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A 15 AULA PRÁTICA Avaliação com referência a objetivos , existência de verbos de sentido estrito e de sentido amplo. Os verbos de sentido estrito tornam os comandos das questões mais objetivos, mais limitados, e tendem a evitar que os alunos se percam na imensidão dos comandos amplos... [objetivos], na medida em que se está interessado em verificar se seus alunos têm conhecimentos de classificação e categorias, isto é, se são capazes de reconhecer características de um dado ofício. A utilização da taxionomia é mais proveitosa para professores que já dominam etapas da reflexão sobre objetivos educacionais. Os autores da taxionomia têm convicção de que sua adoção implica mudanças de concepções filosóficas, teóricas e práticas por parte dos professores. O ato de avaliar: 1) não é um julgamento definitivo; 2) não é um ato seletivo; 3) a avaliação é um diagnóstico; 4) é um ato inclusivo; 5) destina-se à melhoria do ciclo de vida; 6) é um ato amoroso; 7) nossas experiências histórico-sociais e pessoais dificultam nossa compreensão e prática; 8) a compreensão e a prática desta avaliação devem ser o objetivo. Competência cognitiva “Capacidade de uso do raciocínio concreto segundo estruturas já construídas”. Quando alguém tem essa estrutura mental pronta, demonstra habilidade de “identificar a causa em vez de explicações finalistas”, isto é, identifica relações de causa e consequência. A16 Introdução à avaliação para recuperação Na perspectiva das avaliações classificatórias, os erros indicam o não saber, a impossibilidade, a incapacidade, a falta etc., na perspectiva desta tendência de avaliação os mesmos erros passam tão somente a indicar o movimento que vem sendo realizado pelo sujeito em processo de aprendizagem. “a concepção hegemônica que dá ao erro um valor negativo é um obstáculo para que os/as professores/as possam incorporar, no processo de avaliação, a compreensão dos alunos ``. A avaliação para a recuperação procura expor os erros ou os desvios de aprendizagem dos estudantes para que sejam corrigidos, em qualquer momento em que eles se manifestarem. A avaliação dos erros passam a indicar o movimento que vem sendo realizado pelo sujeito em processo de aprendizagem. “reabilitação do erro como fonte de aprendizagem”. Os erros de aprendizagem, em seu ponto de vista, em vez de serem merecedores de castigos como antigamente, são pontos de partida e avanço desde que sejam identificados e compreendidos. Na perspectiva das avaliações cibernéticas, o erro apenas indica haver necessidades de retomar ou recuperar trajetórias de aprendizagens. CRITICAS “a avaliação para a recuperação participa de uma regulação cibernética que não passa de uma forma de avaliação-controle da conformidade”. Qualquer manifestação de criatividade por parte dos estudantes é impedida de ser revelada. O avaliador “é dono do destino do outro... (...) [do] poder total da correção, pois (...) é o único capaz de prever, coletar, interpretar, adaptar; em outros termos, de analisar e decidir para a conformidade”, antes, durante e depois. Caráter impositivo e autoritário; Formas mal disfarçadas dos mesmos controles que sobrevivem nas esferas social, policial e hierárquica. Traços conservadores, os quais deixam transparecer sua situação na contramão das avaliações mais progressistas comprometidas com a transformação social da realidade. A 17 A avaliação para recuperação: as retroações sistemáticas A avaliação para a recuperação é integrante do conjunto de tendências características do paradigma objetivista, com diversas influências provenientes da cibernética;é uma avaliação reguladora para a conformidade. ... retroações sistemáticas, O que quer dizer que o processo de aprendizagem será tantas vezes levado a voltar quanto for a necessidade de corrigir a “progressão dos alunos nos pontos de entrada, de passagem e de saída do sistema” O uso exagerado de técnicas também caracteriza essa modalidade de avaliação. Tecnicismo. Como na avaliação para a recuperação, vista na Aula 16, nesta, de igual modo, o tecnicismo é supervalorizado e é o que guia, rege e domina a situação de avaliação. A grande diferença entre as duas tendências de avaliação para a recuperação é que, na primeira, a avaliação ocorre sempre, continuamente, toda vez que houver alguma evidência de erro/desvio de aprendizagem. Nesta tendência que estamos apresentando, as retroações, isto é, as modificações, alterações ou correções do