Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
D E PA R TA M E N TO D E E N G E N H A R I A H I D R Á U L I C A E H I D R O LO G I A A P L I C A DA AULA 01 – INTRODUÇÃO PROF.ª ESP. GISELA SOUSA REF.: AZEVEDO NETO, MANUAL DE HIDRÁULICA. 8ª ED. CAP. 1, 2, 3 e 4 PLANO DE ENSINO CURSO: Engenharia Civil DISCIPLINA: Hidráulica e Hidrologia Aplicada SÉRIE: 6° Semestre CARGA HORÁRIA SEMANAL: 3 horas-aula CARGA HORÁRIA SEMESTRAL: 60 horas-aula PLANO DE ENSINO I - EMENTA Escoamentos com superfície livre. Número de Froude. Canais. Movimento Uniforme. Dissipadores de Energia. Modelos reduzidos. Pluviometria e Drenagem. PLANO DE ENSINO II - OBJETIVOS GERAIS Desenvolver o raciocínio, o interesse e a intuição técnico-científica a do aluno. Incentivar o interesse pelo conhecimento da hidráulica e da hidrologia. Desenvolver no aluno a necessária conceituação da importância de compatibilizar os conceitos de engenharia hidráulica e hidrológica com as condições de meio ambiente circundante. Apresentação da circulação e escoamento da água na natureza e fenômenos correlatos. Quantificação desses fenômenos de escoamentos para aplicação em engenharia civil. PLANO DE ENSINO III - OBJETIVOS ESPECÍFICOS Desenvolver no aluno aptidão para a utilização de conceitos da Hidráulica e Hidrologia na Engenharia Civil. Desenvolver aptidão para resolução de projetos de obras hidráulicas e seu embasamento hidrológico. Fornecer subsídios para o aprendizado de outras disciplinas que utilizem os conhecimentos da hidráulica e hidrológica. Quantificação de fenômenos hidrológicos: chuva, evapotranspiração, infiltração e escoamento superficial utilizando modelos matemáticos determinísticos e estatísticos. Aplicações práticas. PLANO DE ENSINO IV - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Movimento Permanente Uniforme em Canais. Canais retangulares, trapezoidais naturais e artificiais. Rugosidade. Perfil de Velocidades. Dimensionamento de Canais. Retificação de Canais. Movimento Turbulento Uniforme em Canais. PLANO DE ENSINO Movimento Variado nos Canais. Escoamento Crítico. Ressalto Hidráulico. Remanso. Semelhança Dinâmica. Modelos reduzidos. Pluviometria e Projetos de Drenagem. PLANO DE ENSINO V - ESTRATÉGIA DE TRABALHO A metodologia de ensino consiste em incentivar o aprendizado do aluno, baseado no seguinte conteúdo: intensa participação em aula buscando raciocinar e assimilar o conteúdo trabalho; analogias da hidráulica com o conteúdo já assimilado de Física pelo aluno; exemplos práticos de aplicação em várias áreas da Engenharia, despertando o interesse do aluno; projeção de slides de obras e rios para visualização dos conceitos físicos da matéria; aulas de experimentos de laboratório. Aulas expositivas. Lista de exercícios. Trabalho didático voltado à aplicação de conceitos. PLANO DE ENSINO VI - AVALIAÇÃO O desempenho do aluno será avaliado de acordo com o regulamento vigente na Universidade. PLANO DE ENSINO VII – BIBLIOGRAFIA BÁSICA AZEVEDO NETO, J. M. “Manual de Hidráulica”, Editora Edgard Blucher, São Paulo, 