Buscar

CREAS - PIM VI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 24 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIP 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
MILENA MOINO DA SILVA 
RA 1899901 
 
 
 
 
 
 
CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CREAS) 
PIM VI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PIRAJUÍ 
2019 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
MILENA MOINO DA SILVA – 1899901 
 
 
 
 
 
CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (CREAS) 
PIM VI 
 
 
 
 
Projeto Integrado Multidisciplinar VI 
Para obtenção do título de 
Tecnólogo em Gestão Pública, 
apresentado à Universidade Paulista 
– UNIP. 
Orientador: Fábio Ricardo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PIRAJUÍ 
2019 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Este projeto tem como objetivo o estudo da Centro de Referência Especializada de 
Assistência Social (CREAS) da cidade de Pirajuí – São Paulo, localizada na Rua 
Quintino Bocaiúva, n° 445, Vila Ortiz. Esta Secretaria trabalha diretamente com as 
questões e necessidades de família de baixa renda, sendo esta a responsável pela 
gestão e garantia dos direitos de todos os cidadãos por meio de políticas sociais e 
proteção social básica. O trabalho terá como embasamento teórico as disciplinas: 
“Finanças e Orçamentos Públicos; Plano de Negócios e Ética e Legislação: 
Trabalhista e Empresarial”. Na primeira abordamos inicialmente o Orçamento Anual 
que é elaborado em consonância com o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. No Plano de Negócios os assuntos estão relacionados a forma de 
planejar um novo negócio a partir da criação de um plano de negócios, sendo esta a 
condição essencial para o sucesso de novos empreendimentos, e que os 
empreendedores são pessoas que ajudam no desenvolvimento do país. E por fim, 
na Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial, abordamos que nas relações de 
consumo estão presentes, obrigatoriamente, as figuras do consumidor e do 
fornecedor de bens (produtos) ou de serviços. 
 
Palavra-chave: Planejamento, empreendedorismo e ética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................05 
2. FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS ........................................05 
2.1 Conceitos de finanças e orçamentos ...................................................05 
2.2 Tópicos importantes de finanças públicas ...........................................07 
2.3 Planejamentos e Orçamentos ..............................................................09 
2.4 Planejamentos no Setor Público ..........................................................10 
2.5 Histórico do Planejamento no Brasil .....................................................10 
2.6 Plano Plurianual ....................................................................................13 
3. PLANO DE NEGÓCIOS........................................................................14 
3.1 Ideias e oportunidades de negócio .......................................................15 
3.2. Avaliando oportunidades .......................................................................15 
3.3 Empreendedorismo ...............................................................................15 
4. ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL..............19 
4.1 Direito Empresarial ................................................................................19 
4.2 Direito do Trabalho ................................................................................20 
4.3 Direitos Básicos do Consumidor ..........................................................22 
5. CONCLUSÃO ......................................................................................23 
6. REFERÊNCIA .......................................................................................24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 Neste Projeto Multidisciplinar Integrado VI, 1° semestre do ano de 2019, do 
Curso Superior em Gestão Pública, traz como instituição analisada, o Centro de 
Referência Especializado de Assistência Social – CREAS. 
 O estudo foi direcionado para a instituição, enquanto forma de gestão, 
visando as questões relacionados ao modo de gerir os bens materiais e financeiros 
até a interação entre os profissionais que compõem esta secretaria. Sempre 
priorizando as melhores formas de atendimento aos usuários. 
 Este projeto também tem como objetivo conhecer as várias formas de 
gestão, sendo a relação entre sociedade e governo e o relacionamento entre 
pessoas e órgão e entidades públicas. 
 Todos os funcionários e atendentes estão à disposição, em busca do melhor 
atendimento aos usuários, a fim de proporcionar o bem-estar e convívio pacífico a 
todos que precisam de seus serviços. 
 Desta forma, foram realizados estudos e pesquisas observando em sua 
estrutura questões voltadas a Finanças e Orçamentos Públicos, Planos de Negócios 
e Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial, onde tem como principal objetivo 
proporcionar de maneira prática, conhecimentos teóricos, colaborando na 
aprendizagem. 
 
2. FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS 
 
2.1 Conceitos de finanças e orçamentos 
 
 Tratar de finanças e orçamentos é, antes de tudo, tratar de recursos 
monetários e de sua administração. É sabido que, do ponto de vista da Economia, 
os recursos monetários são limitados no tempo e representam a riqueza e suas mais 
diversas formas. Se pensarmos no agente econômico individual, a riqueza pode ser 
a soma de recursos acumulados no passado ou ainda aqueles herdados. Se 
pensarmos no horizonte de uma empresa, sua riqueza pode ser representada pelo 
capital social que os sócios ali integralizaram, as máquinas e equipamentos de que 
dispõe para bem poder exercer seu processo de produção etc. Podemos ainda 
6 
 
pensar que a riqueza de uma empresa está representada pelos seus clientes, por 
sua marca, pelo know-how de seus funcionários, bens chamados de intangíveis. 
Imprescindível à formação da riqueza é o orçamento. De maneira bem simples, 
podemos entender que o orçamento seja um documento em que são registradas 
entradas e saídas de recursos financeiros. Pense em você: você faz seu orçamento? 
 Coloca em um papel (ou em uma planilha eletrônica para sermos mais 
modernos) tudo aquilo que recebe durante determinado período e tudo o que gasta 
neste mesmo tempo? Qual a importância disso? Simplesmente para termos certeza 
de qual é a fonte de nossos recursos e de que forma que os alocamos em termos de 
gastos e investimentos. 
 
