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ATIVIDADE DE HERMENÊUTICA JURÍDICA PROF. FABIANO RIBEIRO Matheus Fernandes De Abreu Determinado indivíduo costumava utilizar-se da internet para a prática da pedofilia. Utilizando a sala de bate-papo, trocava, com outro pedófilo, material pornográfico, envolvendo crianças e adolescentes. Descoberta a ação, o pedófilo foi preso em flagrante. A conduta e prisão se deram na vigência da antiga redação do art. 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Fotografar ou publicar cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão de 1(um) a 4 (quatro) anos.” A defesa do internauta sustentou que o cliente, ao trocar arquivos na internet, o fez em uma sala de bate-papo reservadíssima, com acesso restrito e com apenas uma pessoa, o que não corresponderia ao verbo “publicar” exigido pelo tipo penal. Obs.: O caput do art. 241 do ECA (Lei 8.069/1990) possui hoje a seguinte redação: “Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar, ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores, ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente: Pena – reclusão de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.” a) Você, na qualidade de juiz da causa, utilizando-se dos princípios hermenêuticos que norteiam a interpretação das leis, como decidiria esta questão? Em obediência á lei antiga eu absorveria o réu, pois faltou na lei a lacuna da condenação, também podemos utilizar a teoria extensiva, pois o legislador não incluiu essa lacuna. E se fomos utilizar á lei revogada não poderia condenar, pois não pode prejudicar o réu, somente beneficiar ela (IN BONAM PARTEM). Se fomos utilizar á lei atual, condenaria, pois, expos um menor, divulgou, apresentou um ato sexual, o qual infligiu a lei 8.069 no Art. 241 do ECA.
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