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AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA DO PACIENTE - Veterinária

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Esther Magdanelo 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE 
 
Primeiramente realizar anamnese detalhada (espécie, raça, idade, sexo e histórico anterior), exame 
ortopédico e neurológico, medição da angulação de movimento das articulações, medição da 
massa muscular. 
 
Exame ortopédico: 
Dígito: Flexão/extensão, qualidade da unha, qualidade do coxim, interdígito (Pododermatite ou 
corpo estranho). 
Carpo/Tarso: Flexão/extensão, luxação, fratura. 
Cotovelo: Displasia de cotovelo? Animal jovem de crescimento rápido. 
Palpação do olecrano e realização de flexão, extensão e rotação. 
Ombro: Adução, abdução, rotação, flexão, extensão. 
Palpação do tendão bicipital (tenossinovite do bicipital – hiperextensão caudal ou flexão de ombro 
e extensão de cotovelo, palpar parte medial da cabeça do úmero. 
Abdução: alterado se ângulo for maior que 30°, representa instabilidade medial do ombro (frouxidão 
ligamentar dos tendões mediais do úmero). 
Joelho: Flexão/extensão. 
Ruptura de ligamento cruzado cranial (RLCCr): teste de gaveta (Indicador na patela e polegar na 
fabela a outra mão com o indicador na crista da tíbia e polegar na cabeça da fíbula - caso esteja 
rompido, tíbia vai pra frente) e compressão tibial – US não fecha diagnóstico. 
Patela – luxação medial ou lateral (Graus de 1 a 4), realizar rotação do membro. 
Quadril: Adução, abdução, flexão, extensão, rotação. 
Teste de ortolani: displasia coxofemoral. Positivo: displásico. Negativo: pode ser falso negativo, 
deve fazer RX para confirmar. Segurar no trocânter e no joelho, fazer força dorsal e depois abdução 
dos membros. Se tiver estalo, é positivo. 
 
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA 
1. Estado Mental – TRONCO ENCEFÁLICO 
• Alerta ou normal 
• Demência: Alerta, porém alheia a estímulos ambientais 
• Deprimido ou obnubilado: Sonolento, porém despertável. Falta de atenção e pouca 
atividade espontânea. 
• Semi-coma: Sonolento e acorda com estímulos dolorosos 
• Coma: Inconsciente, não desperta com estímulo doloroso 
 
2. Comportamento – CÓRTEX CEREBRAL 
• Agressividade 
• Medo 
• Desorientação 
• Vocalização 
• Pressão da cabeça em obstáculos (Head pressing) 
• Andar compulsivo, em círculos 
• Hiperatividade noturna 
 
3. Atitude – Olhos e cabeça em relação ao corpo 
• Ventroflexão cervical (Baixo K em gatos, alteração em cervical) 
• Head tilt (Sistema vestibular ou otite) 
• Opistótono (Lesão em tronco encefálico ou cerebelo – olhar para as estrelas) 
• Head Turn (Lesão em córtex cerebral – olhar para trás) 
 
 
OBS: Head Tilt não é. 
Estímulos: Com petiscos, 
massagem, escovação. 
Esther Magdanelo 
4. Postura – Corpo em relação a gravidade 
• Coluna: 
 
 
 
• Membro: 
 
 
Traumática/Rigidez por: 
• Descerebração: Lesão em T.E. Cabeça em opistótono, MP e MT espásticos e estado 
mental deprimido (estupor ou coma). 
• Descerebelação: Lesão aguda em cerebelo. Cabeça em opistótono, MT espástico, MP 
flexionado ou flácido e estado mental normal, pois não há envolvimento de tronco encefálico. 
Não tem grau de movimentação. 
• Schiff-Schemington: Lesão em medula (T2-L5), dano medular importante. Cabeça normal 
ou com leve opistótono, MT espástico, MP flexionado ou flácido e estado mental normal. 
Pode ter atividade motora (Movimentação). Aumento do reflexo patelar (NMS). 
OBS: Cerebelo e medula não têm a ver com estado mental. 
 
5. Marcha 
• Claudicação ou impotência funcional: Ortopédico e neurológico (Pinçamento de raízes 
nervosas). 
• Ataxia: Incoodenação 
• Paresia: Perda parcial dos movimentos 
• Paralisia/Plegia: Perda total dos movimentos 
 
Ataxia: 
• Ataxia proprioceptiva: Arrastar dos dígitos, base ampla. Lesão medular. 
• Ataxia cerebelar: Hipermetria (Passe além do normal), base ampla, tremor intencional de 
cabeça. 
• Ataxia vestibular: Head Tilt (100% vai ter), andar em círculos para o lado da lesão, queda 
ou rolamento, nistagmo (Horizontal, vertical e rotatório). 
 
Ataxia vestibular: 
• Central: Tronco encefálico. Neoplasias, trauma, MEG, cinomose. 
• Periférico: Orelha para fora (Interna, média e externa). Mais fácil de diagnosticar, realizando 
uma citologia ou otoscopia. Trauma, otite, pólipo, hipotireoidismo, idiopático (Não sabe a 
causa). 
Exames: 
• Nistagmo: Vertical é central. Horizontal e rotatório pode ser central ou periférico, neste caso 
ver a propriocepção. 
• Propriocepção: Normal: periférico. Ausente ou diminuído: Central. 
 
Paresia: Perda parcial dos movimentos. 
• Ambulatório: Ainda anda com dificuldade. 
• Não ambulatório: Não consegue levantar ou andar sozinho, precisa de auxílio. 
 MT + MP MP 
FRAQUEZA/PARESIA Tetraparesia ou Tetraparético Paraparesia ou Paraparético 
PARALISIA/PLEGIA Tetraplegia ou Tetraplégico Paraplegia ou Paraplégico 
- Mono: 1 membro, necessário direcionar lado e membro. 
- Hemi: 1 lado, necessário falar o lado. Casos de AVC. 
 
