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RELATORIO ESTAGIO SUPERVISIONADO ALFABETIZAÇÃO - UNIVESP

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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (UNIVESP) 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ALFABETIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FELIPE AUGUSTO CARDOSO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taquaritinga 
2019 
1 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO (UNIVESP) 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ALFABETIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FELIPE AUGUSTO CARDOSO 
 
 
 
 
Relatório das atividades desenvolvidas 
como requisito para aprovação na 
disciplina Estágio Supervisionado em 
Alfabetização, do curso de Licenciatura 
em Pedagogia na Universidade Virtual 
do Estado de São Paulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taquaritinga 
2019 
2 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………….4 
2. APRESENTAÇÃO DA ESCOLA………………………………………………………..5 
3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS…………………………………………..………….6 
3.1 Regência: jogo de alfabetização - produção de texto…………………………...7 
 ​3.1.1 Plano de aula – Estágio Supervisionado em Alfabetização………………7 
3.2 Observação do trabalho da professora…………………………………………..12 
3.3 Observações gerais das aulas……………………………………………………..15 
3.4 Descrição da sala de aula e da turma…………………………………………….16 
4. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO…………………………………………………….17 
5. ANEXOS………………………………………………………………………………….20 
Anexo A – Folha de Assinaturas……………………………………………………….20 
Anexo B – Ficha de Identificação……………………………………………………...21 
Anexo C – Ficha de Presença…………………………………………………………..22 
Anexo D – Instrumento Professor Mentor…………………………………………....25 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………….26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
1 INTRODUÇÃO 
Os objetivos do relatório de Estágio Supervisionado em Alfabetização, é de 
extrema importância para o aluno contrastar entre teoria e a prática na sua vida 
acadêmica, tendo a oportunidade de observar os processos de aprendizagem, 
avaliar e refletir, as práticas e/ou metodologias de ensino na sala de aula pelo 
professor regente, e buscando atentar-se as situações rotineira do ambiente escolar 
e suas soluções. O trabalho de estagiar traz aos alunos-professores, a possibilidade 
de termos a certeza e compreensão da escolha da profissão, porque estamos 
inseridos neste ambiente podendo visualizar suas concepções e seus métodos. 
Em sala de aula conectei-me muitas vezes ao passado como aluno nos anos 
iniciais do Ensino Fundamental I, algumas semelhanças foram percebidas como os 
métodos fônico e sintético ao ensino de alfabetização e letramento ainda presentes, 
mas com menor intensidade. A forma tradicional de ensinar está ficando fadado, 
notei a preocupação da professora com outras formas e métodos mais 
construtivistas. Não houve qualquer tipo de dificuldade de conseguir uma escola 
para estagiar, e a escola me acolheu positivamente sem nenhuma restrição a minha 
presença e regência com a turma. 
Realizei o estágio na escola E.M.E.B. “Dr. Estevam Schlobach Salvagni”, 
município de Taquaritinga-SP, onde se iniciou no dia 21/10/2019, e término no dia 
02/12/2019, foi cumprida a carga horária total do estágio supervisionado em 
alfabetização de 50 horas. A série observada foi o 2° ano (Anos Iniciais do Ensino 
Fundamental I), acompanhar o dia-a-dia da sala de aula, os materiais, a organização 
escolar, as obrigações do professor e sua didática, fundamentalmente contribuiu 
muito para minha formação como profissional futuramente da área. E poder fazer 
uma reflexão do ensino atualmente e qual a postura de professor me tornarei a 
frente. 
 
