolalidade entre 300-350 mOsm/kg. (2017) 17) O conteúdo de água nas formulações enterais varia segundo sua densidade calórica. Ao escolher a fórmula, o profissional deve levar em consideração a necessidade energética do paciente e o volume de dieta enteral que deverá ser administrado no dia. Um paciente com 60 kg, com necessidade energética de 35 kcal/kg em restrição hídrica de 20 mL/kg/dia, deverá receber uma fórmula com a seguinte densidade calórica: (A) 1,0 kcal/mL. (B) 1,25 kcal/mL. (C) 1,5 kcal/mL. (D) 1,75 kcal/mL. suporte nutricional UFG (2016) 18) Duzentas gramas de pó de um suplemento dietético apresentam em sua composição 16% de proteínas, 35% de lipídeos e 49% de carboidratos. Nesse caso, o volume necessário para suplementar uma dieta com 800 kcal, considerando-se que o suplemento foi diluído a 30%, deve ser de: (A) 724 ml. (B) 635 ml. (C) 562 ml. (D) 464 ml. (2016) 19) Em doentes em inanição grave é necessário cuidado especial na progressão da oferta alimentar, sendo a nutrição parenteral uma das possíveis vias a ser indicada. No que se refere à nutrição parenteral, conclui-se que: (A) a transição para alimentação oral deve ser gradual e usar a terapia de nutrição enteral na evolução. (B) glicemias acima de 200mg/dL, osmolalidade sérica > 250mOm/kg e Na>150mE são condições que justificam cautela no uso da nutrição parenteral. (C) deve ser usada em pacientes em cuidados paliativos, buscando prolongar e melhorar a qualidade de vida. (D) deve-se avaliar a capacidade do paciente em tolerar volume, proteína, carboidrato e lipídio em doses necessárias. (2016) 20) Sobre as fístulas digestivas, há uma discussão contínua a respeito da melhor via para nutrição e se períodos de “descanso intestinal” são benéficos para a recuperação com essa doença. No que se refere a esse assunto, há consenso de que a: (A) nutrição enteral é contraindicada em fístulas esofágicas. (B) nutrição enteral é contraindicada em fístulas baixas. (C) nutrição enteral pode ser empregada nas fístulas altas ou baixas. (D) nutrição parenteral é preferencial em relação à nutrição enteral em qualquer fístula digestiva. (2016) 21) A um paciente em terapia nutricional enteral foi oferecida uma fórmula composta de 21% de proteína (47% de amino- ácidos livres, 42% de hidrolisado de soja e lactoalbumina e 11% do soro do leite concentrado), 66% de carboidrato (85% maltodextrina, 10% sacarose, 5% de frutose) e 13% de lipídios (47% óleo de açafrão, 53% TCM). Essa dieta é classificada como: (A) polimérica. (B) oligomérica. (C) elementar. (D) monomérica. (2015) 22) 100 gramas de pó de um suplemento dietético apresentam em sua composição 34,5% de proteínas, 31% de lipídeos e 34,5% de carboidratos. Qual é o volume necessário para suplementar uma dieta com 500 Kcal, considerando-se que o suplemento foi diluído a 20%? (A) 525 ml. (B) 460 ml. (C) 450 ml. (D) 350 ml. anotações UFG 2020 gabarito UFG 2020 1 -C 2 - A 3 - C 4 - D 5 - C 6 - B 7 - A 8 - C 9 - B 10 - C 11 - C 12 - C 13 - C 14 - D 15 - C 16 - C 17 - D 18 - D 19 - D 20 - C 21 - B 22 - C DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS UFG 1) Leia o caso a seguir: Paciente A.D.C., do sexo masculino, de quarenta anos, peso de 130 kg e altura de 1,70 m, relata fazer quatro refeições por dia e ter baixo consumo de frutas e de grãos integrais. De acordo com a ABESO (2016), a dieta para esse paciente deverá ser balanceada, apresentando: (A) 25 a 30% de gorduras, 50 a 60% de carboidratos e 10 a 15% de proteínas, com um déficit de 500 a 1000 kcal/dia. (B) 25 a 30% de gorduras, 50 a 60% de carboidratos e 10 a 15% de proteínas, com um déficit de 600 a 1200 kcal/dia. (C) 20 a 30% de gorduras, 55 a 60% de carboidratos e 15 a 20% de proteínas, com um déficit de 500 a 1000 kcal/dia. (D) 20 a 30% de gorduras, 55 a 60% de carboidratos e 15 a 20% de proteínas, com um déficit de 