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95 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Unidade IV 7 ROTEIROS EXPERIMENTAIS I Introdução Nesta unidade serão apresentados todos os conceitos para as aulas práticas e os roteiros experimentais. Realizaremos os experimentos de tubo de pitot, perda de carga distribuída, perda de carga singular, associação de bombas, placa de orifício e tubo de venturi. 7.1 Tubo de Pitot – Objetivo O experimento de tubo de Pitot tem como finalidade obter o diagrama de velocidades em uma seção transversal do tubo de escoamento. 7.1.1 Introdução teórica O tubo de Pitot é um dispositivo empregado para medir a velocidade de fluidos em escoamento permanente. Ele recebe esse nome em homenagem ao engenheiro francês Henri Pitot, que projetou esse instrumento em 1732. Na figura a seguir é mostrado um tipo empregado para medição de velocidade de água em uma tubulação. Tubo de Pitot Figura 62 – Tubo de Pitot empregado em medidas de velocidade de água em tubulação fechada Para compreender o princípio de funcionamento do tubo de Pitot, é necessário relembrar os conceitos das pressões estática, de estagnação e dinâmica. 96 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV • Pressão estática: é a pressão sob a qual a partícula do fluido está submetida. Como não há variação de pressão em uma direção perpendicular às linhas de correntes, é possível medir a pressão estática utilizando uma tomada de pressão instalada na parede de um conduto em uma região em que as linhas de corrente são retilíneas. estáticap p= • Pressão dinâmica: representa o aumento de pressão quando o fluido em movimento é parado (sendo ρ a massa específica do fluido e v a velocidade). dinâmica v² p 2 ρ ×= • Pressão de estagnação: é obtida quando um fluido em escoamento é desacelerado até a velocidade zero por meio de um processo sem atrito. A pressão de estagnação (Pestagnação) é definida como sendo a soma da pressão estática com a pressão dinâmica, ou seja: estagnação estática dinâmica 2 estagnação p p p v p p 2 = + = + ρ Com base na forma de tomada de pressão, existem dois principais tipos de tubo de Pitot: • com as tomadas de pressão estática e pressão de estagnação separadas; • com as tomadas de pressão estática e de estagnação no próprio tubo. Esse tipo de tubo é mais empregado em medições de velocidade de gases. Nas figuras subsequentes, são mostrados desenhos esquemáticos dos dois tipos de tubo de Pitot, com detalhes sobre os pontos de tomada de pressão. Vale destacar que nessas configurações, ele é posicionado no sentido do escoamento, a fim de perturbar o mínimo possível o escoamento local. Escoamento p2 (pressão de estagnação) p1 (pressão estática) A Figura 63 – Tubo de Pitot com as tomadas de pressão estática e pressão de estagnação separadas. O ponto A corresponde ao ponto de estagnação para o qual a velocidade do fluido é nula 97 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Escoamento p2 (pressão de estagnação) Orifícios de tomada de pressão estática A (pressão estática) p1 Figura 64 – Tubo de Pitot com as tomadas de pressão estática e de estagnação no próprio tubo. O ponto A corresponde ao ponto de estagnação para o qual a velocidade do fluido é nula Considerando o tubo de Pitot com tomada de pressão na parede da tubulação e conectado a um manômetro de tubo em U, ao aplicar a equação de Bernoulli aos pontos 1 e 2 (ao longo de uma linha de corrente), é possível relacionar a variação de velocidade com a variação de pressão. Dessa forma, tem-se: 2 2 1 1 2 2 1 2 v p v p z z 2g 2g + + = + + γ γ em que: • z1 e z2 são as posições em relação ao plano horizontal de referência; • p1 e p2 correspondem, respectivamente, à pressão estática e à pressão de estagnação; • v1 e v2 são, respectivamente, as velocidades no ponto 1 e no ponto de estagnação; • g é a aceleração da gravidade; e • γ é o peso específico do fluido. Escoamento 1 2 Figura 65 – Tubo de Pitot com a tomada de pressão estática na parede da tubulação e conectado a um manômetro de tubo em U 98 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV Como z1 = z2 e v2 = 0 (ponto de estagnação), isolando a velocidade v1 na equação anterior, tem-se: v p p p p 1 2 1 2 12 2= × − = × −( ) ( ) γ ρ Ou seja: estagnação estática 1 (p p ) v 2 − = × ρ Portanto, medindo-se a pressão de estagnação e a pressão estática, é possível determinar a velocidade local do escoamento com um tubo de Pitot. A determinação precisa da velocidade requer que o tubo de Pitot esteja alinhado com a direção do escoamento. Além disso, para a medição da pressão estática, nenhuma energia cinética do fluido deve ser convertida em um aumento de pressão no ponto de medida. Por exemplo, imperfeições nas perfurações dos pontos de tomada de pressão podem ocasionar leituras maiores ou menores do que o valor real da pressão estática. Para que isso não ocorra, os furos de tomada de pressão estática devem ser bem usinados para não apresentarem imperfeições. (1) (1) (1) p1 > p p1 = p p1 < p p v Figura 66 – Perfurações de tomada de pressão estática inadequadas, que podem provocar leituras incorretas É importante destacar que a análise apresentada nesta seção aplica-se somente a escoamentos incompressíveis (número de Mach Ma ≤ 0,3). Para elevados valores de velocidade, os efeitos de compressibilidade se tornam relevantes e outros fenômenos devem ser considerados. 99 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Observação Atenção nas unidades das grandezas físicas envolvidas para o cálculo da velocidade do fluido. Como dica, utilize todas as grandezas no Sistema Internacional de Unidades a fim de evitar erros. Considere tal fato para todos os experimentos subsequentes. 7.1.2 Aplicações do tubo de Pitot Utilizados tanto em laboratórios quanto pela indústria, suas principais vantagens são: • medições com boa precisão; • não possuem partes móveis; • simples de usar e instalar; e • não apresentam perdas de carga considerável. Os tubos de Pitot são empregados em carros de corrida e no exterior de aviões para determinar a velocidade do avião em relação ao ar. Além disso, para evitar imprecisões nas medições, os tubos de Pitot de aviões possuem elementos de aquecimento, a fim de impedir que o gelo obstrua os pontos de tomada de pressão. Saiba mais Para entender melhor sobre o princípio de funcionamento de um Tubo de Pitot acoplado em uma aeronave, consulte: FERREIRA, E. C. Aero T D – Escola de Aviação Civil. Instrumentos. Disponível em: <http://www.aerotd.com.br/decoleseufuturo/wp-content/ uploads/2015/05/INSTRUMENTOS-.pdf>. Acesso em: 21 dez. 2017. Eles também são empregados para medição de fluxo de ar em tubulações e em dutos. Para líquidos, são utilizados em medições de perfil de velocidade em tubulações e em canais abertos. Na figura adiante é mostrado o perfil da velocidade da água em uma tubulação de 40 mm de diâmetro determinado com um tubo de Pitot. Note, na figura a seguir, o padrão simétrico da velocidade do fluido, nos pontos acima e abaixo em relação ao ponto médio do diâmetro do tubo. 100 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV Velocidade (m/s) Po siç ão (m /m ) 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 20 15 10 5 0 -5 -10 -15 -20 Figura 67 – Perfil da velocidade da água em uma tubulação de 40 mm de diâmetro determinado com um tubo de Pitot 7.1.3 Material utilizado O equipamento a ser utilizado para o desenvolvimento experimental é constituído por: • bomba hidráulica conectada ao conjunto de linhas de tubulação, a fim de preenchê-las com água (bancada de fluidos); • registro regulador de vazão;• recipiente graduado para a medição do volume utilizado para a determinação da vazão; • cronômetro; • rotâmetro empregado também para as medições de vazão da água; • manômetro digital ou manômetro de tubo em U; • um tubo de Pitot posicionado radialmente na seção transversal da tubulação da bancada; • dois pontos de tomada de pressão, com a tomada de pressão estática na parede da tubulação e a outra correspondendo à pressão de estagnação. 