 
 
 
4 
 
2 APRESENTAÇÃO DA ESCOLA 
 
A Escola Municipal de Ensino Básico Prof. “Dr. Estevam Schlobach Salvagni”, 
está situada na Rua Coronel Gustavo de Moraes, nº 1704, Vila Esperança, 
Taquaritinga-SP. É localizada em um local amplo, claro e aconchegante e de fácil 
acesso, e os alunos que frequentam a escola são de nível socioeconômico 
médio/baixo. A escola possui uma equipe de apoio devidamente capacitada, com as 
seguintes funções: a diretora atual é Soraya Machado Villela, vice-diretora, 
coordenadora, professores, auxiliares administrativos, estagiários, auxiliares de 
desenvolvimento infantil, serviços gerais, inspetoras de alunos. As etapas de ensino 
são: Educação Infantil - Jardim II, Ensino Fundamental I e EJA (Ensino de Jovens e 
Adultos), atualmente quase 300 alunos matriculados (até o momento do final do 
estágio a escola estava em período de rematrículas e matrículas, por esse motivo 
não obtive o número exato de alunos). 
A escola não tem APM (Associação de pais e mestres), semanalmente os 
docentes se reúnem para fazer a reunião do HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico 
Coletivo) as segundas-feiras são discutidas sobre a Educação Infantil e as 
terças-feiras sobre o Ensino Fundamental I. Em relação às dependências da escola 
são: 9 salas de aula, sala da diretoria, sala dos professores, laboratório de 
informática, sala de recursos para Atendimento Educacional Especializado (AEE), 
quadra de esportes, cozinha, sala de secretaria, refeitório, lavanderia, pátio coberto, 
banheiros, iluminação, biblioteca, brinquedoteca, área verde, todos esses espaços 
funcionam muito bem. O horário de funcionamento é das 07h às 11h30min no 
período da manhã, e das 12h30min às 17h no período da tarde, e das 19h às 22h no 
período noturno. 
 
 
 
5 
3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
Acompanhei e segui com todas as ações do plano de atividades do estágio 
supervisionado e cumprindo a carga horária de 50 horas, participei de reuniões 
como o HTPC (Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo), acompanhei os 
planejamentos da escola, os currículos, materiais didáticos, a troca de informações 
entre professores, a mediação da coordenadora com os docentes sobre as práticas 
educacionais e escolares. Tive livre acesso as dependências da escola para os 
meus registros de vistorias, conversei com a equipe de apoio da escola, pude 
entender e ver o trabalho de cada funcionário, ouvi relatos de histórias e 
acontecimentos. Na sala fiz várias observações sobre a metodologia da professora, 
sua didática a relação aluno-professor e vice-versa, observei os mecanismos para as 
avaliações bimestrais e externas, como o do Programa Mais Alfabetização, os 
conteúdos norteados pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e o 
planejamento anual feita pela professora. Regência de aula sobre um jogo de 
alfabetização e letramento que resulta em uma produção de texto e leitura com a 
participação e interação de todos, apresentei a regência/plano de aula para a 
professora que me instruiu maravilhosamente. 
 
3.1 Regência: jogo de alfabetização - produção de texto. 
Nas observações na escola municipal E.M.E.B. “Dr. Estevam Schlobach 
Salvagni”, da turma 2° ano acompanhei algumas avaliações do 4° bimestre da 
professora Rosana do Carmo Valencio Barone como forma de fixação/assimilação 
do conteúdo programático estudado. 
A intenção de desenvolver o tema era poder mostrar que nem todos os alunos 
estão tendo uma interação com toda a sala e nem o mesmo com o conhecimento, a 
partir de pesquisas em teorias e autores que auxiliaram a escolha da intervenção 
para facilitar o processo de alfabetização através do jogo como estratégia para 
aprendizagem, que tema possibilidade de atrair e levar resultados relevantes para o 
crescimento cognitivo dos alunos. 
6 
 
Enquanto brinca, elaborando conflitos internos 
e sentimentos, organizando pensamentos, 
estruturando-se mentalmente, vai se 
conhecendo e conhecendo o outro, vai 
aprendendo o mundo, construindo 
conhecimentos e superando dificuldades e 
limites. (Grassi, 2008, p. 116). 
 
Os conteúdos estavam de acordo com o seu planejamento anual e em 
concordância com as normas vigentes da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), 
as aulas que acompanhei, notei que a professora cumpriu com os conteúdos 
essenciais para a alfabetização e letramento, e explorou bem todas as disciplinas. 
 
