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Aula 9 - Síntese cirúrgica

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Síntese cirúrgica
Introdução: 
• Definição: aproximação das bordas de 
tecidos seccionados ou ressecados; 
• Manutenção da contiguidade dos tecidos; 
• Materiais que resistam às tensões e trações 
que irão exercer sobre a ferida nas fases 
iniciais de cicatrização; 
• Função substituída pela cicatriz à medida 
que ocorre a cicatrização; 
Instrumentos utilizados na 
síntese manual: 
• Agulhas: 
↪ Usadas na reconstrução com finalidade de 
transfixar os tecidos, servindo de guia para o 
fio de sutura; 
↪ Ponta da agulha – fundamental 
importância: deve favorecer uma 
penetração adequada ao tecido, com o 
mínimo de traumatismo; 
↪ Pontas: cilíndricas ou cortantes; 
↪ Agulhas: retas, curvas ou de cabo; 
↪ Agulhas retas: podem ser cilíndricas ou 
cortantes. 
▪ Reconstrução de vísceras ocas, 
tendões, nervos e suturas 
intradérmicas; 
▪ As que já trazem o fio montado = 
atraumáticas; 
▪ Usadas com a mão; 
▪ Utilizada com três dedos (indicador, 
médio e polegar); 
▪ Movimentada em sentido horizontal – 
da borda próxima para mais distante do 
cirurgião; 
↪ Agulhas curvas: podem ser cilíndricas ou 
cortantes; 
▪ As que já trazem o fio montado = 
atraumáticas; 
▪ Raio de curvatura variável, adaptando-se 
a cada tipo de síntese, em tamanho 
adequado; 
▪ Usadas com porta agulha; 
▪ Transpassada em sentido inverso – da 
borda mais distante para a mais próxima 
do cirurgião; 
• Seleção da agulha: 
↪ Acessibilidade do tecido a ser suturado; 
↪ Tipo de tecido - constituição histológica: 
▪ Maior facilidade em sua transecção – 
intestino delgado → agulha cilíndrica 
▪ Maior dificuldade no afastamento dos 
tecidos, necessário ao ponto – pele → 
agulha triangular cortante; 
 
↪ Diâmetro do fio de sutura; 
↪ Agulha – 3 partes: ponta, corpo e olho 
(onde é colocado o material de síntese); 
↪ A agulha é reconhecida em fracos de um 
círculo total; 
▪ Semicírculo: sutura intestinal; 
▪ Três quartos de círculo; 
▪ Cinco oitavos de círculo: urologia; 
▪ Semirreta/três oitavos de círculo: sutura 
de pele; 
 
↪ Corte transversal do corpo da agulha: perfil 
cilíndrico, plano ou triangular; 
↪ Ponta da agulha: cortante, romba ou plana; 
 
↪ Corte transversal do corpo da agulha + 
ponta da agulha = capacidade de atravessar 
tecidos causando uma mínima lesão tecidual; 
TEC CIRÚRGICA 
 
↪ Tecidos densos (pele): agulhas triangulares 
com ponta cortantes; 
↪ Estruturas delicadas (parede arterial): 
agulhas cilíndricas com ponta romba; 
↪ Sutura da córnea ocular: agulha plana com 
ponta plana; 
• Pinça: 
↪ Pinças de dissecção anatômica: menos 
traumatizantes ao apreenderem as bordas 
para uma sutura; 
↪ Pinças de dissecção com dentes: úteis na 
aproximação das bordas da pele e de 
aponeuroses, favorecendo a boa coaptação; 
• Porta-agulha: 
↪ Principalmente em cavidades; 
↪ Oferece conforto ao cirurgião e melhor 
condução da agulha curva; 
↪ Realizando uma passagem única pelos 
tecidos; 
↪ Porta-agulhas de Mayo: 
 
↪ Porta-agulhas com anéis (Hegar): 
 
 
↪ Porta-agulhas de Castroviejo: 
 
↪ Porta-agulhas laparoscópico: 
 
 
Material de síntese: 
• Fios: 
↪ Usados para ligaduras vasculares →
garantem uma hemostasia perfeita; 
↪ Usados para aproximação de tecidos; 
↪ Empregados isoladamente ou montados 
em agulhas; 
↪ Fatores importantes: baixo custo, 
adequada resistência tênsil, facilidade de 
esterilização, maleabilidade e mínima reação 
tecidual; 
↪ Características do fio ideal: 
▪ Manter a força tênsil por tempo 
suficiente (até que a cicatriz adquira sua 
própria resistência frente aos estímulos 
mecânicos habituais); 
▪ Portar-se como material inerte, 
provocando o mínimo de reação 
tecidual; 
↪ A sutura não deve ser isquemiante 
(tensão exagerada dos fios); 
 