Exemplo de aplicação: 
 
 Você tem ideia de quanto de sua renda você gasta com a manutenção da 
vida – gastos rotineiros do dia a dia mais alguns esporádicos – e quanto da sua 
renda você guarda para acumulação de capital e consumo futuro? Represente isso 
numa planilha eletrônica simples, primeiramente a cada mês e, depois, veja o que 
representa anualmente. 
 Tomando o Dicionário Houaiss (ORÇAMENTO, 2012), vê-se que o 
significado da palavra “orçamento” designa “cálculo da receita e da despesa; 
pormenorização da receita e da aplicação de recursos a serem disponibilizados para 
certa finalidade”. Por outro lado, se a palavra for aplicada ao setor público, o mesmo 
dicionário diz representar: 
 
[...] cálculo da receita a ser arrecadada em um exercício financeiro e das 
despesas a serem feitas pela administração pública, organizado pelo poder 
executivo e sujeito à aprovação das respectivas câmaras legislativas 
(ORÇAMENTO, 2012). 
 
 Utilizando o conceito de demanda efetiva, Keynes (1982) explica que uma 
sociedade somente prospera se a demanda por bens for crescente ao longo do 
tempo. Para tanto, a oferta de bens pelas empresas privadas deve responder aos 
anseios de consumo da sociedade, pois haverá maior procura por bens do que 
serão ofertados e a inflação poderia ser decorrente daí. Na ocorrência de 
insuficiência de demanda: 
7 
 
[...] o governo deveria assumir um papel ativo de complementar os gastos 
privados,ou reduzindo impostos ou realizando investimentos, mesmo em 
obras aparentemente sem lógica imediata, como abrir e fechar buracos, 
enterrar dinheiro em minas abandonadas e oferecer concessões ao setor 
privado para exploração [...]. [...] a insuficiência da demanda que 
caracterizava as crises de desemprego decorria da escassez de novos 
investimentos [...], razão pela qual não bastava que o governo ampliasse a 
oferta de recursos para investimentos. Era preciso que houvesse um 
aumento simultâneo nos gastos em obras públicas. (MATIAS-PEREIRA, 
2012, p. 51). 
“A política fiscal compreende ações do governo relacionadas ao seu 
orçamento, o Orçamento do Setor Público. Ela definirá o quanto o governo 
irá arrecadar e o quanto poderá gastar”. 
 
 Uma política fiscal será expansionista quando o governo aumenta seus 
gastos ou mesmo quando diminui a carga tributária sobre a sociedade; ou seja, 
quando repassa maior volume de recursos monetários para a sociedade por meio de 
seus gastos ou quando deixa a sociedade com maior volume de dinheiro, diminuindo 
sua arrecadação. Quando o governo adota uma política fiscal expansionista, alguns 
efeitos na economia são gerados, a exemplo de: 
 
• Descontrole das contas públicas, pois os gastos podem ser, em algum momento, 
superiores às receitas e, desta forma, o governo não consegue formar poupança 
• Aumento da inflação, uma vez que haverá maior volume de dinheiro em circulação, 
aumentado o consumo e os preços dos produtos; 
•Redução na credibilidade externa devido descontrole orçamentário; 
• Redução dos investimentos empresariais, pois o governo assume a liderança de 
aumentar a demanda agregada via gastos governamentais e produção; 
• Redução do desemprego por ativar a atividade econômica. E no caso de uma 
política fiscal contracionista? As consequências, dentre outras, serão: 
• Equilíbrio nas contas do governo ou o que podemos chamar de superavit 
orçamentário; 
 • Aumento da credibilidade no exterior devido austeridade; 
 • Elevação dos níveis de investimento estrangeiros, pois o país transmite maior 
segurança administrativa; 
• Diminuição das transferências governamentais com relação à sociedade. 
 
2.2Tópicos importantes de finanças públicas 
 
8 
 
 Deixando de lado questões normativas das políticas públicas bem como da 
presença do governo nas economias modernas, o fato é que devemos considerar 
elementos racionais que fundamentam a presença dos governos nas sociedades. 
Giambiagi e Além (2008) chamam a atenção para a existência de falhas de mercado 
que impedem a situação de Ótimo de Pareto. 
 As falhas de mercado abordadas por Giambiagi e Além (2008) são: 
existência de bens públicos, existência de monopólios naturais, externalidades, 
mercados incompletos, falhas de informação e, por último, mas não menos 
importante, a ocorrência de desemprego e inflação. 
 Riani (2012, p. 12-13) sumariza da seguinte forma: 
 
“No mundo real existem quatro características principais que dificultariam, 
ou até mesmo impossibilitariam a obtenção ótima através do setor privado. 
Assim, o governo emerge como um elemento capaz de intervir na alocação 
de recursos, que atua paralelamente ao setor privado, procurando 
estabelecer a produção ótima dos bens e serviços que satisfaçam às 
necessidades da sociedade. As quatro características que podem ser 
consideradas como falhas de mecanismos de mercado em atender às 
necessidades da sociedade são: indivisibilidade do produto; externalidades; 
custo de produção decrescente e mercados imperfeitos; riscos e incertezas 
na oferta dos bens. “ 
 
 Vejamos, a partir de Giambiagi e Além (2008) e Riani (2012), a importância 
de cada uma das falhas de mercado que fazem necessária a interferência do 
governo nos mercados. 
 
[...] os bens indivisíveis são aqueles cujos benefícios não podem ser 
individualizados, tornando ineficaz o estabelecimento dos preços via 
sistema de mercado [...]. A não exclusividade deve-se ao fato de que, como 
esses bens não seriam vendidos através do sistema de mercado, via 
preços, a eles não se aplica o direito de propriedade. 
 
