Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Hérnias de parede abdominal Introdução: • Conceito: ↪ Protrusão anormal de um órgão ou tecido através de um orifício, natural ou acidental, da cavidade que o contém. ↪ Pode ocorrer em vários locais do corpo, mas mais comumente envolvem a parede abdominal, em particular a região inguinal. ↪ As hérnias da parede abdominal ocorrem apenas em locais onde a aponeurose e a fáscia não são cobertas por músculo estriado – áreas inguinal, femoral e umbilical, linha alba, porção inferior da linha semilunar e locais de incisões anteriores. ↪ É o procedimento de cirurgia geral mais frequente. ↪ Pode ocorrer em vários locais do corpo. ↪ Mais frequente na parede abdominal (inguinal). ↪ Importância epidemiológica: alta prevalência. ↪ Alto custo social. • Hérnias: ↪ Ventrais. ↪ Inguinais. ↪ Pélvicas. ↪ Lombares. • Epidemiologia: ↪ Estima-se que mais de 5% da população desenvolverá hérnia ao longo da vida. ↪ Hérnia inguinal = mais frequente (inguinal indireta é a mais comum em ambos os sexos). ↪ Incisionais: 15 a 20% dos pacientes com incisões. ↪ Umbilicais e epigástricas: 10%. ↪ Femorais: 5% (mulheres > homens). ↪ Prevalência das hérnias aumenta com a idade, assim como o estrangulamento e a necessidade de hospitalização. ↪ Predomínio em homens: 8x. ↪ Hérnia mais comum nas mulheres: hérnia inguinal. ↪ Maior parte das hérnias estranguladas são hérnias inguinais (porque têm mais!). ↪ As hérnias femorais são as que têm maior taxa de estrangulamento (15 a 20%). ↪ Predomínio feminino nas hérnias: ▪ Femorais: 10:1. ▪ Umbilicais: 2:1. ↪ Tanto as hérnias inguinais como as femorais ocorrem mais à direita (efeito de tamponamento do cólon sigmoide no canal femoral esquerdo). • Etiologia: ↪ Conforme o tipo de hérnia. • Congênita: ↪ Persistência do processo vaginal. ↪ Prematuridade e baixo peso. ↪ Deficiências de colágeno (Marfan, Ehlers- Danlos, Hunter). • Adquirida: ↪ Lesão da parede abdominal (trauma ou cirurgia). ↪ Predisposição do tecido conjuntivo. ↪ Alterações do colágeno: tabagismo, idade avançada. ↪ Aumento repetitivo da pressão intra- abdominal: DPOC, obesos, prostatismo, neoplasia intra-abdominal, constipação, ascite. • Componentes da hérnia: ↪ Anel herniário. ↪ Saco herniário (revestido por peritônio). ↪ Conteúdo herniário. TEC CIRÚRGICA • Hérnia de deslizamento: ↪ Conceito: a víscera herniada forma parte da parede do saco. ↪ Não levou o peritônio! • Diagnóstico: ↪ História clínica. ↪ Exame físico. ↪ Exames de imagem: quando? Apenas quando não há conclusão de diagnóstico pela clínica. ↪ Na maioria das vezes US é suficiente. Apresentação clínica: • Assintomático. • Sintomático: ↪ Abaulamento ou tumefação redutível. ↪ Dor, desconforto ou peso na virilha. ↪ Relação com esforço físico. ↪ Tumefação fixa → encarcerada. ↪ Parestesia, dor irradiada = sintomas raros. • Sinais de complicação: ↪ Obstrução, isquemia, perfuração. • Exame físico geral: ↪ Paciente em pé (aumenta pressão abdominal e pélvica). ↪ Paciente deitado. • Inspeção: ↪ Estática (presença de assimetria, abaulamentos ou massa). ↪ Dinâmica (Manobra de Valsava, tosse, esforço). • Palpação da hérnia: ↪ Redutível ou não redutível. ↪ Conteúdo. ↪ Anel herniário. • Procurar sinais de sofrimento. • Região inguinal – exame físico: ↪ Manobra de Valsalva/tosse. ↪ Indicador no canal inguinal. ↪ Sexo feminino: 2 dedos ao longo do canal inguinal. • Femoral: ↪ Abaixo do ligamento inguinal, medial à artéria femoral. Classificação: • Redutível: ↪ O paciente faz esforço, a hérnia se exterioriza, mas o médico consegue retorná-la à cavidade por entre a musculatura circundante. • Encarcerada ou irredutível: ↪ A hérnia está “presa” e não consegue reduzir. ↪ Sinais de obstrução, sem estrangulamento. ↪ Cirurgia de urgência. • Estrangulada: ↪ Sinais de sofrimento vascular. ↪ Pele sensível, quente, eritema, febre, hipotensão, leucocitose. ↪ Cirurgia imediata (não retardar para aguardar exame de imagem). • Hérnia externa: ↪ Faz protrusão através de todas as