101 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Figura 68 – Bancada de fluidos multipropósito Figura 69 – Recipiente graduado para medição do volume utilizado para determinação da vazão Figura 70 – Rotâmetro empregado para medições de vazão de fluidos 102 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 7.1.4 Procedimento experimental A seguir, estão descritas as etapas para o estudo do levantamento do perfil de velocidade da água (posição x velocidade) em uma tubulação, determinado com um tubo de Pitot: 1 – Certificar-se de que somente a linha da tubulação que encontra o tubo de Pitot está aberta; consequentemente, todas as outras deverão estar fechadas. 2 – Ligar a bomba e esperar para que o fluxo de água preencha toda a tubulação e estabilize, até observar a inexistência de bolhas ou turbulências. 3 – Verificar no controlador de posição o diâmetro da tubulação em que o tubo de Pitot encontra- se inserido e estipular as posições em que serão tomadas as medições de diferença de pressão. Por exemplo, em uma tubulação de 40 mm de diâmetro, foram tomadas as pressões em 16 diferentes posições: oito abaixo da posição central, uma no centro da tubulação e mais sete acima da posição central. 4 – Anotar na tabela 1, presente no Relatório experimental (seção 7.1.5), todas as posições em que serão tomadas as diferenças de pressão, conforme o diâmetro da sua tubulação. 5 – Por meio do controlador de posição do tubo de Pitot, posicioná-lo no ponto mais baixo da tubulação. 6 – Caso a bancada de fluidos utilize um manômetro digital para a medida da diferença de pressão, retirar o ar das mangueiras que o conectam à tubulação. 7 – Calcular a vazão por meio do método volumétrico, ou seja, medir um determinado volume que se acumula no recipiente graduado e cronometrar o tempo depreendido para esse acúmulo. Anotar na tabela 2 desse roteiro experimental o valor referente ao volume de água acumulado no tanque e o tempo decorrido para o acúmulo. 8 – Caso não seja viável a determinação da vazão pelo método volumétrico, ela também pode ser definida por meio leitura do rotâmetro. Observação É importante destacar que a leitura da vazão por meio do rotâmetro seja feita pela posição do chanfro presente na peça metálica dentro do medidor. • 9 – Iniciar as medições com o tubo de Pitot posicionado no ponto mais baixo da tubulação e, para cada posição, anotar a diferença de pressão apresentada pelo manômetro digital. Preencher a tabela 1 do relatório experimental. • 10 – Se o medidor de pressão for um manômetro de tubo em U, para cada posição adotada pelo tubo de Pitot, preencher a tabela 1 com os valores de altura h. 103 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA 11 – Terminada a tomada de todos os dados experimentais, desligar os equipamentos: bomba hidráulica e manômetro digital. 12 – Indicar as respostas com os algarismos significativos pertinentes. 13 – Desenvolver o relatório experimental referente ao experimento: tubo de Pitot. 7.1.5 Relatório experimental – tubo de Pitot 1 – Objetivos: faça uma descrição sucinta do que se pretendia determinar ou analisar no experimento. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 2 – Introdução teórica: desenvolva uma breve pesquisa bibliográfica sobre o assunto discutido no experimento de tubo de Pitot. É fortemente recomendável estruturar o item com equações, figuras e desenhos esquemáticos. Caso seja necessário, complemente o seu relatório experimental com páginas adicionais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3 – Materiais e métodos: descreva os materiais e equipamentos utilizados no laboratório e também os métodos de medição. É fortemente recomendável estruturar o item com fotos dos materiais, equipamentos e, como um todo, do aparato experimental utilizado. Caso seja necessário, complemente o seu relatório experimental com páginas adicionais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 104 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 4 – Resultados e análises: apresente as tabelas devidamente preenchidas com os dados experimentais e os cálculos solicitados. Construa os gráficos e realize as análises dos resultados a partir da teoria. Nesse item: Tabela 1 Posição (mm) h (mm) (P2 – P1) (Pa) v1 (m/s) *Peso específico da água = 10.000 N/m³ Tabela 2 Volume do tanque (m³) Tempo (s) Vazão (m³/s) 105 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Colar o gráfico (posição x velocidade), construído com algum software de análise de dados. Determine a vazão média a partir do valor de velocidade média e comparar com o valor obtido experimentalmente. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 5 – Conclusões: elabore as conclusões finais sobre os resultados obtidos e analise as incertezas que influenciaram nos resultados finais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 106 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 6 – Referências bibliográficas: elenque os livros, artigos e sites consultados para a elaboração dorelatório experimental. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 7.2 Perda de carga distribuída – objetivos O experimento de perda de carga distribuída tem dois principais objetivos: verificar a dependência da perda de carga distribuída (hf) com a vazão (Q); e estudar o comportamento do fator de atrito (f) em função do Número de Reynolds (Re). 7.2.1 Introdução teórica Durante o escoamento de um fluido ao longo de condutos, o atrito causado por esse movimento provoca uma perda de energia do fluido, podendo ser quantificada por meio da queda de pressão ao longo do conduto. Dessa forma, ao calcular a carga em duas seções de um conduto de seção constante, horizontal, será observada uma diminuição de carga ao longo do escoamento. Tal diminuição de carga devida ao atrito, ao longo de condutos retos de seção constante, é denominada perda de carga distribuída. L1,2 γágua 1 2 Q Dtubo = DH Figura 71 – Conduto de seção constante 107 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA (A) (B) hf L α p1 γ p2 γ Figura 72 – Representação esquemática da queda de pressão diretamente relacionada à perda de carga distribuída (hf) Aplicando a equação da energia entre os pontos (1) e (2) tem-se: 1 2 P1,2 2 2 1 1 2 2 1 2 P1,2 H H H v p v p z z H 2g 2g = + α × + + = α × + + + γ γ sendo α o coeficiente cinético. Para os fluidos em regime turbulento, considera-se o coeficiente cinético (α) igual a um, por isso esse coeficiente é suprimido. Como o diâmetro da tubulação é constante, então v1 é igual a v2. Em adição, sendo o conduto horizontal, z1 = z2. Dessa forma, em um trecho de conduto reto de seção constante a perda de carga é denominada distribuída (hf), logo: f P 1,2h H= 1 2f (p p ) h −= γ Por meio da válvula da instalação, varia-se a vazão, observando a alteração da pressão e consequentemente de hf. O fator de atrito (f) pode ser calculado por: H f 2 1,2 2g D h f L v × ×= × Esse coeficiente é função do regime de escoamento e do número de Reynolds (Re), o qual pode ser calculado por: H e v D R ×= ν 108 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV São informações importantes: • Dtubo (Diâmetro do tubo) = DH (Diâmetro hidráulico); • L1,2 = comprimento da tubulação entre os pontos de tomada de pressão; • γágua (peso específico da água) = 10000 N/m³; • νágua (viscosidade cinemática da água) = 10 -6 m²/s; • g = 10 m/s²; Lembrando que: Q 4Q v A D² = = π × 7.2.2 Material utilizado O equipamento a ser utilizado para o desenvolvimento experimental é constituído de: • bomba hidráulica conectada ao conjunto de linhas de tubulação, a fim de preenchê-las com água; • registro regulador de vazão ou válvula da instalação; • recipiente graduado com a finalidade de medir o volume utilizado para a determinação da vazão; • cronômetro; • trena para a medição do comprimento das tubulações entre os pontos de tomada de pressão; • rotâmetro empregado também para as medições de vazão da água; • manômetro digital ou manômetro de tubo em U; • bancada de fluidos contendo três tipos de tubulação: tubo com mola, tubo liso e tubo com menor diâmetro; • dois pontos de tomada de pressão para cada um dos tubos. 