TCC - As dificuldades enfrentada pelas empresas no processo de certificação ISO 9001

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CEET - Centro de Excelência em Educação e Tecnologia 
SESI-SENAI - Bertha Koifmann Becker
SENAI - ROLIM DE MOURA
CURSO TÉCNICO EM QUALIDADE
ÉVERTON DA SILVA LIMA
ROBERTI ALVES VIEIRA
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELAS EMPRESAS NO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO ISO 9001
ROLIM DE MOURA – RO
2019
ÉVERTON DA SILVA LIMA
ROBERTI ALVES VIEIRA
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELAS EMPRESAS NO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO ISO 9001
Artigo Cientifico apresentado ao CEET – Centro de Excelência em Educação e Tecnologia SESI-SENAI - Bertha Koifmann Becker, Unidade Rolim de Moura, como requisito parcial para obtenção do título Técnico em Qualidade. 
Prof.(a) Orientador(a): Patrícia Moreira Garcia
ROLIM DE MOURA – RO
2019
ÉVERTON DA SILVA LIMA
ROBERTI ALVES VIEIRA
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELAS EMPRESAS NO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO ISO 9001
Artigo Cientifico apresentado ao CEET – Centro de Excelência em Educação e Tecnologia SESI-SENAI - Bertha Koifmann Becker, Unidade Rolim de Moura, como requisito parcial para obtenção do título Técnico em Qualidade. 
Prof.(a) Orientador(a): Patrícia Moreira Garcia.
COMISSÃO EXAMINADORA
Examinador(a)
Examinador(a)
Examinador(a)
Rolim de Moura, ____ de dezembro de 2019.
DIFICULDADES ENFRENTADAS PELAS EMPRESAS NO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO ISO 9001
 Éverton da Silva Lima[footnoteRef:1] [1: Aluno do curso Técnico de Qualidade da instituição CEET - Centro de Excelência em Educação e Tecnologia SESI-SENAI - Bertha Koifmann Becker, Rolim de Moura - RO, 2019.] 
 Roberti Alves Vieira[footnoteRef:2] [2: Aluno do curso Técnico de Qualidade da instituição CEET - Centro de Excelência em Educação e Tecnologia SESI-SENAI - Bertha Koifmann Becker, Rolim de Moura - RO, 2019.] 
Patrícia Moreira Garcia[footnoteRef:3] [3: Professora e Instrutora do curso Técnico de Qualidade da instituição CEET - Centro de Excelência em Educação e Tecnologia SESI-SENAI - Bertha Koifmann Becker, Formada em Administração pela Instituição Federal UNIR – Campus de Cacoal – RO.
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RESUMO
Nos dias de hoje a qualidade é um fator relevante para a sobrevivência e competitividade das empresas e a implantação da ISO 9001 manifesta-se como um alicerce para garantir esses resultados. 
O presente artigo tem como objetivo identificar as dificuldades enfrentadas durante o processo de certificação da norma ISO 9001. Os resultados do estudo sobre o referente tema, mostraram que são diversos os obstáculos a serem enfrentados durante todo o processo de certificação.
Na pesquisa será possível encontrar o começo de tudo isso, assim como também as motivações que levam as empresas a cada vez mais procurar certificações. Também serão levantadas as mais diversas dificuldades que as empresas podem enfrentar durante todo o processo de certificação.
Palavras chave: Certificação, Dificuldades, ISO 9001.
1 INTRODUÇÃO
Em um cenário de recessão da economia, faz-se necessário as empresas buscar por maior competitividade no mercado de atuação, sendo assim, inicia-se um processo de busca para minimizar os custos de produção com foco direto na qualidade do produto e/ou serviço.
No entanto, os primeiros métodos notórios que se destacam são as padronizações, surgindo assim uma relação direta com as normas de qualidade ISO. Nota-se dessa forma que há uma certa persistência a mudanças em todos os níveis hierárquicos, devido a hábitos organizacionais fortemente sedimentados. 
Todavia, para as empresas ser possível a implantação dessas normatizações, as organizações se deparam com dificuldades no processo de transição e adaptação, este abrangendo todas as áreas da empresa, desde a produção à gestão empresarial. Os parâmetros produtivos variam pouco ao longo dos anos, porém, ao se realizar uma padronização de procedimentos, devido à implantação de um sistema de gestão da qualidade, os métodos atuais são questionados, com a intenção de definir a melhor forma de realizá-los. Esses obstáculos intimida os gestores, e dificultam o crescimento do número de empresas certificadas no Brasil.
2 QUALIDADE	Comment by Éverton Lima: ESQUECI O QUE ERA PRA FAZER AQUI
A qualidade é um princípio indispensável para a permanência e competitividade das empresas, e quando se fala de qualidade tudo leva a pensar nas normas ISO 9001, e a implantação da mesma surge como base para assegurar esses resultados. 
Devido à grande demanda de qualidade dos produtos, as empresas tem dê a adotar certificações e sistemas de gestão para melhorar seus processos produtivos a fim de restringir os custos e adequar-se às novas realidades de busca do ramo empresarial, garantindo assim seu espaço no mercado competitivo.
