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FIOS, AGULHAS E SINTESE

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Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fios de sutura 
São materiais utilizados para manter os tecidos unidos 
até que a cicatrização esteja completa, além disso, 
também são utilizados para ligar vasos sanguíneos e 
fazer anastomoses. 
Finalidade 
® Síntese cirúrgica (sutura) 
® Ligadura dos vasos 
® Apresentação do campo cirúrgico (quando não 
tem a pinça de campo): 
o Fixação de campos 
o Pontos de reparo em bordas 
Características dos fios 
® Memoria 
® Manipulação 
® Reatividade tecidual 
® Origem 
® Capilaridade 
® Cor 
® Absorção 
® Diâmetro 
® Força de tensão 
® Coeficiente de fricção 
® Segurança do nó 
® Elasticidade 
Obs.: não precisa saber quais são as características, 
mas sim as que diferem um fio do outro. 
Fio ideal 
1. Resistente a trações e torções (Se tracionar ele 
não quebra e se rodar ele não rompe); 
2. Flexível e ao mesmo tempo não elástico (Puxa o 
fio e ele acompanha a tração); 
3. Fácil manuseio, nó fácil e firme (Consegue 
manipular muito bem/facilmente o fio e não solta 
facilmente); 
4. Não facilite infecção e permaneça estável em sua 
presença; 
5. Desperte pouca reação do organismo (Fio tem 
que ser de preferência inerte, não vai dar reação 
inflamatória no paciente); 
 
 
6. Não alergênico e não mutagênico (Não cause 
alergia e nem câncer no paciente); 
7. Fácil esterilização; 
8. Baixo custo. 
 
Classificação 
 
 
Quantidade de Filamentos: 
® Monofilamentares (Só possuem um filamento, 
sendo menos maleáveis. Apresentam menor potencial 
infeccioso); 
® Multifilamentares (Vários filamentos que são 
torcidos ou entrançados entre sim, fazendo com que o 
fio tenha mais flexibilidade e seja mais fácil de 
manusear. No entanto, provocam mais traumas e são 
ásperos ao passarem pelos tecidos. Além disso, eles 
são mais suscetíveis a ruptura). 
Presença de Agulhas: 
 ® Agulhados (90% dos fios); 
® Não Agulhados (Raro). 
Origem: 
® Sintética; 
® Natural (Animal, vegetal e mineral). 
Durabilidade (Quanto tempo o fio dura dentro do 
paciente): 
® Absorvíveis (É absorvido até 180 dias): 
 
fios e agulhas 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica 
o Curtíssimo espaço de tempo (7-10 dias); 
o Curto espaço de tempo (15-20 dias); 
o Médio espaço de tempo (60-90 dias); 
o Moderado espaço de tempo (90-120 dias); 
o Longo espaço de tempo (90-180 dias). 
® Inabsorvíveis (Só é absorvido após 180 dias) 
Biodegradáveis ou não. 
Reação Tissular (Pode causar uma reação 
inflamatória ou não): 
® Desprezível; 
® Mínima; 
® Moderada. 
Obs: fio multifilamentado existe risco alto de ocorrer 
infecções no local. 
Memória (Capacidade do fio voltar à sua posição 
inicial após serem manuseado e deformado 
relacionando-se com a plasticidade e com a 
elasticidade): 
Obs1: a plasticidade refere-se à possibilidade de 
expansão quando submetido à tração. Quanto mais 
estirado, menor a tendência ao retorno a sua forma 
original; 
Obs2: a elasticidade é a capacidade de retornar à 
forma e comprimento originais quando estirado. 
Ex: Náilon. 
® Desprezível; 
® Baixa; 
® Moderada; 
® Alta; 
® Bastante Alta. 
Espessura (É medida de acordo com a força que o fio 
consegue suportar): 
® Fios de maior diâmetro (1,2,3,4,5 e 6) e de menor 
diâmetro (00 ou 2-0, 000 ou 3-0, 4- 0, 5-0). Esses fios de 
menor diâmetro são utilizados em microcirurgia e os 
de maior diâmetro para a síntese de tecido ósseo. O 
aumento diâmetro também aumenta a força de 
resistência tênsil. 
 
