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NÚCLEO DE PÓS GRADUAÇÃO 
 
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 
Coordenação Pedagógica – IBRA 
 
 
 
DISCIPLINA 
 
 
ORGANIZAÇÃO DOS 
PODERES 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... ……………... 03 
 
1 ORGANIZAÇÃO DOS PODERES .......................................................……………….. 05 
2 O PODER LEGISLATIVO .........................................................……...……….............. 08 
3 O PODER EXECUTIVO .......................................................................……………….. 17 
4 O PODER JUDICIÁRIO .........................................................……….. …..……………….. 24 
 
REFERÊNCIAS CONSULTADAS …………………………………………….………………. 29 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Prezados alunos, 
 
 
 
Nos esforçamos para oferecer um material condizente com a graduação e 
consequente capacitação daqueles que se candidataram à está Pós-Graduação, 
procurando referências atualizadas, embora saibamos que os clássicos são indispensáveis 
ao curso. 
As ideias aqui expostas, como não poderiam deixar de ser, não são neutras, afinal, 
opiniões e bases intelectuais fundamentam o trabalho dos diversos institutos educacionais, 
mas deixamos claro que não há intenção de fazer apologia a esta ou aquela vertente, 
estamos cientes e primamos pelo conhecimento científico, testado e provado pelos 
pesquisadores. 
Apesar de o curso possuir objetivos claros, positivos e específicos, nos colocamos 
abertos para críticas e para opiniões, pois somos conscientes que nada está pronto e 
acabado e com certeza críticas e opiniões só irão acrescentar e melhorar nosso trabalho. 
Como os cursos baseados na Metodologia da Educação a Distância, você é livre 
para estudar do melhor modo que possa. Este arranjo preserva a sua individualidade 
impondo, uma responsabilidade imperativa. Organize-se, lembrando que: aprender 
sempre, refletir sobre a própria experiência se somam, e que a educação é demasiado 
importante para nossa formação e para o bem-estar dos pacientes. 
A presente apostila tem como proposito oferecer um conteúdo abrangente da 
organização dos poderes desde a sua concepção entre os séculos XVII e XVIII, passando 
pelo estabelecimento e atual processo de consolidação. 
4 
 
Neste intuito apresentamos um compendio de conhecimento necessários a 
compreensão do estado democrático de direito bem como do tripé que em consiste 
estaestrutura. 
A apostila agrupa de maneira ordenada a síntese do pensamento de vários autores 
cuja obra que entendemos serem as mais importantes para a disciplina. Sendo fruto de 
exaustiva pesquisa bibliográfica, cujas fontes são colocadas ao fim da apostila 
possibilitando ao aluno, conforme sua necessidade e disposição, o amplio de seus 
conhecimentos. 
5 
 
1. ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 
 
 
As formas de organização do poder político é objeto do estudo de vários filósofos e 
pensadores ao longo dos séculos. Muitos destes se preocupavam com a investigação de 
uma forma de equilíbrio em que o poder não se mantivesse sustentado nas mãos de uma 
única pessoa ou instituição. Fazendo uma análise histórica, encontraremos em Aristóteles, 
em “A Política”, que já observava que para um Estado exercer sua soberania deveria 
delegar suas funções necessárias ao bem social. 
Maquiavel, no Século XVI, em sua obra "O Príncipe" (2007), também participou da 
formação do ideal de Separação dos Poderes, revelando uma França com três poderes 
bastante distintos: 
Legislativo (representado pelo Parlamento); 
Executivo (materializado na figura do Rei); 
E, por fim, um Judiciário autônomo. 
Segundo Dalmo de Abreu Dallari (2012, p. 216), “É curioso notar que Maquiavel 
louva essa organização porque dava mais liberdade ao rei. Agindo em nome próprio o 
Judiciário poderia proteger os mais fracos, vítimas de ambições e das insolências dos 
poderosos, poupando o rei da necessidade de interferir nas disputas e de, em 
consequência, enfrentar o desagrado dos que não tivessem suas razões acolhidas”. 
Desde sempre, as implicações de um governo de feições tirânicas ou autoritárias 
preocupava as mentes daqueles que voltavam sua atenção ao terreno político. Entre os 
séculos XVII e XVIII, tempo de preparação e desenvolvimento do movimento iluminista, o 
teórico John Locke (1632 – 1704) apontava para a necessidade de divisão do poder 
político. 
Vivendo na Europa Moderna, esse pensador estava sob o domínio do governo 
absolutista. Em tal contexto, observamos a figura de um rei capaz de transformar as suas 
vontades em lei e sustentar a validade das mesmas através de justificativas religiosas. 
Décadas depois, Charles de Montesquieu (1689 – 1755) se debruçou no legado de 
seu predecessor britânico e do filósofo grego Aristóteles para criar a obra “O Espírito das 
Leis”. Neste livro, o referido pensador francês aborda um meio de reformulação das 
6 
 