3 História da ISO
Após a revolução Industrial, iniciou-se a expansão do comércio internacional mais precisamente nos séculos XX e XXI onde as empresas se deparavam com a existência de um mesmo produto com padrões diversificados de acordo com cada país, gerando insegurança na compra de bens e serviços de fornecedores internacionais.
O comércio Internacional enfrentando tal dificuldade no repasse dos produtos, reúnem-se e criam em 1926 a Federação Internacional das Associações Nacionais de Padronização (ISA) onde seu objetivo eram determinar padrões inicialmente apenas na área de metal mecânica.
Em 1946, vinte e cinco países aderem em Londres a essa organização que posteriormente em 1947 com uma reformulação se transformam em ISO que é derivado da palavra grega “isos”, que significa igual.
Atualmente possuem mais de 3.368 comitês técnicos em 165 países, e esta sedia em Genebra na Suíça, tornando-se o maior colaborador de padrões voluntários do mundo.
Nos primeiros 40 anos de sua fundação, a ISO somente desenvolvia padrões técnicos para produtos, e 1980 trouxe a inovação da criação de padrões de processos se tornando hoje destaque como sistema de gestão de qualidade ISO 9000.
4 Motivações para a certificação
As motivações para a aplicação das normas ISO é a busca da qualidade do produto, que são dívidas em duas categorias sendo elas externa e interna. Nos dizeres de Henrique (2015) “As internas estão relacionadas com o objetivo de alcançar a melhoria da organização, enquanto as externas estão relacionadas ao marketing, pressões do cliente e aumento do market share” (apud Sampaio; Saraiva; Rodrigues, 2009). 
Como estratégia para impulsionar a motivação, empresas capacitam seus colaboradores, podendo assim trabalhar engajado com o sistema da empresa. Uma certificação ISO 9001 ajuda a aperfeiçoar os produtos, pois a mesma exige que o produto tenha os parâmetros e propriedades descritas, possibilitando que execute modificações em pontos questionáveis ou corrija detalhes agudos.
Com um produto de qualidade, é plausível a satisfação do cliente. Para se ter esse produto, faz-se necessário realizar análises de agrado, permitindo interpretar as características do produto que o cliente verdadeiramente declara significativo.
Empenhar-se em possibilidades de melhorias, se torna algo procedente com a cerificação. Por meio dessa abordagem, é executável as melhorias de processos presente, do mesmo modo a omitir atividades desnecessárias. 
Analisando o que Becher (2016) sabiamente diz: “A metodologia do BSC (Balanced Scorecard), é para avaliar se os resultados alcançados estão de acordo com as expectativas, mostrando se a empresa precisa racionalizar ou reestruturar seus processos.” À vista disso, além de ter como mensurar aspectos e processos dentro e fora da empresa, uma de suas finalidades é empregar os dados colhidos para tomada de decisão, assim podendo desenhar um mapa de ações futuras a longo prazo.
A certificação de qualidade cada vez mais significará uma exigência essencial para o fechamento de modernos negócios.
5 Dificuldades no processo de certificação
São diversos os passos a serem analisados em todos os processos de implantação, e nesses processos é observado problemas tanto na gestão como também no chão de fábrica, que antes não eram identificáveis, pois não exigia tanto ao se comparar com o que a norma exige. Conforme diz Albuquerque (2015)“Embora sejam evidentes os benefícios da ISO 9001, realizar a implementação não é uma tarefa fácil. Demanda trabalho, dedicação e envolve muitos desafios.”
Há inúmeros problemas que podem surgir durante a introdução da ISO 9001 ou mesmo de qualquer outra norma ISO. Desistir da norma é o efeito de muitos problemas que podem criar uma barreira impossível de superar por muitas empresas. Na visão de Bruni (2018) “Sua efetivação origina-se de um processo rígido que depende de diversas adaptações, regras e procedimentos.”
É necessário agir com qualidade. Se você entra em ação de certificação em um estado emocional de recursos enfraquecedores, o resultado irá ser de acordo. Se entrar em ação com qualidade de recursos, o mesmo acontece, terá um resultado significativo. Do ponto de vista de Pinati (2013 apud Paladini, 2009) “A palavra qualidade não é um termo técnico exclusivo, mesmo contendo suas definições é um conceito que busca nortear a filosofia da qualidade dentro das organizações, possui características dinâmicas que acompanham as mudanças do mercado.”
Em ritmo de mudança, a maneira como a empresa se comporta, está incluído no processo, e mudar seus comportamentos em direção ao desenvolvimento e aplicabilidade das políticas, métodos e instruções de trabalho, afeta o êxito do estabelecimento, implantação e, sucessivamente, na manutenção do sistema da qualidade, procedente de quaisquer ocorrências de equívocos das sistemáticas documentadas. Como descrito por Garnica (2016 apud Cheng; Tummala, 1998), “A atitude e o comportamento dos empregados são críticos para a obtenção da certificação e a manutenção do sistema da qualidade certificado, sendo necessário o envolvimento de todos os empregados.”
