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Controle de qualidade de cereais Disciplina: Bromatologia Professora colaboradora MSc. Mônica Santos Introdução Sementes ou grãos comestíveis de gramíneas (ANDRADE, 2006). trigo (Triticum sp.), centeio (Secale cereale), arroz (Oriza sativa), cevada (Hordeum sativum), Painço/milheto (Panicum miliaceum), aveia (Avena sativa), milho (Zea maes), sorgo (Sorghum bicolor) triticale (X Tritico secale) 2 Introdução 3 Trigo Centeio Milho Cevada Aveia Arroz Painço Umidade 13,2 13,7 12,5 11,7 13,0 13,1 12,1 Proteínas 11,7 11,6 9,2 10,6 12,6 7,4 10,6 Lipídios 2,2 1,7 3,8 2,1 5,7 2,4 4,05 Amido 59,2 52,4 62,6 52,2 40,1 70,4 64,4 Outros HCO 10,1 16,6 8,4 19,6 22,8 5,0 6,3 Fibras 2,0 2,1 2,15 1,55 1,56 0,67 1,1 RMF 1,5 1,9 1,3 2,25 2,85 1,2 1,6 Glúten 4 Complexo proteico Plasticidade Elasticidade 90% proteína + 8% lipídio + 2% carboidrato Prolamina (2) Glutelina (3) Gliadina Glutenina Glúten Propriedades reológicas Viscosidade Elasticidade Enzimas Amilase Proteinase Lipase Fitase 5 Trigo e centeio Fermentação do pão Levedura + glicose = CO2 = volume Trigo, centeio e cevada pH 2,0 – 5,0 Inativada em pH elevado Massa macia ?? Hidrólise de triglicerídeos >AG livres Envelhecimento ?? Hidrólise de fitinas (1% do trigo, 70% fósforo) Fitina + fitase = meso-fitina + ácido fosfórico Absorção?? Enzimas Lipooxigenase Catalase, Peroxidade e Glutation desidrogenase 6 Tipo 1: Lipox + AG *(ácido linoleico) = Branqueamento (lento) Tipo 2: Catalisador Lipox + Carotenoides e/ou clorofila = Branqueamento (rápido) FT + Fsoja (1%) Melhora propriedades reológicas da FT Cat e Perox: Catalisador oxidação não enzimática do AA Glúten + GSH (glutation reduzido) = Glúten abrandado AA Ac. Dehidroascórbico Cat/perox Adehidroascórbico + GSH GSSG = Glúten forte Glutation despolimeriza a rede proteica Processamento Colheita Transporte Recepção Seleção Limpeza Acondicionamento Moagem Maturação 7 Enzimas Branqueamento Fortalecimentos do glúten Insetos, outros grãos Classificação 200-500µm – sêmola; 120 -200µm – semolina; 14- 120µm – farinha Umidade 15 - 17% Produtos à base de cereais São os produtos obtidos a partir de partes comestíveis de cereais, podendo ser submetidos a processos de maceração, moagem, extração, tratamento térmico e ou outros processos tecnológicos considerados seguros para produção de alimentos. Farinhas Pães Massas Biscoitos Amido Farelos 8 Farinhas Farinha de trigo é o produto elaborado com grãos de trigo (Triticum aestivum L.) ou outras espécies de trigo do gênero Triticum , ou combinações por meio de trituração ou moagem e outras tecnologias ou processos. Não se aplica às farinhas elaboradas com grãos de Triticum durum (BRASIL, 2005b). 9 Ideal para elaboração de massas Farinhas FT integral: produto elaborado com grãos de trigo (Triticum aestivum) ou outras espécies de trigo do gênero Triticum, ou combinações por meio de trituração ou moagem e outras tecnologias ou processos a partir do processamento completo do grão limpo, contendo ou não o gérmen (BRASIL, 2005b). FT adicionada de outros vegetais: produto elaborado à base de farinha de trigo adicionado de outros produtos vegetais (BRASIL, 2005b). 10 Produtos derivados Preparados à base de FT para alimentação humana: produto que pode conter ingredientes, aditivos (substâncias autorizadas pelo Ministério da Saúde que padronizam a qualidade da farinha de trigo ou melhoram a qualidade do produto final) alimentares e coadjuvantes de tecnologia (substâncias adicionadas com finalidade tecnológica, devendo ser eliminada ou inativada no processo, mas que pode conter traços no produto final) apropriados para a produção de pães, bolos, tortas, massas, empadas, quitutes, pizzas ou outros produtos típicos de confeitaria, que com adição de água ou fermento ou ovos ou gordura ou outros ingredientes, e preparado segundo as instruções presentes na embalagem, deve produzir o produto típico designado na rotulagem, sem a necessidade de adição de outros aditivos alimentares. 