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ESTRUTURAS DE AÇO Eng.ª Civil ÉRIKA CRISTINA NOGUEIRA MARQUES PINHEIRO Licenciada em Matemática Especialista em Didática do Ensino Superior – Concreto I Especialista em Tutoria e Docência em Educação à Distância – EAD – Materiais de Construção I Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho – Cursando Mestrado em Engenharia Industrial - Cursando erikamarquespinheiro@gmail.com Fone: 99204-1100 NILTON LINS GRADUAÇÃO ENGENHARIA CIVIL No caso do Forno Elétrico, ainda hoje utilizado, a energia térmica é fornecida por arcos voltaicos entre eletrodos e o aço fundido e esse processo é utilizado para refinar aços provenientes do Conversor Bessemer ou do Forno Siemens-Martin. O aço líquido superaquecido absorve gases da atmosfera e oxigênio da escória. O gás é expelido lentamente pelo resfriamento da massa líquida, porém, ao se aproximar a temperatura de solidificação, o aço ferve e os gases escapam rapidamente, que tem como consequência a formação de diversos vazios no aço, que deve ser solucionada através da adição de ferro-manganês na panela. Na atualidade, nas fabricações mais modernas, é utilizado em larga escala o Conversor de Oxigênio, denominado Conversor BOF (Sopro de Oxigênio), que como o próprio nome indica, baseia-se na injeção de oxigênio dentro da massa liquida do ferro fundido (gusa). O ar injetado queima o carbono, em um processo de 15 a 20 minutos, ou seja, de ata eficiência. PROCESSO DE FABRICAÇÃO O aço líquido, como percebemos, absorve e perde gases no processo de fabricação. Devido a essa desgasificação, os aços são classificados em: efervescentes, capeados, semi- acalmados e acalmados. Os aços efervescentes, assim chamados por provocarem certa efervescência nas lingoteiras, são utilizados em chapas finas; os aços capeados, por sua vez, são análogos aos efervescentes. Os aços semi-acalmados, parcialmente desoxidados, são os mais utilizados nos produtos siderúrgicos correntes – perfis, barras, chapas grossas; enquanto que os aços acalmados, que têm todos os gases eliminados, apresentam melhor uniformidade de estrutura e destinados aos aços- ligas, aos aços de altocarbono, ou mesmo de baixo-carbono destinados à estampagem. PROCESSO DE FABRICAÇÃO A laminação, como processo seguinte, promove o aquecimento dos lingotes obtidos nos processos descritos acima, e são sucessivamente prensados em rolos – laminadores – até adquirirem as formas desejadas: barras, perfis, trilhos, chapas, etc. Importante, também, é conhecermos os tratamentos térmicos, cuja finalidade é a de melhorar as propriedades dos aços e que se dividem em dois tipos principais: ✓ Tratamentos destinados a reduzir tensões internas provocadas por laminação, solda, etc. ✓ Tratamentos destinados a modificar a estrutura cristalina com alterações da resistência e outras propriedades PROCESSO DE FABRICAÇÃO As principais metodologias adotadas são: ✓ Normalização – o aço é aquecido a uma temperatura da ordem de 800ºC e mantido nessa temperatura por quinze minutos e depois deixado resfriar lentamente no ar e através desse processo refina-se a granulometria, removendo-se as tensões internas de laminação, fundição ou forja ✓ Recozimento – o aço é aquecido a uma temperatura apropriada, dependendo do efeito desejado, mantido nessa temperatura por algumas horas ou dias e depois, deixado para resfriar lentamente, em geral no forno e, através desse processo, se obtém a remoção das tensões internas e redução da dureza ✓ Têmpera – o aço é aquecido a uma temperatura de cerca de 900ºC e resfriado rapidamente em óleo ou água para cerca de 200ºC, cuja finalidade é aumentar a dureza e a resistência diminuindo a ductibilidade e a Tenacidade PROCESSO DE FABRICAÇÃO Após processo de fabricação e segundo sua composição química, os aços sofrem determinadas classificações a partir dessas composições, pois percebemos que o aço é um composto que consiste quase totalmente de ferro (98%), com pequenas quantidades de carbono, silício, enxofre, fósforo, manganês, etc., sendo que o carbono é o