A cultura da empresa e persistência a modificações, revela-se no processo de certificação, estando relacionado as adversidades enfrentadas e observada nos colaboradores. Frequentemente atividades realizadas durante muito tempo por funcionários sem que haja métodos para realização destas tarefas, passam a se contrapor com os padrões e procedimentos estabelecidos. A falta de envolvimento dos funcionários a essas mudanças se torna uma certa resistência, e a burocracia excessiva acabam refletindo na falta de envolvimento. No dizer de Silva (2012, apud Depexe, 2007) “A resistência a mudanças é a maior dificuldade enfrentada, principalmente durante o processo de implantação.”
Pois a resistência ao novo afasta os funcionários, desestimulando os mesmos a colocarem em pratica o que é estabelecido nos procedimentos, desestimulando a participação de maneira mais efetiva nas normas da certificação.
A escolaridade, falta de presença, comunicação insatisfatória e a falta de recursos, refere-se a uma boa parte das dificuldades enfrentadas pelas empresas no processo da certificação. O baixo grau de escolaridade dos colaboradores dificulta a compreensão dos fundamentos do programa. A falta de participação está claramente relacionada à resistência a mudança e também à incompreensão dos benefícios proporcionados através do programa. Este item confirma que a realização dos treinamentos, contribui com a conscientização e estimula a participação de maneira mais satisfatória dos colaboradores.
Nota-se que resistência a mudanças é a maior dificuldade enfrentada, principalmente durante o processo de implantação da norma. Entretanto, as opiniões são muito variáveis, algumas empresas vivenciam dificuldades devido à falta de treinamento dos colaboradores, o baixo nível de escolaridade representa um problema, visto que seria mais fácil para os mesmos compreenderem a norma se tivessem maiores níveis de escolaridade.
Ansiedade por resultados é um fator que atinge diretamente as empresas, devido à alta cobrança por parte da direção por resultados. Após o termino de uma certificação, é inevitável a frustação, observando que algumas atividades ainda continuam a ser executadas de maneira antiga.
A alta administração está totalmente envolvida com o programa e participa eficazmente em sua implantação. Já em outras empresas observa-se menor engajamento. Porém, Maranhão (2001), alerta sobre as dificuldades de engajamento da alta administração na implementação de sistemas, particularmente quando se trata de qualidade, “A alta administração normalmente quer resultados (o que é bom e adequado) não se preocupando em como consegui-los”. Esse mesmo problema é apontado por Morini (2002), onde afirma que, “Em muitos casos a alta administração busca apenas a certificação, esquecendo de utilizar o potencial da ferramenta ISO para alcançar melhorias nos processos e sistemas da organização.” É um processo que necessita o envolvimento e comprometimento de todas pessoas e áreas, então, o papel dos líderes é relevante.
Os líderes, em sua superioridade, são favorecidos de uma capacidade denominada: visão sistêmica. Está característica traz consigo a vocação de entender a organização inteiramente, principalmente do ponto de vista processual. 
Oportunidades para melhorar a organização ocorrem a todo momento e a alta direção manifesta seu comprometimento a partir do momento que identifica e propõe algo com o objetivo de alcançar novos resultados.
Dificuldades podem ser observadas em todo o ramo empresarial, seja em pequenas e grandes empresas. De acordo com Tomaz (2013, apud Mo e Chan 1997), “As dificuldades internas encontradas pelas pequenas empresas são a falta de tempo, de apoio dos empregados, de treinamento, de um orçamento claro, competição por recursos, excesso de trabalho e benefícios que não podem ser avaliados.”
Num estudo efetuado com empresas por Domingues (2003), notou-se que as dificuldades mais relevantes se referiam às ações corretivas e preventivas, ao controle de concepção e ao plano feito para atingir a qualidade.
Os requisitos de menor dificuldade na implantação representam a operações mais individuais que exigem pouco trabalho em grupo, decisões simples e atividade mais instrumental, enquanto as maiores adversidades são em atividades que exigem cooperação de diversas pessoas, decisões mais complexas e tecnicamente mais exigentes.
Considerações finais
A implementação de certificações e de sistemas da gestão da qualidade no Brasil aponta uma série de dificuldades, tais como o baixo nível de escolaridade dos colaboradores, falta de participação, comunicação, recursos e a principal dificuldade que é a resistência a mudanças, pois mesmo a empresa seja certificada, os colaboradores que estão a mais tempo na empresa estão habituados a trabalharem de certa forma, assim entrando em conflito com a forma estabelecida pela norma. 
Outro ponto a ser notado é a grande falta de engajamento dos colaboradores, a pressão gerada pela direção da empresa em busca de resultados também dificulta na implantação da certificação. Quando se ouve falar em auditoria isso gera um impacto na empresa, mas a auditoria não deve ser vista como algo ruim, pois ela mostra o que antes a empresa talvez não tenha notado, assim a empresa pode corrigir o que foi mostrado de errado e consequentemente gerar mais qualidade. 
Uma possível solução para a grande parte dos problemas citados seja dar treinamento aos colaborados, assim fazendo com que eles compreendam mais dos processos produtivos e como executá-los, além é claro do engajamento dos colaboradores, fazendo com que trabalhem como uma equipe, um grupo e não individualmente, isso levará a um aumento significativo de produtividade.
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