camadas da parede abdominal. • Hérnia interna: ↪ Protrusão do intestino através de um defeito na cavidade peritoneal. • Hérnia intraperitoneal: ↪ Ocorre quando o saco herniário é contido na camada musculoaponeurótica da parede abdominal. Exames complementares: • Raramente é necessário. • Pedir exame específico – abdominal, inguinal., etc. • Ultrassonografia: melhor escolha. • Tomografia: pode ser útil para hérnias internas ou hérnias difíceis de serem diagnosticadas. • Herniografia: incomum de ser pedido – situações particulares. • Cistografia: incomum de ser pedido. • Laparoscopia: pode diagnosticar hérnia durante sua realização por outra causa terapêutica. Fatores de risco: • Infecção ou contaminação. • Hematoma. • Tensão (atentar para suturas). • Esforço no pós-operatório (prostatismo, tosse...). • Comorbidades: obesidade, diabetes, DPOC. • Ascite. • Medicamentos: corticoides, imunossupressores. • Tabagismo. Recorrência das hérnias: • Hérnia Grading System Modificado: ➢ Grau 1 – baixo risco: ↪ Baixo risco de complicações. ↪ Sem história de infecção de ferida. ↪ OSC = 14%. ➢ Grau 1I – comorbidade: ↪ Tabagismo. ↪ Obesidade. ↪ DPOC. ↪ DM. ↪ História de infecção de ferida. ↪ OSC = 27%. ➢ Grau 1II – contaminação: ↪ A. contaminado limpo. ↪ B. contaminado. ↪ C. sujidade. ↪ OSC = 46%. Diagnóstico diferencial: • Neoplasias benignas e malignas (lipoma). • Linfonodos. • Hidrocele. • Orquite. • Torção de testículo. • Varicocele. Princípios do tratamento: • Reduzir ou ressecar os elementos herniados. • Tratamento do saco herniário. • Correção do defeito anatômico. • Identificar e eliminar o fator de risco. • Aproximação primária. • Uso de telas. Hérnia umbilical: • Muito comum • Adulto/criança. • Persistência do anel umbilical sem o fechamento de sua camada aponeurótica com protusão anormal do peritônio e da pele em função do tecido adiposo pré- peritoneal, intestino ou grande omento. • Laparoscopia (hérnias incisionais). • Mais comum nas mulheres - mulheres > homens (3:1). • Fatores associados: obesidade, gestação (diástase, fraqueza abdominal), ascite, etc. • Anatomia: ➢ Anel fibroso recoberto de: ↪ Pele. ↪ Fáscia umbilical. ↪ Saco peritoneal. ➢ Parte inferior: ↪ Restos fibrosos das artérias umbilicais e úraco. ➢ Parte superior: ↪ Veia umbilical obliterada (ligamento redondo). • Fáscia umbilical de Richet: ↪ Mais comum em crianças. • Etiologia: ➢ Criança - congênita: ↪ Recém nascidos prematuros. ↪ Baixo peso. ↪ Meninas. ↪ Negros. ➢ Condições associadas: ↪ Hipotireoidismo. ↪ Mucopolissacaridose. ↪ Síndromes: Down e Beckwith- Wiedemann. ➢ Adulto: ↪ Congênita. ↪ Adquiridas: obesidade, gravidez, trauma, ascite, outras condições que aumentam a pressão intra-abdominal. • Tratamento: ➢ Criança: ↪ Anel < 1,5cm: fechamento espontâneo em até 85% dos casos até os 3 anos de idade e 95% até 6 anos. ↪ Anel > 1,5cm com ou idade superior a 6 anos de idade: cirurgia. ➢ Adultos: ↪ Cirurgia – Técnica de Mayo. Hérnias da região inguinal: • Tipo mais comum de hérnia (75% dos casos). • Infância/vida adulta – mecanismos etiológicos diferentes. • Mais comuns à direita (60%)/esquerda (30%)/bilateral (10%). • Mais comum em homens. • Anatomia da região inguinal: ➢ Cordão espermático: ↪ Músculo cremáster. ↪ Canal deferente e vasos deferenciais. ↪ Vasos cremastéricos. ↪ Nervos (ileoinguinal, íleo-hipogástrico, genitofemoral). ↪ Artéria testicular (ramo da aorta). ↪ Veias testiculares (origem – plexo pampiniforme). ▪ Desembocam: direita – veia cava inferior/esquerda: veia renal esquerda. • Hérnia inguinal indireta: ↪ Mais comum em crianças.