instituições políticas através da chamada “teoria dos três poderes”. De acordo com essa 
hipótese, a divisão tripartite poderia se colocar como uma solução frente aos desmandos 
comumente observados no regime absolutista. 
Ao propor a divisão entre os poderes, Montesquieu afirma que os mesmos 
deveriam se equilibrar entre a autonomia e a intervenção nos demais poderes. Dessa 
forma, cada poder não poderia ser desrespeitado nas funções que deveria cumprir. Ao 
mesmo tempo, quando um deles se mostrava excessivamente autoritário ou extrapolava 
suas designações, os demais poderes teriam o direito de intervir contra tal situação 
desarmônica. 
Brasil, a Constituição do Império, de 1824, adotou a separação quadripartida de 
poderes, sendo os quais: Poderes Moderador, Legislativo, Executivo e Judiciário, porém, 
fora mesmo consagrado por Montesquieu in O espírito das Leis, a quem devemos a 
divisão e efetivação desta forma de separação tripartite. 
Este sistema é composto pelos seguintes poderes: o Poder Executivo, o Poder 
Legislativo e o Poder Judiciário. O Poder Executivo tem por função observar as demandas 
da esfera pública e garantir os meios cabíveis para que as necessidades da coletividade 
sejam atendidas no interior daquilo que é determinado pela lei. Assim, mesmo tendo várias 
atribuições administrativas em seu bojo, os membros do executivo não podem extrapolar o 
limite das leis criadas. 
Desta forma, ao afirmar que os Poderes são independentes e harmônicos, o texto 
constitucional consagrou, respectivamente, as teorias da “Separação dos Poderes” e o 
sistema de “Freios e Contrapesos”. 
Esse mecanismo assegura que nenhum poder irá sobrepor-se ao outro, trazendo 
uma independência harmônica nas relações de governança. Existem diversas outras 
medidas de relacionamento desses poderes tendo sempre como escopo o equilíbrio. 
Na nossa atual Constituição Federal a divisão dos Poderes entre Executivo, 
Legislativo e Judiciário é Cláusula Pétrea (aquelas que não são objetos de 
deliberações/mudanças), disposto no Art. 60. §4º. 
O Poder Legislativo tem como função congregar os representantes políticos que 
estabelecem a criação de novas leis. Dessa forma, aos serem eleitos pelos cidadãos, os 
membros do legislativo se tornam porta-vozes dos anseios e interesses da população 
como um todo. Além de tal tarefa, os membros do legislativo contam com dispositivos 
através dos quais podem fiscalizar o cumprimento das leis por parte do Executivo. Sendo 
assim, vemos que os “legisladores” monitoram a ação dos “executores”. 
7 
 
 
 
Em várias situações, podemos ver que a simples presença da lei não basta para 
que os limites entre o lícito e o ilícito estejam claramente definidos. Em tais ocasiões, os 
membros do Poder Judiciário têm por função julgar, com base nos princípios legais, de 
que forma uma questão ou problema sejam resolvidos. Na figura dos juízes, promotores e 
advogados, o judiciário garante que as questões concretas do cotidiano sejam resolvidasà 
luz da lei. 
A Constituição Federal de 1988, como de tradição, adotou o sistema tripartido de 
separação dos poderes, que são as de administrar, legislar e julgar. Esse sistema 
denomina-se “pesos e contrapesos”. A divisão dos poderes, no entanto, não é absoluta, 
sendo que cada um dos poderes exerce, em menor ou maior grau, todas as funções. 
O Título IV, da Constituição Federal de 1988, trata da Organização dos Poderes. 
Se subdivide em 4 (quatro) capítulos e estes em seções e subseções. O primeiro 
capítulo trata do Poder Legislativo; o segundo do Poder Executivo; o terceiro capítulo cuida 
do Poder Judiciário e, finalmente, o quarto capítulo trata das funções essenciais à justiça. 
Dispõe o art. 2.º da Constituição Federal de 1988: 
"São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o 
Executivo e o Judiciário". 
 
8 
 
 
2. O PODER LEGISLATIVO 
 
 
A Poder Legislativo é atribuída a função legislativa, ou seja, a elaboração das leis 
que regulam o Estado, a conduta dos cidadãos e das organizações públicas e privadas. 
Proposto por Montesquieu (1689-1755), o Poder Legislativo é concebido pelos 
legisladores. Estes são homens que devem preparar as leis que adequam o Estado. O 
Legislativo era formado por duas esferas: 
 uma de pessoas da própria sociedade (o “corpo dos comuns”) que era arranjada 
por pessoas do povo, que representavam as mais diferentes classes sociais; e 
 outra, formada por nobres, intelectuais e pessoas influentes que tinham herança 
hereditária de influência ou poder (o “corpo dos nobres”) e tinha o poder de veto 
sobre as disposições e propostas do corpo dos comuns. 
Eram assembleias autônomas que propunham leis e estatutos que iriam reger a 
monarquia e o Estado, tendo de passar pela aprovação do rei. De todo modo, o Poder 
Legislativo, na maioria das repúblicas e monarquias, é constituído por um Congresso, 
Parlamento e Assembleias. 
No Brasil, ocorre o sistema bicameral, ou seja, o Poder Legislativo é composto 
pela Câmara dos Deputados (que representa os cidadãos brasileiros) e pelo Senado 
Federal (que representa os Estados e o Distrito Federal), e estes, por sua vez, formam o 
Congresso Nacional, que se localiza em Brasília. 
9 
 
O sistema bicameral adotado pelo Brasil prevê a manifestação das duas Casas na 
elaboração das normas jurídicas. Isto é, se uma matéria tem início na Câmara dos 
Deputados, o Senado fará a sua revisão, e vice-versa, à exceção de matérias privativas de 
cada órgão. 
Câmara dos Deputados 
A Câmara dos Deputados é a Casa em que tem início o trâmite da maioria das 
proposições legislativas. Órgão de representação mais imediata do povo, centraliza muitos 
dos maiores debates e decisões de importância nacional. 
A Câmara dos Deputados discute a aprovação de leis sobre diversos temas, além 
de fiscalizar o uso dos recursos arrecadados pelo povo. A divisão das cadeiras é 
proporcional ao número de habitantes dos Estados e do Distrito Federal, respeitados o 
mínimo de oito e o máximo de 70 parlamentares por unidade da federação. O número total 
não pode passar de 513. 
O art. 45 da Constituição Federal determina que o número total de Deputados, 
bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, deve ser estabelecido por 
lei complementar, proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes 
necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma das unidades da Federação 
tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. 
A Lei Complementar nº 78, de 30 de dezembro de 1993, estabelece que o número 
de Deputados não pode ultrapassar quinhentos e treze. A Fundação Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística fornece os dados estatísticos para a efetivação do cálculo. Feitos 
os cálculos, o Tribunal Superior Eleitoral encaminha aos Tribunais Regionais Eleitorais e 
aos partidos políticos o número de vagas a serem disputadas. Assim, desde 1993, a 
Câmara dos Deputados é composta por exatamente 513 Deputados. 
O Regimento Interno da Câmara dos Deputados constitui importantíssimo 
instrumento no processo de elaboração das leis do País. O Regimento, em sentido geral, é 
uma lei com regras e procedimentos destinados a determinar a estrutura, organização e 
funcionamento da Câmara dos Deputados, e, na condição de norma infraconstitucional, 
está sujeito à Constituição. 
A Mesa Diretora tem por atribuição dirigir os trabalhos legislativos e os serviços 
administrativos da Casa. É um órgão colegiado, integrado por sete deputados eleitos entre 
os parlamentares da Casa. A Mesa tem competências específicas, como, por exemplo, a 
10 
 