600 a 1200 kcal/dia. 2) Segundo as Diretrizes Brasileiras de Obesidade (2016), o programa nutricional pós- operatório de cirurgia bariátrica deve ser orientado por nutricionista, preconizando que o início geral da dieta deve ser oral líquida, (A) 12 horas após o procedimento cirúrgico e protocolo de progressão da dieta alimentar a cada semana ou quinzena, com presença de fibras e administração de teste de tolerância oral à glicose. (B) 12 horas após o procedimento cirúrgico e protocolo de progressão da dieta alimentar a cada semana ou quinzena, sem presença de fibras e sem administração de teste de tolerância oral à glicose. (C) 24 horas após o procedimento cirúrgico e protocolo de progressão da dieta alimentar a cada semana ou quinzena, sem presença de fibras e com administração de teste de tolerância oral a glicose. (D) 24 horas após o procedimento cirúrgico e protocolo de progressão da dieta alimentar a cada semana ou quinzena, com presença de fibras e sem administra ção de teste de tolerância oral à glicose. 3) Leia o caso a seguir. Paciente P.A.M., de trinta anos, peso atual de 120 kg, peso ideal de 67 kg, altura de 1,74 m, está internado em unidade de terapia intensiva em estado crítico, após acidente automobilístico. Segundo as Diretrizes Brasileiras de Terapia Nutricional (2018), qual é a meta calórico-proteica diária a ser atingida nesse paciente obeso crítico? (A) 1320 kcal e 100,5 gramas de proteína. (B) 1680 kcal e 134,0 gramas de proteína. (C) 1760 kcal e 147,0 gramas de proteína. (D) 1800 kcal e 157,0 gramas de proteína. DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS UFG 4) De acordo com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017/2018, (A) o valor de hemoglobina glicada (HbA1c) maior ou igual a 5,0 % e menor ou igual a 6,0% caracteriza o diagnóstico de pré-diabetes. (B) as mulheres grávidas sem diagnóstico de diabetes mellitus, mas com glicemia de jejum ≥ 126 mg/dL, devem receber diagnóstico de diabetes melittus gestacional. (C) a frutosamina pode ser utilizada como alternativa diagnóstica de diabetes mellitus quando a HbA1c não estiver disponível. (D) a aferição da circunferência da cintura é, na prática clínica, uma alternativa barata e não invasiva na predição de resistência à insulina. 5) Leia o caso a seguir. Paciente T.R.C., de cinquenta e nove anos, do sexo feminino, diabética insulino- dependente há doze anos, foi admitida na clínica médica para realização de procedimento no setor de hemodinâmica. Não apresenta risco nutricional e recebe dieta por via oral. De acordo com os níveis de assistência de nutrição definidos pela Asbran (2014) e com as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017/2018, o nível de assistência nutricional e a meta glicêmica para esta paciente são, respectivamente: (A) primário e glicemia entre 140e 180 mg/dL. (B) secundário e glicemia entre 100 e 126 mg/dL. (C) primário e glicemia entre 100 e 126 mg/dL. (D) secundário e glicemia entre 140 e 180 mg/dL. 6) Leia o relato do caso a seguir. Paciente J.V.C., de 35 anos, do sexo feminino, com 98 kg e 1,60 m, sedentária, dona de casa, procura ambulatório para acompanhamento nutricional. Refere fazer dieta desde criança, sem obter resultados. Segundo as Diretrizes Brasileiras de Obesidade (2016), qual conduta tem evidência de Classe I (Forte)? (A) 20% de carboidrato, 55 a 65% de gorduras e 25 a 30% de proteínas. (B) 40% de carboidrato, 40% de gorduras e 20% de proteínas. (C) 55 a 65% de carboidrato, 20% de gorduras e 25 a 30% de proteínas. (D) 55 a 60% de carboidrato, 20 a 30% de gorduras e 15 a 20% de proteínas. 