que foi feito, diferentemente, somente ocorrem em momentos determinados: a) nos pontos de entrada, ou seja, nos momentos iniciais da aquisição de conceitos, noções etc.; b) nos momentos de passagem, ou seja, nos momentos de aplicação de abstrações em situações particulares e concretas, correlacionadas ou não; c) nos momentos de saída do sistema, isto é, em face dos produtos escolares realizados. Em termos de avaliação contínua, menos pontual, portanto, os procedimentos de avaliação integram os processos de ensino e aprendizagem. Isto é, o professor vai observando e interagindo com os estudantes para identificar as dificuldades, as suas causas e os modos de corrigi-las por meio de adaptações das tarefas aos estudantes. As interações, além de permitirem a regulação das atividades, permitem até o oferecimento de uma orientação (grifo do autor) personalizada. CRITICAS Eles a criticam por ser uma regulação de/para a conformidade, por transformar em desvios todos os imprevistos, por ser linear e por ter como objetivo único o sucesso do sistema de formação. ...resumir-se “a um meio de se chegar à aquisição do referencial didático e de controlá-la”, submeter-se indiscutivelmente aos referenciais e saberes do professor, sempre adaptar os conteúdos aos estudantes, e dissimular “o fato de que só o avaliador é autorizado a ser avaliador e de que o formando é a coisa avaliada”. É muito mais uma forma de controle do que uma verdadeira avaliação na medida em que nega espaço ao complexo e ao confuso, assim como também às atividades pessoais, à pesquisa e à invenção. A 18 ... A avaliação para a recuperação inclui uma “releitura” do erro, sempre tão mal visto na Educação. Ele passa a ter uma perspectiva construtiva ou lógica – em vez de indicar fracasso e “não – aprendizagem”, aponta possibilidades de avanço, de mudança de percurso, de correção preventiva dos desvios percebidos. Trabalho pós-recuperação: Subjetivo, norte, pedida do professor; Muitos errando a mesma questão, rever procedimentos; Alunos específicos, atenção maior; Buscar alternativas ou investir no que tá dando certo. Quando se constata que os resultados não foram os esperados, é preciso analisar o processo desenvolvido em termos de ensino aprendizagem. A avaliação deve ser encarada como uma reorientação para uma aprendizagem melhor e para a melhoria do sistema de ensino. Além disso, todo professor deve ficar atento aos aspectos afetivos e culturais do estudante, não só aos cognitivos. Há uma dialética entre o afetivo e o cognitivo. Erro construtivo não é conivência com o mesmo. Estas são algumas das críticas mais importantes, apresentadas nas aulas: • Trata-se de uma “avaliação-controle” da conformidade, impedindo manifestações mais criativas do aluno e do professor. • É uma maneira autoritária de avaliar, submetendo a avaliação a normas e regras rígidas e fixas. • Expressa uma tradição conservadora na Educação, ainda muito presente no cotidiano das escolas. • Não permite a construção de um vínculo sólido entre o que se ensina na escola e a realidade, a prática social que a envolve. • A vertente das “retroações sistemáticas” é rigidamente orientada para o sucesso e centrada no professor e no seu saber Algumas questões sobre a recuperação de fim de ano: É possível recuperar o que não foi aprendido dessa maneira? O quese recupera são os conhecimentos não adquiridos anteriormente ou simplesmente a nota? Podemos acreditar que algumas aulas ao final de um semestre, quando professores e alunos já estão cansados da rotina escolar, são mais produtivas do que quatro meses de aulas e atividades, para levar o aluno a aprender? Outros defendem a ideia de que a recuperação é realmente uma segunda chance do aluno demonstrar o que já sabe, mas que não teve a oportunidade de revelar na avaliação anterior, porque não estava bem ou não teve tempo suficiente para se preparar. Argumentam, ainda, que a recuperação permite ao professor trabalhar com grupos menores e, consequentemente, dar maior atenção aos alunos. ... Trabalhe com grupos pequenos, permitindo maior assistência individual aos alunos. Tente desmistificar, com os alunos e as famílias, a ideia de que a recuperação é um “castigo aplicado aos alunos mais fracos ou àqueles que não estudaram o suficiente durante o ano”. A19 – a avaliação interna e externa à escola A avaliação sofre influências da conjuntura histórica, política, cultural, socioeconômica, em que está inserida, evoluindo e transformando-se, em consonância