de promulgar, junto com a Mesa do Senado Federal, as emendas à Constituição e de 
propor alterações ao Regimento Interno. O mandato dos membros da Mesa é de dois 
anos. 
O Presidente é o representante da Câmara dos Deputados quando ela se 
pronuncia coletivamente e o supervisor dos seus trabalhos e da sua ordem. O cargo é 
privativo de brasileiro nato. Sua principal competência é definir a pauta de proposições a 
serem deliberadas pelo Plenário. Entre outras atribuições, o Presidente da Câmara dos 
Deputados substitui o Presidente da República e integra o Conselho da República e o 
Conselho de Defesa Nacional. 
A Secretária-geral da Mesa (SGM) assessora a Mesa nos trabalhos legislativos e 
a Presidência no desempenho de suas atribuições regimentais e constitucionais, dirige, 
coordena e orienta as atividades legislativas da Câmara dos Deputados, bem como 
acompanha e assessora as sessões plenárias e demais eventos de natureza técnico-
política relacionados às atividades legislativas. 
O Plenário é o órgão máximo de deliberação da Casa. Nele, os representantes do 
povo, reunidos em sua totalidade, discutem e votam soberanamente as proposições em 
tramitação, no cumprimento da função constitucional conferida ao Poder Legislativo de 
elaboração do ordenamento jurídico e de fiscalização financeira e orçamentária. 
Nas Comissões, as propostas são analisadas por grupos menores de 
Parlamentares. É o local onde se busca aprofundar o debate das matérias antes de elas 
serem submetidas à análise do Plenário. As Comissões podem ser permanentes, 
temporárias ou mistas. Vale ressaltar os trabalhos desenvolvidos pela Comissão de 
Legislação Participativa. Por seu intermédio, a Câmara dos Deputados abre à sociedade 
civil a possibilidade de acesso ao sistema de produção das normas que integram o 
ordenamento jurídico do País. Assim sendo, organizações civis e empresas podem levar 
diretamente ao Parlamento sua percepção sobre os problemas, demandas e necessidades 
da vida real e cotidiana brasileira. 
Maioria é o partido ou bloco parlamentar integrado pela maioria absoluta dos 
Deputados. Como o total de membros da Casa é 513, a Maioria deve possuir 257 
Deputados. No entanto, como o sistema de Governo adotado no País é o presidencialista, 
torna-se muito difícil a um partido ou bloco parlamentar obter a maioria absoluta na Casa. 
Por isso, o Regimento Interno fixa que, não havendo agremiação partidária com tal 
composição, será considerado Maioria o partido ou bloco que possuir o maior número de 
Deputados. 
11 
 
A Minoria é o maior partido ou bloco parlamentar em oposição ao pensamento da 
Maioria sobre o Governo Federal (Poder Executivo). Assim, se a Maioria é favorável ao 
Governo, a Minoria será o maior partido entre aqueles contrários ao entendimento do 
Governo. 
Os Deputados, agrupados em representações partidárias ou blocos 
parlamentares, elegem seus Líderes, que, entre outras atribuições, encaminham as 
votações nas Comissões e no Plenário, podendo fazer uso da palavra, em qualquer tempo 
da sessão, para tratar de assunto de relevância nacional ou defender determinada linha 
política. Os Líderes também indicam os deputados para compor as Comissões Técnicas e 
registram os candidatos para concorrer aos cargos da Mesa Diretora. O Presidente da 
República poderáindicar deputado para exercer a Liderança do Governo, composta de um 
Líder e dez Vice-Líderes. 
Órgão de discussão e de negociação política, o Colégio de Líderes é fundamental 
para o processo legislativo, pois viabiliza a conciliação entre os diferentes interesses das 
categorias representadas na Casa. O Colégio e Líderes é composto pelos Líderes da 
Maioria, da Minoria, dos partidos, dos blocos parlamentares e do Governo. 
Responsável pela defesa da Câmara, de seus órgãos e membros perante a 
sociedade, em razão do exercício do mandato ou atribuições institucionais, a 
Procuradoria Parlamentar providencia a defesa judicial e extrajudicial da Casa, por meio 
de advogado, do Ministério Público ou da Advocacia-Geral da União, e também promove a 
ampla publicidade reparadora, com direito de resposta, direito à indenização por dano 
moral ou material, no caso de algum órgão de comunicação veicular matéria ofensiva à 
Casa ou a seus membros. Ela é composta por onze membros, designados pelo Presidente 
da Câmara, com mandato de dois anos e trabalha em colaboração com a Mesa. 
Após eleita, a Mesa designa quatro de seus membros efetivos para se 
responsabilizarem, no exercício do cargo de Corregedor e de Corregedores Substitutos, 
pela manutenção do decoro, da ordem e disciplina no âmbito da Casa. O Corregedor 
preside inquérito que envolva deputado. 
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados é o 
órgão encarregado do procedimento disciplinar destinado à aplicação de penalidades nos 
casos de descumprimento das normas relativas ao decoro parlamentar. Os trabalhos do 
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar são regidos por regulamento próprio, que dispõe 
sobre os procedimentos a serem observados no processo disciplinar parlamentar, de 
acordo com o disposto no Código de Ética e Decoro Parlamentar e no Regimento Interno 
12 
 