 No Brasil, com a privatização dos serviços de utilidade pública – 
telecomunicações e energia elétrica −, o governo criou a Agência Nacional de 
Energia Elétrica (Aneel) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), com o 
intuito de regular as atividades desses setores, por natureza pouco competitivos e 
que prestam um serviço essencial à população. Também com a função de regular o 
mercado há diversos órgãos do governo, como o Cade e a Secretaria de Direito 
Econômico (REZENDE, 2012, p. 29). 
 
9 
 
[...] a existência de externalidade justifica a intervenção do Estado, que 
pode ser através: a) da produção direta ou da concessão de subsídios, para 
gerar externalidades positivas; b) de multas ou impostos, para desestimular 
externalidades negativas e c) da regulamentação. 
 
 É consenso entre os autores Nascimento (2014), Giacomoni (2012), 
Giambiagi e Além (2008), Riani (2012) e Matias-Pereira (2012) que se deve a 
Richard Musgrave a definição do que sejam as funções do governo. Segundo 
Giacomoni (2012, p. 22): 
 
Richard Musgrave propôs uma classificação das funções econômicas do 
Estado, que se tornaram clássicas no gênero. Denominadas as “funções 
fiscais”, o autor as considera também como as próprias “funções do 
orçamento”, principal instrumento de ação estatal na economia. São três as 
funções: a) promover ajustamentos na alocação de recursos (função 
alocativa); b) promover ajustamentos na distribuição de renda (função 
distributiva); e c) manter a estabilidade econômica (função estabilizadora). 
 
2.3 Planejamentos e Orçamentos 
 
 Podemos admitir ser o planejamento uma importantíssima ferramenta de 
gestão administrativa em qualquer ambiente para tudo aquilo que requer, 
obviamente, preparação, organização e estruturação. Para que seja possível 
compreender a importância do planejamento, e como muitas das vezes o fazemos 
sem pensar, procure descrever como é seu dia a dia. Façamos juntos! 
 Logo quando acordamos pela manhã, como a maioria das pessoas, já 
estamos envolvidos com o planejamento, mas que, por vezes, não está escrito. É 
aquele tipo de planejamento das coisas que sempre acontecem em nosso dia a dia. 
Volte a atenção para você. Qual a primeira coisa que faz ao acordar? Você poderia 
bem responder “abrir os olhos! ”, mas não é disso que estamos tratando. 
Algumas pessoas têm seus hábitos diários. Alguns, ao acordar, procuram 
inicialmente tomar o banho matinal e depois separar a roupa do dia. Outros, já 
deixaram a roupa do dia separada na noite anterior (planejamento). Alguns podem 
ainda preferir tomar café da manhã para depois se arrumar e ir ao trabalho. Mesmo 
o ato de sair de casa requer planejamento. Em dia de chuva, há opção de ir de carro 
ou somente de transporte urbano? A saída de casa pela manhã tem sempre o 
mesmo destino: trabalho ou estudos? Faz-se sempre o mesmo caminho? E assim 
por diante. 
10 
 
 O dia de trabalho também requer planejamento. No local de trabalho, o que 
fazer primeiro? Quais são as tarefas mais importantes que devem ser efetuadas em 
primeiro lugar? Se as demais não forem executadas naquele dia, isso implicará 
resultados negativos? Algumas pessoas gostam de deixar o dia seguinte 
programado no dia anterior. Quando isso é possível, é excelente para as pessoas 
extremamente organizadas que vivem com base no planejamento. Outros preferem 
o improviso do dia, das atividades e não são apegados a rotinas, processos ou 
procedimentos. 
 
2.4 Planejamentos no Setor Público 
 
 Tratar do planejamento no setor público é, antes de mais nada, pensar no 
longo prazo e nas ações que o governo deve tomar para que seus objetivos 
estratégicos sejam atingidos. Conforme coloca Lafer (1975, p. 7): “o planejamento 
nada mais é do que um modelo teórico para ação. Propõe-se a organizar 
racionalmente o sistema econômicoa partir de certas hipóteses sobre a realidade”. 
 A forma descentralizada, também chamada de economia de mercado, reúne 
três elementos principais: livre iniciativa, presença do Estado e elementos de uma 
economia capitalista. No caso da livre iniciativa, nenhum agente econômico – 
empresas como produtoras ou vendedoras de mercadorias ou famílias como 
fornecedoras de fatores de produção e consumidores de mercadorias – se preocupa 
em desempenhar o papel de gerenciar o bom funcionamento do sistema de preços. 
Preocupa-se em resolver isoladamente seus próprios negócios e procura sobreviver 
apenas na concorrência imposta pelos mercados, tanto na venda e compra de 
produtos finais como na dos fatores de produção. Trata-se de um jogo econômico, 
baseado em sinais dados por preços formados nos diversos mercados. 
 
2.5 Histórico do Planejamento no Brasil 
 
“O Estado tem função explícita de planejamento. O planejamento 
governamental, portanto, além de um instrumento de ação pública, deve ser 
visto como uma imposição constitucional. Isso está explícito na Constituição 
Federal de 1988, por meio de vários dispositivos, que lhe conferem caráter 
imperativo ao estabelecer a obrigatoriedade de formulação de planos, de 
forma ordenada e sequencial, para viabilizar o alcance dos objetivos 
previamente estabelecidos e que buscam o atingimento do progresso 
econômico e social (MATIASPEREIRA, 2012, p. 284). ” 
11 
 
 
 Trata-se, portanto, de um Estado desenvolvimentista, que, liderando um 
processo de substituição de importações, coloca o País na rota do crescimento 
econômico. É induzido pela produção interna em diferentes áreas, inicialmente na 
infraestrutura, em que prevalecem os investimentos públicos seguidos dos 
investimentos privados em setores atraídos pelo Estado. Qual a ideia principal desse 
processo? Frear importações de bens finais e induzir a produção interna no intuito 
de abastecer o mercado interno conforme a demanda se apresenta. 
 As iniciativas adotadas na década de 1930 foram decisivas para que o 
período seguinte prosperasse em termos de formação do setor produtivo estatal. 
Porém, como salienta Lafer (1975, p. 2930): 
 
