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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (UNIVESP) LICENCIATURA EM PEDAGOGIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ALFABETIZAÇÃO FELIPE AUGUSTO CARDOSO Taquaritinga 2019 1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO (UNIVESP) LICENCIATURA EM PEDAGOGIA RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ALFABETIZAÇÃO FELIPE AUGUSTO CARDOSO Relatório das atividades desenvolvidas como requisito para aprovação na disciplina Estágio Supervisionado em Alfabetização, do curso de Licenciatura em Pedagogia na Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Taquaritinga 2019 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………….4 2. APRESENTAÇÃO DA ESCOLA………………………………………………………..5 3. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS…………………………………………..………….6 3.1 Regência: jogo de alfabetização - produção de texto…………………………...7 3.1.1 Plano de aula – Estágio Supervisionado em Alfabetização………………7 3.2 Observação do trabalho da professora…………………………………………..12 3.3 Observações gerais das aulas……………………………………………………..15 3.4 Descrição da sala de aula e da turma…………………………………………….16 4. COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO…………………………………………………….17 5. ANEXOS………………………………………………………………………………….20 Anexo A – Folha de Assinaturas……………………………………………………….20 Anexo B – Ficha de Identificação……………………………………………………...21 Anexo C – Ficha de Presença…………………………………………………………..22 Anexo D – Instrumento Professor Mentor…………………………………………....25 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………………….26 3 1 INTRODUÇÃO Os objetivos do relatório de Estágio Supervisionado em Alfabetização, é de extrema importância para o aluno contrastar entre teoria e a prática na sua vida acadêmica, tendo a oportunidade de observar os processos de aprendizagem, avaliar e refletir, as práticas e/ou metodologias de ensino na sala de aula pelo professor regente, e buscando atentar-se as situações rotineira do ambiente escolar e suas soluções. O trabalho de estagiar traz aos alunos-professores, a possibilidade de termos a certeza e compreensão da escolha da profissão, porque estamos inseridos neste ambiente podendo visualizar suas concepções e seus métodos. Em sala de aula conectei-me muitas vezes ao passado como aluno nos anos iniciais do Ensino Fundamental I, algumas semelhanças foram percebidas como os métodos fônico e sintético ao ensino de alfabetização e letramento ainda presentes, mas com menor intensidade. A forma tradicional de ensinar está ficando fadado, notei a preocupação da professora com outras formas e métodos mais construtivistas. Não houve qualquer tipo de dificuldade de conseguir uma escola para estagiar, e a escola me acolheu positivamente sem nenhuma restrição a minha presença e regência com a turma. Realizei o estágio na escola E.M.E.B. “Dr. Estevam Schlobach Salvagni”, município de Taquaritinga-SP, onde se iniciou no dia 21/10/2019, e término no dia 02/12/2019, foi cumprida a carga horária total do estágio supervisionado em alfabetização de 50 horas. A série observada foi o 2° ano (Anos Iniciais do Ensino Fundamental I), acompanhar o dia-a-dia da sala de aula, os materiais, a organização escolar, as obrigações do professor e sua didática, fundamentalmente contribuiu muito para minha formação como profissional futuramente da área. E poder fazer uma reflexão do ensino atualmente e qual a postura de professor me tornarei a frente. 4 2 APRESENTAÇÃO DA ESCOLA A Escola Municipal de Ensino Básico Prof. “Dr. Estevam Schlobach Salvagni”, está situada na Rua Coronel Gustavo de Moraes, nº 1704, Vila Esperança, Taquaritinga-SP. É localizada em um local amplo, claro e aconchegante e de fácil acesso, e os alunos que frequentam a escola são de nível socioeconômico médio/baixo. A escola possui uma equipe de apoio devidamente capacitada, com as seguintes funções: a diretora atual é Soraya Machado Villela, vice-diretora, coordenadora, professores, auxiliares administrativos, estagiários, auxiliares de desenvolvimento infantil, serviços gerais, inspetoras de alunos. As etapas de ensino são: Educação Infantil - Jardim II, Ensino Fundamental I e EJA (Ensino de Jovens e Adultos), atualmente quase 300 alunos matriculados (até o momento do final do estágio a escola estava em período de rematrículas