da Câmara dos Deputados. 
O Conselho, nos casos de processo disciplinar, atua mediante provocação da 
Mesa. Cabe ao Conselho, entre outras atribuições, zelar pela observância dos preceitos 
éticos, cuidando da preservação da dignidade parlamentar; instaurar o processo disciplinar 
e proceder aos os atos necessários à sua instrução; responder a consultas da Mesa, de 
comissões e de Deputados sobre matéria de sua competência. 
A Ouvidoria Parlamentar recebe, examina e encaminha denúncias de pessoas 
físicas ou jurídicas sobre irregularidades ou ilegalidades praticadas na Administração 
Pública. Tem o dever de responder aos cidadãos ou entidades questões sobre as 
providências tomadas pela Câmara dos Deputados, além de encaminhar as reclamações 
ou representações ao Ministério Público, Tribunal de Contas da União ou outros órgãos 
competentes. 
A Ouvidoria Parlamentar é composta por um Ouvidor-Geral e dois Ouvidores 
Substitutos, designados pelo Presidente da Câmara, com mandato de dois anos, vedada a 
recondução. As ações da Ouvidoria Parlamentar são amplamente divulgadas pelos órgãos 
de comunicação da Casa. 
Com o objetivo de dar suporte aos trabalhos legislativos, a estrutura funcional da 
Câmara dos Deputados conta com a Diretoria-Geral, que cuida do planejamento, da 
coordenação e do controle das atividades administrativas da Casa. É auxiliada por outras 
três Diretorias: Administrativa, de Recursos Humanos e Legislativa. Também integram a 
estrutura administrativa da Instituição nove departamentos, três centros, três assessorias, 
duas secretarias e duas consultorias. 
Senado Federal 
O Senado Federal tem quase 200 anos de existência, possui funções legislativas 
de caráter mais geral que são compartilhadas com a Câmara dos Deputados, outras, são 
de sua exclusiva competência, como as descritas no Art. 52. da Constituição Federal: 
 Processar e julgar: Presidente da República, Vice-presidente, Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, Membros do Conselho de Justiça e do Conselho 
Nacional do Ministério Público, Procurador-Geral da República, Advogado-Geral 
da União e, nos crimes conexos ao Presidente e Vice, Ministros de estado, 
Comandantes da Forças Armadas; 
13 
 
 Escolher: Ministros do Tribunal de Contas indicados pelo Presidente da 
República, Presidente e Diretores do Banco Central do Brasil, Procurador-Geral 
da República, Chefes de Missão Diplomática e outros cargos que a lei 
determinar; 
 Autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da União, dos 
Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios; 
 Fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o montante 
da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
O artigo 46 da Constituição estabelece que o Senado Federal se compõe de 
representantes dos estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. 
Cada estado e o Distrito Federal elegerão três senadores, com mandato de oito anos. A 
representação de cada estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro 
anos, alternadamente, por um e dois terços. Cada senador será eleito com dois suplentes. 
Congresso Nacional 
O Congresso Nacional é uma instituição política que exerce o Poder Legislativo. É 
composto pela Câmara dos Deputados (formada pelos deputados federais) e pelo Senado 
Federal (formada pelos senadores). As principais atividades dos congressistas relacionam-
se às funções de legislação e fiscalização dos outros poderes. A sede do Congresso 
Nacional localiza-se em Brasília, capital do nosso país. 
É da competência do Congresso Nacional a verificação da aplicação dos recursos 
públicos de acordo com a lei. Para isso, o Congresso conta com o auxílio do Tribunal de 
Contas da União (TCU), órgão responsável pelo controle e fiscalização da administração 
pública, que pode, por exemplo, exigir esclarecimentos de qualquer pessoa que gerencie 
receitas, bens e valores públicos. 
Reúne-se anualmente na Capital Federal, de 02 de fevereiro a 17 de julho e de 1º 
de agosto a 22 de dezembro. Podem ser convocados extraordinariamente pelo Presidente 
da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a 
requerimento da maioria dos membros de ambas as casas, em caso de urgência ou 
interesse público relevante, em todas as hipóteses, com a aprovação da maioria absoluta 
de cada uma das Casas do Congresso Nacional, sendo vedado o pagamento de parcela 
14 
 