7) Pacientes obesos críticos podem receber nutrição hipocalórica permissiva quando estão sob suporte nutricional enteral. Para isso, os valores recomendados são de até 14 kcal/kg de peso atual/dia e 2,0 g/kg de peso ideal por dia. A fórmula disponível apresenta densidade calórica de 1,5 kcal/mL e 35% de proteínas. Quais seriam, portanto, o valor energético total, a quantidade de proteínas e o volume dessa dieta, respectivamente, prescrita a uma paciente na UTI, que tenha 90 kg e 1,60 m? (A) 753 kcal/dia; 180 g/proteína/dia e 503 mL de volume da dieta. (B) 1260 kcal/dia; 180 g/proteína/dia e 840 mL de volume da dieta. (C) 753 kcal/dia; 107,5 g/proteína/dia e 503 mL de volume da dieta. (D) 1260 kcal/dia; 107,5 g/proteína/dia e 840 mL de volume da dieta. DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS UFG 8) A terapia nutricional é o tratamento de uma doença ou condição por meio da mudança da ingestão de nutrientes ou de todo um alimento. Em indivíduos com diabetes mellitus (DM), a ingestão de carboidratos ganha especial atenção. De acordo com as recomendações da Sociedade Brasileira de Diabetes (2017/2018), é recomendado para pacientes com DM tipo 2 a dieta com: (A) carboidratos totais entre 50 e 65%; sacarose até 5%; não adição de frutose; fibra alimentar de 20 a 30g/dia. (B) carboidratos totais entre 45 e 55%; sacarose até 10%; adição de frutose até 5%; fibra alimentar de 20 a 30 g/dia. (C) carboidratos totais entre 45 e 60%; sacarose até 5%; não adição de frutose; fibra alimentar de 30 a 50 g/dia. (D) carboidratos totais entre 45 e 60%; sacarose até 10%; adição de frutose até 5%; fibra alimentar de 30 a 50 g/dia. 9) No manejo do diabetes em pacientes insulinodependentes, os horários de administração da insulina e de alimentação precisam ser cuidadosamente planejados. Paciente A.G.S., de 16 anos, com meta de glicemia pós-prandial de 120 mg/dL, glicemia capilar de jejum de 90 mg/dL, café da manhã às 7 horas com ingestão de 40 gramas de carboidrato, com razão insulina/carboidrato igual a 1:10 e glicemia pós-prandial de 157 mg/dL. Com base nas informações apresentados, a razão insulina/carboidrato, para a paciente A.G.S., deve ser (A) mantida, pois o valor da glicemia pós-prandial está adequado. (B) reduzida, pois o valor da glicemia pós-prandial está inadequado. (C) aumentada, pois o valor da glicemia pós-prandial está inadequado. (D) reduzida, pois o valor da glicemia pós-prandial está adequado. 10) A desnutrição energético-proteica torna o indivíduo mais susceptível a infecções. Processos infecciosos, por sua vez, aumentam a demanda metabólica, podendo agravar ainda mais a desnutrição. Nesse sentido, o nutricionista precisa reconhecer pacientes na vigência de processos infecciosos agudos para possibilitar a terapia nutricional mais adequada. Um paciente em vigência de infecção, provavelmente, apresentará: (A) proteína C reativa elevada, alfa-1-glicoproteína ácida elevada e albumina baixa. (B) leucocitose, alfa-1-glicoproteína ácida baixa e albumina elevada. (C) ferritina elevada, velocidade de hemossedimentação baixa e albumina elevada. (D) ferritina baixa, proteína C reativa elevada e albumina elevada. DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS UFG 11) A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, resultando em prejuízo para a saúde do indivíduo. A verificação da composição corporal na obesidade grau III é importante para avaliação do risco de morbidades. Qual é o melhor método para avaliação da composição corporal em obesos mórbidos (grau III)? (A) Antropometria e hidrodensitometria. (B) Hidrodensitometria e pletismografia gasosa (BOD-POD). (C) Índice de massa corporal e tomografia computadorizada. (D) Bioimpedância elétrica e DEXA. 12) A importância da terapia nutricional (TN) no tratamento do iabetes mellitus tem sido enfatizada desde a sua descoberta, bem como sua função desafiadora na prevenção, no gerenciamento da doença existente e na prevenção do desenvolvimento das complicações decorrentes. Qual é a composição nutricional de plano alimentar indicado para pessoas com diabetes mellitus? (A) 40 a 50% de carboidrato, 15 a 25% de proteína, 25 a 30% de lipídio. (B) 45 a 50% de carboidrato, 15 a 25% de proteína, 25 a 35% de lipídio. (C) 45 a 55% de carboidrato, 15 a 20% de proteína, 25 a 30% de lipídio. (D) 45 a 60% de carboidrato, 15 a 20% de proteína, 25 a 35% de lipídio. 