7.2.3 Procedimento experimental A seguir estão descritas as etapas para a verificação da dependência da perda de carga distribuída com a vazão e para o estudo do comportamento do fator de atrito em função do número de Reynolds: 109 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA 1 – Certificar-se de que as linhas em que encontram-se os tubos com mola, liso e de menor diâmetro estejam abertas. 2 – Ligar a bomba e esperar para que o fluxo de água preencha toda a tubulação e estabilize, até observar a inexistência de bolhas ou turbulências, visualizadas na tubulação incolor. 3 – Caso a bancada de fluidos utilize um manômetro digital para a medida da diferença de pressão, retirar o ar das mangueiras que o conectam à tubulação. 4 – Com o registro regulador de vazão totalmente aberto, calcular a vazão por meio do método volumétrico, ou seja, medir um determinado volume que se acumula no recipiente graduado e cronometrar o tempo desprendido para o acúmulo. Anotar nas tabelas 1, 2, 3 e 4 desse roteiro experimental o valor referente ao volume de água acumulado no tanque e o tempo decorrido para o acúmulo. 5 – Caso não seja viável a determinação da vazão pelo método volumétrico, ela também pode ser calculada por meio da leitura do rotâmetro. 6 – Para essa vazão, tomar a diferença de pressão apresentada pelo manômetro digital no tubo com mola. Anotar na tabela 1 do roteiro. Ainda para a mesma vazão, mudar os conectores para o tubo liso e anotar o valor mostrado no manômetro na tabela 2. Da mesma forma e para a mesma vazão, posicionar os conectores de tomada de pressão no tubo com menor diâmetro e anotar o valor de ∆P na tabela 3. Por fim, na mesma tubulação com menor diâmetro, alterar somente o ponto de tomada de pressão do conector que mede a menor pressão para o ponto que corresponde à metade do comprimento do tubo e anotar o valor de ∆P na tabela 4. 7 – Repetir o procedimento descrito para as outras sete diferentes vazões, alteradas por meio do registro regulador de vazão. Preencher as tabelas 1, 2, 3 e 4 com os valores de volume, tempo e diferença de pressão (∆P). É importante certificar-se que o registro (ou válvula) não se encontra totalmente ou muito fechado com a bomba ligada, pois tal fato pode ocasionar um aumento de pressão nas conexões de toda a bancada. 8 – Se o medidor de pressão for um manômetro de tubo em U, para cada diferente vazão adotada, preencher as tabelas com os valores de altura h, os quais correspondem às diferenças de pressão. 9 – Terminada a parte experimental, desligar todos os equipamentos: bomba e manômetro digital. 10 – Realizar todos os cálculos de vazão (Q), velocidade (v), perda de carga distribuída (h f), fator de atrito (f) e número de Reynolds (Re) e completar as tabelas 1, 2, 3, 4 e 5. 11 – Consultar o técnico de laboratório a fim de obter os diâmetros hidráulicos (DH) das três tubulações utilizadas e preencher os valores nas tabelas. 12 – Medir com a trena o comprimento de cada tubo (L1,2), sabendo que essa distância está compreendida entre os pontos de tomada de pressão. Preencher os valores nas tabelas. 110 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 13 – Indicar as respostas com os algarismos significativos pertinentes. 14 – Desenvolver o relatório experimental referente ao experimento: perda de carga distribuída. 7.2.4 Roteiro experimental – Perda de carga distribuída 1 – Objetivos: faça uma descrição sucinta do que se pretendia determinar ou analisar no experimento. ______________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 2 – Introdução teórica: desenvolva uma breve pesquisa bibliográfica sobre o assunto discutido no experimento de perda de carga distribuída. É fortemente recomendável estruturar o item com equações, figuras e desenhos esquemáticos. Caso seja necessário, complemente o seu relatório experimental com páginas adicionais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3 – Materiais e métodos: descreva os materiais e equipamentos utilizados no laboratório e também os métodos de medição. É fortemente recomendável estruturar esse item com fotos dos materiais, equipamentos e, como um todo, do aparato experimental utilizado. Caso seja necessário, complemente o seu relatório experimental com páginas adicionais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 4 – Resultados e análises: apresente as tabelas 1, 2, 3, 4 e 5 devidamente preenchidas com os 111 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA dados experimentais e os cálculos solicitados. Construa os gráficos e realize as análises dos resultados a partir da teoria. Nesse item: Tabela 1 Tubo 1 – Tubo com mola Dtubo (m) L1,2 (m) Volume (m³) Tempo (s) Q (m³/s) v (m/s) h (mm) Δ∆P (Pa) hf (m) f Re Tabela 2 Tubo 2 – Tubo liso Dtubo (m) L1,2 (m) Volume (m³) Tempo (s) Q (m³/s) v (m/s) h (mm) Δ∆P (Pa) hf (m) f Re 112 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV Tabela 3 Tubo 3 – Tubo com menor diâmetro Dtubo (m) L1,2 (m) Volume (m³) Tempo (s) Q (m³/s) v (m/s) h (mm) Δ∆P (Pa) hf (m) f Re Tabela 4 Tubo 4 – Tubo com menor diâmetro (½ L) Dtubo (m) L1,2 (m) Volume (m³) Tempo (s) Q (m³/s) v (m/s) h (mm) Δ∆P (Pa) hf (m) f Re 113 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Tabela 5 Tubo Rugosidade relativa(diagrama) Dtubo (m) Rugosidade (mm) 1 2 3 4 Colar a curva de perda de carga distribuída (hf) em função da vazão (Q) – construída com algum software de análise de dados. Colar a curva do coeficiente de perda de carga distribuída (f) em função do número de Reynolds (Re) – construída com algum software de análise de dados. 114 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV Analisar qual configuração apresenta maior perda de carga distribuída e discutir se o resultado é coerente com o esperado teoricamente. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ Utilizando o diagrama de Moody (figura 73), determinar a rugosidade de cada tubo analisado (completar a tabela 5) e comparar com valores de rugosidade para tubos comerciais novos (consultar esses valores na literatura). Figura 73 – Diagrama de Moody ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 115 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 5 – Conclusões: elabore as conclusões finais sobre os resultados obtidos e analise as incertezas que influenciaram nos resultados finais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 6 – Referências bibliográficas: elenque os livros, artigos e sites consultados para a elaboração do relatório experimental. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 116 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 7.3 Perda de carga singular – objetivos O experimento de perda de carga singular apresenta como objetivos: determinar o coeficiente de perda de carga singular para vários tipos de singularidades, e compará-los com valores tabelados; estudar o comportamento da perda de carga singular em função da vazão e do coeficiente de perda de carga singular em função do número de Reynolds; e, por fim, determinar o comprimento equivalente das singularidades e analisar o seu comportamento em função do número de Reynolds. 7.3.1 Introdução teórica Seja qual for o elemento de uma tubulação que perturba o escoamento do fluido, estabelecido em condutores retos de secção constante, denomina-se singularidade. Dessa forma, são singularidades: mudanças de direção, válvulas, registros,filtros, estreitamentos, alargamentos, joelhos (90º, 45º), curvas longas, reduções, entre outras, que pela sua forma geométrica e disposição elevam a turbulência, resultando em perdas de carga. Portanto, ao calcular a carga entre a entrada e a saída de uma singularidade, observa-se uma queda no seu valor. Essa queda é a perda singular indicada por hs. Dependendo da singularidade, elas podem ser calculadas de duas maneiras. Por meio da equação: h K v gs s = 2 2 sendo v a velocidade do fluido, g a aceleração da gravidade e Ks o coeficiente da perda de carga singular. Esse coeficiente é um adimensional determinado de modo experimental para cada situação, e diretamente proporcional à dificuldade da passagem do fluido pela singularidade. Além do mais, elas podem ser calculadas por: 2 eq s L v h f D 2g = sendo f o fator de atrito, Leq o comprimento equivalente de tubo reto e D ao diâmetro da tubulação. 7.3.2 Válvulas, cotovelo de 90º e curva As válvulas são comumente usadas nos sistemas de tubulação para controlar as vazões, apenas alterando a perda de carga até que a vazão desejada seja atingida. Nas válvulas, espera-se um coeficiente de perda muito baixo quando estão totalmente abertas. É importante salientar que o coeficiente de perda aumenta rapidamente à medida que a válvula é fechada. Admitindo o escoamento de água por uma tubulação com uma válvula, na passagem pela singularidade há uma queda na pressão que pode ser medida utilizando um manômetro. 117 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Empregando a equação da Energia entre a entrada (e) e a saída (s) da válvula: 2 2 e e s s e s p e,s v p v p z z H 2g 2g + + = + + + γ γ Como De = Ds, ve = vs, ze = zs e Hp(e,s) = hs, então e s s p p P h − ∆= = γ γ sendo: • De = diâmetro de entrada; • Ds = diâmetro de saída; • ve = velocidade de entrada; • vs = velocidade de saída; • ze = carga de posição de entrada; • zs = carga de posição de saída; • Hp(e,s) = carga perdida da entrada até a saída; • hs = perda de carga singular. Mediante um registro no sistema utilizado, varia-se a vazão, observando-se uma variação de hs. Com os valores de hs obtidos, é possível determinar o valor do coeficiente de perda de carga singular Ks: s s 2 2g h K v ×= Conhecendo-se que: 2 4Q Volume v D v , Q , Re tempoD ×= = = νπ × é possível construir o gráfico de Ks x Re. 118 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 7.3.3 Cotovelo de 90º e curva Para cotovelo de 90º e curva, a análise realizada será a mesma já discutida para as válvulas. Assumindo o escoamento de água por uma tubulação com a presença de um cotovelo de 90º ou curva, na passagem pela singularidade haverá uma queda na pressão medida utilizando um manômetro. Empregando a equação da Energia entre os pontos (1) e (2) dessas singularidades: 2 2 1 1 2 2 1 2 p1,2 v p v p z z H 2g 2g + + = + + + γ γ Como D1 = D2, v1 = v2, z1 ≈ z2 e Hp(1,2) = hs, então 1 2 s p p P h − ∆= = γ γ sendo: • D1 = diâmetro de entrada; • D2 = diâmetro de saída; • v1 = velocidade de entrada; • v2 = velocidade de saída; • z1 = carga de posição de entrada; • z2 = carga de posição de saída; • Hp(1,2) = carga perdida da entrada até a saída; • hs = perda de carga singular. Por intermédio de um registro na saída da bomba é possível variar a vazão, observando-se a mudança de pressão. Com os valores de diferença de pressão calcula-se h s e, com os valores de hs, determina-se o coeficiente de perda de carga singular Ks: s s 2 2g h K v ×= Conhecendo-se que: 2 4Q Volume v D v , Q , Re tempoD ×= = = νπ × é possível construir o gráfico de Ks x Re. 119 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA 7.3.4 Redução Considerando o escoamento de água por uma tubulação com redução, na passagem pela singularidade há uma queda na pressão medida por um manômetro. 1 2 Figura 74 – Esquema de uma redução Aplicando a equação da Energia entre os pontos (1) e (2) dessas singularidades: 2 2 1 1 2 2 1 2 p1,2 v p v p z z H 2g 2g + + = + + + γ γ Como z1 = z2 e Hp(1,2) = hs, então 2 2 2 2 1 2 1 2 1 2 s v v p p v v P h 2g 2g − − − ∆= + = + γ γ Manipulando um registro do sistema, varia-se a vazão, observando a alteração de pressão e, com os valores de diferença de pressão, é possível calcular hs. Com os valores de hs, determina-se o coeficiente de perda de carga singular Ks: s s 2 2g h K v ×= Conhecendo-se que: 1 2 1 4Q v D = π × , 2 2 2 4Q v D = π × , VolumeQ tempo = e 2 2v DRe ×= ν é possível construir o gráfico de Ks x Re. É importante salientar que, no caso de duas velocidades envolvidas, por convenção, utiliza-se a maior delas, correspondente ao menor diâmetro, para o cálculo de Ks e Re. 120 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 7.3.5 Método do comprimento equivalente (Leq) Uma diferente maneira de avaliar as perdas de carga singulares é utilizando o método do comprimento equivalente. O comprimento equivalente de uma singularidade (Leq) é a medida imaginária de uma tubulação de mesmo diâmetro, que produziria uma perda distribuída igual à perda singular causada pela singularidade. Comprimento Equivalente Válvula de retenção Válvula gaveta Válvula gaveta Válvula de pé Cotovelo 90º Cotovelo 90º Figura 75 – Esquema do comprimento equivalente de dispositivos em uma tubulação Sendo: f seqh h= , então 2 2 eq s H L v v f K ou D 2g 2g × = s Heq K D L f ×= Utilizando o diagrama de Moody para encontrar os valores de fator de atrito (f), é possível obter o Leq da singularidade do laboratório. Ao construir o gráfico Leq x Re, será verificado que, para os números de Reynolds analisados, os valores de comprimento equivalente são aproximadamente constantes. É importante salientar que existem vários modelos do diagrama de Moody. Dessa forma, atente-se para as grandezas representadas em todos os eixos do diagrama que estiver utilizando, pois elas sofrem alterações de acordo com o modelo apresentado. 121 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA 7.3.5.1 Material utilizado O equipamento a ser utilizado para o desenvolvimento experimental é constituído de: • bomba hidráulica conectada ao conjunto de linhas de tubulação, a fim de preenchê-las com água; • registro regulador de vazão ou válvula da instalação; • recipiente graduado para a medição do volume utilizado para a determinação da vazão; • cronômetro; • rotâmetro empregado também para as medições de vazão da água; • manômetro digital ou manômetro de tubo em U; • bancada de fluidos contendo seis tipos de singularidades: (a) válvula globo, (b) válvula esfera, (c) válvula gaveta, (d) cotovelo de 90º, (e) curva e redução. As singularidades estão indicadas na figura a seguir. a) c) b) d) e) Figura 76 – Tipos de singularidades: (a) válvula globo, (b) válvula esfera, (c) válvula gaveta, (d) cotovelo de 90º, (e) curva 122 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV Lembrete Há vários modelos do diagrama de Moody, atente-se para as grandezas representadas em todos os eixos que estiver utilizando, pois elas sofrem alterações de acordo com o modelo apresentado. É importante observar que podem existir bancadas com quantidades de singularidades diferentes das descritas anteriormente. Nesse caso, realizar as medições nas singularidades existentes. • dois pontos de tomada de pressão para cada uma das singularidades conforme mostrado na figura 76 (d). 