indenizatória, em razão da convocação. 
A Mesa do Congresso Nacional é órgão de direção de um colegiado encarregado 
da condução dos trabalhos legislativos e administrativos da Casa. A Mesa é composta por 
Senadores e Deputados Federais, de maneira alternada, sendo certo que o Presidente do 
Senado Federal será sempre o Presidente da Mesa do Congresso Nacional, o 1º Vice-
Presidente da Câmara dos Deputados será o 1º Vice-Presidente do Congresso Nacional, o 
2º Vice-Presidente do Senado será o 2º Vice-Presidente do Congresso Nacional, e assim 
consecutivamente, nos termos da CF: CF, Art. 57, 5º - A Mesa do Congresso Nacional 
será presidida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais cargos serão exercidos, 
alternadamente, pelos ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no 
Senado Federal. 
O processo legislativo e a função fiscalizatória 
O Poder Executivo tem a função de sancionar ou vetar projetos de lei. É 
representado pelo seu líder, o Presidente da República. 
Ao Congresso Nacional em âmbito federal caberá a elaboração de leis por meio de 
suas duas Casas – Câmara dos Deputados e Senado Federal. Suas atribuições e 
competências estão compreendidas nos incisos do art. 48 da CF/88, que elenca as 
matérias que dependerão de sanção presidencial, com ressalva as exceções ali previstas 
nos arts. 49 (competência exclusiva do Congresso Nacional), 51 (competência privativa da 
Câmara dos Deputados) e 52 (competência privativa do Senado Federal), com matérias 
relativas ao âmbito de atuação de cada Casa. 
Estãoentre as funções legislativas, a elaboração de diversos atos elencando-se 
tanto atos normativos primários, bem como normas e leis mais complexas que instituam 
direitos e criem obrigações. Dentre estes, a CF/88 dispõe os seguintes processos tal como 
preceitua o art. 59. Vejamos: 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
15 
 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração 
e consolidação das leis. 
Assim, pode-se dizer que, tais funções legislativas atribuídas ao Congresso 
Nacional, não se referem apenas a elaboração de normas e leis, mas também, a função 
precípua de modifica-las e revoga-las dentro de um processo inteiramente sistemático em 
validação de seus atos tal como estabelece a Carta Magna, para que se revista de 
constitucionalidade e validade de seus efeitos. 
Relacionada diretamente ao controle externo realizado pelo Congresso Nacional e 
exercido com auxílio do Tribunal de Contas da União (TCU), tal função, tem como intuito, 
apurar por meio de fiscalização direta as contas e patrimônio Público da União e das 
entidades da administração direta e indireta, com observância ao disposto pelo art. 70 da 
CF, à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de 
receitas. 
O art. 71, inciso II da Carta Magna estabelece que o TCU exercerá essa função 
em auxílio ao Congresso Nacional, julgando as contas dos administradores e 
responsabilidade destes sobres os bens públicos. Porém, tais atribuições auxiliadoras do 
TCU não terão natureza de julgamento, não produzindo coisa julgada e não impedindo 
uma revisão judicial por meio do Poder Judiciário; só estarão imunes a revisão do 
Judiciário seus atos decisórios que imputem débitos ou multas que se constituam em 
títulos executivos extrajudiciais executados por meio da Advocacia Geral da União. 
De acordo com o Ministro Gilmar Mendes, no desempenho da sua função 
fiscalizador, o Congresso Nacional pode desejar acompanhar de perto o que acontece no 
governo do País. Para isso, a Câmara dos Deputados, o Senado e qualquer das 
Comissões dessas Casas estão aptos para convocar Ministros da República ou titulares 
de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República, para que prestem, 
pessoalmente, informações sobre assunto previamente estabelecido, podendo, se o 
Legislativo o preferir, deles requerer informações por escrito. Configura crime de 
16 
 
responsabilidade o desatendimento a esses chamados. 
Nesta função fiscalizatória, o Congresso Nacional tem como modus operandi no 
exercício de suas atribuições, as comissões parlamentares, que serão exercidas a 
depender da discussão fomentada de fiscalização e controle, as quais de modo ilustrativo 
têm-se: Comissão temática ou em razão da matéria (permanente) – art. 58, § 2º da CF/88; 
Comissão especial ou temporária; Comissão parlamentar de inquérito – art. 58, § 3º da 
CF/88; Comissão mista; e Comissão representativa (que ocorre durante o recesso) – art. 
58, § 4º da CF/88. 
Poderes Legislativo Municipal e Estadual 
O poder legislativo pode atuar em três esferas: no Governo Federal, no Governo 
Estadual ou Distrital e na Prefeitura. 
O Poder Legislativo Municipal é representado pela Câmara de Vereadores e é 
exercido pelos vereadores, que devem ter uma relação de proximidade com os elementos 
de uma comunidade. 
O Poder Legislativo Estadual é representado pela Assembleia ou Câmara 
Legislativa, sendo exercido pelos deputados estaduais. 
No caso do Poder Legislativo Federal, que é representado pelo Congresso 
Nacional, o poder é praticado pelos senadores e deputados federais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 
3. O PODER EXECUTIVO 
 
 
 
O Poder Executivo tem a função de governar o povo e administrar os interesses 
públicos, de acordo as leis previstas na Constituição Federal. No Brasil, País que adota o 
regime presidencialista, o líder do Poder Executivo é o Presidente da República, que tem o 
papel de chefe de Estado e de governo. 
O Presidente é eleito democraticamente para mandato com duração de quatro 
anos e possibilidade de uma reeleição consecutiva para igual período. Baseado no 
sistema norte-americano, o constituinte originário, desde a primeira Constituição da 
República (1891), estabeleceu como sistema de governo no Brasil o Presidencialismo. 
Tal sistema permite uma melhor evidencia da separação dos poderes, pois que no 
Parlamentarismo verifica-se o deslocamento de uma parcela da atividade executiva para o 
Legislativo. Outra característica que distingue os dois sistemas é o fato de o 
Presidencialismo, ao contrário do Parlamentarismo, concentrar a chefia do Estado e a 
chefia do Governo na figura de uma mesma pessoa, qual seja, o Presidente da República. 
Assim, esse atua tanto nas relações internacionais, representando o País (chefe de 
Estado), como também gerencia os negócios internos, seja de natureza política ou 
administrativa (chefe de Governo). 
Ao tomar posse, o chefe do Executivo tem o dever de sustentar a integridade e a 
independência do Brasil, apresentar um plano de governo com programas prioritários, 
18 
 
projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento. Cabe ao Poder 
Executivo executar as leis elaboradas pelo Poder Legislativo, mas o Presidente da 
República também pode iniciar esse processo. Em caso de relevância e urgência, adota 
medidas provisórias e propõe emendas à Constituição, projetos de leis complementares e 
ordinárias e leis delegadas. 
O Presidente da República também tem o direito de rejeitar ou sancionar matérias 
e ainda, decretar intervenção federal nos Estados, o estado de defesa e o estado de sítio; 
manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos; 
celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso 
Nacional. Compete ao cargo a concessão de indulto e a comutação de penas, ou seja, 
substituir uma pena mais grave, imposta ao réu, por outra mais branda. 
Preceitua o art. 77 da Constituição Federal que a eleição do Presidente da 
República, bem como do Vice-Presidente, realizar-se-á simultaneamente, no primeiro 
domingo de outubro, em primeiro turno e no último domingo do mesmo mês, em segundo 
turno, se houver, do ano anterior ao término do mandato presidencial vigente. Com 
redação dada pela EC nº 16/97, tal dispositivo materializa o sistema majoritário de dois 
turnos, no qual será eleito o candidato com a maioria absoluta dos votos válidos. Maioria 
essa que, se não atingida na primeira votação, deverá sê-la em segundo turno, com a 
participação dos dois candidatos mais bem votados. 
Para concorrer ao cargo, o candidato ou candidata deve cumprir alguns requisitos: 
 ser brasileiro nato. 
 ter a idade mínima de 35 anos, completos antes do pleito 
 ter o pleno exercício de seus direitos políticos 
 ser eleitor e ter domicílio eleitoral no Brasil 
 ser filiado a uma agremiação ou partido político 
 não ter substituído o atual presidente nos seis meses antes da data 
marcada para a eleição. 
Conforme a Constituição Federal (art. 82) o mandato do Presidente da República é 
de quatro anos, prazo esse que era de cinco, mas fora modificado pela ECR nº 05/94, que 
diminuiu em um ano o mandato, não permitindo, porém, a reeleição. Vedação essa abolida 
19 
 