e matrículas, por esse motivo não obtive o número exato de alunos). A escola não tem APM (Associação de pais e mestres), semanalmente os docentes se reúnem para fazer a reunião do HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo) as segundas-feiras são discutidas sobre a Educação Infantil e as terças-feiras sobre o Ensino Fundamental I. Em relação às dependências da escola são: 9 salas de aula, sala da diretoria, sala dos professores, laboratório de informática, sala de recursos para Atendimento Educacional Especializado (AEE), quadra de esportes, cozinha, sala de secretaria, refeitório, lavanderia, pátio coberto, banheiros, iluminação, biblioteca, brinquedoteca, área verde, todos esses espaços funcionam muito bem. O horário de funcionamento é das 07h às 11h30min no período da manhã, e das 12h30min às 17h no período da tarde, e das 19h às 22h no período noturno. 5 3 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Acompanhei e segui com todas as ações do plano de atividades do estágio supervisionado e cumprindo a carga horária de 50 horas, participei de reuniões como o HTPC (Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo), acompanhei os planejamentos da escola, os currículos, materiais didáticos, a troca de informações entre professores, a mediação da coordenadora com os docentes sobre as práticas educacionais e escolares. Tive livre acesso as dependências da escola para os meus registros de vistorias, conversei com a equipe de apoio da escola, pude entender e ver o trabalho de cada funcionário, ouvi relatos de histórias e acontecimentos. Na sala fiz várias observações sobre a metodologia da professora, sua didática a relação aluno-professor e vice-versa, observei os mecanismos para as avaliações bimestrais e externas, como o do Programa Mais Alfabetização, os conteúdos norteados pela BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e o planejamento anual feita pela professora. Regência de aula sobre um jogo de alfabetização e letramento que resulta em uma produção de texto e leitura com a participação e interação de todos, apresentei a regência/plano de aula para a professora que me instruiu maravilhosamente. 3.1 Regência: jogo de alfabetização - produção de texto. Nas observações na escola municipal E.M.E.B. “Dr. Estevam Schlobach Salvagni”, da turma 2° ano acompanhei algumas avaliações do 4° bimestre da professora Rosana do Carmo Valencio Barone como forma de fixação/assimilação do conteúdo programático estudado. A intenção de desenvolver o tema era poder mostrar que nem todos os alunos estão tendo uma interação com toda a sala e nem o mesmo com o conhecimento, a partir de pesquisas em teorias e autores que auxiliaram a escolha da intervenção para facilitar o processo de alfabetização através do jogo como estratégia para aprendizagem, que tema possibilidade de atrair e levar resultados relevantes para o crescimento cognitivo dos alunos. 6 Enquanto brinca, elaborando conflitos internos e sentimentos, organizando pensamentos, estruturando-se mentalmente, vai se conhecendo e conhecendo o outro, vai aprendendo o mundo, construindo conhecimentos e superando dificuldades e limites. (Grassi, 2008, p. 116). Os conteúdos estavam de acordo com o seu planejamento anual e em concordância com as normas vigentes da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), as aulas que acompanhei, notei que a professora cumpriu com os conteúdos essenciais para a alfabetização e letramento, e explorou bem todas as disciplinas. 3.1.1 Plano de aula – Estágio Supervisionado em Alfabetização 1. Identificação Estagiário: Felipe Augusto Cardoso Escola: E.M.E.B. Dr. Estevam Schlobach Salvagni Disciplina: Língua Portuguesa Tema: Escrita e Leitura Data/ano: 04/11/2019 Professora: Rosana do Carmo Valêncio Barone Duração: 2 horas 2. Objetivos 2.1 Objetivos gerais Aprimorar as habilidades e competências de escrita e leitura, e trabalhar com os alunos que brincando/jogando também se aprende, em que todos participem e se socializam, desenvolvendo seus processos de alfabetização. 