com a sociedade e as tendências pedagógicas que se sucedem. Quatro gerações de práticas avaliativas: a) 1ª geração (anos 20 a 30) –mensuração, preocupações com aspectos técnicos e com a construção de instrumentos. b) 2ª geração (anos 30 a 40) –concepção descritiva, mas ainda fortemente tecnicista. c) 3ª geração – centra-se no processo de julgamento. Aumenta a ênfase na avaliação qualitativa(70). d) 4ª geração (anos 90) – as avaliações qualitativas tornam-se mais progressistas, surgindo conceitos novos como os de avaliação emancipatória, iluminativa, sociológica, mediadora, entre outros. Avaliação pode ser considerada, segundo a natureza do que se pretende avaliar, sendo categorizada em: Avaliação do Produto, Avaliação do Processo e Avaliação Institucional. Avaliação do Produto aprendizagem foi satisfatório e se os objetivos traçados foram atingidos. Avaliação do Processo instrumento de controle de qualidade, visando a intervenções corretivas ao longo da realização. Avaliação Institucional como objeto as instituições, os sistemas e projetos ou políticas públicas. Refere-se à análise do desempenho global da instituição. SAEB, ENEM... a) um processo contínuo de aperfeiçoamento do desempenho acadêmico; b) uma ferramenta para o planejamento e gestão universitária; c) um processo sistemático de prestação de contas à sociedade. duas etapas de avaliação: 1ª) avaliação interna – concebida como retrospectiva crítica, socialmente contextualizada do trabalho realizado pela instituição, com participação de professores, alunos e funcionários, cotejando o diagnóstico técnico com os resultados da auto-avaliação, gerando um projeto de desenvolvimento acadêmico com o qual a comunidade universitária se sinta identificada e comprometida. 2ª) avaliação externa – concebida como oportunidade crítica em que pares acadêmico – científicos, sociedades científicas, conselhos profissionais, autoridades patronais, entidades de trabalhadores, egressos e outras organizações não- governamentais, participam do exame da prática universitária, com vistas à formulação e acompanhamento de políticas acadêmicas, administrativas e financeiras. • Participação da Comunidade Acadêmica – É preciso que ela esteja envolvida nos procedimentos de análise dos resultados obtidos e na tomada de decisões, e não apenas na coleta de dados ou como fonte dos mesmos. É inevitável construir uma “cultura institucional avaliativa”, um hábito cotidiano, coletivo e democrático de avaliar, para desmistificar qualquer tonalidade ameaçadora que a avaliação possa ter, dentro de nós. • Globalidade – Expressa a noção do que é necessário ser avaliado, a partir dos elementos que compõem a Instituição, fazendo com que ela seja plenamente abrangida pela avaliação. • Comparabilidade – Expressa a busca de uma linguagem técnico-científica de comum entendimento de todos os segmentos institucionais e possibilita a comparação entre o nível de desempenho dos diferentes campos de intervenção interna e externa da Instituição. • Diagnóstico – Levanta os principais indicadores quantitativos e qualitativos a serem utilizados na avaliação, consultando todos os envolvidos da comunidade acadêmica. • Respeito à Identidade Institucional – Expressa a consideração das características próprias da instituição de ensino, possibilitando-lhe a reflexão crítica sobre o que é e o que pretende ser (missão institucional). • Inexistência de Premiação ou Punição – O programa de avaliação não está vinculado a mecanismos de punição e/ou premiação, devendo servir, acima de tudo, como instrumento de apoio aos órgãos e às pessoas avaliadas. • Adesão Voluntária – Ainda que o programa de avaliação preconize a participação voluntária das pessoas, torna-se indispensável o incentivo à adesão de órgãos e de pessoas tanto em nível individual como coletivamente. • Legitimidade – Expressa a metodologia de implementação de indicadores capazes de fornecer informações fidedignas aos órgãos e às pessoas envolvidas. • Continuidade – Expressa a possibilidade de comparar os dados de uma etapa de implementação do programa com os de outra, contribuindo simultaneamente com a identificação do nível de confiabilidade dos instrumentos utilizados e permitindo que a avaliação institucional não se encerre. A AVALIAÇÃO INTERNA E EXTERNA DA ESCOLA Para que uma avaliação institucional seja completa, é necessário que ela conjugue os dois momentos: a avaliação interna e a avaliação externa. A fase de avaliação interna corresponde às