7.3.5.2 Procedimento experimental A seguir estão descritas as etapas para a determinação do coeficiente de perda de carga singular para vários tipos de singularidade,para verificação da dependência da perda de carga singular com a vazão e do coeficiente de perda de carga singular em função do número de Reynolds e, ainda, para calcular o comprimento equivalente das singularidades e analisar o seu comportamento em função do número de Reynolds. 1 – Certificar-se de que as linhas em que encontram-se as singularidades estejam abertas. 2 – Ligar a bomba e esperar para que o fluxo de água preencha toda a tubulação e estabilize, até observar a inexistência de bolhas ou turbulências, visualizadas na tubulação incolor. 3 – Caso a bancada de fluidos utilize um manômetro digital para a medida da diferença de pressão, retirar o ar das mangueiras que o conectam à tubulação. 4 – Com o registro regulador de vazão totalmente aberto, calcular a vazão por meio do método volumétrico, ou seja, medir um determinado volume que se acumula no recipiente graduado e cronometrar o tempo depreendido para o acúmulo. Anotar em todas as tabelas desse roteiro experimental o valor referente ao volume de água acumulado no tanque e o tempo decorrido para o acúmulo. 5 – Caso não seja viável a determinação da vazão pelo método volumétrico, ela também pode ser determinada por meio da leitura do rotâmetro. 6 – Para esta vazão, tomar a diferença de pressão apresentada pelo manômetro digital na primeira singularidade. Anotar na tabela 1 desse roteiro. Ainda para essa mesma vazão, mudar os conectores para a segunda singularidade e anotar o valor mostrado no manômetro na tabela 2. Da mesma forma e para a mesma vazão, posicionar os conectores de tomada de pressão nas singularidades seguintes e anotar o valor de ∆P nas suas respectivas tabelas. 123 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA 7 – Repetir o procedimento descrito para as outras sete diferentes vazões, alteradas por meio do registro regulador de vazão. Preencher todas as tabelas com os valores de volume, tempo e diferença de pressão (∆P). É importante certificar-se que o registro (ou válvula) não se encontra totalmente ou muito fechado com a bomba ligada, pois tal fato pode ocasionar um aumento de pressão nas conexões de toda a bancada e, consequentemente, um possível rompimento delas. 8 – Se o medidor de pressão for um manômetro de tubo em U, para cada diferente vazão adotada, preencher as tabelas com os valores de altura h, os quais correspondem às diferenças de pressão. 9 – Terminada a parte experimental, desligar todos os equipamentos: bomba e manômetro digital. 10 – Realizar todos os cálculos de vazão (Q), velocidade(s) (v), perda de carga singular (hs), número de Reynolds (Re), coeficiente de perda de carga singular (Ks) e comprimento equivalente (Leq) e completar as tabelas. 11 – Consultar o técnico de laboratório a fim de obter os diâmetros hidráulicos (D) das singularidades utilizadas, que não sejam as válvulas, e preencher os valores nas tabelas. 12 – Indicar as respostas com os algarismos significativos pertinentes. 13 – Desenvolver o Relatório experimental referente ao experimento: perda de carga singular. **Informações: 1 litro = 10-3 m3; Δγágua = 10000 N/m³; Δvágua = 10 -6 m²/s; g = 10 m/s². Utilizar os valores de fator de atrito (f) para a tubulação lisa, obtidos no diagrama de Moody. 7.3.5.3 Roteiro experimental – Perda de carga singular 1 – Objetivos: faça uma descrição sucinta do que se pretendia determinar ou analisar no experimento. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 124 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 2 – Introdução teórica: desenvolva uma breve pesquisa bibliográfica sobre o assunto discutido no experimento de perda de carga singular. É fortemente recomendável estruturar o item com equações, figuras e desenhos esquemáticos. Caso seja necessário, complemente o seu relatório experimental com páginas adicionais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3 – Materiais e métodos: descreva os materiais e equipamentos utilizados no laboratório e também os métodos de medição. É fortemente recomendável estruturar o item com fotos dos materiais, equipamentos e, como um todo, o aparato experimental utilizado. Caso seja necessário, complemente o seu Relatório experimental com páginas adicionais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 4 – Resultados e análises: apresente as tabelas devidamente preenchidas com os dados experimentais, indicando o tipo de singularidade em cada uma delas, e os cálculos solicitados. Construa os gráficos e realize as análises dos resultados a partir da teoria. Nesse item: Tabela 1 – Singularidade 1 Válvula: Volume (m³) Tempo (s) Q (m³/s) v (m/s) h (mm) ∆P (Pa) hs (m) Re Ks Leq (m) 125 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Tabela 2 – Singularidade 2 Válvula: Volume (m³) Tempo (s) Q (m³/s) v (m/s) h (mm) ∆P (Pa) hs (m) Re Ks Leq (m) Tabela 3 – Singularidade 3 Válvula: Volume (m³) Tempo (s) Q (m³/s) v (m/s) h (mm) ∆P (Pa) hs (m) Re Ks Leq (m) Tabela 4 – Singularidade 4 Cotovelo 90º (D = m) Volume (m³) Tempo (s) Q (m³/s) v (m/s) h (mm) ∆P (Pa) hs (m) Re Ks Leq (m) 126 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV Tabela 5 – Singularidade 5 Curva (D = m) Volume (m³) Tempo (s) Q (m³/s) v (m/s) h (mm) ∆P (Pa) hs (m) Re Ks Leq (m) Tabela 6 – Singularidade 6 Redução (D1 = m, D2 = m) Volume (m³) Tempo (s) Q (m³/s) v1 (m/s) v2 (m/s) h (mm) ∆P (Pa) hs (m) Re Ks Leq (m) Tabela 7 – Singularidade diferente das indicadas nas tabelas anteriores Tipo de singularidade: _____________________ (D1 = m, D2 = m) Volume (m³) Tempo (s) Q (m³/s) v1 (m/s) v2 (m/s) h (mm) ∆P (Pa) hs (m) Re Ks Leq (m) 127 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Colar a curva de perda de carga singular (hs) em função da vazão (Q) – construída com algum software de análise de dados – para as singularidades analisadas. Colar a curva do coeficiente de perda de carga singular (Ks) em função do número de Reynolds (Re) – construída com algum software de análise de dados – para as singularidades analisadas. Colar a curva do comprimento equivalente (Leq) em função do número de Reynolds (Re) – construída com algum software de análise de dados – para as singularidades analisadas. 128 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 UnidadeIV Analisar qual válvula apresenta maior perda de carga singular e discutir se o resultado é coerente com o esperado teoricamente. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 5 – Conclusões: elabore as conclusões finais sobre os resultados obtidos e analise as incertezas que influenciaram nos resultados finais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 6 – Referências bibliográficas: elenque os livros, artigos e sites consultados para a elaboração do relatório experimental. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 129 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA 8 ROTEIROS EXPERIMENTAIS II 8.1 Associação de bombas – objetivo O experimento de associação de bombas apresenta como objetivo construir as curvas características de bombas associadas em série e paralelo. 