“A partir da década de 1940 várias foram as tentativas de coordenar, 
controlar e planejar a economia brasileira. Entretanto, o que se pode dizer a 
respeito dessas tentativas até 1956 é que elas foram mais propostas, como 
é o caso do relatório Simonsen (19441945); mais diagnósticos, como é o 
caso da Missão Cooke (19421943), da Missão Abbink (1948), da Comissão 
Mista Brasil EUA (19511953); mais esforços no sentido de racionalizar o 
processo orçamentário, como é o caso do Plano Salte (1948); mais 
medidas puramente setoriais, como é o caso do petróleo ou do café do que 
experiências que pudessem ser enquadradas na noção de planejamento 
propriamente dito.” 
 
 É difícil encontrar na literatura disponível opções de planejamento 
propriamente dito para os governos atuais. O que ocorre são apenas insights, como 
aqueles voltados à distribuição de renda com políticas assistencialistas, a exemplo 
do Programa Bolsa Família, assim como de proteção a setores específicos, a 
exemplo do setor automobilístico e eletrodoméstico, que contam com isenções de 
pagamento do IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados (NASCIMENTO, 2014). 
Daqui em diante, os dias contarão a história recente. 
 Conforme explica Nascimento (2014, p. 126), receita pública é o conjunto de 
arrecadação com fontes e fatores geradores próprios e permanentes, oriundos de 
ação e de atributos inerentes à instituição (União, estados e municípios), e que, 
“integrando o patrimônio e na qualidade de elemento novo, lhe produz acréscimos, 
sem, contudo, gerar obrigações, reservas ou reivindicações de terceiros”, 
destinando-se a atender à manutenção e conservação dos serviços públicos. 
O tributo é um dos itens da receita pública e refere-se à prestação pecuniária 
compulsória em moeda corrente ou cujo valor nela se possa exprimir, que não 
12 
 
constitui sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade 
administrativa plenamente vinculada. 
 Conforme destacam Nascimento (2014) e Rezende (2012), as receitas 
correntes são as receitas tributárias, de contribuição, patrimonial, de serviços, 
industrial e diversas, bem como aquelas oriundas de recursos financeiros recebidos 
de outras pessoas de direito público ou privado e destinadas à cobertura de 
despesas correntes, a exemplo da folha de pagamentos de salários. A subdivisão 
das receitas correntes, e de acordo com os autores anteriormente indicados, é a que 
se segue: 
 
a). Tributária: que inclui as receitas definidas como tributos pelo Código Tributário 
Nacional, como impostos, taxas e contribuições de melhoria; é tudo o que deriva da 
arrecadação de impostos, 67 Revisão: Carla; Vitor; Rose; Marcilia - Diagramação: 
Márcio - 22/04/2015 FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS tributos e multas 
pecuniárias prefixadas em lei em caráter permanente. Servem para custear as 
despesas derivadas da prestação de serviço público e suas necessidades de 
investimento. 
 
b). De contribuições: que inclui as contribuições sociais (contribuição para o 
financiamento da seguridade social, contribuição do salário educação, contribuição 
de empregadores e trabalhadores para a seguridade social etc.), as contribuições 
econômicas (contribuição para o Programa de Integração Nacional – PIN –, 
contribuição para o Pro terra, contribuição pela exploração de recursos minerais 
etc.). 
 
c). Patrimonial: que se refere ao resultado financeiro da exploração do patrimônio, 
dividindo-se em receitas imobiliárias (aluguéis, arrendamentos, taxas de ocupações 
de imóveis etc.), receitas de valores mobiliários (juros, dividendos, remunerações de 
depósitos bancários etc.) e receitas de concessões e permissões (outorga dos 
serviços de telecomunicações, de radiodifusão, de serviços de transporte etc.). 
d). Industrial: que é proveniente da venda de mercadorias ou serviços relacionados a 
atividades de natureza empresarial, incluindo a receita da indústria da transformação 
e da construção. 
 
13 
 
e) Agropecuária: que inclui a receita da produção vegetal e da produção de animais 
e derivados. 
 
f). De serviços: que inclui serviços comerciais, financeiros, de transporte, de 
comunicação, de saúde etc. 
 
g) Transferências correntes: compreende as transferências rotineiras no mercado. 
Por outro lado, as receitas de capital são aquelas cujos fluxos são mais irregulares – 
incluindo as operações de crédito e o resultado de alienação do patrimônio –, ou que 
se referem a transferências previamente vinculadas a despesas de capital. São as 
provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de 
dívidas, de conversão em espécie, de bens e direitos, além dos recursos recebidos 
de outras pessoas de direito público ou privado que são destinados a atender às 
despesas de capital. Uma possível subdivisão para as receitas de capital é a 
oferecida por Nascimento (2014): 
• Operações de crédito; 
• Alienação de bens e direitos; 
• Amortização de empréstimos/financiamentos recebidos; 
• Transferências de capital recebidas; 
• outras receitas de capital recebidas 
 
2.6 Plano Plurianual 
 
 De forma contrária à questão orçamentária, que é obrigatoriedade da União 
desde a década de 1930, a questão do planejamento coloca-se como imperativo a 
cada ente federativo a partir da Constituição de 1988. Antes disso, cada unidade de 
Federação legislava em causa própria, por assim dizer. 
 Conforme relata Giacomoni (2012, p. 222), antes de 1988: 
 
[...] o que mais se aproximou da ideia de plano ou programa plurianual a ser 
implementado por todas as esferas de governo foram o Quadro de 
Recursos e de Aplicação de Capital (QRAC) e o Orçamento Plurianual de 
Investimentos (OPI). Criação da Lei nº 4.320/64, o QRAC apresentava as 
seguintes características:(i) compreendia as Receitas e despesas de 
Capital; (ii) era aprovado por decreto do Poder Executivo; (iii) cobria, no 
mínimo, um triênio; (iv) era anualmente reajustado, com o acréscimo de 
mais um exercício; e (v) sempre que possível, os programas deviam estar 
14 
 
correlacionados a metas objetivas em termos de realização de obras e de 
prestação de serviços. 
 