atividades relacionadas ao diagnóstico da realidade institucional, à análise dos problemas identificados nesse diagnóstico e à tomada de decisão, baseada na análise, direcionada à melhoria de qualidade. Para melhor sistematizar os diversos pontos que compõem esta fase, podemos destacar alguns estágios que a compõem: a) Diagnóstico – Antes de mais nada, é necessário determinar, com bastante clareza, o objeto de estudo e os possíveis problemas que se deseja detectar. Deve ser o mais objetivo possível, centrado exclusivamente nos aspectos fundamentais à compreensão da realidade que se deseja conhecer. b) Análise – Deve ser procedida com o envolvimento de representações – quando não da totalidade – dos segmentos envolvidos, através de reuniões de grupos focais. Desta forma, assegura-se que os resultados recebam a crítica adequada quanto às relações de causa e efeito e quanto à fi dedignidade, contribuindo para a identifi cação dos pontos críticos e para a indicação das medidas de correção dos desvios percebidos ou de melhoria do processo ensino-aprendizagem. c) Tomada de Decisão – Através de reuniões com os membros dos setores envolvidos, busca-se a solução para os problemas apontados. É importante, nesta etapa, garantir a objetividade das discussões. As decisões devem ser expostas da maneira mais clara possível, com defi nição de prazos, responsabilidades e recursos a serem mobilizados. d) Divulgação – Permite o pleno conhecimento dos resultados do diagnóstico e das decisões tomadas, por parte de toda a comunidade institucional. Só através da divulgação desses aspectos é possível promover o engajamento de todos, para a mudança desejada. É, ainda, fator crucial para a permanência da sensibilização de todos, quanto à avaliação institucional. e) Meta-avaliação – Como todo o processo avaliativo, esta fase da avaliação institucional deve considerar uma etapa de autocrítica, em que os seus aspectos metodológicos e instrumentais são submetidos a um criterioso julgamento, para determinar se a sua eficiência, eficácia e efetividade permitem a continuidade da sua utilização, ou se devem ser repensados (no todo ou em parte). A fase de avaliaçãoexterna corresponde à submissão dos trabalhos executados na avaliação interna, dos resultados alcançados e das mudanças por eles induzidas, ao crivo de examinadores externos que, por não estarem envolvidos com aquela realidade, podem realizar uma crítica isenta e construtiva. Tem, assim, o objetivo de evitar que a avaliação institucional, como um todo, resulte num retrato corporativo de como a instituição pretende ser, não do que ela é, e do que dela espera a sociedade. O olhar externo sobre a Instituição é de extrema importância para a efetivação da dimensão qualitativa da avaliação institucional. Representantes externos, profissionais capacitados, especialistas em avaliação e representantes de órgãos educacionais podem formar Comissões de Avaliação, que tentam estabelecer o diálogo entre a auto- avaliação da instituição e o Projeto Pedagógico da mesma, buscando a sua concretização e factibilidade diante das exigências sociais. É a avaliação externa que causa, normalmente, maior resistência na instituição, muitas vezes de origem corporativa, e que se traduz em críticas a uma avaliação "autoritária e invasiva". O QUE AVALIAR NA ESCOLA – ALGUNS INDICADORES Instalações Corpo docente Organização didático– pedagógica da escola. CONCLUSÃO: Consideramos que a avaliação institucional vem sendo vítima de algumas leituras equivocadas, que passamos a apontar. Ela vai além da simples medida, necessitando de indicadores quantitativos, mas também de outros, qualitativos, que lhe confiram amplitude e fidedignidade. Não deve ser apenas uma “verificação de erros”, mas um procedimento de detecção de pontos positivos e negativos, permitindo delinear ações, individuais e coletivas, de aprimoramento institucional. ... ALGUNS ERROS • a ênfase apenas nos aspectos observáveis e mensuráveis, conduzindo a avaliações superficiais e precipitadas como a do mulá que só conhecia um tipo de pássaro e queria transformar o falcão; • a ausência da avaliação formativa, que permite o acompanhamento do processo; • o autoritarismo da avaliação externa, “ de fora para dentro”, feita por pessoas que não pertencem ao grupo avaliado; • a tomada de decisão precipitada, sem o diagnóstico prévio e a análise necessários. A20 A avaliação em uma perspectiva histórico-crítica PARADIGMA OBJETIVISTA • Influenciado pela Psicologia