material que exerce o maior efeito nas propriedades do aço, resultando daí, as classificações mencionadas. Os aços utilizados em estruturas metálicas são divididos em dois grupos: aço-carbono e aço de baixa-liga. CLASSIFICAÇÃO O aço-carbono é o tipo mais usual, quando o acréscimo de resistência em relação ao ferro é produzido pelo carbono. Em estruturas correntes, os aços utilizados possuem um teor de carbono que não deve ultrapassar determinados valores, pois caso esses valores sejam superiores aos limites estabelecidos, haverá um decréscimo na soldabilidade – capacidade de se utilizar processo de soldas – criando algumas dificuldades de fabricação e montagem das estruturas, mesmo embora o resultado dessa maior adição de carbono resulte em um aço de maior resistência e de maior dureza. Nesse tipo de aço 2 as máximas porcentagens de elementos adicionais são: Carbono (1,7%) – Manganês (1,65%) – Silício (0,60%) e Cobre (0,60%) AÇO-CARBONO Esse tipo de aço é obtido pelo mesmo aço-carbono acrescido de elementos de liga em proporções diminutas – cobre, manganês, silício, etc. A adição desses elementos promovem alterações na micro estrutura original, ampliando a resistência desse tipo de aço. Na pequena variação de ordem química somada à adição de outros componentes, também pode ser aumentada a resistência à oxidação, fator que como vimos anteriormente, impõe acréscimo de custos nas estruturas. Dessa maneira, os aços de baixa-liga podem ser sub-divididos em: AÇO DE BAIXA-LIGA Aços de Alta Resistência Mecânica ✓ ASTM A441: Utilizado em estruturas que necessitem de alta resistência mecânica ✓ ASTM A572: Utilizado em estruturas que necessitem de alta resistência mecânica têm, atualmente, aumentado consideravelmente seu uso no mercado de perfis, em especial, vigas tipo ‘ I ‘ ou ‘ U ’ AÇO DE BAIXA-LIGA Aços de Alta Resistência Mecânica e Corrosão Atmosférica ✓ ASTM A242: Possuem o dobro da resistência à corrosão do aço-carbono, o que permite sua utilização plena em situações de exposições às intempéries, cujos produtos mais conhecidos respondem pelos nomes comerciais de: ✓ NIOCOR, produzido pela CSN; SAC, produzido pela Usiminas e COS-AR-COR,produzido pela Cosipa AÇO DE BAIXA-LIGA Uma vez verificada a classificação dos aços estruturais, é relevante se conhecer um pouco mais sobre a influência da composição química nas propriedades do aço. A composição química determina muitas das características do aços, sendo que alguns elementos químicos presentes nos aços comerciais são consequência dos métodos de obtenção; outros são adicionados a fim de se atingir determinados objetivos. A influência de alguns desses elementos, pode ser descrita resumidamente: ✓Carbono – como já vimos, é o principal elemento para aumento da resistência ✓Cobre – aumenta de forma muito eficaz a resistência à corrosão atmosférica e a resistência à fadiga ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO AÇO ✓ Cromo – aumenta a resistência mecânica à abrasão e à corrosão atmosférica reduzindo, porém, a soldabilidade ✓ Enxofre – entra no processo de obtenção, mas pode causar retração à quente ou mesmo ruptura frágil, assim como, teores elevados podem causar porosidade e fissuração na soldagem ✓ Silício – aumenta a resistência e a tenacidade e reduz a soldabilidade ✓ Titânio – aumenta o limite de resistência, a resistência à abrasão e a tenacidade resistência à deformação lenta, sendo muito importante a fim de se evitar o envelhecimento ✓ Vanádio – aumenta o limite da resistência, a resistência à abrasão e a resistência à deformação lenta sem prejudicar a soldabilidade e a tenacidade. ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO AÇO Para melhor se compreender o comportamento das estruturas de aço, se faz necessário conhecer, de forma satisfatória, as principais propriedades dos aços estruturais. O primeiro ponto a ser analisado deve ser o diagrama detensão-deformação, para se analisar e entender o comportamento estrutural. Quando solicitamos um corpo de prova ao esforço normal de tração, podemos obter valores importantes para a determinação das propriedades mecânicas dos aços. PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS As primeiras propriedades mecânicas que devem ser salientadas são: ✓ Fy : Tensão limite de resistência à tração (variável para os tipos de aço) ✓ Fu : Tensão última de resistência à tração (variável para os tipos de aço) ✓ E : Módulo de Elasticidade = 205 Gpa PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS Elasticidade vem a ser a capacidade que certos elementos estruturais têm de voltar à sua forma original após sucessivos ciclos de carregamento e descarregamento. Se recorrermos à Resistência dos Materiais – o ramo da Mecânica Aplicada que, utilizando os conhecimentos da Teoria Matemática da Elasticidade, bem como da Mecânica Racional, estabelece fórmulas onde são considerados os efeitos internos nos corpos, produzidos pela ação de forças externas – é necessário recordar-se da Lei de Hook. Essa lei muito antiga, segundo alguns autores, data de 1676 e enunciada por Hook, estabelece que através de numerosas observações do comportamento dos sólidos, demonstra-se que, na imensa maioria dos casos, os deslocamentos, dentro de certos limites, são proporcionais às cargas que atuam, ou seja, segundo seja a força, assim será a deformação. PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS Partindo da condição de que as tensões são produzidas pelos esforços atuantes, elas aumentarão com o aumento das forças aplicadas. Daí, os aumentos das tensões serão acompanhados por aumentos das deformações, passando por uma série de estados em que sejam de efeito desde desprezível até a condição de desagregação das moléculas no ponto de ruptura. Para a avaliação desses estados se realizam provas do material (ensaios), por meio de “corpos de prova”, devidamente proporcionados, submetidos à experiência de laboratório com máquinas especiais. No caso dos aços estruturais, os ensaios de laboratório são realizados para esforços de tração. PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS Como vimos acima, a elasticidade é a propriedade que certos corpos têm de retornarem, depois de deformados – sujeitos à ação de uma carga – à sua forma inicial, quando desaparecem as causas que motivaram a deformação. Assim, no ensaio de tração simples, sob a ação de uma carga P, o corpo de comprimento L, é aumentado da grandeza δ. À medida que se aumenta P, δ também aumenta, e se não for ultrapassado o “limite de elasticidade” do material, quando se retira a carga P, o corpo volta às condições primitivas. Por isso, devido à elasticidade, a energia potencial interna, armazenada durante o desenvolvimento da deformação δ, é capaz de devolver ao corpo, em forma de trabalho mecânico, o necessário para restaurar as condições primitivas. PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS ν : Coeficiente de Poisson = 0,30 Coeficiente de Poisson é o coeficiente de proporcionalidade entre as deformações longitudinal e transversal de uma peça. Quando se realiza estudos das deformações ao longo do eixo longitudinal de uma peça, observa-se uma propriedade em todos os sólidos relativas às deformações consequentes transversais. Por exemplo, uma tração, que conduz ao aumento do comprimento, corresponderá a uma contração transversal; enquanto que uma compressão, que conduz à redução do comprimento, corresponderá a uma expansão transversal. Portanto, o coeficiente de Poisson equivale o mesmo que coeficiente de deformação transversal. PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS β : Coeficiente de Dilatação Térmica = 12 x 10-6 C Quando se eleva ou se abaixa a temperatura de um corpo, o material se dilata ou se contrai, a não ser que seja impedido por circunstâncias locais e, havendo a mudança de temperatura de uma barra livre, o Coeficiente de Dilatação Térmica do material é a variação por unidade de comprimento e por grau de temperatura PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS G : Módulo de Elasticidade Transversal = 0,385 E Módulo de Elasticidade Transversal ou simplesmente Módulo de