 O objetivo principal do PPA é formular as diretrizes para as finanças públicas 
no período do plano, com o propósito de identificar e avaliar os recursos disponíveis 
para o desenvolvimento de ações a cargo da administração pública, incluindo os 
provenientes de financiamento, bem como para o estabelecimento dos tipos de 
despesas segundo função, sub função e programa de governo. Desenvolvido por 
programas, articula um conjunto de ações representadas por projetos, atividades e 
operações especiais, que concorrem para o alcance dos objetivos governamentais. 
Os programas e ações do PPA são revisados anualmente para fins de elaboração 
das propostas orçamentárias setoriais que dão origem à Lei de Diretrizes 
Orçamentárias e à Lei de Orçamento Anual, de que trataremos, oportunamente. 
 Conforme Matias Pereira (2012, p. 319): 
 
[...] os projetos de lei do Plano Plurianual serão encaminhados pelo 
Presidente da República ao Congresso Nacional nos termos da lei 
complementar, aplicando-se, subsidiariamente, as normas pertinentes ao 
processo legislativo (art. 166, § 7º, da Constituição Federal). Eles serão 
apreciados pelas duas casas do Congresso Nacional (Câmara dos 
Deputados e Senado Federal) na forma do regime comum, após parecer 
emitido pela Comissão mista permanente de Senadores e Deputados (art. 
166, § 1º, e art. 58, § 2º, inciso VI). Deve-se ressaltar, 82 Revisão: Carla; 
Vitor; Rose; Marcilia - Diagramação: Márcio - 22/04/2015 Unidade III 
conforme prevê o art. 166, § 3º, inciso I, da Constituição Federal, que as 
emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso sejam compatíveis com o 
Plano Plurianual. 
 
3. PLANO DE NEGÓCIOS 
 
 Os números do desemprego levam muitos ex-funcionários de empresas a se 
“jogarem”, sem um mínimo de preparo, na árdua tarefa de montar um negócio 
próprio. Com isso, sonham com a independência financeira, com a liberdade e em 
ficar ricos. Infelizmente, apenas para uma pequena parcela, esse sonho vira 
realidade, e a grande maioria fica mesmo tachada como aventureira e irresponsável. 
 Segundo Dornelas (2007), importante autor da área de empreendedorismo, 
a história tem mostrado que uma pequena parte desses mesmos aventureiros, 
também chamados de empreendedores, são os grandes responsáveis pelo 
desenvolvimento econômico e o crescimento do país. Porém, a grande maioria 
15 
 
encontra uma nova decepção quando opta pelo negócio próprio e acaba 
conhecendo uma realidade cruel, a qual mostra quão vil é o mercado com aqueles 
que não estão preparados. 
 
3.1 Ideias e oportunidades de negócio 
 
 É importante que a ideia seja testada junto a clientes em potencial, 
empreendedores mais experientes e amigos próximos, antes que a paixão pela ideia 
tire sua capacidade de analisar o negócio. Por isso, lembre-se: uma ideia sozinha 
não serve para nada. A todo o momento temos novas ideias, e ainda bem. É 
inerente ao ser humano a criatividade, e estamos sempre buscando soluções para 
problemas do cotidiano. Para que elas virem um negócio, há que se pensar em 
como desenvolvê-las, implementá-las e construir um negócio de sucesso com elas. 
 Novas ideias de negócios podem surgir a qualquer momento. Os 
empreendedores as utilizam, transformando-as em produtos ou serviços que façam 
a empresa crescer. 
 
3.2. Avaliando oportunidades 
 
 Como vimos, as ideias surgem a todo o momento e nem todas se 
transformarão em bons negócios. É preciso uma primeira e rápida avaliação, uma 
breve análise para descobrir se se trata de uma boa oportunidade de negócio ou se 
deve ficar apenas no campo das boas ideias mesmo. Uma grande ideia pode 
revolucionar o ambiente de negócios. É preciso então avaliar se uma ideia tem 
suporte para ser um bom negócio. 
 Para avaliar uma oportunidade e saber se ela tem chances de virar um bom 
negócio é preciso saber se o mercado procura por esse produto ou serviço. 
 
3.3. Empreendedorismo 
 
 Tudo começou com foco nas pequenas empresas e não em 
empreendedorismo. Em 1947, a Harvard Business School criou um curso sobre 
gerenciamento de pequenas empresas. Em 1953, Peter Drucker montou um curso 
de empreendedorismo e inovação na New York University. Esses foram os passos 
16 
 
pioneiros, mas ainda demoraria até que o assunto entrasse na pauta das 
universidades e do mundo em geral. Em 1948, na Suíça, a Universidade de St. 
Gallen promoveu a primeira conferência sobre a pequena empresa e seus 
problemas. Em 1956, surge o International Council for Small Business (ICSB), a 
maior associação voltada para a pesquisa de empreendedorismo, na Universityof 
Colorado, sobre desenvolvimento de pequenos negócios. 
 O primeiro congresso internacional foi realizado em 1973, em Toronto, 
Canadá. Em 1978, foi instituído o primeiro prêmio para empreendedores de classe 
mundial, patrocinado pelo BabsonCollege, Boston, o AcademyDistinnguished 
Entrepreneur. Ele deu origem a outros como EntreppreneuroftheYearAward, da 
Ernst & Young, que também tem uma versão brasileira atualmente. 
 
