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Instituto Federal de Santa Catarina – SMO Unidade Curricular: Educação Física Docente: Juliano Daniel Discente: Aline Barbieri; Camila Schons; Eduarda Theisen Vogt; Graziela Franco Assumpção; Liandra Ruschel Turma: CTI em Alimentos - 2º ano 1. ESPORTES ADAPTADOS O esporte adaptado, compreende o esporte direcionado para pessoas com deficiência, onde ocorre uma adaptação de aparelhos e locais de acordo com as necessidades e tipos de deficiência, procurando por uma maior inclusão e oferecer os devidos direitos para as PcD. O conhecimento sobre as regras ou o funcionamento dos esportes adaptados para pessoas com deficniência, não se é um dos assuntos mais procurados ou ensinados nas escolas quando se fala do funcionamento de determinidado esporte. Então, através deste material complementar, temos o intuito de dismitificar que só há sofrimento na vida de tais pessoas e que, sim, elas podem se divertir e ter uma prática esportiva saudável como qualquer outra pessoa. 1.1 Basquete em cadeira de rodas Classificação dos jogadores ➢ É classificado principalmente pelo grau de deficiência motora (entre 1.0 a 4.5) ➢ Antes da partida é obrigatório a apresentação da carteira com a pontuação (não deve ultrapassar 14) e todas as modificações feitas na cadeira Regra das Cadeiras de Rodas ➢ A cadeira deve ter de 3 a 4 rodas, sendo as duas de trás grandes ➢ Os pneus traseiros devem ter no máximo 66 centímetros de diâmetro, possuindo suporte para as mãos; ➢ O acento em relação ao chão deve ter no máximo 53 centímetros e o apoio para os pés deve ter 11 centímetros; ➢ Jogadores de classificação inferior a 3.0 podem ter uma almofada de até 10 centímetros, 3.0 ou acima no máximo 5 centímetros; ➢ São proibidos pneus pretos, aparelho de direção e freios. Regras Básicas ➢ Quando a cadeira estiver na linha ou levemente para fora já é considerado que o jogador está fora do campo; ➢ Caso um jogador jogue a bola para o adversário com intenção de induzir o jogador adversário fazer que a bola saia, a mesma fica com o adversário; ➢ Quando a bola está no colo do jogador só é possível 2 empurrões á cadeira, após isso deve passar, driblar ou lançar a bola, se não fizer isso é marcada falta; ➢ Não é permitido ficar mais de 3 segundo na área restritiva do adversário, exceto com a bola no ar, para receber um rebote ou for uma bola morta; ➢ O jogador em posse de bola, com pressão adversária, pode ter a posse de bola parada apenas por 5 segundos; ➢ A equipe com posse de bola dispõe apenas de 10 segundos para ir ao campo adversário; ➢ São permitidos 24 segundos para a equipe em posse da bola efetuar o ataque, que termina quando a bola é lançada e toca ao menos na cesta. 1.2 Bocha Divisão ➢ Geral: ambos os sexos ➢ Individuais:BC1, BC2, BC3 e BC4 ➢ Pares: BC3 e BC4 ➢ Equipes: BC1 e BC2 Classificação ➢ Pessoas com paralisia cerebral ou outras doenças severas (como distrofia muscular) são elegíveis para competir em bocha. ➢ É dividido em quatro classes: ➢ BC1: Classifica os arremessadores CP1 e jogadores CP2, podem competir com auxílio de ajudantes, estes permanecem fora da área de jogo do atleta, podendo apenas estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e lhe entregar a bola. ➢ BC2: Comporta os arremessadores CP2, estes não recebem assistências. Os jogadores dessa categoria tem condições de lançar ou impelir a bola e movimentar a cadeira, podem pedir ajuda ao árbitro no seu tempo, para apanhar a bola ou entrar em campo. ➢ BC3: Comporta jogadores com deficiências muito severas, podem ser ajudados por uma pessoa, este deve permanecer na área de jogo, porém deve manter-se de costas para os juízes e evitar olhar o jogo. Os competidores dessa categoria apresentam disfunção motora severa nas quatro extremidades, não conseguem lançar ou repelir a bola, nem movimentar a cadeira. ➢ BC4: Indivíduos com disfunção motora severa nas quatro extremidades e com controle dinâmico do tronco pobre, o mesmo deverá conseguir lançar ou repelir a bola e movimentar a cadeira, sem ajuda de um auxiliar (o árbitro auxilia na coleta das bolas). Pares ➢ Pares BC3: Dois atletas com paralisia cerebral e um sem paralisia cerebral, ambos classificados em BC3, com substituto e um capitão. Ocupam as casas de dois a cinco em sequência e não há alteração nas regras. ➢ Pares BC4: Semelhante aos pares BC3, porém sem substituto e com atletas classificados em BC4. Equipes ➢ Os atletas classificados em BC1 e BC2 contém um ou dois substitutos de classes diferentes. Cada equipe deve conter três atletas, tendo pelo menos um BC1, cada equipe conta com um auxiliar e um capitão. Treinadores ➢ Permitido que transitem nas Zonas de aquecimento e câmara de chamada, durante o jogo devem permanecer ao lado na posição indicada com os suplentes e em silêncio. Formato da competição ➢ Divisão individual: Realizadas quatro parciais (podendo ter uma parcial extra em caso de empate), cada