Obs: varia com a quantidade de “0”. Quanto mais zero 
tem do lado esquerdo menor o diâmetro (mais fino) e 
quanto menos zero do lado direito maior o diâmetro 
(mais grosso, consegue suportar maior força tênsil 
 
Fios absorvíveis 
Categute simples e cromado 
® É um fio biológico que conforme o tempo de 
absorção por fagocitose pode ser simples ou cromado 
(recebe uma camada de bicromato de potássio). Os 
que possuem absorção mais rápida, são em torno de 
8 dias, e estes de absorção mais lenta, em torno de 20 
dias. Possuem baixo custo; 
® Menor força tênsil; 
® São de fácil manipulação, não devendo ser 
empregados em suturas superficiais, pois possuem 
grande permeabilidade. Provocam uma forte reação 
inflamatória ao seu redor, principalmente no simples; 
® Indicações categute simples: sutura peritoneal, na 
bolsa escrotal, no períneo e na reaproximação do 
tecido muscular e do tecido celular subcutâneo; 
® Indicações categute cromado: anastomoses 
intestinais, sutura peritônio, na bolsa escrotal e no 
períneo; 
® Desvantagens do simples: maior reação 
inflamatória, não usar sob tensão ou em tecidos com 
cicatrização lenta (pele), muita memória, quebradiço 
se ressecado; 
® Categute cromado: mais resistente que o simples, 
menor reação inflamatória, reabsorve em 90 dias e 
possui bom nauseio. As desvantagens são: escorrega 
e enfraquece (molhado) e reação inflamatória que 
provoca irregularidade na absorção. 
 
Vicryl 
® Hidrolisa-se e é completamente absorvido em torno 
de 60 a 90 dias; 
® Comumente encontrado na cor violeta, podendo ser 
branco também; 
® É utilizado em cirurgias gastrintestinais, urológicas, 
ginecológicas, oftalmológicas e na aproximação do 
tecido celular subcutâneo; 
® Ácido Poligaláctico: sintético, trançado, violeta; 
® Resistência tênsil: 28 a 35 dias; 
® Vantagens: fácil manuseio, segurança de nós e 
baixa reação tecidual; 
® Desvantagem: custo elevado. 
o Vicryl Rapide: É parcialmente hidrolisado, em 5 
dias reduz 50% da força tênsil e a absorção é 
em 7-14 dias; 
o Vicryl Plus: É envolvido com uma camada de 
triclosan (efetivo contra S. aureus, S. 
epidermidis, MRSA e MRSE). 
 
Monocryl e Caprofyl 
® Fio sintético monofilamentar absorvível em 
moderado espaço de tempo (90 a 120 dias); 
® Apresenta fácil manuseio, com pouco arrasto 
tecidual, força tênsil regular (diminui 
progressivamente a partir de 3 semanas), pequeno 
fenômeno de memória, segurança regular dos nós e 
indução de pouca reação tecidual; 
® Força tênsil: 21 a 28 dias (boa segurança); 
® Absorção: hidrolise - 90 a 120 dias; 
® Indicado tecidos de médio tempo de suporte: 
subcutâneo; 
® Não deve ser utilizado: cardiovascular, neuro, 
oftalmologia. 
 
Dexon 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica 
® Só é utilizado na forma multifilamentar, sendo de 
fácil manuseio; 
® É absorvido por hidrólise química entre 50-70 dias, 
dependente do nível de umidade tecidual, mas 
apresenta perda completa de resistência tênsil a partir 
de quatro semanas; 
® Vantagens: força tênsil praticamente inalterada por 
cerca de 21 dias, pequena capilaridade, baixa memória 
e segurança regular dos nós, mínima reação 
inflamatória tecidual e taxa de infecção menor; 
® Desvantagens: flexibilidade é apenas regular e 
apresenta custo elevado; 
® Indicação: sutura em praticamente todos os tecidos 
(peritoneal, muscular, aponeurótico, subcutâneo e 
pele). 
PSD 
® Fio sintético monofilamentar absorvível em um 
longo espaço de tempo e com grande e duradoura 
força tênsil; 
® Grande flexibilidade (maior que Dexon, Vicryl ou 
polipropileno); 
® Sutura: tendões, capsula articular e parede 
abdominal; 
® Degradação: hidrólise em 180 dias (> lenta que o 
Dexon e o Vicryl); 
® Força tênsil: 60 a 90 dias; 
® Desvantagem: difícil manuseio e elevado custo; 
® Indicação: sutura de tendões, cápsulas articulares e 
fechamento de parede abdominal. 
 
Maxon 
® É monofilamentado, muito fácil manuseio e maior 
segurança dos nós; 
® Absorvível por hidrólise em longo espaço de tempo 
150-180 dias; 
® Pouca reação tecidual; 
® Mais duradoura força tênsil; 
® Indicação: Todos os tecidos, anastomoses e todos 
os planos de parede abdominal; 
® Fio de mais alto custo. 
 