13) Em relação ao tratamento da obesidade, qual das seguintes recomendações é preconizada pelas Diretrizes Brasileiras de Obesidade/2016? (A) Os substitutos de refeição são inúteis e ineficazes como parte de um plano estruturado de modificação da dieta em pacientes com obesidade, para redução do peso corporal. (B) As dietas que têm demonstrado maior evidência e eficácia no tratamento são as dietas ricas em gordura e pobres em carboidrato, a dieta do índice glicêmico, o jejum intermitente, a dieta sem glúten e a dieta sem lactose. (C) As dietas pobres em gordura e as muito pobres em gordura, a dieta DASH e a dieta com gorduras modificadas tipo do mediterrâneo podem levar a diferentes melhoras de fatores de risco cardiometabólicos, tendo benefício bem estabelecido no tratamento da obesidade. (D) A utilização de dietas que sejam balanceadas, compostas de 20% a 30% de gorduras, 55% a 60% de carboidratos e 15% a 20% de proteínas, promovendo um déficit de 500 a 1.000 kcal/dia. DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS UFG 14) O tratamento cirúrgico é indicado para pacientes portadores de obesidade grave que apresentam resistência ao tratamento convencional, requerendo vários cuidados, princi palmente no período pós-operatório. Sobre a evolução da dieta no estágio III, após cirurgia bariátrica, recomenda-se utilizar: (A) dieta líquida completa isenta de açúcar, com ingestão máxima de 80 g de proteína/dia. (B) dieta líquida completa, com ingestão máxima de 70 g de proteína/dia. (C) dieta de líquida a pastosa, com ingestão máxima de 70 g de proteína/dia. (D) dieta pastosa, com ingestão máxima de 75 g de proteína/dia. 15) Segundo as diretrizes brasileiras de hipertensão, as principais recomendações para prevenção primária da hipertensão arterial sistêmica são: (A) consumo controlado de sódio, aumento da ingestão de potássio, alimentação saudável e combate ao tabagismo e ao sedentarismo. (B) consumo controlado de sódio e álcool, redução do consumo de gorduras trans e aumento do consumo de frutas e legumes. (C) consumo controlado de sódio, aumento da ingestão de cálcio, magnésio, frutas, legumes e manutenção do peso saudável. (D) consumo controlado de sódio e álcool, manutenção de peso e alimentação saudáveis e aumento do consumo de ácidos graxos trans e poli-insaturados. 16) A obesidade é uma doença crônica que tem repercussão negativa sobre a qualidade de vida. A cirurgia bariátrica tem sido uma indicação terapêutica para essa doença, desde que sejam obedecidos alguns critérios para sua indicação, tais como: (A) IMC ≥ 35 kg/m2 independente da presença de comorbidades resultantes ou agravadas pela obesidade. (B) IMC ≥ 40 kg/m2, resistência ao tratamento conservador, independente da presença de comorbidades. (C) IMC ≥ 35 kg/m2 e excesso de peso ≥ 40 kg com comorbidades resultantes ou agravadas pela obesidade. (D) IMC ≥ 40 kg/m2 e excessode peso ≥ 40 kg com comorbidades resultantes ou agravadas pela obesidade. DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS UFG 17) O exame físico é parte integrante da avaliação do estado nutricional de pacientes hospitalizados e se aplica para identificar sinais e sintomas clínicos de má nutrição. São sinais sugestivos de perda calórica e proteica: (A) edema, atrofia da musculatura das panturrilhas e glossite. (B) atrofia bitemporal, sangramento gengival e xerose. (C) palidez conjuntival, atrofia da fúrcula esternal e formigamento nas mãos. (D) abdome escavado, perda da bola gordurosa de Bichart e sinal de asa quebrada. 