3.1.1 Plano de aula – Estágio Supervisionado em Alfabetização 
1. Identificação 
Estagiário: Felipe Augusto Cardoso 
Escola: E.M.E.B. Dr. Estevam Schlobach Salvagni 
Disciplina: Língua Portuguesa 
Tema: Escrita e Leitura 
Data/ano: 04/11/2019 
Professora: Rosana do Carmo Valêncio Barone 
Duração: 2 horas 
 
2. Objetivos 
2.1 Objetivos gerais 
 
Aprimorar as habilidades e competências de escrita e leitura, e trabalhar com 
os alunos que brincando/jogando também se aprende, em que todos participem e se 
socializam, desenvolvendo seus processos de alfabetização. 
 
2.2 Objetivos específicos 
 
7 
● Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e 
cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como 
formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e 
identidades sociais e culturais. 
● Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e 
linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar 
aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e 
colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e 
inclusiva. 
● Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e 
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar 
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e 
produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à 
cooperação. 
● Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o 
outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o 
consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente 
frente a questões do mundo contemporâneo. 
 
3. Metodologia e conteúdo 
 
Os alunos do 2° ano do Ensino Fundamental estão ainda aprimorando suas 
relações de alfabetização, resolvi aplicar este jogo lúdico-pedagógico para despertar 
hipóteses de escrita e leitura. A aula tem um valor qualitativo e foi elaborada a partir 
das observações, onde tive a oportunidade de analisar e coletar informações 
juntamente com a professora da sala do 2.º ano, com alunos entre 7 e 8 anos. 
Após as observações, foi desenvolvido um jogo que pudesse auxiliar na fase 
de alfabetização, envolvendo leitura e escrita, com palavras que as crianças 
encontram no cotidiano, trabalhando de uma forma que aguçasse a curiosidade e a 
criatividade com a produção de uma história. 
Uma caixa foi utilizada para colocar a serragem juntamente com uns papéis 
dobrados, nesses papéis encontravam-se escritas algumas palavras que foram 
8 
escolhidas pelos alunos da sala, elas teriam uma conexão com os alunos, pois são 
usadas ou ouvidas diariamente, como objetos da casa e atividades que ocorrem em 
qualquer ambiente. Foram utilizadas palavras como livro, pipa, família, respeito, 
amigos entre outras. 
Com o auxílio da professora baseando-se nas atividades semanais que 
estavam sendo trabalhadas com o tema de respeito e bullying, foi criado o início da 
história. A partir disso, cada aluno deveria retirar um papel da caixa e, de acordo 
com a palavra, usaria a imaginação para a criação de uma parte do texto, logo os 
outros alunos fariam da mesma maneira dando continuidade. Ao final da atividade as 
partes foram unidas e conseguiram criar uma história. Esse processo trouxe a 
necessidade de assimilar e compreender cada palavra e como seria a relação dela 
com o texto, estimulando o aluno a usar sua capacidade de imaginação e 
criatividade. 
A imaginação faz parte do processo de desenvolvimento da criança, com 
brincadeiras e fantasias que são criadas sendo em um contexto social ou individual, 
buscando de suas experiências vivenciadas ou não, podendo transformar ou criar 
uma nova realidade a partir de pensamentos. De acordo com Vygotsky (1982): 
A imaginação, como base de toda atividade 
criadora, se manifesta por igual em todos os 
aspectos da vida cultural, possibilitando a 
criação artística, científica e técnica. Neste 
sentido, absolutamente tudo que nos rodeia e 
tenha sido criado pela mão do homem, todo o 
mundo e a natureza, tudo é produto da 
imaginação e da criação humana, baseado na 
imaginação. (VYGOTSKY, 1982, p.8). 
 