Fios não absorvíveis 
Seda 
 ® Fio biológico multifilamentar trançado não-
absorvível, obtida da larva do bicho da seda; 
® É fácil de manusear, flexível, apresenta pequena 
memória e força tênsil que decai lentamente; 
® Possui nós que se ajeitam facilmente e são seguros. 
Possuiresistência superior às de algodão e linho; 
® Provoca grande reação inflamatória, 
potencializando processo infecciosos; 
® Indicações: cirurgia oftálmica e microcirurgia; 
® Força tênsil: 1 a 2 anos (irregular); 
® Vantagens: barato, excelente manuseio, nós 
seguros; 
® Desvantagens: mais reação tecidual que outros 
não absorvíveis. Pode servir de "nidus ou fontes" no 
sistema urinário (formação de cálculos), ou promover 
úlceras na luz de órgãos do sistema gastrintestinal. 
 
Algodão 
® Fio biológico multifilamentar torcido não absorvível, 
fabricado a partir das fibras vegetais do algodão; 
® É bem flexível, maleável e agradável ao tato, 
propiciando um nó forte; 
® Caso utilizado em um local contaminado pode 
perpetuar um processo infecioso; 
® Propicia baixa memória, mas com grande efeito de 
capilaridade; 
® É um fio de baixo custo, sendo muito utilizado em 
anastomoses gastrointestinais, ligadura de vasos 
sanguíneos e nas camadas aponeuróticas (recobre as 
vísceras abdominais); 
® Vantagens: macio, fácil manipulação, forte que 
produz nós firmes; 
® Desvantagens: transportar germes por 
capilaridade quando em tecido úmido. 
 
Mersilene, Ethibond 
® O fio mais forte, tirando o de aço, composto por 
poliéster não revestido; 
® Apresenta força tênsil elevada e constante; 
® Bom manuseio, realização segura de nó para 
fixação; 
® Desperta pouca reação tecidual; 
® Excelente para sutura de aponeurose, tendões e 
vasos. 
 
Mononylon 
® Sintético, mono ou polifilamentar; 
® Bem tolerado pelo organismo devido à pequena 
reação tecidual que acarreta, obtidos de manômeros 
de poliamida; 
® Apresenta boa e duradoura força tênsil, e pouca ou 
nenhuma ação de capilaridade (exceto na forma 
multifilamentar que é menos utilizada); 
® Embora seja classificado com não absorvível, na 
verdade esse fio sobre degradação e grau de 
absorção em torno de dois anos, apresentando força 
tênsil decrescente a partir de seis meses; 
® Desvantagens: fio escorregadio, rígido, pouco 
flexível, com alta memória; 
® Boa elasticidade, memória (3 a 4 nós). É 
biologicamente inerte, apresentando pouca reação; 
® Degrada-se 20% ao ano, devido a enzimas e o 
metabolismo. 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica 
 
Prolene 
® Sintético, derivado do polímero do propileno 
(propano). Tem a coloração azul, possui um 
lubrificante natural, tendo ótimo deslizamento nos 
tecidos; 
® É extremamente liso, com coeficiente de atrito 
muito baixo, permitindo que ele passe suavemente 
entre os tecidos e seja facilmente removível; 
® É praticamente inerte, promovendo mínima reação 
tecidual, além de resistência imutável ao longo dos 
anos, porém possui alto fenômeno de memória; 
® Alta resistência tênsil, elasticidade, mínimo de 
reação tissular; 
® Ótimo deslizamento nos tecidos; 
® Suturas contínuas: vascular e intradérmica; 
® Vantagens: retém tensão de estiramento após 
implantação nos tecidos, não é enfraquecido pelas 
enzimas teciduais: por isso usado em sutura 
cardiovascular. Grande flexibilidade: recomendado p/ 
tecidos com capacidade de elongação (pele e 
músculo cardíaco). Menor potencial de 
contaminação; 
® Desvantagens: escorregadio, necessidade de 
múltiplos nós. 
 
Aciflex (Aço) 
® Fio mono ou multifilamentar torcido ou trançado 
que possui uso muito restrito na atualidade, pois possui 
alta resistência e difícil manuseio; 
® É o fio de maior força tênsil existente e o que possui 
menor reação tecidual. Além disso, é pouco maleável, 
sendo desconfortável para o paciente e para o 
médico; 
® Apesar de ser um fio forte, ele não dura muito, 
fragmentando-se nos tecidos; 
® Indicação: esternorrafia (sutura do esterno), 
ortopedia (bandas de tensão) 
 
 
 
Escolha do fio 
Ao longo do tempo a resistência tênsil do fio tem que 
ser proporcional a velocidade de cicatrização do 
tecido. 
 