11 Padrão de qualidade 12 Tipos Máx RMF (%; bs) Granulometria Ptn (%; bs) Acidez graxa (mg KOH/100g) Umidade máxima (%) Doméstico Tipo 1 0,8 95% do produto deve passar pela peneira com abertura de malha de 250 micrometros 7,5 100 15 Tipo 2 1,4 8 15 Integral 2,5 - 8 15 Industrial Único <2,5 95% do produto deve passar pela peneira com abertura de malha de 250 micrometros >8 100 15 MAPA.Instrução Normativa n°8/2005. Fraudes em Farinha de trigo Será considerada fraude e sujeita às penalidades previstas na legislação específica vigente toda a alteração dolosa, de qualquer ordem ou natureza, praticada na classificação, na embalagem, no acondicionamento, bem como nos documentos que acompanham o produto. A adição apenas de sal na Farinha de Trigo não a qualificará como mistura preparada para uso alimentício e será considerado como fraude. 13 Provas físico-químicas para controle de qualidade de FT Provas físicas 15 Avaliam as propriedades reológicas Farinógrafo Extensógrafos Absorção de água Resistência ao amassamento Tempo de desenvolvimento da massa Estabilidade Glúten forte X Glúten fraco Elasticidade Extensibilidade Retenção de gás Provas químicas Umidade RMF Proteína 16 Separação do glúten Em uma cápsula de porcelana pesar 20g de farinha de trigo gotejar cerca de 6mL de água não destilada (rica em íons), umedecendo a farinha e homogeneizando até formar uma massa de consistência sólida deixar repousar por 1h lavar em água corrente até completa remoção do amido (testar a água de lavagem, em tubo de ensaio, adicionando gotas de Lugol) em vidro de relógio tarado, pesar o glúten úmido levar a estufa a 105ºC por 1h, refriar em dessecador pesar o glúten seco. 17 Grau de hidratação do glúten 18 20,15g amostra – 8,5g glúten úmido 100g amostra – 42,2% GU 20,15g amostra – 5,7g glúten seco 100g amostra – 28,3% GS GS x 100 _________ GU GH = 67,1% Branqueadores Promovem a oxidação dos compostos carotenoides Em erlenmeyer de rolha esmerilhada Adicionar 20g de FT + 100 mL de éter de petróleo Agitar + repouso 24h Observar a cor do sobrenadante 19 Por que? O que se espera??? Fortalecedores do glúten Bromato: 5 KI + KBrO3 + 6 H2O 3 I2 + KBr + 3 H2O Ácido ascórbico: Método DCFI (2,6 diclorofenol indofenol) DCFI + AA DCFI (oxidado) + Adehidro 20 Bromato → brometo Em meio ácido Acidez graxa Pesar 5,45 g de amostra, transferir para b.v. 100 mL usando EtOH. Completar volume com EtOH, homogeneizar e deixar em repouso 24 h. Filtrar. Tomar 10 mL do filtrado e titular contra NaOH 0,01 M usando fenolftaleína como indicador. Fazer prova em branco (só com álcool). Dados para cálculo: NaOH 0,01M f= 1,025 Vt= 1,3 mL Vb= 0,1 mol KOH = 56g Umidade = 15% Laudo: Caracterização das proteínas metabólicas de farinhas de trigo brasileiras de diferentes qualidades tecnológicas por UPLC-UDMS 22 Verônica Mayrinck; Mariana Larraz (Dissertação de Mestrado – PPGAN/UNIRIO) Referências BRASIL. Resolução RDC nº 263, de 22 de setembro de 2005. Regulamento técnico para produtos de cereais, amidos, farinhas e farelos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 set. 2005. Seção 1. a BRASIL.Instrução Normativa n 8, de 02 de junho de 2005. Regulamento técnico de identidade e qualidade farinha de trigo. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 03 jun. 2005. Seção 1. p. 91. b INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4 ed. 1ª ed digital. Brasília: ANVISA, 2008. 23
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