8.1.1 Introdução teórica Primeiramente, é importante abordar a caracterização de uma única bomba. A curva característica da bomba centrífuga (carga ou altura manométrica da bomba em função da vazão recalcada, HB x Q) corresponde a uma curva que representa o desempenho da máquina. Para recalcar um fluido de um reservatório para outro, com uma determinada vazão, o fluido precisará receber certa energia. Com ela, o projetista determina o ponto de funcionamento da bomba, quando opera em uma dada instalação. A curva universal ψ x ϕ (coeficiente manométrico x coeficiente de vazão) é conseguida a partir de dados experimentais e forma o suporte de previsão de mudanças no desempenho que resultam de variações no tamanho da bomba, na velocidade de operação ou no diâmetro do rotor. As bombas, dependendo da necessidade do sistema, podem ser associadas em série ou em paralelo. A associação em série é adequada quando o sistema precisa de uma elevada altura manométrica. Já a associação de bombas em paralelo é adequada quando for necessário atingir valores de vazão elevados. 8.2 Associação em série Para bombas semelhantes associadas em série, a altura manométrica composta corresponde à soma das alturas manométricas de cada bomba para uma determinada vazão. Figura 77 – Esquema de uma associação de bombas em série A curva característica (carga manométrica em função da vazão) da associação de duas bombas iguais, associadas em série, é mostrada na figura a seguir: 130 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV Hm H1+2 (1+2) 2 1 H2 H1 Q1 Q Figura 78 – Curva caraterística da associação em série de duas bombas iguais 8.3 Associação em paralelo Para bombas iguais (ou semelhantes) associadas em paralelo, a vazão composta corresponde à soma das vazões de cada bomba. (Q1 +Q2 + Q3) Q1 B1 B2 B3 Q2 Q3 Figura 79 – Esquema de uma associação de bombas em paralelo A curva característica (carga manométrica em função da vazão) da associação de duas bombas, associadas em paralelo, é mostrada na figura a seguir: 131 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Hm QA QB QA / / B H Bomba B Bomba A Associação A / / B Q Figura 80 – Esquema de uma associação de bombas em paralelo Lembrete Para bombas iguais (ou semelhantes) associadas em paralelo, a vazão composta corresponde à soma das vazões de cada bomba. 8.4 Equação da energia na presença de uma bomba A fim de determinar a carga manométrica de cada bomba (HB), é necessário considerar a Equação da energia entre a tubulação de sucção (ponto (1)) e a tubulação de recalque (ponto (2)). Dessa forma: 2 2 1 1 2 2 1 B 2 2 2 2 1 2 1 B 2 2 1 B 2 1 12 2 2 2 2 2 1 1 v p v p z H z 2g 2g v v p p H z 2g Q Q 4Q Q Q 4Q v e v A AD H H H , send D D D 0 4 z 4 o+ + + = + + γ γ − −= + + γ = = = = = = π × π × π × π × + = = 8.4.1 Material utilizado O equipamento a ser utilizado para o desenvolvimento experimental é constituído de: • bombas hidráulicas conectadas ao conjunto de linhas de tubulação; • registro regulador de vazão; 132 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV • recipiente graduado para a medição do volume utilizado para a determinação da vazão; • cronômetro; • trena para a medição das cargas de posição; • rotâmetro empregado também para as medições de vazão da água; • manômetro digital ou manômetro de tubo em U; • duas bombas hidráulicas conectadas ao conjunto de tubulações da bancada de fluidos multipropósito, com válvulas esferas instaladas, permitindo o uso de uma única bomba e que sejam realizadas associações em série ou paralelo; • dois pontos de tomada de pressão, os quais dependerão da associação a ser estudada. Figura 81 – Bombas hidráulicas conectadas ao conjunto de tubulações da bancada de fluidos multipropósito, com válvulas esferas instaladas, permitindo o uso de uma única bomba ou mesmo associadas em série ou paralelo 8.4.2 Procedimento experimental A seguir estão descritas as etapas para o estudo do levantamento das curvas características para uma única bomba e para as bombas associadas em série e paralelo. 1 – Por meio das válvulas da bancada multipropósito, restringir o circuito do fluido somente ao reservatório e bombas, não permitindo que o fluido circule pelas tubulações que fazem parte da bancada. 133 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Parte 1: Uma única bomba 2 – Abrir as válvulas somente de uma única bomba. 3 – Caso a bancada de fluidos utilize um manômetro digital para a medida da diferença de pressão, retirar o ar das mangueiras que o conectam à tubulação. 4 – Conectar os engates, sendo o ponto 1 na tubulação de sucção e o ponto 2 na tubulação de recalque. 5 – Ligar a bomba. 6 – Com o registro regulador de vazão totalmente aberto, calcular a vazão por meio do método volumétrico, ou seja, medir um determinado volume que se acumula no recipiente graduado e cronometrar o tempo desprendido para o acúmulo. Anotar na tabela 1 desse roteiro experimental (parte Uma Bomba) o valor referente à vazão calculada. Caso não seja viável a determinação da vazão pelométodo volumétrico, ela também pode ser obtida por meio da leitura do rotâmetro. 7 – Anotar a diferença de pressão apresentada no manômetro digital. Preencher a tabela 1 do relatório experimental. Repetir os dois itens 6 e 7 para outras cinco diferentes vazões, alteradas por meio do registro regulador de vazão. Preencher a tabela 1 com os valores de vazão já calculados e a diferença de pressão (∆P). 8 – Se o medidor de pressão for um manômetro de tubo em U, para cada diferente vazão adotada, preencher as tabelas com os valores de altura h, os quais correspondem às diferenças de pressão. 9 – Terminada a parte experimental, referente aos dados de uma única bomba, desligar todos os equipamentos: bomba e manômetro digital; 10 – Realizar os cálculos de velocidade no ponto 1 (v 1), velocidade no ponto 2 (v2) e altura manométrica dessa única bomba (HB1) e completar a tabela 1; 11 – Reproduzir os mesmos dados experimentais coletados e os cálculos para a tabela 2, no espaço reservado para dados de uma única bomba. Parte 2: Associação de bombas 12 – Abrir e combinar as válvulas permitindo uma associação em série entre as bombas de tal maneira que o fluido passe primeiramente por uma bomba ganhando energia e, posteriormente, esse mesmo fluido seja bombeado pela bomba 2 somando mais energia. 134 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 13 – Conectar os engates, sendo o ponto 1 na tubulação de sucção e o ponto 2 na tubulação de recalque. 14 – Ligar as duas bombas ao mesmo tempo. 15 – Com o registro regulador de vazão totalmente aberto, calcular a vazão por meio do método volumétrico. Anotar na tabela 1 do roteiro experimental (parte Associação em Série) o valor referente à vazão calculada. Caso não seja viável a determinação da vazão pelo método volumétrico, ela também pode ser determinada por meio da leitura do rotâmetro. 16 – Anotar a diferença de pressão apresentada no manômetro digital. Preencher a tabela 1 do relatório experimental. Repetir os itens 15) e 16) para outras cinco diferentes vazões, alteradas por meio do registro regulador de vazão. Preencher a tabela 1 com os valores de vazão já calculados e diferença de pressão (∆P). 17 – Se o medidor de pressão for um manômetro de tubo em U, para cada diferente vazão adotada, preencher as tabelas com os valores de altura h, os quais correspondem às diferenças de pressão. 18 – Terminada a parte experimental, referente aos dados da associação em série de duas bombas, desligar todos os equipamentos: bombas e manômetro digital. 