Pode realizar fisioterapia todos os dias, só não pode fadigar o músculo, se está aguentando, ótimo. 
- Escoliose: desvio lateral 
- Lordose: Desvio ventral 
- Sifose: desvio dorsal 
- Plantígrado: Tarso toca o chão 
- Palmigrado: Carpo toca no chão 
 
Esther Magdanelo 
 
6. Reações Posturais – Identificar Lesão Neurológica 
• Propriocepção consciente: Quando volta o membro. 
• Propriocepção inconsciente: arrastar de dígitos 
Para gatos: Posicionamento tátil visual e não visual. Encostar as patas abaixo da mesa e o animal 
deve “arrumar” e apoiar em cima da mesa. 
• Saltitamento: Segurar 3 membros e mover para o lado. 
 
Se não conseguir ter certeza, é possível realizar: 
• Carrinho de mão. 
• Propulsão extensora (Levantar animal e ao encostar em uma superfície ele deve dar um 
salto para trás). 
• Hemideambulação (Segurar dois membros do mesmo lado e realizar a Saltitamento). 
 
7. Reflexos Espinhais - Localizar Lesão 
• MT: Flexor ou retirada (pegar o dedo do animal e ele deve puxar, não precisa apertar). 
• MP: Flexor ou retirada e patelar (Se tiver luxação, colocar no local). 
• Perineal 
• Cutâneo de tronco (“Panículo”): Não tem em cervical, animal normal pode não ter. 
Somente realizar em animal paraplégico. No momento em que começar sentir o estímulo, 
quer dizer que a lesão está 2 vértebras acima. EX: Sente em L3, a lesão é em L1. 
 
8. Avaliação nociceptiva ou Sensorial – Prognóstico, saber se tem como tratar 
Fazer somente em animal PARALISADOS (1- mono, 2- hemi ou 4- paraplegia). Se te dor 
superficial, vai ter dor profunda, não precisa submeter o animal a tal exame. 
• Dor superficial: Puxar interdígito 
• Dor profunda: Periósteo (Dígito), deve reagir, tentar morder. Apertar os 5 dígitos. 
Obrigatoriamente medular, lesão GRAVE, prognóstico ruim. 
 
Lesão muito leve: Perde propriocepção, difícil voltar, é o último que volta. 
Lesão leve: Animal para de andar. 
Lesão média: Perde dor superficial. 
Lesão grave: Perde dor profunda – deve agir em até 72h para tentar reverter, relatos novos 
dizem até 1 mês. 
Retorno. Perda. 
 
9. Segmentos Medulares 
 
Neurônio motor superior (NMS): Está 
localizado do encéfalo e passa por toda a 
medula espinhal até S3. Inicia o movimento e 
controla os reflexos de MT e MP. 
 
Neurônio motor inferior (NMI): Possui a 
função de contração muscular. 
• MT: C6-T2, plexo braquial 
• MP: L4-S3, cauda equina 
 
Quando tem lesão? 
Em NMS: Os reflexos aumentam, tende a 
ficar normal novamente. 
Em NMI: Reflexos diminuídos ou ausentes. 
 
Esther Magdanelo 
EXEMPLO: 
- Lesão C1-C5: Atinge NMS. Reflexos de MT e MP estão aumentados. 
- Lesão C6-T2: Atinge NMS e NMI. MT diminuído ou ausente e MP aumentado. 
Sempre que lesionar os 2 nervos, a lesão de INFERIOR, sempre prevalece, ou seja, diminuído ou 
ausente. 
- Lesão T3-L3: Atinge NMS. Reflexos de MT normais e MP aumentados (Reflexo patelar presente). 
- Lesão L4-S3: Atinge NMS e NMI. Reflexos em MT normais e MP diminuídos ou ausentes. 
 
 MT MP 
C1-C5 Aumentado ou normal Aumentado ou normal 
C6-T2 Diminuído ou ausente Aumentado ou normal 
T3-L3 Normal Aumentado ou normal 
L4-S3 Normal Diminuídoou ausente 
 
Tônus extensor: Força de contração do músculo. 
• Se for reflexo aumentado, o tônus estará aumentado. 
• Se for reflexo diminuído ou ausente, o tônus estará diminuído ou ausente. 
 
10. Função do Trato Urinário 
Sempre que chegar um animal tetraplégico ou paraplégico, palpar a bexiga. 
• Lesão de superior: Reflexo aumentado, quando encosta na bexiga, contrai, ou seja, 
DIFÍCIL de esvaziar, bexiga espástica. Retenção urinária. 
• Lesão de inferior: Reflexo diminuído ou ausente, FÁCIL de esvaziar, bexiga flácida. 
Incontinência urinária. O tônus perineal pode estar flácido também. L4-S3: Síndrome da 
cauda equina. 
 
11. Avaliação dos Nervos Cranianos 
 
 
 
Esther Magdanelo 
EXEMPLOS: 
1. Animal tetraplégico, reflexos aumentados nos 4 membros, bexiga difícil de esvaziar, tônus 
extensor aumentados. 
Lesão C1-C5 
 
2. Animal tetraplégico, MT diminuído e MP aumentado. 
Lesão em C6-T2. Lesão rara de acontecer. Tônus extensor de MT estará diminuído e MP 
aumentado. Lesão em superior, reflexos aumentados, bexiga cheia, difícil esvaziar. 
 
 
Lesão em NMS: Atrofia é leve 
Lesão em NMI: atrofia é rápida, difícil reabilitar. 
 
Andar medular só acontece quando tem reflexos.

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