2.2 Objetivos específicos 7 ● Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais. ● Conhecer e explorar diversas práticas de linguagem (artísticas, corporais e linguísticas) em diferentes campos da atividade humana para continuar aprendendo, ampliar suas possibilidades de participação na vida social e colaborar para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e inclusiva. ● Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à cooperação. ● Utilizar diferentes linguagens para defender pontos de vista que respeitem o outro e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, atuando criticamente frente a questões do mundo contemporâneo. 3. Metodologia e conteúdo Os alunos do 2° ano do Ensino Fundamental estão ainda aprimorando suas relações de alfabetização, resolvi aplicar este jogo lúdico-pedagógico para despertar hipóteses de escrita e leitura. A aula tem um valor qualitativo e foi elaborada a partir das observações, onde tive a oportunidade de analisar e coletar informações juntamente com a professora da sala do 2.º ano, com alunos entre 7 e 8 anos. Após as observações, foi desenvolvido um jogo que pudesse auxiliar na fase de alfabetização, envolvendo leitura e escrita, com palavras que as crianças encontram no cotidiano, trabalhando de uma forma que aguçasse a curiosidade e a criatividade com a produção de uma história. Uma caixa foi utilizada para colocar a serragem juntamente com uns papéis dobrados, nesses papéis encontravam-se escritas algumas palavras que foram 8 escolhidas pelos alunos da sala, elas teriam uma conexão com os alunos, pois são usadas ou ouvidas diariamente, como objetos da casa e atividades que ocorrem em qualquer ambiente. Foram utilizadas palavras como livro, pipa, família, respeito, amigos entre outras. Com o auxílio da professora baseando-se nas atividades semanais que estavam sendo trabalhadas com o tema de respeito e bullying, foi criado o início da história. A partir disso, cada aluno deveria retirar um papel da caixa e, de acordo com a palavra, usaria a imaginação para a criação de uma parte do texto, logo os outros alunos fariam da mesma maneira dando continuidade. Ao final da atividade as partes foram unidas e conseguiram criar uma história. Esse processo trouxe a necessidade de assimilar e compreender cada palavra e como seria a relação dela com o texto, estimulando o aluno a usar sua capacidade de imaginação e criatividade. A imaginação faz parte do processo de desenvolvimento da criança, com brincadeiras e fantasias que são criadas sendo em um contexto social ou individual, buscando de suas experiências vivenciadas ou não, podendo transformar ou criar uma nova realidade a partir de pensamentos. De acordo com Vygotsky (1982): A imaginação, como base de toda atividade criadora, se manifesta por igual em todos os aspectos da vida cultural, possibilitando a criação artística, científica e técnica. Neste sentido, absolutamente tudo que nos rodeia e tenha sido criado pela mão do homem, todo o mundo e a natureza, tudo é produto da imaginação e da criação humana, baseado na imaginação. (VYGOTSKY, 1982, p.8). A criatividade foi se aflorando e os alunos teceram uma realidade para uma personagem chamada “Maria”, modificando situações e criando experiências e preferências para ela. A cada palavra que era retirada os alunos por sua conta tinham a finalidade de alguma forma, resolver os problemas e as dificuldades que foram apresentadas no início da história, como o bullying e falta de amigos e mudar os sentimentos de tristeza e solidão que a personagem sentia para incríveis emoções de felicidade e companheirismo. Como toda prática em grupo se desenvolveu o aspecto de socialização, conforme cada aluno ia criando e contando 9 a sua parte, os colegas interagiam, observavam e até auxiliavam, assim podendo, com essa interação, desenvolver aprendizagem. De acordo com Vygotsky (1991): [...] O aprendizado desperta vários processos internos de desenvolvimento, que são capazes de operar somente quando a criança interage com pessoas em seu ambiente e quando em operação com seus companheiros. Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento independente da criança. (VYGOTSKY, 1991, p. 77). Para estimular o contato e o apreço pela leitura, foi proposto como encerramento da intervenção uma leitura compartilhada. A ação da leitura dentro da sala de aula pode ser compreendida como um recurso para contribuir com o crescimento da sala em relação à leitura, o texto foi chamado de “História da Maria” foi impresso em forma de livro, com figuras ilustrativas colocadas para que os alunos pudessem interagir com a atividade, as palavras sorteadas foram escritas na cor vermelha para relacionar o conteúdo introduzido por eles podendo enxergar a sua contribuição para a realização da aula, os colocando como ativos no processo de aprendizagem. Em que estou assistindo/lendo as videoaulas e nos materiais disponíveis nas disciplinas cursadas de Alfabetização e letramento I e II no curso de Licenciatura em Pedagogia da UNIVESP que favorece a evolução da aprendizagem, nesse sentido sua importância é imprescindível para uma alfabetização satisfatória e a produção de indivíduos críticos. Segundo Vargas (1993), “ler é colherconhecimento, é um ato criador, pois obriga a redimensionar o que está estabelecido, introduzindo um mundo em novas séries de relações e em um novo modo de perceber o que nos cerca.” Dessa forma, a leitura dá a possibilidade de renovar as maneiras de ser, agir e viver. 4. Recursos utilizados Uma caixa média, serragem, papéis dobrados, canetas, papel cartão 5. Avaliação 10 A atividade foi constituída por quatro momentos específicos: levantamento de conhecimentos prévios, explicações orais e demonstração, reconhecimento dos materiais utilizados, participação dos alunos relatando o que aprendeu com a história. Após a aula ser aplicada pude observar um resultado satisfatório por parte da interação dos alunos, eles se interessavam em criar novas histórias, imaginar novas aventuras com novos personagens em vários tipos de ambientes. Conversei com a docente da turma onde me relatou uma repercussão positiva após o jogo, como a iniciativa dos alunos na leitura oral da semana. Além de todos os seus benefícios os alunos ficaram empolgados com a atividade diferente do que a sala de aula tradicional, o jogo visou contribuir para um melhor planejamento do tempo, uso do espaço físico (dentro ou fora da sala de aula),assim tornando o ambiente mais leve e divertido, facilitando a interação, o relacionamento e a troca de experiências para uma melhor aprendizagem. 6. Observações gerais da regência A aula foi bem aceita e compreendida por todos, o tema da história criada foi proposital, pois a sala vem enfrentando problemas com bullying e a professora usa de todas as estratégias para discutir o assunto. Levando a atividade como uma “brincadeira”, um “joguinho”, as crianças foram espontâneas e muito criativas. O fato de a história ter “virado” um livrinho foi muito estimulante e até o aluno mais introvertido da sala decidiu fazer a leitura. Com o uso de jogos e brincadeiras direcionadas de acordo com a idade escolar as crianças têm suas habilidades realçadas, ajudando na assimilação de conceitos e linguagens e auxilia no ensino-aprendizagem dentro da sala de aula. Em cada jogo pedagógico mediado pela orientação do professor a criança cria uma realidade própria dentro do contexto de jogar, auxiliando terem um contato com os símbolos, escritas, regras sua criatividade. Como refere Kishimoto (1994): (…) se a escola tem objectivos a atingir e o aluno a tarefa de adquirir conhecimentos e habilidades, qualquer atividade por ele realizada na escola visa sempre um resultado, é uma ação dirigida e orientada para a busca de finalidades pedagógicas. O emprego de 11 um jogo em sala de aula necessariamente se transforma em um meio para a realização daqueles objetivos. (KISHIMOTO, 1994, p.14) A conclusão que cheguei é que os jogos são aliados eficazes no processo de alfabetização, pois envolvem o imaginário, a espontaneidade, a concentração e a construção de saberes. Eles são altamente convenientes em todas as etapas do processo. 3.2 Observação do trabalho da professora A professora tem o Magistério, é Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia, e Pós-Graduação em Educação Infantil, Deficiência Auditiva e Formação continuada para docentes, atualmente leciona no 2° ano sala observada, na escola municipal E.M.E.B. “Dr. Estevam Schlobach Salvagni”, a relação entre professor-aluno e vice-versa é muito proveitosa, mediadora, amigável, dinâmica, existe uma troca, devido a professora já ter dado aulas na Educação Infantil no Jardim II para essa turma. Visualizei quais os processos do dia-a-dia da docência, do lecionar, seus instrumentos, obrigações/deveres e dilemas, o trabalho do professor é muito árduo, embora existe uma onda