19 – Realizar os cálculos de velocidade no ponto 1 (v1), velocidade no ponto 2 (v2) e altura manométrica dessa associação (HBA) e completar a tabela 1. 20 – Abrir e combinar as válvulas, permitindo uma associação em paralelo entre as bombas de tal maneira que o fluido seja bombeado ao mesmo tempo pelas duas bombas, dessa forma somando- se as vazões referentes às duas bombas. 21 – Repetir os itens de 13) à 19) e completar a tabela 2 com os dados e cálculos; 22 – Consultar o técnico de laboratório a fim de obter o diâmetro D (diâmetro hidráulico da tubulação) que será utilizado para os cálculos das velocidades 1 (v1) e 2 (v2). 23 – Indicar as respostas com os algarismos significativos pertinentes. 24 – Desenvolver o relatório experimental referente ao experimento: Associação de Bombas. 135 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA 8.4.3 Roteiro experimental – Associação de bombas 1 – Objetivos: faça uma descrição sucinta do que se pretendia determinar ou analisar no experimento. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 2 – Introdução teórica: desenvolva uma breve pesquisa bibliográfica sobre o assunto discutido no experimento de Associação de Bombas. É fortemente recomendável estruturar o item com equações, figuras e desenhos esquemáticos. Caso seja necessário, complemente o seu relatório experimental com páginas adicionais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3 – Materiais e métodos: descreva os materiais e equipamentos utilizados no laboratório e também os métodos de medição. É fortemente recomendável estruturar esse item com fotos dos materiais, equipamentos e, como um todo, do aparato experimental utilizado. Caso seja necessário, complemente o seu relatório experimental com páginas adicionais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 4 – Resultados e análises: apresente as tabelas devidamente preenchidas com os dados experimentais e os cálculos solicitados. Construa os gráficos e realize as análises dos resultados a partir da teoria. Nesse item: 136 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV Tabela 1 Em série Diâmetro da tubulação de entrada (D1 ) = Diâmetro da tubulação de saída (D2 ) = Uma Bomba z2 = Q (m³/s) v1 (m/s) v2 (m/s) h (mm) ∆P (Pa) HB1 (m) Associação z2 = Q (m³/s) v1 (m/s) v2 (m/s) h (mm) ∆P (Pa) HBA (m) Tabela 2 Em paralelo Diâmetro da tubulação de entrada (D1 ) = Diâmetro da tubulação de saída (D2 ) = Uma Bomba z2 = Q (m³/s) v1 (m/s) v2 (m/s) h (mm) ∆P (Pa) HB1 (m) Associação z2 = Q (m³/s) v1 (m/s) v2 (m/s) h (mm) ∆P (Pa) HBA (m) 137 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Colar a curva característica (HB x Q) – construída com algum software de análise de dados – para uma bomba e para a associação em série. Colar a curva característica (HB x Q) – construída com algum software de análise de dados – para uma bomba e para a associação em paralelo. 5 – Conclusões: elabore as conclusões finais sobre os resultados obtidos e analise as incertezas que influenciaram nos resultados finais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 138 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 6 – Referências bibliográficas: elenque os livros, artigos e sites consultados para a elaboração do relatório experimental. ______________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 8.5 Placa de orifício – objetivos O experimento de placa de orifício apresenta como objetivos: construir as curvas característica e de calibração para uma placa de orifício. 8.5.1 Introdução teórica Como características físicas, a placa de orifício é constituída de uma placa fina, com um orifício concêntrico, inserida entre flanges de tubulações. A placa de orifício apresenta uma geometria simples e, como consequência, um baixo custo inicial e perda de carga elevada quando comparado aos demais medidores de vazão. Fluxo Flange Flange Placa de orifício Orifício Figura 82 – Placa de orifício utilizada para medições de vazão 139 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Conforme indicado na figura na sequência, uma tomada de pressão é colocada antes da placa e outra após a placa. A fim de obter a vazão (Q) do fluido, aplica-se a equação de Bernoulli e a equação da continuidade: p1 p2 Figura 83 – Desenho esquemático de uma placa de orifício com os pontos de tomada de pressão Em conformidade com a placa de orifício da figura anterior e aplicando a equação de Bernoulli de (1) a (2): 1 2 2 2 1 1 2 2 1 2 2 2 2 1 1 2 H H v p v p z z 2g 2g v v p p 2g = + + = + + γ γ − −= γ Mediante a equação da continuidade tem-se que: 1 2 2 2 1 1 2 2 1 1 Q Q v A v A v A v A = ×× = × ⇒ = Combinando as duas equações – Bernoulli e Continuidade –, tem-se: 2 2 2 2 2 1 1 2 1 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2 4 2 1 2 2 2 v A v A (p p ) 2g (p p ) 2g v A 1 A D D 2 P Q v 4 4 D 1 D Q v A ×− −= γ −× γ= − π π × ∆= × = × ρ × − = × 140 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 2 2 2 2 2 1 1 2 1 2 2 2 2 1 2 2 2 2 2 2 4 2 1 2 2 2 v A v A (p p ) 2g (p p ) 2g v A 1 A D D 2 P Q v 4 4 D 1 D Q v A ×− −= γ −× γ= − π π × ∆= × = × ρ × − = × Para o orifício: D2 ≠ D (D diâmetro do orifício) D2 (diâmetro da seção contraída) pode ser escrito em função do diâmetro do orifício D utilizando o coeficiente de contração, nomeado Cc. Em adição, a vazão teórica (Q2) pode ser transformada em real (Q) multiplicando a equação obtida anteriormente para Q2 por um coeficiente de velocidade Cv: 2 v c 4 2 c 1 C C D 2 P Q 4 D 1 C D × π × ∆= × ρ × − Sabendo que o coeficiente de descarga (Cd) define-se por: v c d 4 2 c 1 C C C D 1 C D ×= − Dessa forma, escreve-se a vazão real (Q) e, consequentemente o coeficiente de descarga (Cd): 2 d D 2. P Q C 4 π ∆= × ρ d 2 4Q C 2. PD ρ= × ∆π Portanto, determina-se experimentalmente o coeficiente de descarga (Cd), medindo a diferença de pressão (∆P) na placa de orifício e a vazão do sistema (Q). Em concordância com as equações anteriores, este coeficiente depende da razão D/D1 e do número de Reynolds (Re), lembrando que o mesmo pode ser calculado por: 1 1 e v D R ×= ν Considerando que D1 é o diâmetro no ponto (1) e D2 é o diâmetro no ponto (2), para a placa de orifício, este último diâmetro corresponde ao diâmetro da vena contracta, o qual é menor do que o diâmetro do orifício D, como pode ser visto na figura a seguir. Neste cenário, a placa de orifício deve-se considerar o coeficiente de contração. 141 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Vena contracta Figura 84 – Vena contracta após a passagem de um fluido por uma placa de orifício 8.5.2 Material utilizado O equipamento a ser utilizado para o desenvolvimento experimental é constituído por: • bomba hidráulica conectada ao conjunto de linhas de tubulação, a fim de preenchê-las com água; • registro regulador de vazão; • recipiente graduado para a medição do volume utilizado para a determinação da vazão; • cronômetro; • rotâmetro empregado também para as medições de vazão da água; • manômetro digital ou manômetro de tubo em U; • placa de orifício posicionada radialmente na seção transversal da tubulação da bancada (Figura a seguir). • Dois pontos de tomada de pressão, conforme indicado na figura na sequencia. Ponto de tomada de pressão (1) Ponto de tomada de pressão (2) Figura 85 – Placa de orifício posicionada radialmente na seção transversal da tubulação da bancada de fluidos multipropósito, com as indicações dos pontos de tomada de pressão 142 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 8.5.3 Procedimento experimental Logo a seguir estão descritas as etapas para o estudo do levantamento das curvas característica e de calibração para uma placa de orifício. 