A criatividade foi se aflorando e os alunos teceram uma realidade para uma 
personagem chamada “Maria”, modificando situações e criando experiências e 
preferências para ela. A cada palavra que era retirada os alunos por sua conta 
tinham a finalidade de alguma forma, resolver os problemas e as dificuldades que 
foram apresentadas no início da história, como o bullying e falta de amigos e mudar 
os sentimentos de tristeza e solidão que a personagem sentia para incríveis 
emoções de felicidade e companheirismo. Como toda prática em grupo se 
desenvolveu o aspecto de socialização, conforme cada aluno ia criando e contando 
9 
a sua parte, os colegas interagiam, observavam e até auxiliavam, assim podendo, 
com essa interação, desenvolver aprendizagem. De acordo com Vygotsky (1991): 
 
[...] O aprendizado desperta vários processos 
internos de desenvolvimento, que são 
capazes de operar somente quando a criança 
interage com pessoas em seu ambiente e 
quando em operação com seus 
companheiros. Uma vez internalizados, esses 
processos tornam-se parte das aquisições do 
desenvolvimento independente da criança. 
(VYGOTSKY, 1991, p. 77). 
 
Para estimular o contato e o apreço pela leitura, foi proposto como 
encerramento da intervenção uma leitura compartilhada. A ação da leitura dentro da 
sala de aula pode ser compreendida como um recurso para contribuir com o 
crescimento da sala em relação à leitura, o texto foi chamado de “História da Maria” 
foi impresso em forma de livro, com figuras ilustrativas colocadas para que os alunos 
pudessem interagir com a atividade, as palavras sorteadas foram escritas na cor 
vermelha para relacionar o conteúdo introduzido por eles podendo enxergar a sua 
contribuição para a realização da aula, os colocando como ativos no processo de 
aprendizagem. Em que estou assistindo/lendo as videoaulas e nos materiais 
disponíveis nas disciplinas cursadas de Alfabetização e letramento I e II no curso de 
Licenciatura em Pedagogia da UNIVESP que favorece a evolução da aprendizagem, 
nesse sentido sua importância é imprescindível para uma alfabetização satisfatória e 
a produção de indivíduos críticos. Segundo Vargas (1993), “ler é colherconhecimento, é um ato criador, pois obriga a redimensionar o que está 
estabelecido, introduzindo um mundo em novas séries de relações e em um novo 
modo de perceber o que nos cerca.” Dessa forma, a leitura dá a possibilidade de 
renovar as maneiras de ser, agir e viver. 
 
4. Recursos utilizados 
Uma caixa média, serragem, papéis dobrados, canetas, papel cartão 
5. Avaliação 
10 
A atividade foi constituída por quatro momentos específicos: levantamento de 
conhecimentos prévios, explicações orais e demonstração, reconhecimento dos 
materiais utilizados, participação dos alunos relatando o que aprendeu com a 
história. Após a aula ser aplicada pude observar um resultado satisfatório por parte 
da interação dos alunos, eles se interessavam em criar novas histórias, imaginar 
novas aventuras com novos personagens em vários tipos de ambientes. Conversei 
com a docente da turma onde me relatou uma repercussão positiva após o jogo, 
como a iniciativa dos alunos na leitura oral da semana. Além de todos os seus 
benefícios os alunos ficaram empolgados com a atividade diferente do que a sala de 
aula tradicional, o jogo visou contribuir para um melhor planejamento do tempo, uso 
do espaço físico (dentro ou fora da sala de aula),assim tornando o ambiente mais 
leve e divertido, facilitando a interação, o relacionamento e a troca de experiências 
para uma melhor aprendizagem. 
 
