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Clínica de pequenos animais: Revisão prova dia 25/04/22 Distúrbios Neuromusculares: O mais importante durante o exame clínico de um distúrbio neuromuscular com acometimento na medula espinhal é identificar o local da lesão. NMS: RÍGIDO - Tônus Muscular NMI: FLÁCIDO - Hipotrofia muscular Localização Acometimento C1 A C5 NMS em MT e MP C6 A T2 NMI em MT e NMS em MP T3 A L3 MT normal e NMS em MP L4 A S3 MT normal NMI em MP Reação postural: NMS Atrasados NMI normal Marcha: NMS passos longos NMI passos curtos Reflexo espinhal: NMS aumentado NMI ausentes Tônus muscular: NMS aumentado NMI diminuído Identificamos o local da lesão e observamos os sinais que o paciente pode mostrar: ● Normal ● Deprimido ● Delírio ● Estuporoso (Semicomatoso) ● Comatoso Além do nível de consciência, devemos avaliar a função motora do animal: ● Postura: Inclinação da cabeça e base de sustentação. Ex.: Otite com acometimento vestibular muda a inclinação da cabeça ● Marcha: 1. Identificar e diferenciar paresia (fraqueza) ou paralisia (perda de função) 2. Ataxia: é a presença de incoordenação motora ex: Andar em círculo, normalmente ligada a acometimento no prosencéfalo ou sistema vestibular. Realizar exame de propriocepção sensorial para avaliar capacidade de sentir estímulo. ● Dor profunda indica ausência de acometimento bilateral Identificar onde a dor está apalpando todos os membros e articulações. Básico: Patelar, retirada de membro ● Avaliar todos os pares de nervos cranianos Para identificar a principal suspeita do diagnóstico diferencial do distúrbio neuromuscular avaliamos o esquema DAMNIT-VP. D- Degenerativo A- Anomalia M- Metabólico N- Neoplásico I- Infeccioso/ Inflamatório/ Imune T- Tóxico V- Vascular P-Parasitário Diagnóstico: ● Histórico do animal: Avaliamos início e progressão da doença 1. Hiperagudo: de minutos a horas ; TRAUMA--- HEMORRAGIA--INFARTO 2. SUBAGUDO: de dias a semanas ; Normalmente doenças infecciosas, inflamatórias, neoplásicas e metabólicas. 3. Crônico: Constante e repetitivo ; normalmente metabólico ou neoplásico Exames complementares: Além do histórico e anamnese, para determinar conduta terapêutica e fechamento de diagnóstico os exames complementares são: ● Hemograma: Onde avaliamos se há perda metabólicas ou indicação de infecção/inflamação. ● Bioquímicos: AValiar acometimento ESSENCIAL ● Urina rotina: Direciona ● Exame sorológico: Quando há suspeita parasitária ou virótica ● Mielografia: Exame radiográfico com contraste na medula (Muito caro) ● Tomografia: contrastada para tecidos moles, útil na identificação de anormalidades ósseas (contraste é EV) ● Ressonância magnética: em AVC ou Hemorragia tem a confirmação da suspeita, avalia parênquima cerebral e medula espinhal ● Exames específicos:Análise de liq. cefalorraquidiano. ● Citológico ● Exames sorológico ou PCR ● Cultura e Antibiograma O normal destes exames seria não ter celularidade, então pedimos de tudo Disturbios intracranianos: Traumatismo craniano ● Avaliamos o histórico: Presença de quedas e traumas Aumento de PIC é indicativo.