 “O autor destaca que as publicações científicas da área de 
empreendedorismo também são recentes: o JournalofSmall Business 
Management, órgão oficial do ICSB, que teve seu início em 1963. ” 
 
 No Brasil, tiveram início os estudos sobre o empreendedorismo bem mais 
tarde, e os resultados já indicam a “revolução silenciosa” por aqui também. O 
primeiro curso de que se tem notícia na área surgiu em 1981, na Escola de 
Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, por iniciativa do professor 
Ronald Degen, e era chamado de Novos Negócios. Era uma disciplina do curso de 
especialização e, em 1984, foi estendida para a graduação, com o nome de Criação 
de Novos Negócios – Formação de Empreendedores. Em 2004, foi criado na 
FGVSP o Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios (CENN), com importante 
atuação na área acadêmica. Em 1984, o professor Newton Braga Rosa, do 
Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal do Rio Grande 
do Sul, instalou a disciplina Ensino de Criação de Empresas, no curso de Ciência da 
Computação. 
 Em 1992, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) criou a Escola 
de Novos Empreendedores (ENE), que tem projetos conjuntos com outras 
universidades e organismos internacionais. No mesmo ano, a Universidade Federal 
de Pernambuco criou o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), 
por meio do Departamento de Informática e com o objetivo de aplicar o 
conhecimento acadêmico à indústria. Essa experiência foi importante para a 
concepção do projeto SoftexGênesis, que, na Universidade Federal de Alagoas, em 
17 
 
1993, concebeu um curso de Administração de Empresas com Ênfase em 
Empreendedorismo. Em 1994, a mesma universidade instaurou o mestrado 
direcionado ao empreendedorismo também. Em 1995, foi a vez da Escola Federal 
de Engenharia de Itajubá, em Minas Gerais, implantar o Centro Empresarial de 
Formação Empreendedora de Itajubá (Cefei). 
 As empresas que passam pelo processo de incubação têm a taxa de 
mortalidade reduzida de 70% para 20%, detectada entre empresas nascidas fora da 
incubadora. Segundo o Sebrae, o processo de incubação é um dos mais eficazes 
mecanismos de formação de empresas sólidas e ganha força por meio de 
programas de apoio e estímulo. Elas são uma forma de estimular a criação e o 
desenvolvimento de pequenas empresas. O índice de mortalidade entre as 
empresas de tecnologia incubadas é de aproximadamente 20%, já nas pequenas 
empresas em geral, esse índice sobepara 50% nos primeiros dois anos de 
atividade. O objetivo das incubadoras é dar suporte estratégico aos pequenos 
negócios em seus primeiros anos de vida. Cada incubadora possui suas próprias 
características, como processo seletivo para candidatos, taxa de manutenção, 
serviços e consultorias oferecidas. 
 
4. ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL. 
 
 Em um mundo cada vez mais globalizado e com migrações acentuadas de 
pessoas, a ética ganha um destaque relevante na sociedade atual. 
 De origem grega e oriunda do vocábulo éthos, essa palavra helênica tem, na 
verdade, duas origens aceitáveis no mundo acadêmico e filosófico. Se for 
pronunciada com a letra “e” curta, é traduzida por “costume”. Na outra variação da 
pronúncia, com a letra “e” no som silábico mais longo, teremos a tradução para 
“caráter”. 
 Sabemos que no mundo inteiro existem várias sociedades agindo e 
convivendo de forma diferente, com seus próprios costumes, religiões, regras de 
sobrevivência e outros aspectos diversos. Avaliar o que é correto vai além da forma 
pela qual fomos educados: é necessário saber avaliar que cada sociedade está 
ligada as suas origens e história. 
 Para Aristóteles (384 a.C-322 a.C), um dos maiores pensadores e filósofos 
gregos, a ética é a observação do mundo, o questionamento e a aceitação das 
18 
 
condutas humanas e das organizações sociais, atingindo, no mundo moderno, 
também as empresas e demais corporações profissionais. 
 Diferentemente da ética, que foca nos valores da sociedade, a moral 
representa as regras da sociedade que disciplinam e regulam o comportamento do 
Homem no meio em que vive. 
 Segundo o filósofo grego Platão (427 a.C.-347 a.C.), a justiça é a base de 
todas as virtudes; logo, justiça é aquilo que o Homem acha certo fazer por ser 
virtuoso na sua própria análise ou concepção. 
 
Exemplificando: alguns acham justo desligar uma máquina médica que 
mantém um paciente em estado vegetativo e sem possibilidade de cura; 
outros acham que é justo a pessoa continuar vivendo. Nesse tipo de justiça, 
as convicções pessoais, familiares e eclesiásticas podem influenciar na 
percepção de justiça da própria pessoa. 
 