2008. TUCCI, M.E. CARLOS A. “Hidrologia”,UFRGs, Rio Grande do Sul, 2008. BAPTISTA, MARCIO BENEDITO; LARA, MARCIA, “Fundamentos de Engenharia Hidráulica”, Editora UFMG, Minas Gerais, 2003. PLANO DE ENSINO COMPLEMENTAR GRIBBIN, JOHN E.,“Introdução à Hidráulica, Hidrologia e Gestão de Águas Pluviais”, Editora Cengage Learning, 3a Edição, São Paulo, 2009. CHOW, V. T. “Open-Channel Hydraulics”,EditoraMcGraw Hill – International, 2000 (atual). VILELA, S. M; MATTOS, A. “Hidrologia Aplicada”, Editora MC Graw Hill, São Paulo, 2000. LENCASTRE, A. “Manual de Hidráulica Geral”, Editora Edgard Blucher, São Paulo, 2000 (atual). PIMENTA, C.F. “Curso de Hidráulica Geral”, Editora LTC, Rio de Janeiro, 2006. 1. INTRODUÇÃO À HIDRÁULICA Hidráulica – do grego: hydor, água e aulos, tubo, condução. Então: Condução de água. Porém, abrange mais que isto: É O ESTUDO DO COMPORTAMENTO DA ÁGUA, E DE OUTROS LÍQUIDOS, EM REPOUSO OU EM MOVIMENTO. HIDRÁULICA GERAL OU TEÓRICA HIDROSTÁTICA HIDROCINEMÁTICA HIDRODINÂMICA APLICADA URBANA ABASTECIMENTO DE ÁGUA ESGOTAMENTO SANITÁRIO DRENAGEM PLUVIAL INSTALAÇÕES PREDIAIS RURAL DRENAGEM IRRIGAÇÃO 1.1 PARTES DA HIDRÁULICA HIDROSTÁTICA: Trata dos fluidos em repouso ou equilíbrio HIDROCINEMÁTICA: Velocidades e trajetórias, sem considerar forças ou energias HIDRODINÂMICA: Velocidades, acelerações e forças que atuam em fluidos em movimentos. 1.3 SÍMBOLOS ADOTADOS E UNIDADES USUAIS GRANDEZAS Unidade no SI Símbolo Relação com unidades básicas Massa Quilograma Kg Comprimento Metro m Tempo Segundo s Área m² Temperatura Kelvin K Volume m³ Aceleração m/s Massa Específica Kg/m³ Frequência Hertz s^(-1) Força Newton Kg.m/s² Pressão Pascal N/m² Energia Joule N.m Potência Watt J/s Viscosidade Dinâmica Poise 0,1N.s/m² Viscosidade Cinemática Stokes 10^(-4).m²/s Momento de Inércia M^4 Tensão superficial N/m Peso Específico N/m³ 1.4 PROPRIEDADES DOS FLUIDOS, CONCEITOS FLUIDOS: Líquidos e Gases LÍQUIDOS: superfície livre, pouco compressíveis, resistem pouco a tração e e muito pouco a esforços cortantes. GASES: São altamente compressíveis e de pequena densidade relativa aos líquidos. Os estados físicos da água (sólido, líquido e gasoso) são resultado da maior ou menor proximidade e do arranjo entre as moléculas (H2O), e, portanto, da energia presente em forma de pressão e temperatura. Uma caloria é a energia requerida para aquecer um grama de água, de um grau kelvin (ou Celsius) 1.4 PROPRIEDADES DOS FLUIDOS, CONCEITOS Diagrama de fases P re ss ã o d e V a p o r d a á g ua 1.4.2 MASSA ESPECÍFICA, DENSIDADE E PESO ESPECÍFICO Massa específica (densidade absoluta): massa de um líquido em uma unidade de volume (kg/m³); Pode alterar pelas condições de temperatura e pressão. Peso específico: peso da unidade de volume do flúido (N/m³), massa x aceleração da gravidade; Densidade (densidade relativa): relação entre a massa específica do material e a massa específica de um outro material tomando como base (adimensional). Para os líquidos, geralmente essa base é a água a 3,98°C (massa específica máxima), e para os gases, adota-se