(Administrar Manitol) Tratamento: ● Suporte de oxigênio ● Evitar Hipotensão sistêmica (Manitol abaixa PA) ● Anticonvulsivante (Se ocorrer alguma convulsão) Hidrocefalia: Ventrículo cerebral fica dilatado pela obstrução de LCR ● Congênita: Maltês, York, Chihuahua, Bulldog, Spitz e etc.. O animal normalmente apresenta moleira aberta constante e cabeça ampliada. Diagnóstico: US, TC ou RM Tratamento: sempre longo prazo ● Omeprazol: Diminui produção de LCR ● Furosemida: Diurético ● Anticonvulsivante ● Drenagem cirúrgica Neoplasia: Existem raças mais predisponentes como os Goldens ou Boxer. Sinais: ● Convulsões ● Ataxia ● Andar em Círculos ● Inclinação da cabeça Pode ser: 1. Primária 2. Metástase Diagnóstico: Histórico, RX, TC e RM Tratamento: ● Anticonvulsivante ● Radio e quimio ● Remoção cirúrgica Convulsões: Aumento anormal de atividade cerebral Pode ser: ● Intracraniana: Encefálica ● Extracraniana: Metabólica Sendo classificada como: ● Focal: Animal acordado- Um susto ou tremedeira ● Generalizada: Convulsões Tonicoclônicas, animal inconsciente Tratamento: ● Anticonvulsivantes 1. Fenobarbital 2. Levetiracetam ● Brometo de potássio e diazepam associados aos anticonvulsivantes O diazepam promove relaxamento da musculatura e o brometo de potássio intensifica a ação do medicamento. Inclinação da cabeça: Normalmente associadas a acometimento vestibular, podendo ser classificada como: ● Periférica: Nistagmo horizontal, reações posturais normais e propriocepção normal Otite é um dos fatores mais causadores da periferica. Pólipo Neoplasias Ototoxicidade por aminoglicosídeos ● Generalizada, Nistagmo Vertical, reação posturais alteradas e propriocepção anormal Neoplásica ou inflamatória Toxicidade por Metronidazol. Diagnóstico: Otoscópio, RM, TC e cultura, TSA se for fazer tratamento com antibiótico DISTÚRBIOS INFLAMATÓRIOS E INFECCIOSOS: Inflamatório: Encefalite, meningite e mielite Infeccioso: Cino parvo, protoz, raiva e etc Diagnóstico: PCR para infeccioso e TC, RM E LCR Sinais clínicos: ● Dor e rigidez ● Ataxia ● Convulsões Cardiologia: Para avaliar a função cardíaca do animal, analisamos o histórico e sinais clínicos apresentados. Ausculta: 3° 4° 5° EIC lado esquerdo, e auscultamos no 3° 4° EIC a tricúspide do lado direito, avaliamos FC e presença de sopro. Grau de sopro: 1. Leve (0 audível) 2. Leve (pouco audível) 3. Moderado 4. Alto 5. Alto + frêmito 6. Alto + frêmito e MUITO AUDÍVEL Além do exame físico, existe exames complementares: ● Raio x (3 POSICIONAMENTOS) LL= 2 chapas VD= 1 CHAPA ● Eletrocardiograma: avalia despolarização e repolarização (Não fecha diag mas mostra a arritmias) Onda P: Despolarização positiva atrial Onda QRS: Despolarização ventricular Onda T: Repolarização Ventricular ● Ecocardiograma: Diferente do eletro, pode fechar o diag, ele identifica o mal fechamento da válvula que consequentemente causa o sopro. No pulmão: auscultamos esq e direito do 6° ao 10° Pressão arterial: Sua alteração (IAS) está intimamente relacionada com causas renais e endócrinas. Principais órgãos acometidos: OCCR (olhos, coração, cérebro e rins) <140 alteração mín 140 a 159 alteração baixa 160 a 179 alteração média < 180 alteração alta Como ocorre a síndrome renal e endócrina mais comum mediante a IAS: OBS: IAS é hipertensão arterial sistêmica RINS OU SIST. ENDÓCRINO------ IAS------- + FORÇA CARDÍACA-------CARDIOMIOPATIA As doenças cardíacas nos cães, sempre está relacionada com o aumento ou degeneração das câmaras cardíacas, e em gatos é a hipertrofia cardíaca. A IC pode ocorrer de duas formas nos cães. 1. ↧ Débito cardíaco (sangue insuficiente para aorta e artéria pulmonar) 2. Não esvaziamento de reservas venosas= IC Congestiva e é mais comum ICC: Direita ou esquerda Direita: ´o acúmulo de sangue nas câmaras direitas, gerando congestão sistêmica pois o sangue que desemboca na câmera direita é venoso proveniente da veia cava, se a um congestão e acúmulo naquele local, a cava