Elasticidade de Cisalhamento, é utilizado quando ocorre a extensão ou encurtamento motivada por cisalhamento, ou seja, por corte no plano perpendicular. Essas deformações por corte, ocorrem com as de tração-compressão na flexão e torção γ : Peso Específico = 78,50 KN/m3 PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS Uma vez conhecidas as principais propriedades mecânicas dos aços estruturais, já se pode analisar o Diagrama de Tensão- Deformação, representado a seguir. PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS Em O-A há proporcionalidade entre a tensão e a deformação, cujo ponto A define o Limite de Proporcionalidade (Lei de Hook – Força e Deformação). Além do ponto A, a linha descreve um raio curto até o ponto B. Se até esse ponto a carga atuante fosse retirada lentamente, haveria o desaparecimento da deformação. Nesse período chamado Período Elástico, o material se comportou elasticamente e o ponto B será o Limite de Elasticidade do Material. Esse ponto B separa duas condições importantes do material, pois após esse limite, o material, como que cansado, perde bruscamente grande poder de resistência. Chegado ao ponto B, ocorre um fenômeno interessante no material, pois o corpo apresenta uma deformação apreciável, sem ter aumento apreciável de tensão e sem que se note qualquer lesão no material, mas se verifica uma queda brusca no caminho do ponto B ao ponto C, onde se observa um desarranjo molecular do material e, por isso mesmo, esse ponto denomina-se Limite de Escoamento (Fy). PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS Prosseguindo-se com a análise do diagrama prossegue-se pelo caminho do ponto C ao ponto D, onde as deformações são cada vez maiores, onde no último ponto (D) ocorre o Limite de Tensão Máxima (Fu), também chamado tensão de ruptura. Esse período onde as deformações são permanentes, denomina-se Período Plástico, pois ao ser retirada a carga lentamente, o material não mais retorna ao estado primitivo e permanece em estado de deformação permanente. Ao atingir o ponto D, a seção do material começa a se estrangular, significando uma alteração molecular e, neste período denominado de estricção, a área da seção transversal do material vai diminuindo e começam a aparecer fissuras, de fora para dentro, até que a ruptura se complete. Para efeito de classificação, diz se que o material está no Regime Elástico quando obedece ao período entre os pontos O e B e no Regime Plástico quando ultrapassa o ponto B. PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS Outras propriedades que devem ser estudadas são: ✓ Dureza – É a resistência ao risco ou abrasão e pode ser medida pela resistência com que a superfície do material se opõe à introdução de uma peça de maior dureza. Os ensaios de dureza são bastante utilizados para verificar a homogeneidade do material. ✓ Ductilidade – É a capacidade do material de se deformar sob a ação de cargas e as estruturas dotadas de maior ductilidade sofrem grandes deformações antes de se romperem, o que na prática constitui um aviso da existência de tensões elevadas, ou seja, o aço vai além do seu limite elástico. PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS ✓ Tenacidade – É a energia mecânica total que o material pode absorver em deformações elásticas e plásticas até a sua ruptura. ✓ Resiliência – É a energia mecânica total que o material pode absorver em deformações elásticas até sua ruptura. ✓ Efeito de Alta e Baixa Temperaturas – As altas temperaturas modificam as propriedades mecânicas dos aços estruturais, pois acima de 100ºC, a uma tendência a se eliminar a definição linear do limite de escoamento, surgindo reduções acentuadas das resistências de escoamento bem como do módulo de elasticidade. As baixas temperaturas, por sua vez, estabelecem a perda de ductibilidade e de tenacidade, o que constituiuma fato indesejável, podendo conduzir à ruptura frágil. PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS ✓ Ruptura Frágil – São muito perigosas, pois são bruscas e não apresentam avisos pelas deformações