crescente e desmotivação/desmoralização e perseguição a classe no meu entendimento do que está acontecendo no Brasil referente a educação. A professora é muito organizada, com seus materiais, o seu diário de classe, com os conteúdos, traz tudo pronto, o que me chamou atenção é as caras e bocas e a entonação da voz que a professora faz quando está explicando alguma coisa, considerei positivo, a confiança e experiência em mais de 15 anos de profissão, é uma profissional excelente que é ativa no ambiente escolar e puxa as outras professoras as realizações e atividades da escola, esse sentimento me motivou e contagiou para querer ser um profissional como ela. Irei descrever uma breve aula da professora, no dia 22/11/2019, uma revisão para a prova de língua portuguesa. A professora explicou os sons da letra X com exemplos para cada som, os alunos mostraram-se participativos, interagiram com a professora. Na sequência a professora passou atividades de fixação dos sons da 12 letra X na lousa, e os alunos vieram na lousa corrigir os exercícios com o auxílio de outros colegas e da professora, a mesma trabalha muito o conceito de auditório em que os próprios alunos vão melhorando a escrita de outros colegas na lousa, se uma palavra estiver escrita errado, ela pergunta se dá pra melhorar, os alunos que sabem vão para a lousa até a palavra estar certa (a Secretaria Municipal de Educação de Taquaritinga, auxiliaram os professores a trabalharem com esse conceito), considerei bem positivo, porque as crianças vão criando hipóteses de escritas, gera um ambiente de sociabilidade e motivação, a maioria dos alunos compreenderam as regras da letra X. Segundo Soares (2013), a alfabetização, além de representar fonemas (sons) e grafemas (letras), no caso da escrita e representar os grafemas em fonemas, no caso da leitura, os educandos, sejam eles crianças ou adultos, precisam, para além da simples codificação/decodificação de símbolos e caracteres, passar por um processo de compreensão/expressão de significados do código escrito. O domínio da escrita alfabética, portanto, implica não só o conhecimento e o uso cuidadoso dos valores sonoros que cada letra pode assumir, no processo de notação, mas o desenvolvimento de automatismos e agilidades nos processos de „tradução do oral em escrito (no ato de escrever) e de tradução do escrito em oral (no ato de ler). (MORAIS, 2012, p. 66). A docente cumpre os horários de chegada, e volta do recreio, os objetivos da aula dentro da sala cumpre com a rotina estabelecida por ela no começo das aulas em um canto da lousa, faz chamadas regularmente. As interrupções que houveram foram pela secretaria da escola para a professora assinar alguns documentos e da coordenadora pedagógica sempre presente para ver o andamento das aulas e como estão os alunos. Os conteúdos são explicitados de forma clara, e com a rotina visível os objetivos ficam evidente, coexiste relação com outras disciplinas, em um trabalho de projeto de ciências, sobre alimentação saudável, trabalharam com uma folhinha uma cruzadinha para preencher a escrita das frutas, relacionando com língua portuguesa. 13 O trabalho com a classe foi direcionado aos objetivos, proativa, eficiente, utilizou estratégias como: aula expositiva,atividades em grupo, livro didático, debates, jogos, aulas planejadas pela docente, buscando sempre variar as estratégias. Os recursos didáticos foram: lousa, giz, aparelho de som, computador com projetor, filmes, cartazes, televisão, livros, pretendendo a evolução cognitiva dos alunos, a aprendizagem mais prazerosa. Os conteúdos são trabalhados mesclando com aulas da professora e livros didáticos com uma sequência correspondente dos seus conteúdos com as atividades dos livros, EMAI (Ensino de Matemática nos Anos Iniciais) e Ler e Escrever, valorizando sempre os saberes, com uma linguagem clara e de fácil entendimento, e explicando de várias formas e contextos se os alunos apresentam certas dificuldades de compreensão. A professora deixa os alunos participarem assiduamente, havendo perguntas e formulações ambas as partes, para o entendimento da aula, quanto necessário chamando a atenção dos alunos ficando brava, mas não punitivamente e não há existência de cantinhos, elogiando, falando que ama com a assimilação dos conteúdos, tratando todos iguais, buscando auxiliar sempre os alunos com dificuldades. Oferecendo oportunidades de todos falarem e irem para a lousa fazer correções, às vezes de disputa de meninas e meninos, os alunos normalmente organizados em seus lugares. Há preocupação com andamento das aulas tendo começo, meio e fim, com o fechamento das matérias, utilizando de várias estratégias, havendo coerência com os objetivos, procedimentos e recursos didáticos. 