fica congestionada, o fígado fica congestionado e ocorre um acúmulo de liq. na cavidade abdominal. Consequência: Ascite, edema periférico e congestão hepática. Esquerda: Congestão da circulação pulmonar Veia pulmonar ----- ⤋Bombeamento para aorta----- congestão pulmonar Consequência: Dispneia e edema pulmonar Quando ele apresentar edema ou efusão tratamos com oxigenoterapia e controle (drenagem), depois resolvemos e tratamos o problema cardíaco Ela pode ser bilateral, quando tem a combinação dos sinais ocorrendo: Efusão pleural que pode ser drenada, diferente do edema pulmonar. Os pequenos animais desenvolvem mais: Sopro e insuficiência valvar Já os grandes: Miocardiopatia dilatada Obs: Doença periodontal grave gera miocardite bacteriana Como ocorre a ICC: BAIXO DC---- BAIXA PRESSÃO----BAIXA PERFUSÃO RENAL----ATIVAÇÃO SRAA RIM: Ativa sistema angiotensina, renina aldosterona Baixo o2-------LIBERAÇÃO DE RENINA------- ANGIOTENSINA--------ALDOSTERONA Aldosterona:Aumenta NA e H2O nas células, para aumentar a PA e regular Além do SRAA: Vasoconstrição para aumentar a PA Consequência do próprio sistema de vasoconstrição: Aumento de pré e pós carga fazendo com que a válvula sofra pressão ou o próprio coração aumentar de tamanho para conseguir trabalhar sob pressão. *O processo evolutivo pode causar uma síndrome inflamatória sistêmica Estes mediadores inflamatórios causam a SIS e levam ao aumento de radicais livres e estresse oxidativo, gerando um prejuízo ainda maior da função cardíaca. Como resolver: Dieta rica em L-carnitina, taurina, coenzima q10 e ômega 3 *Este acúmulo de sangue nas câmaras ou degeneração valvar gera um remodelamento cardíaco evidenciado no RX OU SEJA: AUMENTO DE PRESSÃO-MAIS TRABALHO-DEG.VALVAR OU MIOCAR.DIL TRATAMENTO: Sempre específico. A. Cães com acometimento congênito (Raças específicas), que apresentam uma certa predisposição a alguns sintomas que geram a IC: NÃO TRATAMOS INICIALMENTE, APENAS ACOMPANHAMOS B. Paciente já apresenta os sintomas da doença cardíaca, porém não apresenta clínica (Não possui Remodelamento cardíaco): NÃO TRATAMOS O ACOMPANHAMENTO DEVE SER SEMESTRAL/ANUAL B.1. Paciente apresenta clínica, sintomas: TRATAMENTO Pimobendan: 0,25 a 0,3 mg/kg BID (Aumenta o bombeamento) Dieta: Rica em L-carnitina, taurina e baixo sódio para reduzir líquido e abaixar a pós e pré carga. IECA: benazepril, enalapril que atua no SRAA C. Paciente com clínica crítica e refratário ao tratamento de B2: TRATAMOS O IECA diminui pouca a PA então administramos além do protocolo B2 ESPIRONOLACTONA: 1° opção, age diretamente no SRAA FUROSEMIDA: DIURÉTICO DE ALÇA ANLODIPINO: Anti Hipertensivo, diminui os canais de cálcio. Se não resolver, trocar ou associar os medicamentos D. Já passou pelo estágio C e foi refratário: TRATAMOS Aumentamos as doses e associamos com HIdroclorotiazida, que reduz o cálcio nos túbulos renais, porém causa desordem eletrolítica, portanto é necessário acompanhar os eritrócitos. FELINOS: LIPIDOSE HEPÁTICA FUNÇÃO DO FÍGADO: ● Metabolismo ● Armazenamento de A,D, E K ● Desintoxicação ● Produção de albumina, globulina, Fatores de coagulação, Bile, Glutatião e etc.. O fígado é muito importante para a coagulação. *Em cirrose ocorre rompimento do parênquima hepático *Glutadião ajuda a neutralizar metabólicos tóxicos *Os gatos são sensíveis ao paracetamol e os AINES podemos dar por no máximo 3 dias. *Bile digere gordura Nos gatos as vias biliares e pancreáticas se anastomosam, então qualquer acometimento do intestino, há uma migração para