 
 
Agulhas 
As agulhas cirúrgicas acompanham o fio, existem 
vários tipos, desenvolvidas a partir de aço inoxidável ou 
de material de carbono ou ferro e são utilizadas na 
reconstrução, com a finalidade de transfixar, servindo 
de guia aos fios de sutura. Além disso, elas podem ser 
cilíndricas (maior corte) ou triangulares. Podem ter 
diferentes diâmetros, curvaturas e braço único (uma 
única agulha no fio) ou duplo (duas agulhas no fio, 
uma em cada extremidade). O diâmetro delas varia de 
30u (0,001 polegada), para uso em microcirurgia, a 
56000u (0,45 polegada), para uso em sutura óssea. 
 
 
Partes da agulha 
® Ponta 
® Corpo 
® Fundo ou olho 
 
 
 
Tipos de agulha 
Traumáticas: 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica 
® Trauma tecidual maior devido à diferença de 
diâmetros entre a ponta e o corpo da agulha e o fio; 
® Tecidos densos (pele) – Agulha triangular com 
ponta cortante. 
Atraumáticas: 
® Fio montado de mesmo diâmetro da agulha 
(orifícios de entrada e saída uniformes); 
® Estruturas delicadas (artéria) – Agulhas cilíndricas 
com ponta romba. 
 
 
 
Seleção da agulha 
Fatores: 
® Acessibilidade do tecido a ser suturado: curvatura; 
® Tipo de Tecido: traumática (Agulha cilíndrica com a 
ponta romba com o fio do mesmo diâmetro da 
agulha) x Atraumática (agulha com diferença de 
diâmetro entre agulha e fio); 
® Diâmetro de fio de sutura. 
 
Tempos cirúrgicos 
® Diérese: Momento de rompimento dos tecidos por 
meio de objetos cortantes; 
® Exérese: Nem sempre tem; 
® Hemostasia: É o processo pelo qual se detém o 
processo de sangramento ocasionado pela 
diérese; 
® Síntese: Aproximação correta dos tecidos, visando 
apressar o processo de cicatrização. É o último 
tempo da cirurgia. 
 
Síntese 
Consiste na aproximação das bordas de tecidos 
seccionados ou ressecados, para que se mantenha a 
continuidade dos tecidos, para facilitar o processo de 
cicatrização. O material da síntese deve resistir à 
tração e tensão sofrida pela ferida e é representado 
pelos fios de sutura, primeiramente, tendo sua função 
substituída pela própria cicatriz. 
 
Síntese x Sutura 
® Síntese = Aproximar bordas; 
® Com sutura (Ultrapassam a linha da diérese): 
- Manual 
- Mecânica 
® Sem sutura (Não ultrapassam a linha da diérese): 
- Adesivos (“Pontos Falsos”) 
- Próteses (Osteosínteses) 
 
Classificação das suturas 
® Profundidade: superficial ou profunda 
 
® Planos: total (todos os planos englobados – não 
é o ideal), por planos (separadamente – ideal) 
 
® Sequencia: continua ou descontinua 
® Posição: plana, evertida (elevada) ou invertida 
(deprimida) 
 
 
Princípios da síntese 
® Antissepsia e Assepsia: Uma vez que a infecção 
promove desvios na cicatrização, podendo 
causar danos; 
® Hemostasia Adequada: Deve ser completa e 
suficiente; 
® Material Apropriado (Instrumental e fio): 
® Pinças: 
- Dente de rato 
 
- Anatômica 
 
 
® Manuseio correto: 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica 
 
® Porta agulhas: 
o Mayo e Hegar 
 
o Mathieu 
 
o Confrontamento anatômico – plano por 
plano 
o Técnica perfeita 
o Boa vitalidade tecidual 
o Boa nutrição e hidratação do paciente 
 
Conceitos técnicos básicos 
® Simetria: largura e profundidade 
® A quantidade de pontos depende da tensão 
localizada o tecido 
 
Suturas descontinuas 
Nas suturas com pontos separados, ao contrário das 
contínuas, o eventual afrouxamento ou quebra de um 
nó não interfere no restante da linha de sutura, além 
da deposição de menor quantidade de materiais de 
sutura nas feridas. Também, por não serem tão 
impermeáveis quanto as suturas contínuas, podem 
permitir a drenagem de pequena quantidade de 
secreção eventualmente acumulada, o que pode ser 
vantajoso, por exemplo, quando mais em uma sutura 
de pele. 
 