jogador recebe seis bolas da sua cor, o controle da bola alvo passa da casa três (lado vermelho) para casa quatro (lado azul). ➢ Divisão pares: Realizadas quatro parciais (podendo ter uma parcial extra em caso de empate), cada jogador recebe três bolas da sua cor, o controle da bola alvo passa da casa dois (lado vermelho pertencente também a casa quatro) para casa cinco (lado azul pertencente também a casa três). ➢ Divisão equipes: Realizadas seis parciais (podendo ter uma parcial extra em caso de empate), cada jogador recebe duas bolas da sua cor, o controle da bola alvo passa da casa um à casa seis (casas um, três e cinco ocupam lado vermelho e dois, quatro e seis o lado azul). Campo e Bola Alvo ➢ O campo deve apresentar superfície plana e macia (madeira ou sintético). 12,5m x 6m de diâmetro, marcação externa de 4 a 5 cm. ➢ A bola pode ser do próprio jogador, mas deve ter diâmetro de 270mm +- 4mm e seu peso entre 263g a 287g, sendo analisada pela comissão. Jogo O processo inicia-se formalmente na câmara de chamada e após a apresentação da bola alvo ao jogador que utiliza a bola vermelha. Quinze minutos antes da partida a câmara é fechada permitindo a entrada apenas dos jogadores que chegaram antes disso. É feito um aquecimento de dois minutos antes da partida. Para o lançamento da bola alvo deve-se esperar o anúncio do árbitro, a bola deve estar na área válida e não há tempo máximo para o lançamento. 1.2 Vôlei Regras do vôlei sentado ➢ A regras mais importante é manter-se com os glúteos no chão sempre ao bater na bola. ➢ Pode ser competido por homens e mulheres, sendo sempre 6 jogadores de cada time. No jogo masculino a rede mede 1,15m, já no feminino é de 1,05m. A quadra é menor e mede 10m de comprimento e 6m de largura. ➢ São cinco sets de 25 pontos, com o set final de 15 pontos, o primeiro time a vencer três sets vence a partida. ➢ Bloqueios são permitidos desde que o jogador esteja em contato com o solo (exceto no deslocamento). ➢ Pessoas com limitações ou níveis de amputação mais acentuados são classificados como D (do inglês disabled), já jogadores com pequenas amputações ou problemas leves de articulações são classificados com MD (do inglês minimally disabled). Cada time só pode contar com apenas 2 jogadores classificados como MD. 2. RELATOS E como o esporte adaptado influência nas vidas dos jogadores? Qual a importância de tal prática para eles? Com tais relatos abaixo, direcionados para diferentes esportes, temos o objetivo de demonstrar um pouquinho mais de como o esporte mudou a vida de muitas PcD, e também para abrirmos nossa mente e explorar outra vivências e opiniões. 2.1 Anderson Lewis - Basquete de cadeira de rodas Anderson nasceu e mora em Fortaleza, CE. Teve paralisia infantil aos dois anos e foi aos quinze que conheceu o basquete sobre rodas, indicado por uma amiga. Ela fazia partede uma instituição que promovia o esporte para pessoas com deficiência e o convidou a participar. “Foi lá que comecei o esporte. Me encantei com o basquete e estou aí até hoje”, afirma ao Portal Boa Vontade. Para dar conta de toda a exigência dos eventos, Anderson conta que sua rotina é agitada. “Treino de quatro a cinco horas por dia, de segunda a sexta-feira. Além disso, sou treinador de uma equipe feminina de basquete, chamada ‘Guerreiras sobre Rodas’. Dou aulas a ela de manhã e faço meu treino pela tarde”. Fonte: https://www.boavontade.com/pt/esporte/basquete-sobre-cadeira-de-rodas-atleta-anderson-ferreira 2.2 Evelyn Vieira - Bocha Evelyn Vieira foi medalhista de ouro por equipes na classe BC3 nos Jogos do Rio e afirma: “Eu sou um exemplo disso. O esporte foi uma ferramenta transformadora na minha vida. Eu vivia essa realidade da pessoa com deficiência dentro de casa, só família e estudo, sem muito contato com a sociedade. Quando passei a praticar o esporte descobri que os limites que eu acreditava que tinha, na verdade não existiam, e passei a superá-los”. Fonte: Esporte - iG @ https://esporte.ig.com.br/olimpiadas/2016-09-27/pessoas-deficiencia-paralimpiada.html 2.3 Giba – Volêi Sentado Atropelado por um trem – O início da trajetória como ídolo do vôlei sentado começou em 2004, depois de ele ter sido atropelado por um trem. “Fui cruzar a linha, um caminho que fazia todo dia e não olhei para o lado. Me pegou de frente e fui arremessado. Estou vivo por um milagre. Perdi só um pedaço da perna direita”, contou. Por ter ganhado mais uma chance na vida, saiu do hospital confiante de que a vida de motoboy que levava mudaria da água para o vinho. E foi o que aconteceu. Por indicação de um amigo conheceu o projeto de vôlei paralímpico que existia em Barueri, próximo a Carapicuíba, região onde sempre viveu. “Nunca tinha jogado vôlei. Só futebol mesmo. Mas quando joguei pela primeira vez me animei”. Fonte: https://istoe.com.br/craque-do-volei-sentado-giba-festeja-tetra-e-relembra-encontro-com-xara-olimpico/
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