o pâncreas e fígado podemos gerar uma TRÍADE: Acometimento de 3 órgãos *Os gatos podem possuir a vesícula biliar globulada Icterícia: Impregnação de pigmentos biliares *Temos que descobrir a causa Lipidose hepática: Causado pelo acúmulo de gordura nos hepatocitos Sinais clínicos: ● Náuseas ● Perda de apetite ● Sialorréia ● Desidratação ● Prostração ● Ventroflexão do pescoço ● Região do palato apresenta mais sinais ● Hematomas de venopunção ● Fragilidade cutânea 95% dos gatos apresentam lipidose secundária a algum problema. Diag: Gera em torno de um fator predisponente: Obesidade: Perda de peso rápida Anorexia: TUDO PODE CAUSAR *Estudo metabólico: falta alimento para este gato *Ocorre uma lipólise, a fim de prod energia no fígado, porém para metabolizar essa gordura ele precisa de nutrientes (não ofertado), logo ocorre acúmulo de gordura. Baixo nutrientes: ● Baixa arginina que torna o ciclo da ureia insuficiente ,o ácido orótico impede a ligação do triglicérides com a apoproteína.Ocorre também a prod de super peróxidos que atrapalham os peroxissomas que fazem oxidação de gordura, gerando acúmulo. ● Baixa proteína e vit B impede a ligação da apoproteína com o triglicérides ● Baixa L-carnitina Baixo transporte de gordura aumentando o acúmulo ● Baixo s-adenosilmetionina VIT B ele ajudava na produção de l-carnitina, glutationa,cisteína, taurina, logo sem estes precursores da lipólise e oxidação ocorre o acúmulo. Apesar do SAMI-VIT B ser precursor de metionina, não podemos ofertar metionina direto, pois ele não consegue transformar em s-metionina TRATAMENTO: Ofertar alimento e suplementação (SAMVIT, L-carnitina, proteína e vit b, arginina.) Por que isso acontece? ● O gato pode parar de comer por diversos fatores, seja ele estressante, mudança de alimento e etc.. ● Quando o gato apresenta a obesidade 5% de acúmulo de lipídeos ocorre nos hepatócitos então se ele perder rápido demais ele já acumula 10% e quando ocorre a lipidose pode chegar até 49%. ● Doenças que afetam o apetite Além dos distúrbios catabolicos, o animal com hiperadreno corticoide também pode evoluir para uma lipidose, além de neoplasias e hepatopatias graves. Diag: ● Histórico ● Exame clínico ● Exame laboratorial: Hemograma Pode apresentar: Hipoglicemia, Hipoalbuminemia, Baixa ureia, Hipocalemia, Hipomagnesemia e Hipofosfatemia Porém nenhum destes exames são específicos para lipidose hepática. Exames específicos: BIOQUÍMICO HEPÁTICA ● ALT 3 a 5x aumentada ● AST 2 a 3x aumentada ● FA 10 a 15x aumentada ● GGT aumentado (normalmente quando é secundária) ● Bilirrubina alta: Bom para avaliar evolução do tratamento ● CK aumentada Quando a lipidose for secundária a uma colangite temos que avaliar os marcadores de função hepática: Albumina, ácidos graxos biliares e colesterol URINÁLISE: bilirrubinuria e lipidúria GLICOSÍMETROS: FITA AZUL Mede a glicemia e FITA ROXA mede betahidroxibutirato (forte indicador de alto catabolismo) US: Hepatomegalia, hiperecogenicidade homogênea difusa no fígado BIÓPSIA: não é necessário, pode causar hemorragia pós pulsão Tratamento: ● Nutrição: ( 30 x peso + 70 kcal/dia ) Não se pode oferecer de uma vez dividir de 4 a 6 porções por dia e fazer 25,50,75,100. Deve ser devagar pelo fenômeno de reabilitação que causa desordem eletrolítica. 1. Pode ser oferecida na seringa 2. Sonda nasoeso 7° a 10° EIC 3. Sonda esofágica 7° EIC 4. Comida + apetitosas ● Suplementação ● Tratar sintomas ● Cuidados de enfermagem (EVITAR ESTRESSE)
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