↪ Fios finos (quatro zeros ou mais): 
estruturas delicadas (intestino delgado); 
↪ Fios grossos (número 0 ou 1), 
inabsorvíveis, para tecidos com cicatrização 
lenta e acostumados a submeter-se a 
grandes tensões (tendões); 
 
• Fios absorvíveis: 
↪ Categute: 
▪ Simples: tempo de absorção mais 
rápida (aprox.. 8 dias); 
▪ Cromados: absorção mais lenta (aprox.. 
20 dias); 
▪ Fácil manipulação; 
▪ Não devem ser empregados em 
suturas superficiais (alta permeabilidade); 
▪ Intensa reação inflamatória em seu 
redor; 
▪ No mínimo 4 nós; 
▪ Utilização: suturas gastrintestinais, 
amarraduras de vasos na tela 
subcutânea, cirurgias ginecológicas e 
urológicas; 
↪ Ácido poliglicólico: 
▪ Fio sintético; 
▪ Resistência maior que o categute; 
▪ Reabsorção por hidrólise entre 60 a 90 
dias após sua utilização; 
▪ Resistência tênsil efetiva de seus nós é 
perdida em torno da 3ª semana; 
▪ No mínimo 3 nós; 
▪ Utilização: sutura de músculos, fáscias 
tecido celular subcutâneo; 
▪ Ocasiona pouca reação inflamatória; 
▪ Multifilamentado = pode abrigar 
bactérias que escapam da fagocitose; 
↪ Ácido poligaláctico: 
▪ VicrylR; 
▪ Semelhante em comportamento ao 
ácido poliglicólico; 
▪ Hidrolisa-se e é reabsorvido 
completamente em torno de 60 dias; 
▪ Cor violeta, normalmente = pode 
formar tatuagens de subcutâneo; 
▪ Também pode ser encontrado em cor 
branca = evita tatuagem 
▪ No mínimo 3 nós;. 
▪ Utilização: cirurgias gastrintestinais, 
urológicas, ginecológicas, oftalmológicas 
e na aproximação do tecido celular 
subcutâneo; 
↪ Polidioxanona: 
▪ Fio sintético; 
▪ Vantagem de ser monofilamentado; 
▪ Possui absorção lenta com manutenção 
da resistência tênsil por longo período; 
▪ No mínimo 3 nós; 
▪ Utilização: sutura de tendões, cápsulas 
articulares e fechamento da parede 
abdominal; 
• Fios não absorvíveis: 
↪ Seda: 
▪ Fibras retorcidas ou trançadas; 
▪ Fácil de ser manuseado; 
▪ Produz nós firmes; 
▪ Apesar de classificado como não 
absorvível, é degradado ao longo dos 
anos, perdendo sua resistência tênsil; 
▪ Formação de granuloma de corpo 
estranho; 
▪ No mínimo 3 nós; 
▪ Utilização: ligaduras vasculares; 
↪ Algodão: 
▪ Multifilamentar = pode perpetuar um 
processo infeccioso caso utilizado em 
território contaminado; 
▪ Por ser um fio maleável e agradável ao 
tato, proporciona um nó forte; 
▪ Semelhante à seda em termos de 
reação tecidual (formação de 
granuloma de corpo estranho); 
▪ No mínimo 3 nós; 
↪ Poliéster: 
▪ Sintético e multifilamentado; 
▪ Fios resistentes e de grande 
durabilidade; 
▪ Excelentes para suturas de 
aponeuroses, tendões e vasos; 
▪ Podem ser sem cobertura, cobertos 
por polibitilato ou teflon; 
▪ Requerem um mínimo de 5 nós para 
fixação segura; 
▪ Causam pouca reação tecidual (pouca 
resposta inflamatória); 
▪ Devem ser evitados quando houver 
infecção no local da sutura 
(multifilamentados); 
↪ Nylon: 
▪ Elasticidade e resistência à água; 
▪ Mono ou multifilamentados; 
▪ Fio de pouca reação, mas de difícil 
manipulação (duro e corrediço = não 
produz nó firme); 
▪ Perde resistência tênsil ao longo do 
tempo; 
▪ Pode ser degradado e absorvido ao 
longo de 2 anos, apesar de ser 
considerado inabsorvível; 
▪ Fios monofilamentados (negros ou 
incolore): suturas de pele; 
▪ Causam pouca reação tecidual; 
↪ Polipropileno: 
▪ Sintético e monofilamentado; 
▪ Produz pouca reação tecidual; 
▪ Incolor ou azul; 
▪ Mantém sua resistência tênsil vários 
anos após sua utilização; 
▪ Muito usado para sutura vascular; 
▪ Facilmente removível = ideal para 
sutura intradérmica; 
 