desde a EC nº 16/97 que admitiu a reeleição para um único período seguinte. 
O mandato de quatro anos começará a contar da data de posse definida para o dia 
1º de Janeiro do ano subsequente ao da eleição (art. 82), ato esse que se dará em sessão 
solene do Congresso Nacional, em que o presidente e o Vice, firmarão compromisso de 
manter, defender e cumprir a Constituição Federal,observar as Leis, promover o bem 
geral do povo brasileiro, sustentar a União, a integridade e independência do Brasil. 
Em caso de viagem ou impossibilidade de exercer o cargo, o primeiro na linha 
sucessória a ocupar o cargo de Presidente é o seu vice. Em seguida vêm o presidente da 
Câmara dos Deputados, do Senado Federal e presidente do Supremo Tribunal Federal. 
 
Atualmente os titulares do executivo são sujeitos uma serie de responsabilidades 
impostas constitucionalmente, mas nem sempre foi assim. A Constituição do Império, de 
1824, enunciava em seu art. 99 que "A pessoa do Imperador é inviolável e Sagrada; Ele 
não está sujeito a responsabilidade alguma". Com efeito, o Imperador ficava isento de 
quaisquer responsabilidades, tanto as de âmbito político-administrativo, quanto as de 
ordem criminal. 
A Proclamação da República em 1889, a 1ª Constituição Republicana insculpiu, 
em seu art. 53 e em seus parágrafos, uma gama de crimes de responsabilidade do 
Presidente da República que, em síntese, são basicamente os mesmos descritos nas 
Constituições posteriores, inclusive em nossa atual Carta Magna, mais precisamente em 
seu artigo 85 e seus incisos. 
Os crimes de responsabilidade são inflações de cunho político, em razão da 
administração pública, praticados por detentores de altos cargos públicos. Segundo os 
princípios do Estado Democrático de Direito, o governo deve possuir, acima de si, 
mecanismos que possam controlar os seus atos, evitando, deste modo, qualquer 
extrapolação das funções que lhe são inerentes. A Constituição Federal em vigor no nosso 
país se preocupou em manter estas responsabilidades que devem ser observadas pelos 
governantes, mas principalmente pelo Presidente da República, tendo em vista a 
importância do cargo que ocupa. 
São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que 
atentarem: 
 contra a Constituição Federal; 
20 
 
 contra a existência da União; 
 contra o livre exercício dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério 
Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação; 
 contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais; 
 contra a segurança interna do País; 
 contra a probidade na administração; 
 contra a lei orçamentária; 
 contra o cumprimento das leis e das decisões judiciais. 
Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de 
processo e julgamento. 
Visam o impedimento ou a destituição do cargo. 
A Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1.950 define os crimes de responsabilidade e 
regula o respectivo processo de julgamento, extensiva aos Ministros de Estado, Ministros 
do Supremo Tribunal Federal ou Procurador Geral da República 
Tais crimes são passíveis de pena, ainda que tentados. 
Pena: 
 perda do cargo, 
 inabilitação, até cinco anos, para o exercício de qualquer função pública 
A pena não exclui o processo e o julgamento por crime comum, na conforme a 
legislação penal. Qualquer cidadão pode denunciar o Presidente da República ou Ministro 
de Estado, por crime de responsabilidade, perante a Câmara dos Deputados, enquanto o 
denunciado não tiver deixado o cargo, definitivamente. 
Infrações penais comuns cometidas pelo presidente 
 início do procedimento perante a Câmara dos Deputados 
 julgamento perante o STF (foro especial) 
 
O presidente não está vinculado às promessas de campanha. Só não pode 
21 
 
incorrer em crimes de responsabilidade (art. 85). O mais são consequências políticas. 
Não se discute o mérito (se praticou um dos atos do art. 85), mas se deve ou não 
ser instaurado o procedimento. 
Processo de impeachment 
O artigo 86 da Constituição Federal de 1998, prevê o procedimento a ser tomado 
quando admitida a acusação contra o Presidente da República por crimes de 
responsabilidade. A acusação deve ser recebida por 2/3 da Câmara dos Deputados e após 
deverá ser encaminhada ao Senado Federal, que instaurará o processo por crime de 
responsabilidade. O Presidente do Supremo Tribunal Federal presidirá o julgamento do 
chefe maior do Executivo no Senado. É o chamado impeachment presidencial. 
O impeachment, que de acordo com o consagrado dicionário da língua inglesa, 
Michaelis, significa "impedimento legal de exercer mandato, ou de ocupar cargo", surgiu no 
direito brasileiro com a República, com base na Carta de 1891, segundo o modelo norte-
americano, mas com características e peculiaridades próprias, principalmente em relação 
à definição dos crimes de responsabilidade. 
O impeachment é, portanto, nos crimes de responsabilidade, um processo de 
natureza eminentemente política, tendo em vista que visa arrebatar o Presidente do 
exercício de suas funções, com o fito de manter a ordem pública. 
No exato momento em que o Senado Federal instaura o processo de 
impeachment o Presidente fica suspenso de seu cargo, ocasião em que o vice tomará o 
seu posto. Se, no entretanto, decorrido o prazo de 180 dias e o julgamento ainda não 
estiver findado, o Presidente será restituído ao cargo e o processo contra ele seguirá 
normalmente. 
Por fim, fato relevante a ser levado em consideração é que o Presidente da 
República, na vigência de seu mandato, só será responsabilizado por atos praticados no 
exercício de suas funções, pois, como é óbvio, os atos estranhos ao exercício de seu 
cargo, ou seja, os de caráter pessoal, não o fazem incidir em crime de responsabilidade.. 
Os Ministros de Estado e os Conselhos 
Ministros de Estado 
Os Ministérios são criados e extintos por lei (art. 88), porém sua organização e 
funcionamento deverão ser disciplinados por Decretos do presidente da República. 
22 
 