Experimental • Homem visto como “fato” observável, através dos seus comportamentos. • Meio ambiente condiciona e modela o ser humano. • Matriz teórica positivista. • Fato social isolado do sujeito que o estuda. • Separação entre sujeito e objeto. • Implicações educacionais: � Provas objetivas - de múltipla escolha, por exemplo. � Objetivos operacionais/instrucionais. � Predomínio da medida na educação. � Proliferação de treinamentos, substituindo procedimentos educativos de caráter mais amplo. PARADIGMA SUBJETIVISTA • Predominância do sujeito sobre o objeto do conhecimento. • Homem visto como ser autônomo, criado para liberdade. • Colocação do aprendente no centro do processo educacional, ampla liberdade para escolher as suas metas. • Desvalorização das metodologias de ensino. • Pesquisas centradas no indivíduo. • Implicações educacionais: �Provas discursivas, de questões abertas. � Valorização da auto-avaliação. � Utilização da pedagogia “não-diretiva” Paradigma Subjetivista ... representante do Humanismo. PARADIGMA HISTÓRICO-CRÍTICO síntese de múltiplas determinações o ambiente físico e social é de interação recíproca. objetiva e histórica, busca superar a concepção burguesa de Ciência. • Redefinição da avaliação / dimensão histórica e social. • Entendimento do indivíduo no contexto social. • Avaliação qualitativa e quantitativa. Ótica sóciointeracionista, com destaque para Vygotsky e Piaget. • Implicações educacionais: � Utilização de diferentes instrumentos de avaliação, objetivos e subjetivos; � Extinção do poder punitivo da avaliação; � Utilização dos princípios construtivistas. Intersubjetividade mediação internalização A atuação do professor como mediador requer alguns cuidados como, por exemplo: conhecer o aluno não apenas cognitivamente, mas também psicosocialmente; definir de forma clara e precisa os objetivos de ensino e da avaliação da aprendizagem; intervir pedagogicamente com estratégias adequadas; saber perguntar e responder; atuar na zona de desenvolvimento proximal dos alunos; e saber ouvir, identificando o repertório discursivo dos alunos. Caracterizamos este paradigma - histórico-crítico - e o associamos ao sociointeracionismo de Vygotsky e ao construtivismo interacionista de Piaget. A21 Avaliação externa: o Programa Nova Escola Atualmente, somente a Educação Infantil, a Educação de Jovens e Adultos, a pós-graduação lato sensu e a Educação a Distância ainda não estão submetidas a processos de avaliação externa. A avaliação institucional ,no âmbito subjetivista, deve compreender alguns princípios fundamentais: totalidade (é uma ação sistemática e global); integração (gera compreensão e integração das partes); processo e permanência (é um processo permanente e contínuo); pedagogia e orientação educativa (tem sentido educativo e orienta para a tomada de decisão); qualidade e ênfase qualitativa (valoriza o diagnóstico e os processos de melhoria da qualidade); flexibilidade (comporta graus de flexibilidade e adaptabilidade); credibilidade (temcompetência e legitimidade política e ética); comparabilidade (não prima pelas comparações interinstitucionais), e institucionalidade (tem apoio da instituição e segue seus trâmites). São programas de avaliação externa: • SAEB – Sistema de Avaliação da Educação Básica. • ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio. • SINAES – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior. O PNE procura corresponder às atuais tendências administrativas que utilizam estratégias de monitoramento e avaliação com vistas a melhorar a própria gestão governamental, aumentar a eficiência e ampliar o controle social. O PNE passou a propor critérios de avaliação das escolas abrangendo cinco itens que devem ser monitorados e avaliados: • prestação de contas; auditorias, tudão, porque e como. • gestão da matrícula; referente aos funcionários, estudantes, e evasões[FS]. • integração com a comunidade; • desempenho dos estudantes; • fluxo escolar; tem a finalidade de monitorar e avaliar a passagem dos estudantes de uma série para outra, cuidando, desse modo, para diminuir as retenções e as evasões. CRÍTICAS AO PNE O programa apenas maquia a realidade, estabelece a competitividade entre as escolas, serve como meio de economizar dinheiro na medida em que distribui gratificações segundo o mérito das escolas, mantém sem atualização o piso salarial e também exclui, dessas gratificações, os docentes em regime probatório (recém-aprovados em concursos), os docentes