exageradas das peças estruturais. O comportamento da fragilidade pode ser abordado sob dois aspectos: iniciação da fratura e propagação. A iniciação ocorre quando uma tensão ou deformação elevada se desenvolve num ponto onde o material perdeu ductibilidade e uma vez iniciada a ruptura, ela se propaga pelo material mesmo sob tensões moderadas. ✓ Fadiga – É a ruptura de uma peça sob esforços repetidos em geral determinantes em peças de máquinas e estruturas sob efeito de cargas móveis. PROPRIEDADES DOS AÇOS ESTRUTURAIS TABELAS TRAÇÃO Para Ny = A fy, atinge-se a resistência ao escoamento ao longo de toda a seção transversal, tanto na seção 1 quanto na seção 2. Para esse valor de N, obtém-se ∆L1 ≅ 0,02 L (ver figura 1.2). TRAÇÃO A distribuição de tensões em regime elástico depende do tipo de ligação entre as peças. 1.1 PEÇAS SEM FUROS (LIGAÇÕES SOLDADAS) A figura 1.1 ilustra o comportamento de uma peça sob tração axial. Observa-se que o estado limite último é atingido quando ocorre o escoamento ao longo de toda a seção transversal. A figura 1.3 mostra o comportamento de peças com ligação parafusada quando submetidas à tração. Nesse caso, quando se atinge a resistência ao escoamento ao longo de toda a seção transversal 2, a tensão média ao longo da seção 1 ainda será inferior a fy, ou seja, se então, pois A > An, sendo A a área da seção transversal e An a área líquida. 1.2 PEÇAS COM FUROS (LIGAÇÕES PARAFUSADAS) Assim, ocorrem grandes deformações plásticas apenas na região dos furos e, como resultado, ΔL2 < 0,02L . Em edifícios, não se considera como estado limite último o escoamento da seção líquida de peças com ligações parafusadas. Supõe-se a ocorrência da redistribuição plástica, podendo se atingir o carregamento correspondente à ruptura da seção líquida. São exceções: - peças com furos muito alongados; - material que não tem comportamento dúctil (problemas com fadiga). O valor de cálculo da força normal resistente (NRd) ao escoamento da seção bruta é: 1.3 ESCOAMENTO DA SEÇÃO BRUTA 𝛾a,y= coeficiente de ponderação do aço estruturas (Tabela 3 NBR 8800, página 33) Para este caso, está relacionado a escoamento. A área líquida An de uma seção transversal qualquer de uma barra deve ser calculada pela soma dos produtos da espessura pela largura líquida de cada elemento (figura 1.4), medida na direção normal ao eixo da barra. 1.4.1 Cálculo da área líquida An em chapas ou cantoneiras com furos alinhados A área líquida é calculada da seguinte forma: Onde b – largura da chapa ou da cantoneira desenvolvida bn - largura líquida da chapa ou da cantoneira desenvolvida dh - diâmetro do furo (incluindo folga-padrão de 1,5mm) ∅ - diâmetro nominal do furo adotado para cálculo (∅ = dh + 2,0mm) t - espessura. O valor adotado para ∅ deve considerar a folga e o dano ocorrido durante o processo de furação (figura 1.5). O cálculo da área líquida An em chapas ou cantoneiras com furação alternada e em perfis pode ser visto no Anexo A. 1.4.2 Ct O coeficiente de redução da área líquida conforme apresentado na figura 1.6 é função: ✓ Do coeficiente de redução da área líquida conforme apresentado na figura 1.6 é função: do comprimento da conexão (concentração de tensões); ✓ Da excentricidade (posição da ligação relação ao centro geométrico, CG, da seção transversal do perfil). Figura 1.6 - O comprimento da conexão e a excentricidade da ligação influenciam o valor do coeficiente de redução da área líquida (Ct ≤ 1) Para a determinação de Ct veja o Anexo A. 1.5 LIMITE DE ESBELTEZ (Estado limite de serviço) Recomenda-se limitar a flexibilidade das peças (por exemplo: vibração, deslocamento excessivo de peças de travamentos em X, etc.) por meio da seguinte restrição: Onde: r - raio de giração; l - comprimento não travado da peça na direção em que se tomar r. Em um ensaio de compressão, sem a ocorrência de instabilidades, obtém-se um diagrama tensão-deformação similar ao do ensaio de tração. Figura 6.3 - Diagrama tensão-deformação dos aços estruturais, em escala deformada
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