3.3 Observações gerais das aulas Basicamente o que relatei no item 3.2, são algumas das observações gerais referente a didática da professora e suas aulas expositivas com participação dos alunos, as relações professor-aluno e vice-versa, sua linguagem específica e coesa com a idade das crianças, os recursos e estratégias didáticas, sua organização com os conteúdos relevantes ao desenvolvimento cognitivo e alfabetização e letramento, 14 buscando cumprir com seu papel de ensinar. Nota-se que a docente tem domínio e os conhecimentos necessários para com os educandos, realizar essas tarefas não é fácil, tem que gostar do faz. E uma reflexão que faço é não julgar os alunos como tábua rasa, porque estava presente em situações em que o professor aprende com o aluno, o professor não é mais o detentor do conhecimento exclusivamente, ainda mais nos dias de hoje onde as informações e dados estão na palma das mãos com segundos de resposta, cada vezes mais tecnológico. Temos que pensar que tipo de educação queremos no futuro?!. Qualitativo, igualitário, humanitário, multicultural, multidisciplinar, tecnológico, capacitação de professores e melhores condições de trabalho, financiamento e estruturas aprimorados ao alcance de todos, todos têm direito a educação no Brasil, serão essas as respostas que estamos ávidos por um acontecimento de verdade com responsabilidade na Educação Brasileira. O papel do professor é fundamental para mediar/facilitar materiais, ideias para a construção de saberes, estimular as crianças para que elas sejam ativas no processo de atividades, conhecimentos e habilidades pedagógicas. Estou de acordo com as palavras de Freire (2000) na citação: Mudar o mundo é tão difícil quanto possível. O educador não deve só ensinar bem sua disciplina, mas desafiar o educando a pensar criticamente a realidade social e política do meio em que vive, mostrar que o homem é um ser social capaz de intervir no mundo e não de se adaptar a ele. Ele pode transformar o mundo através de projetos, sonhos e utopias. (FREIRE, 2000). Estamos criando de fato essas possibilidades de um futuro em que há esperança, já citei nesse relatório, a impressão que tenho que as crianças estão perdendo a capacidade de sonhar, almejar um mundo de conquistas e realizações. 3.4 Descrição da sala de aula e da turma 15 A da sala de aula é ampla para acomodar o número de alunos e a professora, conta com iluminação e ventiladores, a organização é constituída de carteiras e cadeiras, e a mesa da professora, lousa, armários e estantes, para guardar objetos da professora e livros dos alunos, a sala é decorada por quadros de E.V.A da docente de aniversário, chamada, números, clima, calendários, e banners de sílabas complexas e o alfabeto em cima da lousa, a professora gosta de manter uma estética na sala. Na turma do 2° ano haviam 24 alunos entre o gênero feminino e masculino, é uma turma de boa aprendizagem, percebi que eles têm certa dificuldade em trabalhar com comandos e regras por serem bem ativos, se não estiver controle ficavam muitos eufóricos e agitados, a professora até comentou comigo que é uma sala que não pode ficar parada, sempre tem que ter conteúdo ou atividades para deixarem eles ocupados, para ela corrigir tarefas, escrever em agendas, e outras coisas do tipo. Os alunos foram bem receptivos a minha presença, gostavam da minha presença, alguns me chamavam de “estagiário” ou “professor”, queriam me dar seus lanches e doces. Entre eles se comunicavam muito bem, são companheiros e amigáveis, sociáveis, sempre participativos com a professora e foram comigo na regência, o que ajuda o desenvolvimento deles na alfabetização e letramento também, por conversar com a professora que os pais são ativos na vida escolar de seus filhos, contribuem quando têm festas ou algum evento na escola, se uma criança não tem estrutura familiar é refletido na escola, como também há casos na turma, com alunos com dificuldades que a família não vão em reunião, não auxiliam nas tarefas, quando se tem estrutura e participação escolar dos pais é notada a diferença, o que acontece no âmbito domiciliar reflete-se na escola positivamente ou negativamente. 