 A ética empresarial pode ser definida como o comportamento da pessoa 
jurídica de Direito Público (empresas públicas) ou de Direito Privado, quando elas 
agem em conformidade com os princípios morais e éticos aceitos pela sociedade, ou 
seja, quando agem em conformidade com as regras éticas provindas do senso 
comum de uma sociedade. 
 Podemos conceituar a responsabilidade social como um processo constante e 
evolutivo, envolvendo ações de cidadãos comuns, empresas governamentais e não 
governamentais pelos direitos fundamentais para a vida, as relações sociais e o 
equilíbrio ambiental. 
 Dentro das sociedades encontramos diversas formas de manifestação de 
responsabilidade social que podem ser exercidas pelas diversas esferas 
governamentais (municipal, estadual e federal) – por meio de políticas públicas, e 
pelos cidadãos – desenvolvimento social com ações individuais, coletivas ou 
empresariais junto a órgãos públicos ou entidades privadas com a execução de 
trabalhos voluntários. 
 Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é a forma de gestão empresarial 
que se define pela relação ética, moral e transparente da empresa com todos os 
seus públicos (clientes, fornecedores, empregados etc.) e pelo estabelecimento de 
metas empresariais que impulsionam o desenvolvimento sustentável da sociedade, 
preservando recursos ambientais e culturais para as gerações presentes e futuras, 
respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. 
19 
 
 O Código de Ética é um instrumento adotado nas empresas em geral e que 
discorre sobre a visão, a missão e os valores da empresa. Serve para orientar e 
disciplinar as ações de seus colaboradores e explicitar a postura social da empresa 
em face dos diferentes públicos com os quais interage, como clientes, fornecedores 
e público em geral. É importante que seu conteúdo seja refletido nas atitudes das 
pessoas a que se dirige e encontre respaldo tanto na alta administração da empresa 
quanto no último empregado contratado, pois todos têm a responsabilidade de 
vivenciá-lo e praticá-lo. 
 
4.1 Direito Empresarial 
 
 Direito empresarial é o ramo do Direito Privado que disciplina a atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços, para 
suprir e atender o mercado consumidor e as relações bilaterais entre empresas 
(fornecedores de matérias-primas, por exemplo). Antigamente, este ramo era 
conhecido como Direito Comercial, mas essa denominação foi modificada, pois ele 
não cuida apenas das relações de comércio, abrangendo todas as atividades 
empresariais, como veremos a seguir. 
 Após mais de século de vigência da Teoria de Atos do Comércio baseada nas 
práticas dos comerciantes e dos consumidores e disciplinadas no Código Comercial 
de 1850, tivemos sua revogação pelo artigo2.045 do Código Civil de 2002. 
 A Teoria da Empresa, que inspirou a reforma legislativa comercial de diversos 
países, teve sua efetiva inserção no ordenamento nacional somente com o advento 
do novo Código Civil (Lei nº 10.406/2002). 
 A primeira parte do Código Comercial de 1850 foi expressamente derrogada 
(substituída) pelo Código Civil. Hoje, somente a parte referente ao comércio 
marítimo (artigos 457 a 796) continua vigente no Código Comercial. 
 Pode-se conceituar empresa como toda atividade econômica organizada para 
a produção ou circulação de bens (produtos) ou de serviços. 
 A empresa é o resultado da atividade do empresário. Assim, é sinônimo de 
atividade empresarial. 
 Contudo, a organização da atividade empresarial é feita pelo empresário. 
Empresa = atividade empresarial 
20 
 
 Nos termos do Artigo 966 do Código Civil Brasileiro, considera-se empresário 
quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou 
circulação de bens ou de serviços. Assim, o empresário exerce profissionalmente a 
atividade empresarial. 
 Os sócios da sociedade empresária não são empresários. Importante é traçar 
uma diferenciação básica para que não se misturem os conceitos. A empresa pode 
ser desenvolvida por pessoas naturais ou jurídicas. Se quem exercer atividade 
empresarial for pessoa natural, será considerado empresário individual. Se quem o 
fizer for uma pessoa jurídica, será uma sociedade empresária. 
 Assim, as atividades dos profissionais liberais, como médicos e advogados, 
ou de artistas, como músicos e atores, em regra, não são empresariais. Se, 
entretanto, a atividade de profissional intelectual, de natureza científica, literária ou 
artística, formar uma cadeia produtiva, com colaboradores (prepostos) e organização 
empresarial voltada à obtenção de lucro, será empresária. Isso porque a atividade 
se tornou empresa. 
 Uma empresa pode ter quantas atividades quiser. Alguns setores, por 
exemplo, o de serviços de turismo, não podem trabalhar com mais de um ramo de 
atividade. Tudo depende da legislação específica existente. Assim, é necessário 
especificar exatamente quais atividades serão desenvolvidas por sua empresa. 
 Os ramos de atividades são: 
- Indústria: empresas que trabalham com a produção de bens; 
- Comércio atacadista: empresas que trabalham com venda de mercadorias para 
empresas que revenderão os produtos; 
- Comércio varejista: empresas que trabalham com venda de mercadorias 
diretamente ao consumidor final; 
- Prestação de serviços: empresas que prestam serviços tanto para pessoas físicas 
quanto para pessoas jurídicas. As atividades da empresa são definidas pelo Código 
Nacional de Atividade Econômica (CNAE). 
 
4.2 Direito do Trabalho 
 
 Sempre houve divergências entre capital e trabalho. A Consolidação das Leis 
do Trabalho – CLT, em 1943, procurou reunir e normatizar as relações trabalhistas 
em todo o Brasil.Sendo uma legislação muito antiga e com o surgimento das novas 
21 
 
tecnologias e a consequente criação de novos empregos surgem também as lides 
trabalhistas (conflitos trabalhistas). Nesse sentido, o Direito do Trabalho está sempre 
em constante transformação; apesar de não ter grandes modificações na legislação, 
a doutrina e a jurisprudência têm acompanhado as recentes atualizações, e esta 
nova fase do direito merece uma abordagem mais aprofundada, como veremos a 
seguir. 
 
4.2.1 Relação entre o Direito do Trabalho e outras searas 
 
 Não nos olvidemos de que o Direito do Trabalho, embora ramo jurídico 
especializado, mantém relações permanentes e, às vezes, estreitas com outros 
campos do direito, com destaque para o Direito Constitucional. 
 Do cotejo entre relação de trabalho e relação de emprego, extrai-se a 
seguinte conclusão: a relação de emprego é, do ponto de vista técnico-jurídico, 
apenas uma das modalidades específicas de relação de trabalho juridicamente 
configuradas. 
 