com Gratificações por Lotação Prioritária (GLP) e todos os docentes e funcionários inativos (SEPE, 2005). Prescinde dos professores e deixa de incluir uma “dinâmica que envolva professores, funcionários e toda a comunidade escolar``. “inaugurou-se na rede estadual o critério da produtividade – marca do ideário neoliberal do mercado e da competitividade. Com ele, solidificam-se as distorções salariais entre professores, promove-se a terceirização de funcionários e secundariza-se a valorização profissional” RESUMO A avaliação externa/institucional pode ser aplicada e compreendida a partir de duas possibilidades: uma restrita ao âmbito do paradigma objetivista, preocupada com medidas e classificações de produtos; outra ao paradigma subjetivista, interessada nos processos e relações institucionais, querendo, em particular, trazer à luz os seus sentidos, contradições, dificuldades e facilidades, bem como as formase a qualidade dos processos e relações. A22 As diferentes formas de encarar o erro A correção enérgica do erro provoca medo, culpa e perda de dignidade; três obstáculos à aprendizagem Insônia; falta de apetite; branco Desinteresse dissimulado Medalhas e gastigos Embora tenham perdido o caráter de agressão física, nem por isso tornaram-se menos violentos. CENSURA E EXPOSIÇÃO PÚBLICA; bulling do professor... PERDA DE PRIVILÉGIOS; recreio, ficar depois da aula... RECUPERAÇÃO; modo comunzão; “Perder um pedaço das férias, ficar vindo pra escola e ainda sofrer zoação dos colegas?”“Essa tal de recuperação não adianta nada. É só repetir tudo de novo e depois o professor dá um trabalho e uns pontinhos pro cara não perder o ano”. ATRIBUIÇÃO DE TAREFAS; Refere-se à prática, muitas vezes conjugada com a anterior como castigos e exercícios mecanicistas. AVALIAÇÃO COMO AMEAÇA: prova surpresa ou mais difícil de acordo com o mal comportamento dos alunos. Tirar pontos por comportamento... erro prévio. A avaliação precisa considerar o erro como uma contingência possível, e até mesmo necessária, verificando os procedimentos, estratégias e instrumentos que o aluno utilizou para absorver e construir o conhecimento ou para rejeitá-lo, através do erro Quando o aluno erra, é necessária a reaprendizagem: Se aprender é processo predominantemente produtivo, a experimentação, que inclui naturalmente o erro, ganha imensa importância nesse ato. Trata-se, neste caso, do erro produtivo, que possibilita aprendizagem. O erro pode, também, levar ao sucesso e ser produtivo. Ele é importante e parte integrante do processo de aprender, sendo desejável para que o acerto seja construído. Erro e acerto não se excluem, no processo de aprender. A23 Avaliação na perspectiva da progressão continuada 1º) Período Pré-Tyler; objetiviista...psicometria 2)de 1934 a 1946; Foi marcado pelo surgimento do termo avaliação educacional, criado por Ralph Tyler. Fundamentada no paradigma da racionalização científica – característica da pedagogia por objetivos –, “a avaliação se tornou, então, um instrumento para diagnosticar quantitativamente a rentabilidade e a eficiência da escola, dos processos pedagógicos e administrativos” Era da inocência (de 1946 a 1957); No início da década de 1950, a “aprovação automática” começou a ser encarada com simpatia por alguns políticos brasileiros. Destacava as consequências negativas da reprovação para os alunos, indicando-a como causa da evasão escolar. 4º) Realismo (1958 à década de 1970) Passou-se a avaliar não apenas os alunos, mas também os professores, as escolas, as metodologias e estratégias de ensino. Dá-se uma ruptura no viés positivista e quantitativista, permitindo que enfoques qualitativos tenham lugar. Onde a promoção automática foi adotada sem outras medidas complementares, a qualidade de ensino caiu irremediavelmente. 5º) Período do profissionalismo (década de 1970 em diante) A aprendizagem torna-se o objeto central da avaliação, cabendo a esta nela interferir, assim como no processo de ensino. A partir deste período, o paradigma histórico-crítico da avaliação se desenvolve, em detrimento dos princípios técnicos e objetivistas, que antes imperavam. O ciclo básico de alfabetização é considerado precursor da progressão continuada. A observação de que o tempo da aprendizagem do aluno não correspondia obrigatoriamente ao tempo para ela determinado pela escola, levou ao estabelecimento de relações entre o fracasso escolar e a seriação. O ciclo básico de alfabetização terminou com a reprovação na classe de