18) Não é difícil reconhecer a obesidade ou até mesmo o sobrepeso, mas o diagnóstico correto requer que se identifiquem os níveis de risco, o que, frequentemente, necessita de algumas formas de quantificação. Além disso, à medida que o grau de obesidade avança, algumas ferramentas de avaliação nutricional perdem sua acurácia. No que se refere à avaliação nutricional no paciente com excesso de peso, conclui-se que: (A) alternativas como a medida da prega cutânea, ultrassonografia, análise de bioimpedância e espectroscopia por raios infravermelhos encontram-se disponíveis e são relativamente baratas e indicadas. (B) o peso ideal ou peso ajustado para a altura tem sido a medida de massa corporal mais favorável para avaliação nutricional, tradicionalmente. (C) o IMC não é um bom indicador, pois não é totalmente correlacionado com a gordura corporal e apresenta muitas limitações, como a de não distinguir a massa gordurosa da massa magra. (D) a medição da espessura das pregas cutâneas não é utilizada como indicador de obesidade, apesar de haver relação entre a gordura localizada nos depósitos debaixo da pele e a gordura interna ou a densidade corporal. 19) Com referência ao tratamento da obesidade, deve-se conssiderar que: (A) as dietas ricas em gordura, pobres em carboidratos e proteínas, compostas por 55% a 65% de lipídios, menos de 25% de carboidrato e 10% de proteínas, constituem uma das estratégias de abordagem. (B) as dietas de baixíssimas calorias, com 400 a 800 Kcal, produzem maior perda de peso em curto prazo, comparadas às de baixa caloria. Entretanto, em longo prazo, a perda de peso é similar. (C) a progressão da dieta após a cirurgia bariátrica deve prever uma baixa oferta de fibras, proteínas em torno de 60 a 120 g/dia e uma ingestão hídrica de, no máximo, 1,5 L/dia. (D) a suplementação polivitamínica e de minerais deve ser mensal e contemplar os minerais ferro, cálcio e vitamina D, no pós-operatório da cirurgia bariátrica. DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS UFG 20) Em relação ao tratamento não medicamentoso do diabetes mellitus, a Diretriz da Sociedade Brasileira de Diabetes -2013/2014 estabelece que: (A) a variabilidade glicêmica dos alimentos pode ser influenciada pelo clima, tipo de solo, modo de preparo, tempo de cozimento e outros componentes da refeição, como o teor de gorduras e de proteínas. (B) a atividade física promove menor capilarização das fibras musculares e prejudica a função mitocondrial, contribuindo para o descontrole glicêmico verificado por aumento da hemoglobina glicada. (C) o método de contagem de carboidratos prioriza a qualidade deste nutriente consumido na refeição e é recomendado com o objetivo de individualizar e flexibilizar a ingestão alimentar de crianças e adolescentes diabéticos. (D) a batata yacon é considerada um alimento funcional e poderá trazer benefícios no tratamento do diabetes em decorrência do seu alto teor de fibras insolúveis e prebióticos, como fruto-oligossacarídeos e inulina. 21) Na avaliação de um paciente diabético, é importante observar a presença de sintomas clássicos da doença e analisar os exames bioquímicos para uma correta conduta nu-tricional. Os critérios para o diagnóstico de diabetes mellitus são: (A) poliúria, polidipsia, polifagia e ganho de peso e glicemia casual maior que 200 mg/dL, a ser confirmada pela repetição do teste em outro dia. (B) poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso não intencional e glicemia de jejum entre 100 e 126 mg/dL, a ser confirmada em outra coleta de sangue. (C) poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso não intencional e glicemia de 2 horas pós-sobrecarga oral de 1,75 g de glicose por quilograma de peso igual ou maior que 200 mg/dL. (D) poliúria, polidipsia, perda de apetite e de peso não intencional acrescidos de glicemia de jejum maior que 126 mg/dL, a ser confirmada em