o ar como referência (0° e 1 atm). Exemplo: mercúrio – 13,6; água salgada 1,04. Densidade da água = 1 Massa específica da água = 1000kg/m³ Peso específico = 9800 N/m³ OUTRAS CARACTERÍSTICAS: Compressibilidade Elasticidade Viscosidade Coesão, adesão e tensão superficial; 4. HIDRODINÂMICA: MOVIMENTO DOS FLÚIDOS Em uma determinada seção transversal ao fluxo, o volume de líquido que atravessa essa seção na unidade de tempo denomina-se VAZÃO: Q (m³/s) 4.3 CLASSIFICAÇÃO DOS MOVIMENTOS MOVIMENTO PERMANENTE UNIFORME NÃO UNIFORME ACELERADO NÃO ACELERADO NÃO PERMANENTE VAZÃO VELOCIDADE 4.4. REGIMES DE ESCOAMENTO Regime Laminar: trajetória das partículas paralelas. Regime Turbulento: movimento desordenado das partículas. 4.5. LINHAS E TUBOS DE CORRENTE Linhas de corrente são as linhas orientadas segundo a velocidade do líquido e não são atravessadas por partículas do fluido. Tubo de corrente é uma figura imaginária, limitada por linhas de corrente 4.7 EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE 𝑸 = 𝒗.𝑨 Q=vazão (m³/s) A=área da seção de escoamento (m²) v=velocidade média da seção (m/s) Essa equação é de grande importância em todos os problemas da Hidrodinâmica. EX.4.1 Verificou-se que a velocidade econômica para uma extensa linha de recalque é 1,05 m/s. A vazão necessária a ser fornecida pelas bombas é de 450 m³/hora. Determinar o diâmetro da linha. EX 4.2 Em um edifício de 12 pavimentos,a vazão máxima provável, devida ao uso de diversos aparelhos, em uma coluna de distribuição de 60 mm de diâmetro, é de 7,5 l/s. Determinar a velocidade de escoamento. 4.11 TEOREMA DE BERNOULLI PARA LÍQUIDOS PERFEITOS 𝑧 = carga geométrica ou posição (m); 𝑝 𝛾 = 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜( 𝑁 𝑚2 ) 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑎 á𝑔𝑢𝑎( 9800𝑁 𝑚3 ) = carga de pressão, profundidade da água; 𝑣 2 2𝑔 = Carga de velocidade ou dinâmica 𝑚2/𝑠² 𝑚/𝑠² = 𝑚 . 𝑧1 + 𝑝1 𝛾 + 𝑣1 2 2𝑔 = 𝑧2 + 𝑝2 𝛾 + 𝑣2 2 2𝑔 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 EX. 4.3 A água escoa pelo tubo indicado na figura 4.10, cuja seção varia do ponto 1 ao ponto 2, de 100 cm² para 50 cm². Em 1, a pressão é de 0,5 kgf/cm² e a elevação 100, ao passo que, no ponto 2, a pressão é de 3,38 kgf/cm² na elevação 70. calcular a vazão em litros por segundo. EXERCÍCIOS 1. Supondo que a figura representa um bloco homogêneo de ferro, responda: A) Qual a sua massa específica, sabendo que sua massa é igual a 15.200 kg? B) Qual o seu peso específico? C) Qual a sua densidade relativa? 2. A massa específica da gasolina é 𝜌 = 0,66 g/cm³. Em um tanque com capacidade para 10.000 litros, qual a massa da gasolina correspondente? 3. Calcular o peso específico de um cano metálico de 6kg e volume tubular de 0,4 litros. Resp. 150.000N/m³ 4. O heptano e o octano são duas substâncias que entram na composição da gasolina. Suas massas específicas valem, respectivamente, 0,68 g/cm³ e 0,70 g/cm³. Desejamos saber a densidade da gasolina obtida, misturando-se 65 cm³ de heptano e 35 cm³ de octano. Resp. 0,687g/cm³
Compartilhar