4.2.2. Direito Coletivo do Trabalho 
 
 O Direito Coletivo do Trabalho nasceu com o reconhecimento do direito de 
associação dos trabalhadores, ocorrido após a Revolução Industrial. Assim como o 
berço da Revolução Industrial foi a Inglaterra, ali também tiveram início os 
sindicatos, que consistiam na reunião de trabalhadores na luta por melhores 
salários, jornada de trabalho reduzida e melhores condições de trabalho. 
 Com o passar dos anos, os sindicatos foram espalhando-se pelos demais 
países e aos poucos os ordenamentos jurídicos foram reconhecendo sua 
legitimidade – o que no começo não era uma realidade. 
 Podem-se entender as relações coletivas do trabalho como fruto da 
necessidade dos trabalhadores de defenderem, em conjunto, suas reivindicações 
perante o poder econômico (proveniente, em regra, dos empregadores). Denomina-
se liberdade sindical o direito dos trabalhadores e empregadores de se organizarem 
e constituírem livremente seus sindicatos, sem interferência do Estado. 
 A liberdade sindical é o direito que o trabalhador ou o empregador têm de se 
organizar e constituir livremente as agremiações que desejarem, no número por eles 
22 
 
idealizado, visando à promoção de seus interesses ou dos interesses dos grupos 
que irão representar, sem que sofram interferência do Estado. A liberdade sindical 
também compreende o direito de ingresso no sindicato respectivo e de retirada 
deste. 
 O inciso II do artigo 8º da Constituição Federal determina que: 
 
[...] fica vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer 
grau, representativa da categoria profissional ou econômica, na mesma 
base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores 
interessados, não podendo ser inferior à área de um município (BRASIL, 
1988). 
 
 Os sindicatos têm autonomia no sentido de terem liberdade de organização 
interna, redigindo seus próprios estatutos e podendo eleger livremente seus 
representantes, que devem tratar apenas de temas ligados aos interesses 
profissionais ou econômicos da categoria, não devendo tratar de assuntos políticos. 
 Existem diversas definições importantes para que possamos compreender o 
direito do trabalho individual. 
 Relação de trabalho: É um gênero que engloba todas as relações em que se 
tem prestação de serviço por pessoa física para outro tomador. Exemplos: trabalho 
voluntário, autônomo, eventual, doméstico, rural, avulso e empregado. 
 Relação de emprego: É uma das espécies da relação de trabalho e forma-se 
sempre que o trabalho é prestado por um empregado para um empregador. 
 Os elementos caracterizadores da definição de empregado estão no artigo 3º 
da CLT: “considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de 
natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário” 
(BRASIL, 1943), consagrado no Princípio da Primazia da Realidade. 
 
4.3 Direitos Básicos do Consumidor 
 
 É obrigação das diversas modalidades de fornecedores de produtos e 
serviços adotar todas as providências necessárias, até para evitar riscos ao 
consumo de produtos, ainda que intrinsecamente apresentem algum risco. 
 É nesse sentido, por exemplo, que os artigos 8º as 10º do CDC estabelecem 
os seguintes deveres aos fornecedores de produtos e serviços. 
 
23 
 
Art. 8º. Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não 
acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os 
considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e 
fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as 
informações necessárias e adequadas a seu respeito. 
 
 Há alguns anos, uma renomada empresa fabricante de peças automotivas 
(freios de serviço para caminhões, tratores e ônibus) foi vítima de um roubo na 
descida da Rodovia Anchieta, quando um de seus caminhões transportava peças ao 
porto de Santos para exportação. Imediatamente publicou em todos os principais 
jornais o alerta sobre esse fato, principalmente dizendo que os proprietários de 
carros de passeio correriam sérios riscos se colocassem esse tipo de freios, 
podendo sofrer acidentes. 
 Outro exemplo de excludente de responsabilidade objetiva que nos ocorre é o 
de aparelhos de televisão, que trazem uma advertência bastante clara e em cor 
vermelha na parte de trás, consistente em alertar o consumidor para não mexer ali e, 
sobretudo, abrir o aparelho, sob pena de levar choques elétricos. Ora, se o 
consumidor, não obstante tal advertência, simplesmente a desobedecer e em 
consequência vier a sofrer algum dano à sua incolumidade física, não se poderá 
responsabilizar o fabricante do referido aparelho. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
 Compreende-se com esse trabalho desenvolvido no Centro de Referência 
Especializada de Assistência Social – CREAS, que finanças e orçamentos públicos 
vêm sendo usados a favor da sociedade e auxiliando na resolução dos seus 
conflitos. 
 A elaboração desse projeto foi muito significativa tendo em vista que 
possibilitou a ampliação dos conhecimentos a respeito de planos de negócios, neste 
sentido, o projeto apresenta dados relevantes que levam ao entendimento das 
diretrizes, onde todos tenham consciência da importância de suas funções, para que 
a instituição venha atingir os seus objetivos e metas sem perder de vista a ética na 
administração pública. 
 Atualmente, é de suma importância que a organização, além de proporcionar 
um ambiente de trabalho que estimule a criatividade, proporcione também um clima 
24 
 
de trabalho harmonioso, onde todos possam atuar de forma a somar conhecimentos, 
para aumentar a eficiência em todos os sentidos. 
 Neste estudo, foram traçados também elos entre conteúdos teóricos e a 
realidade deste Centro de Assistência Social, que como qualquer outro órgão, sofre 
com as consequências da política no Brasil. 
 
6. REFERÊNCIAS 
 
Livro texto Unip: 
- Finanças e Orçamentos Públicos; 
- Planos de Negócios; 
- Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial.

Outros materiais