outra coleta de sangue. anotações UFG 2020 gabarito UFG 2020 1 - C 2 - D 3 - B 4 - D 5 - D 6 - D 7 - D 8 - C 9 - C 10 - A 11 - B 12 - D 13 - D 14 - C 15 - A 16 - B 17 - D 18 - A 19 - B 20 - A 21 - C doenças renais UFG 1) Leia o caso a seguir. Paciente A.S.N., de quarenta e dois anos, do sexo feminino, nefropata em diálise peritoneal há três anos, está clinicamente bem e veio ao ambulatório de nutrição para consulta de acompanhamento. Peso de 64 kg e altura de 1,68 m. A diálise peritoneal utiliza o peritônio como membrana semipermeável. Considerando que a necessidade energética dessa paciente é de 35 kcal/kg/dia, sendo 60% do valor energético total de carboidratos, qual é a quantidade de carboidratos a ser ofertada por meio da dieta? (A) 145 a 175 g/dia. (B) 175 a 275 g/dia. (C) 186 a 236 g/dia. (D) 236 a 336 g/dia. 2) Quais recomendações nutricionais diárias são indicadas para um paciente transplantado renal, na fase de pós-transplante imediato, com índice de massa corporal prévio indicando eutrofia, sem disfunção do enxerto, sem hipertensão e demonstrando lenta cicatrização da ferida operatória? (A) 30 a 35 kcal/kg de peso atual, 50% de carboidrato; 1,5 a 2,0 g de proteína/kg de peso ideal corrido; até 35% de lipídios; 2400 mg de sódio; suplementação de zinco e ingestão hídrica sem necessidade de restrição. (B) 25 a 30 kcal/kg de peso atual, 50% de carboidrato; 0,8 a 1,0 g de proteína/kg de peso atual; até 30% de lipídios; 2400 mg de sódio; suplementação de selênio e ingestão hídrica restringida ao volume de urina excretado em 24 horas. (C) 30 a 35 kcal/kg de peso atual, 50% de carboidrato; 1,3 a 1,5 g de proteína/kg de peso atual; até 35% de lipídios; 2400 mg de sódio; suplementação de zinco e ingestão hídrica sem necessidade de restrição. (D) 25 a 30 kcal/kg de peso atual, 50% de carboidrato; 1,0 a 1,5 g de proteína/kg de peso ideal corrigido; até 30% de lipídios; 2400 mg de sódio; suplementação de arginina e ingestão hídrica restringida ao volume de urina excretado em 24 horas. 3) Para um paciente com doença renal crônica, em tratamento por diálise peritoneal, de 62 anos, sem necessidade de intervenção no estado nutricional, sem peritonite, sem edema e com hiperfosfatemia, a dieta a ser adotada deve apresentar as seguintes características: (A) normocalórica, hipoproteica, normoglicídica, normolipídica, hipocalêmica. (B) normocalórica, hiperproteica, hipoglicídica, normolipídica, normocalêmica. (C) hipercalórica, normoproteica, normoglicídica, hipolipídica, normocalêmica. (D) hipercalórica, hiperproteica, hipoglicídica, normolipídica, hipocalêmica. doenças renais UFG 4) Pacientes com doença renal crônica e submetidos a tratamento hemodialítico podem apresentar distúrbios nutricionais. Por isso, a orientação dietética e o acompanhamento nutricional periódico são fundamentais. Para casos de pacientes em tratamento hemodialítico, qual é a conduta dietética mais indicada? (A) Restringir a proteína na alimentação diária, assegurando que, pelo menos 50% do total, seja de alto valor biológico, é uma medida necessária durante o tratamento da hiperfosfatemia. (B) Descascar e fracionar o alimento em pequenos pedaços e utilizar água em abundância para o cozimento, descartando-a após o processo, contribui para a redução de fósforo nos alimentos. (C) Consumir no máximo uma ou duas porções de frutas com alta quantidade de potássio ou três porções diárias de frutas com pequena ou média quantidade de potássio, é a orientação inicial dada a pacientes com hiperpotassemia. (D) Incentivaro consumo de maior variedade de alimentos de fonte proteica, com diferentes tipos e preparações à base de carnes e laticínios, dando preferência para aqueles com maior relação fósforo/proteína. 