16 4 COMENTÁRIOS E CONCLUSÃO Na observação das aulas durante o meu estágio, percebi que nas atividades propostas buscou-se sempre desenvolver e alcançar os objetivos, as aulas foram interativas, na qual os conteúdos permitiram que as crianças tivessem liberdade para criar, inventar, errar e responder. Notei que a professora trabalha muito, atividades de alfabetização e letramento com as crianças, onde facilita a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal. Nas minhas memórias há semelhanças com a escola, na minha época o ensino era no decoreba e repetição, e o ensino de hoje com uma metodologia e recursos aprimorados mais pensados e abrangentes, mais igualitários e inclusivos. Um dos pontos negativos em relação ao ambiente escolar é que a escola está perdendo o espaço de multicultura, embora assisti apresentações, falta essa essência ser mais trabalhada e a falta de ludicidade, porque todos estão preocupados com os conteúdos ministrados, normas vigentes e parâmetros curriculares, pressão dos gestores pedagógicos. Os alunos estão perdendo o sentimento de ter sonhos, a motivação por novos horizontes, minha crítica aqui é a escola ser mais acolhedora não no sentido assistencialista, mas encaminhar para um mundo de valores, costumes, tradições,cultura e experiências, aulas práticas, interdisciplinar e multidisciplinares, com isso vão ser repletas de saberes e conhecimentos que irá ajudá-los futuramente. Sei também que se faz necessário ter mais políticas públicas na educação e investimentos para todas as esferas públicas, porque a escola por si só não ter muitos recursos e estruturas financeiras e/ou pedagógicas em um sentido maior. Os pontos positivos do estágio foram a equipe gestora ter permitido a minha presença, a professora da sala pelos conselhos e ajuda, sem ela não conseguiria realizar esta regência com sucesso, ao seu conhecimento e sabedoria em me aconselhar e informar, porque não encontrei nenhuma dificuldade. Fico feliz pelas crianças terem gostado da minha aula e terem sidos motivados a ler e escrever, agradecer aos professores da UNIVESP e aos materiais disponibilizados, por 17 tornarem possível o meu sonho de ser professor e uma experiência de lecionar que certamente me realizei e confirma essa profissão nobre e bonita para a minha vida. O estágio para mim foi gratificante e de muita importância e que nós futuros professores devemos pensar que uma criança pode estar dependendo de um olhar especial para o seu desenvolvimento. 18 5 ANEXOS Anexo A – Folha de Assinaturas 19 Anexo B – Ficha de Identificação 20 Anexo C – Ficha de Presença 21 22 23 Anexo D – Instrumento Professor Mentor 24 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_s ite.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2019. FREIRE, P. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. 6ª ed. São Paulo. Editora Unesp, 2000. ________. A Importância do ato de ler. 4ª ed. São Paulo: Cortez. 2005. ________. A Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2006. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/395-4.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2019. GRASSI, T. M. Oficinas psicopedagógicas. 2ª ed. rev. e atual. Curitiba: IBPEX, 2008. KISHIMOTO, T. O Jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Thomson Pioneira. 1994. Disponivel em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/viewFile/10745/10260> Acesso em: 10 dez. 2019. MORAIS, A. G. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012. SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. ______. Alfabetização e letramento / 6 de. 5ª reimpressão - São Paulo: contexto, 2013. VARGAS. S. Leitura: uma aprendizagem de prazer. Rio de Janeiro: José Olympio, 1993. VYGOTSKY, L. S. A formação da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. Disponivel em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/51792/mod_resource/content/1/A%20forma %C3%A7%C3%A3o%20Social%20da%20Mente.doc> Acesso em: 10 dez. 2019.
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