6. Observações gerais da regência 
A aula foi bem aceita e compreendida por todos, o tema da história criada foi 
proposital, pois a sala vem enfrentando problemas com bullying e a professora usa 
de todas as estratégias para discutir o assunto. Levando a atividade como uma 
“brincadeira”, um “joguinho”, as crianças foram espontâneas e muito criativas. O fato 
de a história ter “virado” um livrinho foi muito estimulante e até o aluno mais 
introvertido da sala decidiu fazer a leitura. 
Com o uso de jogos e brincadeiras direcionadas de acordo com a idade 
escolar as crianças têm suas habilidades realçadas, ajudando na assimilação de 
conceitos e linguagens e auxilia no ensino-aprendizagem dentro da sala de aula. Em 
cada jogo pedagógico mediado pela orientação do professor a criança cria uma 
realidade própria dentro do contexto de jogar, auxiliando terem um contato com os 
símbolos, escritas, regras sua criatividade. Como refere Kishimoto (1994): 
 
(…) se a escola tem objectivos a atingir e o 
aluno a tarefa de adquirir conhecimentos e 
habilidades, qualquer atividade por ele 
realizada na escola visa sempre um resultado, 
é uma ação dirigida e orientada para a busca 
de finalidades pedagógicas. O emprego de 
11 
um jogo em sala de aula necessariamente se 
transforma em um meio para a realização 
daqueles objetivos. (KISHIMOTO, 1994, p.14) 
 
A conclusão que cheguei é que os jogos são aliados eficazes no processo de 
alfabetização, pois envolvem o imaginário, a espontaneidade, a concentração e a 
construção de saberes. Eles são altamente convenientes em todas as etapas do 
processo. 
 
3.2 Observação do trabalho da professora 
A professora tem o Magistério, é Graduada em Licenciatura Plena em 
Pedagogia, e Pós-Graduação em Educação Infantil, Deficiência Auditiva e Formação 
continuada para docentes, atualmente leciona no 2° ano sala observada, na escola 
municipal E.M.E.B. “Dr. Estevam Schlobach Salvagni”, a relação entre 
professor-aluno e vice-versa é muito proveitosa, mediadora, amigável, dinâmica, 
existe uma troca, devido a professora já ter dado aulas na Educação Infantil no 
Jardim II para essa turma. Visualizei quais os processos do dia-a-dia da docência, 
do lecionar, seus instrumentos, obrigações/deveres e dilemas, o trabalho do 
professor é muito árduo, embora existe uma onda crescente e 
desmotivação/desmoralização e perseguição a classe no meu entendimento do que 
está acontecendo no Brasil referente a educação. 
A professora é muito organizada, com seus materiais, o seu diário de classe, 
com os conteúdos, traz tudo pronto, o que me chamou atenção é as caras e bocas e 
a entonação da voz que a professora faz quando está explicando alguma coisa, 
considerei positivo, a confiança e experiência em mais de 15 anos de profissão, é 
uma profissional excelente que é ativa no ambiente escolar e puxa as outras 
professoras as realizações e atividades da escola, esse sentimento me motivou e 
contagiou para querer ser um profissional como ela. 
Irei descrever uma breve aula da professora, no dia 22/11/2019, uma revisão 
para a prova de língua portuguesa. A professora explicou os sons da letra X com 
exemplos para cada som, os alunos mostraram-se participativos, interagiram com a 
professora. Na sequência a professora passou atividades de fixação dos sons da 
12 
letra X na lousa, e os alunos vieram na lousa corrigir os exercícios com o auxílio de 
outros colegas e da professora, a mesma trabalha muito o conceito de auditório em 
que os próprios alunos vão melhorando a escrita de outros colegas na lousa, se uma 
palavra estiver escrita errado, ela pergunta se dá pra melhorar, os alunos que sabem 
vão para a lousa até a palavra estar certa (a Secretaria Municipal de Educação de 
Taquaritinga, auxiliaram os professores a trabalharem com esse conceito), 
considerei bem positivo, porque as crianças vão criando hipóteses de escritas, gera 
um ambiente de sociabilidade e motivação, a maioria dos alunos compreenderam as 
regras da letra X. 
Segundo Soares (2013), a alfabetização, além de representar fonemas (sons) 
e grafemas (letras), no caso da escrita e representar os grafemas em fonemas, no 
caso da leitura, os educandos, sejam eles crianças ou adultos, precisam, para além 
da simples codificação/decodificação de símbolos e caracteres, passar por um 
processo de compreensão/expressão de significados do código escrito. 
 