↪ Passa pelo canal inguinal interno obliquamente em direção ao canal inguinal externo e, por fim, para o escroto. ↪ No exame físico percebe-se uma protuberância movendo-se de lateral para medial no canal inguinal. • Hérnia inguinal direta: ↪ Mais comum em adultos. ↪ Medialmente ao anel inguinal interno e vasos epigástricos inferiores (triângulo de Hesselbach). ↪ Fraqueza da parede posterior da região abdominal. ↪ No exame físico, percebe-se uma protuberância que progride de profunda para superficial através do assoalho inguinal. • Diferenciar das hérnias femorais (abaixo do canal inguinal). • Principal achado diagnóstico: saliência na região • Pode haver dor associada a desconforto vago na região, mas as hérnias da virilha em geral não são extremamente dolorosas, a menos que tenha ocorrido encarceramento ou estrangulamento. • Algumas vezes, o paciente pode ter a sensação de parestesias relacionadas com a compressão ou irritação dos nervos inguinais pela hérnia. • Classificação de Nyhus: Tipo I Hérnia inguinal indireta – anel interno normal. Tipo II Hérnia inguinal indireta – anel interno dilatado, mas parede inguinal posterior intacta. Vasos epigástricos profundos inferiores não deslocados. Tipo III Defeito da parede posterior: a. Hérnia inguinal direta. b. Hérnia inguinal indireta – anel inguinal interno dilatado, invadindo os limites medialmente ou destruindo a fáscia transversal do triângulo de Hesselbach. c. Hérnia femoral. Tipo IV Hérnia recidivante. a. Direta. b. Indireta. c. Femoral. d. Combinada. • Tratamento não operatório: ↪ Maioria dos cirurgiões recomenda intervenção cirúrgica quando da descoberta de uma hérnia inguinal sintomática (história natural de aumento progressivo e enfraquecimento com o potencial de encarceramento da hérnia e estrangulamento do intestino). ↪ Estratégia de espera vigilante para pacientes mais idosos com hérnias assintomáticas ou minimamente sintomáticas. ↪ Ocasionalmente podem ter melhoras sintomáticas com o uso de uma funda. ↪ Tratamento não operatório não é usado para hérnias femorais – alta incidência de complicações associadas, particularmente estrangulamento. • Tratamento cirúrgico: ↪ Tratamento de escolha! ↪ Não se deve postergar a cirurgia, salvo na presença de comorbidades clínicas importantes (risco de encarceramento). ↪ Reparo de tecido: foram amplamente abandonados em função das taxas altas de recidiva, mas ainda são uteis em determinadas situações – hérnias estranguladas. Opções disponíveis: Shouldice, Bassini e McVay/Cooper. ➢ Técnica de Bassini: ↪ Reparo realizado por sutura dos arcos músculo-aponeuróticos do transverso abdominal e oblíquo interno ou tendão conjunto (quando presente) ao ligamento inguinal (sutura do tendão conjunto no ligamento inguinal). ↪ 25% de recidiva – técnica com tensão. ➢ Técnica de Shouldice: ↪ Enfatiza um reparo imbricado multicamada da parede posterior do canal inguinal com uma técnica de sutura corrida contínua. Após completar a dissecção, a parede posterior do canal inguinal é reconstruída por linhas de sutura corrida superpostas que vão das camadas mais profundas para as mais superficiais. A linha de sutura inicial segura o arco aponeurótico do transverso do abdome ao trato iliopúbico. Em seguida, os músculos obliquo interno e transverso do abdome e aponeuroses são suturados ao ligamento inguinal (fechamento por planos com 4 linhas de sutura contínua). ↪ Taxa de recidiva muito baixo e alto grau de satisfação do paciente em pacientes altamente selecionados. ↪ Difícil reprodução dos resultados. ➢ Técnica de Stoppa: ↪ Colocação de tela por acesso extraperitoneal. ↪ Principal indicação: hérnias bilaterais/recidivas. ➢ Técnica de Lichenstein: ↪ PADRÃO OURO! ↪ Sem tensão, baixa recidiva – colocação de tela sobre a parede posterior do canal inguinal, fixada no púbis, ligamento inguinal e tendão conjunto. ➢ Videolaparoscopia: ↪ Semelhante à técnica de Stoppa. ↪ Áreas importantes: 1. Triângulo do desastre (triangle of doom): - Medialmente: ducto deferente. - Lateralmente: vasos gonadais. - Inferiormente: vasos ilíacos externos. - Conteúdo: artéria e veia ilíaca externa/veia circunflexa profunda/ramo genital do nervo genitofemoral e o nervo femoral. 