5) A nefropatia diabética é uma complicação crônica do Diabetes Melito e representa uma importante causa de entrada em diálise dos pacientes portadores de doença renal crônica. A intervenção dietética está entre as estratégias para promover nefroproteção e melhor controle cardiovascular em pacientes com nefropatia diabética. Assim, para pacientes com excreção urinária de albumina elevada (proteinuria acima de 300 mg/24 horas) e com redução progressiva da TFG (< 60 mL/min/1,73 m2), recomenda-se a ingestão proteica diária de: (A) 0,6 g/kg. (B) 0,8 g/kg. (C) 1,0 g/kg. (D) 1,2 g/kg. 6) Na doença renal crônica, mesmo com a perda inicial das funções renais, o indivíduo apresenta sintomas apenas em fases mais tardias, graças à capacidade de reserva funcional, alteração na dinâmica renal e adaptação tubular. Assim, a concentração sérica de potássio é mantida dentro da normalidade até os estágios mais avançados. Isso ocorre como resultado: (A) da redução da excreção de potássio pelas fezes. (B) da redução dos níveis de bradicinina com elevação do fluxo plasmático renal. (C) do aumento do trabalho dos néfrons remanescentes associado à hipofiltração renal. (D) do aumento da secreção tubular de potássio. doenças renais UFG 7) A síndrome do intestino curto consiste em um conjunto de sinais e sintomas usados para descrever as consequências nutricionais e metabólicas de grandes ressecções do intestino delgado, o que pode favorecer diversas complicações. A nefrolitíase é uma dessas complicações, sendo resultante da: (A) menor concentração de sais biliares na bile favorecendo a precipitação de colesterol e formação dos cálculos renais. (B) fermentação de carboidratos mal absorvidos no cólon, favorecendo o aumento dos níveis séricos de ácido láctico e formação dos cálculos renais. (C) ligação do cálcio a ácidos graxos não absorvidos deixando o oxalato livre para ser absorvido no cólon formando os cálculos de oxalato. (D) hipersecreção de ácido gástrico provocando inativação da lipase pancreática e desconjugação de sais biliares com precipitação da nefrolitíase. 8) A terapia nutricional assume papel de destaque em pacientes portadores de doença renal crônica. A recomenddção de dieta hipoproteica na fase não dialítica visa: (A) contribuir para o aumento da taxa de filtração glomerular, condição que leva à glomeruloesclerose no curso da DRC. (B) regular a proteinúria, protegendo o rim dos efeitos deletérios do intenso tráfego de proteínas em suas estruturas. (C) favorecer a diminuição da pressão intraglomerular e o aumento do consumo renal de oxigênio. (D) aumentar a eliminação de ácidos gerados pelas proteínas, contribuindo para o melhor controle da acidose metabólica. 9) A hiperfosfatemia é uma condição bastante frequente nos pacientes com doença renal crônica em hemodiálise e está associada a enfermidades graves. Ao lado disso, a necessidade proteica é mais elevada devido às perdas que ocorre durante o tratamento, favorecendo a proteólise muscular. Assim, recomenda-se preferir alimentos com menor relação fósforo/proteína, como os seguintes: (A) clara de ovo e carne bovina. (B) leite e soja cozida. (C) fígado bovino e iogurte natural. (D) feijão e requeijão cremoso. 10) Homem de 40 anos, eutrófico, foi submetido a um transplante renal. No pós- operatório imediato, na orientação nutricional, a ingestão proteica, em g/kg/dia de peso atual, prescrita pelo nutricionista, deve estar entre: (A) 0,6 a 0,8 (B) 0,8 a 1,2 (C) 1,0 a 1,2 (D) 1,3 a 1,5 doenças renais UFG 11) Segundo Cuppari (2013), as recomendações diárias de proteína e energia para pacientes com doença renal crônica, em hemodiálise, são, respectivamente: (A) 0,6 a 1,1 g/kg/dia e 30 a 35 Kcal/kg/dia. (B) 0,8 a 1,0 g/kg/dia e 30 a 35 Kcal/kg/dia. (C) 1,1 a 1,2 g/kg/dia e 30 a 35 Kcal/kg/dia. (D) 1,5 a 2,0 g/kg/dia e 30 a 35 Kcal/kg/dia. 12) Considere um paciente renal crônico em tratamento conservador, sem procedimento dialítico, com necessidade de restrição hídrica