O domínio da escrita alfabética, portanto, 
implica não só o conhecimento e o uso 
cuidadoso dos valores sonoros que cada letra 
pode assumir, no processo de notação, mas o 
desenvolvimento de automatismos e 
agilidades nos processos de „tradução do oral 
em escrito (no ato de escrever) e de tradução 
do escrito em oral (no ato de ler). (MORAIS, 
2012, p. 66). 
 
 
A docente cumpre os horários de chegada, e volta do recreio, os objetivos da 
aula dentro da sala cumpre com a rotina estabelecida por ela no começo das aulas 
em um canto da lousa, faz chamadas regularmente. As interrupções que houveram 
foram pela secretaria da escola para a professora assinar alguns documentos e da 
coordenadora pedagógica sempre presente para ver o andamento das aulas e como 
estão os alunos. Os conteúdos são explicitados de forma clara, e com a rotina visível 
os objetivos ficam evidente, coexiste relação com outras disciplinas, em um trabalho 
de projeto de ciências, sobre alimentação saudável, trabalharam com uma folhinha 
uma cruzadinha para preencher a escrita das frutas, relacionando com língua 
portuguesa. 
13 
O trabalho com a classe foi direcionado aos objetivos, proativa, eficiente, 
utilizou estratégias como: aula expositiva,atividades em grupo, livro didático, 
debates, jogos, aulas planejadas pela docente, buscando sempre variar as 
estratégias. Os recursos didáticos foram: lousa, giz, aparelho de som, computador 
com projetor, filmes, cartazes, televisão, livros, pretendendo a evolução cognitiva 
dos alunos, a aprendizagem mais prazerosa. 
Os conteúdos são trabalhados mesclando com aulas da professora e livros 
didáticos com uma sequência correspondente dos seus conteúdos com as 
atividades dos livros, EMAI (Ensino de Matemática nos Anos Iniciais) e Ler e 
Escrever, valorizando sempre os saberes, com uma linguagem clara e de fácil 
entendimento, e explicando de várias formas e contextos se os alunos apresentam 
certas dificuldades de compreensão. 
A professora deixa os alunos participarem assiduamente, havendo perguntas 
e formulações ambas as partes, para o entendimento da aula, quanto necessário 
chamando a atenção dos alunos ficando brava, mas não punitivamente e não há 
existência de cantinhos, elogiando, falando que ama com a assimilação dos 
conteúdos, tratando todos iguais, buscando auxiliar sempre os alunos com 
dificuldades. Oferecendo oportunidades de todos falarem e irem para a lousa fazer 
correções, às vezes de disputa de meninas e meninos, os alunos normalmente 
organizados em seus lugares. Há preocupação com andamento das aulas tendo 
começo, meio e fim, com o fechamento das matérias, utilizando de várias 
estratégias, havendo coerência com os objetivos, procedimentos e recursos 
didáticos. 
 
3.3 Observações gerais das aulas 
Basicamente o que relatei no item 3.2, são algumas das observações gerais 
referente a didática da professora e suas aulas expositivas com participação dos 
alunos, as relações professor-aluno e vice-versa, sua linguagem específica e coesa 
com a idade das crianças, os recursos e estratégias didáticas, sua organização com 
os conteúdos relevantes ao desenvolvimento cognitivo e alfabetização e letramento, 
14 
buscando cumprir com seu papel de ensinar. Nota-se que a docente tem domínio e 
os conhecimentos necessários para com os educandos, realizar essas tarefas não é 
fácil, tem que gostar do faz. 
E uma reflexão que faço é não julgar os alunos como tábua rasa, porque 
estava presente em situações em que o professor aprende com o aluno, o professor 
não é mais o detentor do conhecimento exclusivamente, ainda mais nos dias de hoje 
onde as informações e dados estão na palma das mãos com segundos de resposta, 
cada vezes mais tecnológico. Temos que pensar que tipo de educação queremos no 
futuro?!. Qualitativo, igualitário, humanitário, multicultural, multidisciplinar, 
tecnológico, capacitação de professores e melhores condições de trabalho, 
financiamento e estruturas aprimorados ao alcance de todos, todos têm direito a 
educação no Brasil, serão essas as respostas que estamos ávidos por um 
acontecimento de verdade com responsabilidade na Educação Brasileira. 
O papel do professor é fundamental para mediar/facilitar materiais, ideias para 
a construção de saberes, estimular as crianças para que elas sejam ativas no 
processo de atividades, conhecimentos e habilidades pedagógicas. Estou de acordo 
com as palavras de Freire (2000) na citação: 
 