Contudo, em algumas situações, quanto mais 
impermeável é a sutura, melhor, como aquelas 
realizadas em vísceras ocas. Sua maior desvantagem 
é ser mais trabalhosa e mais demorada do que as 
suturas contínuas. Mesmo quando utilizados pontos 
não-absorvíveis, estes não diminuem o diâmetro ou o 
comprimento das estruturassuturadas e permitem o 
crescimento do tecido entre os pontos, o que favorece 
sua utilização, por exemplo, em suturas vasculares 
realizadas em crianças. 
 
Vantagens: 
® Afrouxamento ou quebra de um nós não afeta o 
restante da sutura; 
® Não tão impermeável – permite drenagem; 
® Menor reação de corpo estranho – menor 
quantidade de fio interior dos tecidos; 
® Menos isquemiantes aos tecidos. 
Desvantagens: 
® Mais trabalhosa e demorada; 
® Consome mais fio. 
Tipos: 
® Ponto Simples: É um dos mais utilizados, sendo 
considerado ponto universal. É ótimo para sutura de 
pele. 
 
® Ponto em U vertical ou longe-longe-perto-perto 
(Donatti): É a associação de dois pontos simples. Cada 
lado da borda é perfurado duas vezes. A primeira 
transfixação ocorre há até 10mm da borda e inclui pele 
e camada superior do subcutâneo. A segunda 
perfuração é transepidérmica, há cerca de 2mm da 
borda. Esse ponto é também conhecido como “longe-
longe, perto-perto”. É um ponto que promove boa 
hemostasia, sendo mais utilizado quando há 
hemorragia subdérmica e dérmica. Reduz tensão e 
promove boa coaptação das bordas, evitando sua 
invaginação, entretanto, o resultado estético é inferior. 
o Redução de espaço morto; 
o Bordas evertidas; 
o Maior resistência. 
 
 
® Ponto em X (Sultan): Executado para que fique 
duas alças cruzadas. Esse ponto aumenta a 
superfície de apoio de uma sutura para 
hemostasia ou aproximação. É usado em 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica 
fechamento de paredes e suturas de aponeurose, 
músculos, e até em couro cabeludo. 
o Para tecidos muito resistentes e tensos; 
o Hemostasia importante; 
o Oclusão de pequenos orifícios. 
 
 
 
® Ponto colchoeiro (Wolff ou U horizontal): É 
semelhante ao Donatti, diferindo na posição 
horizontal das alças. É usado para produzir 
hemostasia e em suturas com alguma tensão 
(como cirurgia de hérnias, suturas de 
aponeurose), que impede a coaptação perfeita 
das bordas. 
o Bordas evertidas; 
o Opção para bordas friáveis. 
 
 
 
® Ponto Halstead 
o Ponto em U vertical invertido; 
o Aproximar subcutâneo; 
o Ideal para reduzir tensão sutura da pele; 
o Reduzir seroma/hematoma. 
 
 
 
® Ponto lembert: 
o Ponto em U vertical superficial; 
o Ponto invaginante (bodas invertidas); 
o Utilizada em anastomose intestinal. 
 
 
 
® Ponto polia 
o Opção para áreas de grande tensão; 
o Grande quantidade de fio internamente. 
 
 
Suturas continuas 
As suturas contínuas são mais rápidas e hemostáticas, 
mas apresentam alguns inconvenientes: utilizam 
quantidade maior de fios, o que pode favorecer a 
reação tecidual, além do fato de que, se uma única 
laçada se solta (ou se parte), pode ocorrer a 
deiscência total da ferida. 
 