e que esteja em uso de gastrostomia como via exclusiva de alimentação. Qual é a dieta indicada para este paciente? (A) Dieta enteral líquida, hipercalórica (2.0 Kcal/mL), hipoproteica (até 10% de proteína), rica em aminoácidos essenciais, com, no mínimo, 60% de carboidratos, isenta de sacarose, lactose e glúten. (B) Dieta enteral líquida, normocalórica (1.0 Kcal/mL), hiperproteica (mínimo de 70 g/L), rica em aminoácidos essenciais, com, no mínimo, 60% de carboidratos, isenta de sacarose, lactose e glúten. (C) Dieta enteral em pó, normocalórica (1.0 Kcal/mL), hipoproteica (até 10% de proteína), rica em aminoácidos de cadeia ramificada, com até 60% de carboidratos, isenta de sacarose, lactose e glúten. (D) Dieta enteral em pó, hipercalórica (2.0 Kcal/mL), hiperproteica (mínimo de 70 g/L), rica em aminoácidos de cadeia ramificada, com até 60% de carboidratos, isenta de sacarose, lactose e glúten. anotações UFG 2020 gabarito UFG 2020 1 - D 2 - C 3 - B 4 - C 5 - B 6 - D 7 - C 8 - B 9 - A 10 - D 11 - C 12 - A câncer UFG 1) Leia o caso a seguir. M.B.A., do sexo masculino, idoso de setenta anos, com diagnóstico de câncer gástrico e sarcopenia, está em acompanhamento no ambulatório de nutrição do Hospital das Clínicas/UFG-EBSERH. Segundo a Diretriz Brasileira de Terapia Nutricional no Paciente com Câncer (2019), quais métodos complementares devem ser considerados para avaliar a sarcopenia nesse caso? (A) Densitometria óssea e bioimpedância elétrica. (B) Dinamometria e teste de caminhada. (C) Tomografia computadorizada e DEXA. (D) Bioimpedância elétrica e ultrassonografia. 2) Para pacientes com câncer, submetidos à cirurgia de médio ou grande porte, recomenda-se iniciar, em cinco a sete dias no período perioperatório, a utilização de fórmulas contendo: (A) glutamina, mix de carotenoides, óleo de girassol de alto teor oleico. (B) carnitina, taurina, triglicerídeos de cadeia média. (C) arginina, ácidos graxos ômega-3 e nucleotídeos. (D) glutamina, ácidos graxos ômega-3, aminoácidos aromáticos. 3) Alguns alimentos implicam em maior risco de desenvolvimento de câncer. Neste sentido, carnes vermelhas e carnes processadas têm recebido especial atenção. Dentre os mecanismos pelos quais este grupo de alimentos parece oferecer maior risco está: (A) a maior chance de ingestão de carnes processadas contaminadas por Helicobacter pylori. (B) a formação de hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, devido a altas temperaturas de cocção. (C) o acondicionamento de carnes processadas utilizando-se plástico contendo bisfenóis. (D) a adição de fitoquímicos antioxidantes com propriedades estrogênicas no processamento. (2019) 4) É comum nos pacientes candidatos a transplante de células tronco- hematopoiéticas (TCTH) a ocorrência de perda de peso não intencional em função do aumento da demanda metabólica. Portanto, esses pacientes necessitam de um maior aporte de nutrientes. No caso de pacientes adultos candidatos a TCTH, o aporte calórico e proteica requerido é, respectivamente: (A) 30 a 35 kcal/kg peso ideal/dia e 1,5 g/kg de peso ideal durante os três primeiros meses pós-transplante. (B) 30 a 35 kcal/kg peso atual/dia e 1,5 g/kg de peso atual no pré e pós transplante. (C) 35 a 40 kcal/kg de peso usual/dia e 2,0 g/kg de peso ideal durante os três primeiros meses pós-transplante. (D) 35 a 40 kcal/kg de peso atual/dia e 2,0 g/kg de peso atual no pré e pós-transplante. câncer UFG 5) Leia o caso a seguir para responder às questões Paciente X.A.M., de cinquenta e oito anos, do sexo masculino, tabagista há vinte e um anos, diagnosticado há três meses com câncer gástrico, foi admitido na clínica cirúrgica para realização de gastrectomia total. - Peso atual = 58 kg, peso usual = 78 kg, altura = 1,80 m, ASG-PPP = C. - Dieta A: DC = 1,5 kcal, 18% de proteínas (100% proteína do soro do leite hidrolisada),