Mudar o mundo é tão difícil quanto possível. 
O educador não deve só ensinar bem sua 
disciplina, mas desafiar o educando a pensar 
criticamente a realidade social e política do 
meio em que vive, mostrar que o homem é um 
ser social capaz de intervir no mundo e não 
de se adaptar a ele. Ele pode transformar o 
mundo através de projetos, sonhos e utopias. 
(FREIRE, 2000). 
 
Estamos criando de fato essas possibilidades de um futuro em que há 
esperança, já citei nesse relatório, a impressão que tenho que as crianças estão 
perdendo a capacidade de sonhar, almejar um mundo de conquistas e realizações. 
 
3.4 Descrição da sala de aula e da turma 
 
15 
A da sala de aula é ampla para acomodar o número de alunos e a professora, 
conta com iluminação e ventiladores, a organização é constituída de carteiras e 
cadeiras, e a mesa da professora, lousa, armários e estantes, para guardar objetos 
da professora e livros dos alunos, a sala é decorada por quadros de E.V.A da 
docente de aniversário, chamada, números, clima, calendários, e banners de sílabas 
complexas e o alfabeto em cima da lousa, a professora gosta de manter uma 
estética na sala. 
Na turma do 2° ano haviam 24 alunos entre o gênero feminino e masculino, é 
uma turma de boa aprendizagem, percebi que eles têm certa dificuldade em 
trabalhar com comandos e regras por serem bem ativos, se não estiver controle 
ficavam muitos eufóricos e agitados, a professora até comentou comigo que é uma 
sala que não pode ficar parada, sempre tem que ter conteúdo ou atividades para 
deixarem eles ocupados, para ela corrigir tarefas, escrever em agendas, e outras 
coisas do tipo. Os alunos foram bem receptivos a minha presença, gostavam da 
minha presença, alguns me chamavam de “estagiário” ou “professor”, queriam me 
dar seus lanches e doces. 
Entre eles se comunicavam muito bem, são companheiros e amigáveis, 
sociáveis, sempre participativos com a professora e foram comigo na regência, o 
que ajuda o desenvolvimento deles na alfabetização e letramento também, por 
conversar com a professora que os pais são ativos na vida escolar de seus filhos, 
contribuem quando têm festas ou algum evento na escola, se uma criança não tem 
estrutura familiar é refletido na escola, como também há casos na turma, com alunos 
com dificuldades que a família não vão em reunião, não auxiliam nas tarefas, 
quando se tem estrutura e participação escolar dos pais é notada a diferença, o que 
acontece no âmbito domiciliar reflete-se na escola positivamente ou negativamente. 
 
 
 
 
 