Material de prótese: 
• Quando a solução de continuidade entre as 
estruturas é extensa ou a síntese é feita sob 
demasiada tensão; 
• Interposição de material de prótese ou 
implante; 
• De origem biológica: 
↪ Fáscia: autógena - usada em hernioplastia 
e, às vezes, em operações plásticas, 
ginecológicas e urológicas. Fitas de fáscias 
homólogas conservadas não são úteis; 
↪ Dura-máter: dura-máter homóloga 
conservada em glicerina. Usada em cirurgia 
geral, plástica e cardiovascular; 
↪ Pericárdio bovino: utilizado, com bons 
resultados, para confecção de válvulas 
cardíacas; 
•De origem sintética: 
↪ Próteses metálicas: muito usadas em 
ortopedia. Devem ser livres de atividade 
elétrica (vitálio, tântalo e determinados tipos 
de aço inoxidável). Usadas como placas, 
parafusos, pinos e telas; 
↪ Plásticas: de nylon, teflon, polpropileno ou 
dácron. Materiais de fácil esterilização, 
resistentes, fáceis de manipular e recortar, 
permeáveis aos raios X. Não devem ser 
utilizadas em operações infectadas; 
↪ Membranas plásticas: principalmente os 
polímeros de metacrilato e de dióxido de 
silício (SiO4) – desde estado líquido até o 
sólido. Possuem baixo grau de tenacidade e 
bom índice de tolerância = largamente 
empregados como material de síntese 
(metacrilato) e de prótese (silicônio); 
 
 
 
Nós e suturas: 
• Nó cirúrgico: deve ser de fácil execução e 
tem por finalidade evitar que o fio 
entrelaçado se solte; 
• Principal: não se afrouxe, permitindo perfeito 
ajuste das bordas a serem afrontadas; 
↪ Tipo de nó, treino do cirurgião, grau de 
tensão dos tecidos a serem suturados e a 
natureza do fio; 
• Fio sintéticos monofilamentares (nylon e 
poliéster) tendem a se afrouxar; 
• Nó cirúrgico, em geral: 
↪ Primeira laçada, que aperta; 
↪ Seguida fixadoras, que impede o 
afrouxamento da primeira; 
↪ Quando há necessidade de maior 
segurança ou quando há a tendência dos 
outros nós se afrouxarem, acrescenta-se um 
terceiro nó; 
• Cada laçada deve ser feita no sentido oposto 
ao da anterior (caso contrário, o nó tende a 
se afrouxar); 
• Nó comum feito com as duas mãos:
 
 
 
 
• Nó comum feito com a mão esquerda: 
 
• Nó feito com a mão esquerda. Útil como 
alternativa para o segundo nó quando se 
usou para o primeiro nó a modalidade 
mostrada na figura anterior: 
 
• Tipos de sutura: 
1. Sutura em pontos separados: 
↪ Vantagens: o afrouxamento de um nó, ou 
a queda do mesmo, não interfere no 
restante da sutura. Há menor quantidade de 
corpo estranho no interior do ferimento 
cirúrgico. Os pontos são menos isquemiantes 
do que na sutura contínua. 
↪ Desvantagens: mais trabalhosa e mais 
demorada; 
↪ Ponto simples; 
↪ Ponto simples com nó para o interior da 
ferida; 
↪ Ponto em “U” horizontal.; 
↪ Ponto em “U” vertical; 
↪ Ponto em “X” horizontal.; 
↪ Ponto em “X” horizontal com nó para o 
interior da ferida; 
↪ Ponto recorrente; 
↪ Ponto helicoidal duplo; 
2. Sutura contínua: 
↪ Deve-se considerar o nó inicial, a sutura 
propriamente dita e o nó terminal; 
↪ Soltura de um ponto compromete a 
sutura inteira; 
↪ Mais isquemiante; 
↪ Mais rápidas; 
↪ Chuleio simples; 
↪ Chuleio ancorado; 
↪ Sutura em barra grega; 
↪ Sutura intratecidual, em barra grega; 
↪ Sutura em pontos recorrentes;

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