1 – Certificar-se de que somente a linha da tubulação em que encontra-se a placa de orifício está aberta; consequentemente, todas as outras deverão estar fechadas. 2 – Ligar a bomba e esperar para que o fluxo de água preencha toda a tubulação e estabilize, até observar a inexistência de bolhas ou turbulências. 3 – Caso a bancada de fluidos utilize um manômetro digital para a medida da diferença de pressão, retirar o ar das mangueiras que o conectam à tubulação. 4 – Com o registro regulador de vazão totalmente aberto, calcular a vazão por meio do método volumétrico, ou seja, medir um determinado volume que se acumula no recipiente graduado e cronometrar o tempo decorrido para o acúmulo. Anotar na tabela 1 desse roteiro experimental o valor referente ao volume de água acumulado no tanque e o tempo decorrido para o acúmulo. 5 – Anotar a diferença de pressão apresentada no manômetro digital. Preencher a tabela 1 do relatório experimental. 6 – Caso não seja viável a determinação da vazão pelo método volumétrico, ela também pode ser determinada por meio da leitura do rotâmetro. 7 – Repetir os itens 8) e 9) para outras seis diferentes vazões, alteradas por meio do registro regulador de vazão. Preencher a tabela 1 com os valores de volume, tempo e diferença de pressão (∆P). É importante certificar-se que o registro (ou válvula) não se encontra totalmente ou muito fechado com a bomba ligada, pois tal fato pode ocasionar um aumento de pressão nas conexões de toda a bancada. 8 – Se o medidor de pressão for um manômetro de tubo em U, para cada diferente vazão adotada, preencher as tabelas com os valores de altura h, os quais correspondem às diferenças de pressão. 9 – Terminada a parte experimental, desligar todos os equipamentos: bomba e manômetro digital. 10 – Realizar todos os cálculos de vazão (Q), velocidade (v1), coeficiente de descarga (Cd) e número de Reynolds (Re) e completar as tabelas 1 e 2. 11 – Consultar o técnico de laboratório a fim de obter os diâmetros D (diâmetro do orifício da placa) e D1 (diâmetro hidráulico da tubulação) que serão utilizados para os cálculos do coeficiente de descarga (Cd), vazão (Q) e número de Reynolds (Re) e preencher os valores na tabela 3. 143 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA 12 – Indicar as respostas com os algarismos significativospertinentes. 13 – Desenvolver o relatório experimental referente ao experimento: Placa de Orifício. 8.5.4 Roteiro experimental – Placa de orifício 1 – Objetivos: faça uma descrição sucinta do que se pretendia determinar ou analisar no experimento. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 2 – Introdução teórica: desenvolva uma breve pesquisa bibliográfica sobre o assunto discutido no experimento de Placa de Orifício. É fortemente recomendável estruturar o item com equações, figuras e desenhos esquemáticos. Caso seja necessário, complemente o seu relatório experimental com páginas adicionais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3 – Materiais e métodos: descreva os materiais e equipamentos utilizados no laboratório e também os métodos de medição. É fortemente recomendável estruturar esse item com fotos dos materiais, equipamentos e, como um todo, do aparato experimental utilizado. Caso seja necessário, complemente o seu relatório experimental com páginas adicionais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 144 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 4 – Resultados e análises: apresente as tabelas devidamente preenchidas com os dados experimentais e os cálculos solicitados. Construa os gráficos e realize as análises dos resultados a partir da teoria. Nesse item: Tabela 1 Volume (m³) Tempo (s) Q (m3/s) h (mm) Δ∆P (Pa) Tabela 2 Cd v1 (m/s) Re Tabela 3 D1 (m) Lembrando que: v Q A1 1 =D (m) υágua (m²/s) 1 x 10-6 145 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Colar a Curva Característica – Coeficiente de descarga (Cd) em função do número de Reynolds (Re) – construída com algum software de análise de dados. Colar a Curva de Calibração Universal – Qreal (vazão real) em função da diferença de pressão – construída com algum software de análise de dados. 5 – Conclusões: elabore as conclusões finais sobre os resultados obtidos e analise as incertezas que influenciaram nos resultados finais. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 146 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV 6 – Referências bibliográficas: elenque os livros, artigos e sites consultados para a elaboração do relatório experimental. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 8.6 Tubo de Venturi – objetivos O experimento de tubo de venturi apresenta como objetivos: construir as curvas característica e de calibração universal para um tubo de Venturi. 8.6.1 Introdução teórica O tubo de Venturi é um instrumento que se dedica a medir a vazão volumétrica em condutos fechados. Na figura a seguir, é representado um tubo de Venturi clássico com a localização dos pontos de tomada de pressão. Esse medidor tem como princípio de funcionamento um fechamento ao escoamento do fluido devido à existência de uma garganta, na qual a área de escoamento é mínima, permitindo assim a determinação da vazão do escoamento. p1 D1 Q D2 p2 Figura 86 – Esquema de um tubo de Venturi clássico e localização dos pontos de tomada de pressão (D1 e D2) 147 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 HIDRÁULICA E HIDROLOGIA Saiba mais Consulte a tese a seguir e entenda como desenvolver dois tipos de Tubos de Venturi: IBARS, R. A. F. Desenvolvimento e avaliação de tubos de Venturi para medição de vazão. Dissertação (Mestrado em Agronomia). Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2004. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/ teses/disponiveis/11/11143/tde-24092004-113207/pt-br.php>. Acesso em: 22 dez. 2017. O tubo de Venturi é identificado como um medidor de obstrução de Bernoulli, pois relaciona a vazão com o diferencial de pressão entre as seções 1 e 2 usando as equações da continuidade e de Bernoulli. Para esse instrumento, é válido considerar a ausência de perdas e escoamento permanente. Assim, aplica-se a equação de Bernoulli: 2 21 2 1 1 2 2 p 1 p 1 z v z v 2g 2g + + × = + + × γ γ sendo: • z1 e z2 alturas do fluido nos pontos 1 e 2; • p1 e p2 pressões do fluido nos pontos 1 e 2; • v1 e v2 velocidades do fluido nos pontos 1 e 2; • g aceleração da gravidade; e • γ peso específico do fluido. Considerando z1 = z2 e rearranjando a equação anterior: 2 2 2 1 1 2(v v ) (p p ) 2g − −= γ Ainda, aplicando a equação da continuidade para os pontos 1 e 2: 2 2 1 1 2 2 1 1 v A v A v A v A ×× = × ⇒ = 148 EN G - Re vi sã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 0 9/ 01 /2 01 8 Unidade IV sendo A1 e A2 as áreas da região 1 e 2, respectivamente. Substituindo o resultado da velocidade na equação de Bernoulli e, posteriormente, isolando a velocidade v2 tem-se: 1 2 2 2 2 1 (p p ) 2g v A 1 A −× γ= − Por consequência, a vazão volumétrica teórica (Qteórica) do fluido pode ser determinada por: teórica 2 2Q v A= × Por definição, o coeficiente de descarga (Cd) é calculado pela razão entre a vazão real (Qreal) e a vazão teórica (Qteórica): real d teórica Q C Q = A velocidade v1 é obtida por: real 1 1 Q v A = O número de Reynolds (Re) é definido como: 1 1v DRe ×= υ sendo que D1 é o diâmetro da parte 1 do tubo de Venturi e ν é a viscosidade cinemática do fluido.
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