Os principais tipos de suturas contínuas são: (1) chuleio 
simples (sutura de peleteiro); (2) chuleio ancorado (ou 
festonado); (3) em barra grega contínua (sutura de 
colchoeiro); (4) em bolsa; (5) perfurante total 
invaginante ou de Connel-Mayo; (6) perfurante parcial 
invaginante ou de Cushing; (7) total não-invaginante 
ou de Schmieden; (8) total não invaginante ancorada 
ou de Cúneo; (9) recorrente ou de Smead-Jones; e (10) 
intradérmica longitudinal. 
® Chuleio simples (sutura de peleteiro): consiste 
no tipo de sutura de mais fácil e rápida execução, 
sendo aplicada em qualquer tecido com bordas 
não muito espessas e pouco separadas. É 
realizada pela aposição de uma sequência de 
pontos simples com a direção oblíqua da alça 
interna em relação à ferida. É bastante utilizada 
para sutura em crianças de difícil controle 
emotivo. 
Técnica: o chuleio simples se inicia com um ponto 
simples comum de fixação inicial. Feito isto, 
insere-se a agulha sequencialmente, sempre 
avante. Procede-se, então, com uma sucessão de 
pontos que unem as bordas da ferida, com um 
único fio fixado por um ponto simples no extremo 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica 
proximal da ferida e outro, aplicado ao final da 
sutura, na outra extremidade. 
 
® Chuleio acorado (ou festonado): consiste na 
realização de um chuleio simples, em que o fio, 
depois de passado no tecido, é ancorado, 
sucessivamente, na alça anterior ou a cada 
quatro ou cinco pontos. Seu uso vem diminuindo 
na atualidade. 
 
® Em barra grega (Sutura em “U” 
contínuo/horizontal ou sutura de colchoeiro): é 
formada por uma série de pontos em “U” 
horizontais. Pode ser empregada em diversos 
planos teciduais. Na pele, pode ser utilizada como 
sutura intradérmica ou transdérmica. 
 
 
® Sutura intra-dérmica longitudinal: consiste 
numa sequência de pontos simples longitudinais 
alternados, por dentro das bordas da pele 
(inserindo a agulha apenas no plano 
subcutâneo), resultado em uma excelente 
coaptação das bordas, o que lhe confere um 
excelente resultado estético. É bastante utilizado 
nas cirurgias plásticas. 
Técnica: ela é iniciada com a introdução da 
agulha no ângulo proximal da ferida, linearmente 
à incisão (preconiza-se que os nós dados nos 
extremos da ferida sejam feitos apenas depois de 
verificada a eficácia da sutura). O restante dos 
pontos se realiza passando o fio, alternadamente, 
pelas duas bordas subcutâneas da ferida, em 
sentido horizontal, de uma borda para outra, 
avançando ao longo da mesma. Finaliza dando-
se os nós em ambos os extremos da ferida. 
 
 
OBS1: Nó em roseta. Especialmente utilizado para 
ancorar as extremidades de fios em suturas intra-
dérmicas, servindo como apoio à linha de sutura; é 
frequentemente realizado com o auxílio da 
extremidade de um instrumento cirúrgico. É 
confeccionado a partir da rotação de uma 
extremidade do fio em torno das presas do porta-
agulha, o qual realiza a preensão da parte proximal 
deste mesmo seguimento e o traciona por dentro da 
alça anteriormente formada. Forma-se um semi-nó de 
contenção em alça, a maia distância entre a ponta do 
porta-agulha e a ponta fixa do fio. 
 
 
 
Retirada dos fios de sutura cutânea 
Os fios de sutura cutânea deverão ser mantidos 
apenas enquanto exercem a função de manter a 
aproximação das bordas teciduais. É totalmente irreal 
a fixação exata de prazos para a sua retirada, haja 
vista a grande variação apresentada no mecanismo 
de cicatrização, que obedece a inúmeros fatores 
extremamente individualizados. Limitaremos, aqui, a 
apresentar algumas orientações gerais: 
® Feridas edemaciadas ou isquemiadas 
provavelmente apresentam alguma 
complicação e devem ser corretamente 
investigadas; 
® Após a retirada dos pontos, deve-se aconselhar 
aos pacientes evitar movimentos bruscos ou a 
extensão exagerada da área onde foi realizada a 
sutura; 
 
Kamilla Galiza / 5º Período / Clínica Cirúrgica 
® Nas áreas de grande movimentação, em que a 
linha de sutura fica exposta a grande tensão (por 
exemplo, joelho, cotovelo, punho, bem como em 
qualquer outra região mais próxima de 
articulações), as suturas cutâneas devem ser 
retiradas tardiamente. 
® Em feridas mais extensas, recomenda-se, 
inicialmente, a retirada alternada dos pontos (10 a 
15 dias), completando-se (o restante) alguns dias 
depois. Essa prática evita que ocorram 
deiscências parciais ou totais no plano cutâneo. 
Em pacientes mais idosos, é prudente se 
aguardar tempo um pouco maior do que em 
pacientes jovens; 
® Em qualquer situação, entretanto, é a experiência 
do cirurgião que determinará a época oportuna 
para a retirada dos fios cutâneos.

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