Dirigentes dos Ministérios, os Ministros de Estado possuem funções de 
coordenação e auxílio ao presidente (art. 76). São nomeados pelo Presidente, dentre 
brasileiros, natos ou naturalizados, maiores de 21 anos e em pelo exercício de seus 
direitos políticos. 
Os Ministros ocupam cargos em comissão, por isso não têm qualquer estabilidade, 
podendo ser depostos ad nutum pelo Chefe do executivo (art. 84, I) 
Nos casos de Responsabilização dos Ministros, em crimes comuns ou praticados 
sem conexão com o Presidente da República, o foro definido pela CF (art. 102, I, “c”) é o 
Supremo Tribunal Federal. Já nos crimes de responsabilidade propriamente ditos, o 
Senado federal é o órgão competente para processá-los e julgá-los, nos termos do art. 52 
§ ú. 
Conselho da República 
Como o próprio nome indica, o Conselho da República é o órgão superior de 
consulta do Presidente. E, como de consulta que é, suas manifestações, de modo algum, 
têm poder vinculativo. 
Tal comissão é composta pelo Vice-Presidente da República; Presidente da 
Câmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal; Líderes da maioria e da minoria 
da Câmara dos Deputados; Líderes da maioria e da minoria do Senado Federal; Ministro 
da Justiça e seis cidadãos brasileiros natos. 
Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre: intervenção federal, 
estado de defesa e estado de sítio; as questões relevantes para a estabilidade das 
instituições democráticas. 
Conselho de Defesa Nacional 
Outro órgão de consulta do Presidente da República, o conselho de defesa se 
pronuncia nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do estado 
democrático, sendo composto pelo Vice-Presidente da República o Vice-Presidente da 
República; Presidente da Câmara dos Deputados; Presidente do Senado Federal; Ministro 
da Justiça; o Ministro de Estado da Defesa; Ministro das Relações Exteriores; Ministro do 
Planejamento; Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. 
Compete ao Conselho de Defesa Nacional: opinar nas hipóteses de declaração de 
guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição; opinar sobre a decretação 
23 
 
do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal; propor os critérios e 
condições de utilização de áreas indispensáveisà segurança do território nacional e opinar 
sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a 
preservação e a exploração dos recursos naturais de qualquer tipo, além de estudar, 
propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a 
independência nacional e a defesa do Estado democrático. 
Poder Executivo Estadual 
O Poder Executivo Estadual é representado pelo Governador e Vice-governador 
de cada estado brasileiros. Os cargos têm duração de quatro anos e os políticos também 
são escolhidos através de voto direto. 
São responsáveis por executar a legislação própria de cada estado, aprovada 
anteriormente pela Assembleia Legislativa. 
Poder Executivo Municipal 
O Poder Executivo Municipal é representado pelo Prefeito e Vice-Prefeito, além de 
seus respectivos secretários, de cada município do Brasil. 
De acordo com a Constituição do Brasil, cada cidade brasileira é autônoma, 
responsável pela sua própria organização. 
Os prefeitos devem executar e administrar os serviços públicos destinados para os 
cidadãos da sua cidade, nas áreas da saúde, educação, transporte, cultura e segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. O PODER JUDICIÁRIO 
 
 
 
O poder judiciário é o órgão responsável pela interpretação das leis. Segundo o 
filósofo Montesquieu, pai da corrente tripartite, este poder, ao assegurar o respeito às leis, 
entendidas como a base de toda sociedade civilizada, torna-se o mais importante dos três, 
sendo crucial sua independência em relação aos demais. 
A existência de um judiciário sólido possibilita a resolução pacífica de conflitos 
mediante processos judiciais válidos para todos os cidadãos de um Estado. Em teoria, o 
princípio da igualdade perante a lei, descrito no artigo sétimo da Declaração Universal dos 
Direitos Humanos, é aceito por boa parte dos governos do mundo, embora nem sempre, 
por mazelas como corrupção ou despotismo, seja praticado com afinco. 
O poder judiciário trabalha em função da legislação, ou seja, do conjunto de leis 
25 
 
elaborado por uma sociedade a fim de seu melhor funcionamento. Sendo as leis válidas 
para todos, o judiciário permite que a maioria dos conflitos e impasses seja resolvida por 
uma estrutura bem ordenada de processos (procedimento jurídico ou rito judicial) 
amparada em um código comum (legislação) e conduzida por profissionais treinados na 
área (magistrados). Portanto, ao elevar a resolução de conflitos de um plano individual e 
desordenado (acertos de contas, vinganças...) ao plano impessoal das instituições 
jurídicas, o poder judiciário garante coesão social. 
O princípio de que uma nação deve ser pautada pela legalidade, não por decisões 
arbitrárias de um indivíduo ou grupo no poder, é chamado de Estado de Direito (Rule of 
Law). A configuração geral do judiciário depende do sistema legal (ou direito) que cada 
nação segue, sendo hoje identificados dois principais: o Direito Comum, próprio de nações 
da tradição jurídica anglo-saxônica (Estados Unidos, Reino Unido, Austrália...), e o Direito 
Civil, próprio da tradição romano-germânica e o sistema mais comum no mundo, seguido 
por quase toda a América Latina e Europa continental. 
O que define cada direito é a fonte da lei: para o Civil, ela provém da letra, ou seja, 
dos códigos e estatutos formalmente divisados pelos órgãos competentes; para o Comum, 
ela vem da experiência, da tradição legal. 
O Direito Civil tende a ser mais rígido, organizado e dependente da lei escrita do 
que o Comum, que, ao depender de precedentes jurídicos, é mais flexível e adaptável às 
necessidades de cada tempo, embora mais complicado de se estruturar (procedimentos, 
hierarquias). 
As funções essenciais à Justiça 
O legislador constituinte dedicou um capítulo específico dentro do Título IV da 
Constituição Federal do Brasil, que versa sobre a organização dos Poderes, às funções 
que considera essenciais à Justiça Pública. A inovação organizou a Defensoria Pública, 
criou a Advocacia-Geral da União, reforçou a autonomia do Ministério Público e atribuiu 
status privilegiado aos advogados. 
O Ministério Público 
 “O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do 
Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos 
interesses sociais e individuais indisponíveis.” definido no caput do seu art. 127 da 
26 
 
