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Universidade Estácio de Sá Nome Priscila Finkler Kolling Schneider Curso / Polo Licenciatura Artes Visuais / Centro Porto Alegre/RS (Mal. Floriano Peixoto, 626 - Centro Histórico CEP: 90020-061) Disciplina / Professor Filosofia da Educação / Viviane da Costa Lopes Título “Conversa com professor de qualquer etapa da educação: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio ou ensino superior.” Objetivo Analisar as relações de aprendizado existentes na sala de aula, usando os conhecimentos aprendidos na aula de Filosofia da Educação. Introdução Entrevista realizada com a Professora Aline Siemionko dos Santos, atua atualmente em escola da Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre, e leciona nos anos iniciais em duas turmas de 4º ano. Procedimento metodológico Entrevista realizada por meio de WhatsApp, no método de perguntas e respostas. O que é ensinar para você? Para mim, ensinar é criar possibilidades de aprendizagem para o aluno, buscar formas e estratégias de auxiliar aquele aluno que “não aprende”, de fazer com que TODOS os meus alunos avancem em suas aprendizagens. Como você escolhe seus procedimentos de ensino? Procuro escolher aqueles nos quais os alunos se envolvem mais efetivamente, como: a) Jogos envolvendo os conteúdos que precisam ser trabalhados, em especial os matemáticos; b) Aulas práticas, como o uso da culinária para propor atividades como produção textual, leitura, cálculos e problemas com o uso da nota fiscal dos ingredientes comprados, etc.; c) Contação de histórias, para vincular afetivamente os alunos com o mundo literário, ao qual poucos têm acesso fora da escola, e a partir daí desenvolver outros temas de interesse comum; d) Uso de vídeos, imagens e outros materiais que ajudem a explicar conteúdos mais complexos ou mais “abstratos”, como os de Ciências, História, Geografia; e) Também faço uso das aulas expositivo-dialogadas, folhinhas com atividades, cópia do quadro, para propor exercícios, sistematizar as aprendizagens e rever conteúdos já abordados. Como você se baseia em algum teórico? Qual? Como? Infelizmente, tenho deixado os estudos teóricos de lado nos últimos anos, tamanho o cansaço ocasionado pela piora das nossas condições de trabalho. Mas pensando rapidamente, poderia citar Paulo Freire, por buscar desde sempre fazer com que o meu discurso esteja alinhado com a minha prática e pela ação-reflexão, que permeia todo o meu trabalho com as crianças. Práticas realizadas, avaliações dos alunos, são formas de repensar meu planejamento e refazer a trajetória. Como professora alfabetizadora no quarto ano ainda recebemos alunos não alfabetizados ou em processo de formação, não poderia deixar de citar Emília Ferreiro e as hipóteses de construção de escrita. Como acontecem as relações interpessoais em sala de aula? Como você trabalha os conflitos? Já trabalhei melhor essas questões (assumindo mais a resolução de conflitos sozinha, sem apoio de outros setores da escola), em geral, buscando dialogar com as partes envolvidas, para que cada um pudesse enxergar como o outro se sente nessas situações. Ainda faço isso coletivamente, em situações que envolvam a turma, para construir nossas regras, retomar o que não está sendo cumprido, refazer pactos... Porém conflitos que ocorram repetidas vezes e/ou envolvam poucos alunos tenho solicitado auxílio a setores como coordenação, a fim de poder dar continuidade ao trabalho com o restante da turma, enquanto os alunos envolvidos são ouvidos e o conflito é retomado com eles por outro adulto. Conclusão Através desta breve entrevista, podemos observar as dificuldades que a educação no Brasil, principalmente às das escolas de periferias ainda fazem parte do contexto educacional. Mesmo quando o professor é bem preparado, busca alternativas de desempenhar seu trabalho da melhor maneira possível para que o aluno se desenvolva adequadamente, observamos fatores além do âmbito escolar que prejudicam esse desenvolvimento pleno. A partir disso, podemos concluir que a realidade em que a criança está inserida socialmente contribui na sua formação acadêmica.
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