16 
4 COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO 
Na observação das aulas durante o meu estágio, percebi que nas atividades 
propostas buscou-se sempre desenvolver e alcançar os objetivos, as aulas foram 
interativas, na qual os conteúdos permitiram que as crianças tivessem liberdade para 
criar, inventar, errar e responder. Notei que a professora trabalha muito, atividades 
de alfabetização e letramento com as crianças, onde facilita a aprendizagem e o 
desenvolvimento pessoal. 
Nas minhas memórias há semelhanças com a escola, na minha época o 
ensino era no decoreba e repetição, e o ensino de hoje com uma metodologia e 
recursos aprimorados mais pensados e abrangentes, mais igualitários e inclusivos. 
Um dos pontos negativos em relação ao ambiente escolar é que a escola está 
perdendo o espaço de multicultura, embora assisti apresentações, falta essa 
essência ser mais trabalhada e a falta de ludicidade, porque todos estão 
preocupados com os conteúdos ministrados, normas vigentes e parâmetros 
curriculares, pressão dos gestores pedagógicos. Os alunos estão perdendo o 
sentimento de ter sonhos, a motivação por novos horizontes, minha crítica aqui é a 
escola ser mais acolhedora não no sentido assistencialista, mas encaminhar para 
um mundo de valores, costumes, tradições,cultura e experiências, aulas práticas, 
interdisciplinar e multidisciplinares, com isso vão ser repletas de saberes e 
conhecimentos que irá ajudá-los futuramente. Sei também que se faz necessário ter 
mais políticas públicas na educação e investimentos para todas as esferas públicas, 
porque a escola por si só não ter muitos recursos e estruturas financeiras e/ou 
pedagógicas em um sentido maior. 
Os pontos positivos do estágio foram a equipe gestora ter permitido a minha 
presença, a professora da sala pelos conselhos e ajuda, sem ela não conseguiria 
realizar esta regência com sucesso, ao seu conhecimento e sabedoria em me 
aconselhar e informar, porque não encontrei nenhuma dificuldade. Fico feliz pelas 
crianças terem gostado da minha aula e terem sidos motivados a ler e escrever, 
agradecer aos professores da UNIVESP e aos materiais disponibilizados, por 
17 
tornarem possível o meu sonho de ser professor e uma experiência de lecionar que 
certamente me realizei e confirma essa profissão nobre e bonita para a minha vida. 
O estágio para mim foi gratificante e de muita importância e que nós futuros 
professores devemos pensar que uma criança pode estar dependendo de um olhar 
especial para o seu desenvolvimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
5 ANEXOS 
Anexo A – Folha de Assinaturas 
 
 
19 
Anexo B – Ficha de Identificação 
 
 
 
20 
Anexo C – Ficha de Presença 
 
 
21 
 
 
 
22 
 
 
 
 
 
23 
Anexo D – Instrumento Professor Mentor 
 
 
 
24 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Ministério da Educação. ​Base nacional comum curricular.​ Brasília, DF: 
MEC, 2018. Disponível em: 
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_s
ite.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2019. 
 
FREIRE, P. ​Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. ​6ª 
ed. São Paulo. Editora Unesp, 2000. 
 ________. ​A Importância do ato de ler.​ 4ª ed. São Paulo: Cortez. 2005. 
 ________.​ A Pedagogia da autonomia:​ saberes necessários à prática educativa. 
São Paulo: Paz e Terra, 2006. Disponível em: 
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/395-4.pdf>. Acesso em: 
14 dez. 2019. 
 
GRASSI, T. M. ​Oficinas psicopedagógicas. ​2ª ed. rev. e atual. Curitiba: IBPEX, 
2008. 
 
KISHIMOTO, T. ​O Jogo e a Educação Infantil.​ São Paulo: Thomson Pioneira. 
1994. Disponivel em: 
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/viewFile/10745/10260> 
Acesso em: 10 dez. 2019. 
 
MORAIS, A. G. ​Sistema de escrita alfabética. ​São Paulo: Melhoramentos, 2012. 
 
SOARES, M. ​Letramento: um tema em três gêneros.​ Belo Horizonte: Autêntica, 
2006. 
______. Alfabetização e letramento / 6 de. 5ª reimpressão - São Paulo: contexto, 
2013. 
 
VARGAS. S. ​Leitura: uma aprendizagem de prazer.​ Rio de Janeiro: José Olympio, 
1993. 
 
VYGOTSKY, L. S.​ A formação da mente.​ 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. 
Disponivel em: 
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/51792/mod_resource/content/1/A%20forma
%C3%A7%C3%A3o%20Social%20da%20Mente.doc> Acesso em: 10 dez. 2019.

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