Constituição Federal. Os Princípios que regem a instituição são os da unidade, 
indivisibilidade, independência funcional e o princípio do promotor natural, sendo estes 
presentes na Carta Política e no art. 1º, parágrafo único da Lei nº 8.625/93, a lei orgânica 
do Ministério Público. 
O Órgão tem por função proteger o equilíbrio entre os poderes e atuar como 
defensor da sociedade, através das ações penal pública e civil pública. O ingresso na 
instituição requer, além do bacharelato em Direito, a inscrição em um concurso público e 
realização de um exame de provas e títulos e exercido três anos de atividade jurídica. Uma 
vez ingressado na carreira de membro do MP, tem garantida à vitaliciedade do cargo, 
inamovibilidade e irredutibilidade de subsidio, como prerrogativas ao exercício de suas 
atribuições. 
Os membros do MP estão sujeitos às respectivas vedações: receber, a qualquer 
título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; exercer a 
advocacia; participar de sociedade comercial; exercer, ainda que em disponibilidade, 
qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; exercer atividade político-
partidária; receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas 
físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. 
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) 
Conselho composto por membros do MP, Judiciário, advocacia e da sociedade, 
sendo presidido pelo Procurador-Geral da República. Tem por seguintes funções: julgar os 
processos disciplinares regularmente instaurados, assegurada ampla defesa, determinando 
a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais 
ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas previstas em lei; oferecer 
notícia-crime ao órgão competente do Ministério Público no caso de crime contra a 
administração pública, de improbidade administrativa ou de abuso de autoridade; 
representar ao Ministério Público para a propositura de ação civil com vistas à decretação 
de perda do cargo ou de cassação da aposentadoria; resolver dúvidas relativas à aplicação 
do Regimento Interno ou de atos do Conselho que forem suscitadas em tese pelos 
procuradores-gerais, pelos corregedores-gerais, pelo presidente do Conselho Federal da 
Ordem dos Advogados do Brasil ou por entidade nacional de classe representativa dos 
membros ou servidores do Ministério Público, dentre outras funções conferidas por lei. 
Advocacia Pública 
27 
 
Órgão que representa a União, judicial e extrajudicialmente, e tem como chefe o 
Advogado-Geral da União, sendo este escolhido pelo chefe do Executivo. É composta pela 
Procuradoria-Geral da União, pela Consultoria-Geral da União, pela Procuradoria-Geral da 
Fazenda Nacional, pela Procuradoria-Geral Federal e pela Procuradoria-Geral do Banco 
Central. A forma de ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, e as 
garantias e prerrogativas são as mesmas dos membros do Ministério Público. 
Defensoria Pública 
Conforme a lei complementar nº 80 de 94, a “Defensoria Pública é instituição 
permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe, como expressão e 
instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção 
dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos 
individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados” com redaçãodada 
pelo Art. 1º. A forma de ingresso na carreira é através de concurso público de provas e 
títulos e tem como requisito prévio ser advogado. 
Advocacia 
Os requisitos para ser advogado encontram-se na Lei 8.906/93, art. 8º, sendo os 
seguintes: diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino 
oficialmente autorizada e credenciada, título de eleitor e quitação do serviço militar, ser 
brasileiro, aprovação em Exame de Ordem, não exercer atividade incompatível com a 
advocacia, idoneidade moral, prestar compromisso perante o conselho. Como integrante 
indispensável para o funcionamento da justiça, o advogado possui imunidades para exercer 
sua função, sendo encontrada no art. 7º, § 2º, tendo garantia à inviolabilidade por seus atos 
e manifestações no exercício da profissão, respeitados os limites legais. 
 
O poder judiciário no Brasil 
O judiciário brasileiro organiza-se segundo o Direito Civil, sendo caracterizado pela 
ênfase no código legal e no valor do documento escrito (burocracia), ritos judiciais 
organizados e rígidos, e elevada hierarquização. Suas características, deveres e 
atribuições são descritas no capítulo III, título IV da Constituição de 1988, cujo artigo 92 
define as instituições judiciais como: 
28 
 
1) Supremo Tribunal Federal e 
2) Superior Tribunal de Justiça (jurisdição federal), 
3) Tribunais e Juízes Eleitorais, 
4) Militares e 
5) do Trabalho (justiça especializada), 
6) Tribunais e Juízes do Estado e 
7) Federais (justiça comum) e, por fim, 
8) o Conselho Nacional de Justiça, com funções de fiscalização, controle e 
transparência dos processos administrativos. 
Ao contrário da norma global, onde o orçamento do judiciário é definido pelo poder 
executivo, o judiciário brasileiro tem plena autonomia no próprio orçamento. Embora 
benéfico do ponto de vista do equilíbrio de poderes, críticos apontam para uma tendência 
de inchaço no custo deste poder: com mais de 16 mil magistrados, o judiciário brasileiro 
consome cerca de 62 bilhões de reais dos cofres públicos, ou 1,3% do PIB (2013), o que é 
quatro vezes mais quanto gasta a Alemanha em relação ao PIB (0,32%)
29 
 
 
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