2. Triângulo da dor (triangle of pain): - Medialmente: vasos gonadais. - Lateralmente: trato ileopúbico. - Inferiormente: borda inferior da pele. - Conteúdo: nervos cutâneos femoral lateral e femoral anterior da coxa. Hérnia femoral: • Projeção do saco herniário pelo trígono femoral, abaixo do ligamento inguinal. • Quadro clínico semelhante à hérnia inguinal. • Tratamento: ↪ Técnicas: ➢ Técnica de McVay: ↪ Tendão conjunto é suturado ao ligamento de Cooper após abertura da fáscia transversalis. ➢ Técnica de Gilbert: ↪ Técnica da tela dupla Hérnia epigástrica: • Defeito aponeurótico na linha alba na região acima da cicatriz umbilical. • Alguns autores: pseudo-hérnia. • 5% das hérnias de parede abdominal. • Ocorrem por aumento da pressão intra- abdominal. • Linha média entre o xifoide e cicatriz umbilical. • 20% são múltiplas – mais de uma abertura aponeurótica. • Conteúdo mais frequente: gordura pré- peritoneal. • Quadro clínico: ➢ Maioria assintomática. ➢ Sintomáticos: ↪ Abaulamento da linha média na região epigástrica. ↪ Dor a palpação. ↪ Dor aos esforços. • Diagnóstico diferencial: ↪ Diástase do músculo reto abdominal. ↪ Lipoma. • Ultrassom de parede abdominal. • Tratamento: cirurgia. Hérnia ventrolaterais de Spiegel: • Projeção de saco herniário por meio da linha semilunar ou pararretar externa, geralmente no nível da linha arqueada de Douglas (entre a borda lateral do músculo reto e linha semilunar). • Pode ser necessário ultrassom de abdome. • Etiologia: ↪ Não há explicação satisfatória. ↪ São mais comuns após a 8ª década de vida. • Quadro clínico: ↪ Geralmente o anel é estreito e não é possível a palpação. ↪ Dor e abaulamento local. • Tratamento: ↪ Cirurgia convencional ou laparoscópica. ↪ Crista ilíaca, músculo Hérnias ventrais incisionais: • Protusão de conteúdo abdominal em áreas de parede abdominal enfraquecidas devido a intervenção cirúrgica anterior. • Em qualquer incisão abdominal (10 a 15%). • Mais frequente na linha média. • Tratamento: herniorrafia com tela. • Prevenção. • Etiologia: ↪ Incidência de 7 a 13%, podendo chegar a 30% nas cirurgias contaminadas. • Fatores de risco: ↪ Infecção. ↪ Desnutrição. ↪ Estado de imunossupressão. ↪ Uso de corticoides. ↪ Diabéticos. ↪ Quimioterapia e radioterapia. ↪ Aumento da pressão intra-abdominal (vômitos, distensão, obesidade, ascite, DPOC). ↪ Técnica cirúrgica inadequada. • Quadro clínico: ↪ Encarceramento. ↪ Estrangulamento. ↪ Obstrução intestinal. ↪ Fístulas entero-cutâneas. • Tratamento: ↪ Cirúrgico. ↪ Deve ser precoce. ↪ Desafio ao cirurgião. ↪ Hérnias de evolução arrastada – Cuidado! – perda de domicílio: ▪ Na correção: restrição respiratória, síndrome compartimental abdominal. Hérnias pélvicas: • Hérnia obturadora: ↪ Protusão visceral através do forame obturatório. ↪ Incomuns. ↪ Geralmente unilateral à direita. ↪ Mais comum em mulheres longilíneas acima dos 60 anos. ↪ Sinal propedêutico - sinal de Howship- Romberg: dor na face medial da coxa (no trajeto do nervo obturatório). • Hérnias perineais: ↪ Mulheres, idosas, multíparas ↪ Cirurgias pélvicas extensas. ↪ Mais frequentemente posterior ao músculo perineal transverso superficial. • Hérnia ciática: ↪ Forames ciáticos maior (mais frequente) e menor. Hérnias lombares: • Hérnias que ocorrem por meio de ampla aponeurose do transverso, em duas aberturas: • Hérnia de Grynfeltt: ↪ Trígono lombar superior. ↪ Abaixo da 12ª costela,musculatura paravertebral, músculo oblíquo interno. ↪ Boa indicação para TC. • Hérnia de Petit: ↪ Trígono lombar inferior. ↪ Acima da crista ilíaca, músculo oblíquo externo e músculo latíssimo dorsal. ↪ Boa indicação para TC. • Mais frequente em mulheres acima de 50 anos. • Tratamento cirúrgico. Hérnia de Richter: • Um tipo pouco comum de estrangulamento. • Porção da borda antimesentérica do intestino é apreendida dentro da hérnia → pode estrangular sem obstruir (não compromete o fluxo). • Pode acontecer em qualquer região. Tipos específicos: • Hérnia de Litreé: ↪ Contém um divertículo de Meckel no saco herniário. • Hérnia de Amyand: ↪ Apendicite em hérnia inguinal. • Hérnia de Cooper: ↪ Hérnia femoral que continua até o saco escrotal ou grandes lábios. • Hérnia de Garangeot: ↪ Apêndice em hérnia femoral.
Compartilhar