alfabetização, permitindo ao aluno ter um ciclo de dois anos para se alfabetizar, em sistema de progressão continuada. Criticas: Os alunos não estão com problemas de aprendizagem porque a escola é ciclada ou seriada, porque se atribuem ou não notas, porque se fazem ou não provas. Não aprendem porque não há, de fato, um acompanhamento permanente do seu aprendizado (isto é, não acontece a avaliação contínua que a lei determina), porque não se formam professores alfabetizadores competentes em cursos de magistério e de graduação, porque há muitos alunos em cada sala de aula, porque não existem recursos didáticos (livros e materiais pedagógicos) necessários para o ensino, porque as crianças não têm nenhum apoio das famílias (quando as têm), porque os professores não têm tempo e espaço nas escolas para formação continuada, porque são mal remunerados, porque fazem longas jornadas de trabalho, sem tempo de preparar-se para essa realidade e de preparar suas aulas. .. opta-se por um processo irracional que espera um ano inteiro para, em vez de corrigir os erros, apenas condenar o aluno a repetir todo um ano do mesmo ensino medíocre.. ... Os alunos deixam de estudar para “passar de ano” e passam a “estudar para aprender”, de forma significativa e prazerosa. Expressões comuns, como “aprovação” e “reprovação”, dão lugar aos conceitos de progressão, aprendizagens diferenciais e desenvolvimento global, ainda pouco familiares para nós. ... Destacamos as profundas mudanças que acompanham a implementação das políticas de não-reprovação, principalmente o estabelecimento das práticas de avaliação formativa. Ela tem função de controle, em vez de classificatória e visa constatar se os objetivos estabelecidos foram alcançados pelos alunos e fornecer dados para aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem. É aplicada durante o ano letivo, isto é, ao longo do processo. A24 Aplicação à prática docente: questões recorrentes Você pode e deve trabalhar com provas e testes objetivos para colher dados importantes sobre os estudantes. Entretanto, com a aplicação destes instrumentos você somente pode saber com mais segurança o nível de cognição deles e suas fragilidades; é com o uso de elementos próprios da epistemologia subjetivista que você pode dar visibilidade e valor às atitudes reflexivas e cooperativas dos seus estudantes, bem como aos tipos de cidadão e de sociedade que o projeto, os processos e as práticas educativas apontam. De modo geral, a avaliação diagnóstica é aquela que é feita no início de um programa de formação, de uma nova matéria, nova unidade etc., com a finalidade de investigar os saberes que os estudantes dominam. A rigor, porém, toda avaliação é diagnóstica, seja ela feita por meio de testes e provas ou por outros instrumentos equivalentes, na medida em que permite conhecer quem sabe o quê nos processos de cognição. Duas possibilidades de avaliação diagnóstica: A primeira, mais técnica, pontual, conservadora, funcionando como instrumento de controle/monitoramento, de administração do sucesso, interessada em saber o que o aluno sabe e o que não sabe. A segunda, apresenta-se despida de ideias de classificação, é mais produtora de sentidos e investiga as fragilidades dos educandos produzidas em um processo e em um projeto continuamente em construção de Homem e de sociedade democrática. A avaliação diagnóstica, vale repetir, não visa à reprovação; sua intenção maior é garantir que todos aprendam os mínimos necessários. assim, toda vez que alguém deixar de aprendê-los, deve ser envolvido em processos de reorientação até que possa seguir adiante com firmeza. Mais claramente: somente seguem adiante aqueles que demonstrarem a aprendizagem dos mínimos necessários. A25 A avaliação da aprendizagem e o fracasso escolar O fracasso escolar não é o fracasso do aluno, mas o fracasso de toda a instituição escolar. Uma leitura positiva busca compreender como as situações de fracasso foram constituindo-se na trajetória escolar do aluno. O que ocorreu com ele? O que ele fez? O que ele pensou? E não somente o contrário, o que ele não fez, o que ele não pensou, o que ele não entendeu. Conhecer a realidade social do aluno • A inversão de problemas sociais emproblemas meramente técnicos. • A inversão de problemas metodológicos (de ensinagem) em problemas de rendimento escolar (de aprendizagem). • A inversão de problemas da Educação, em sentido mais amplo, em problemas do âmbito da avaliação. O professor tem que atualizar e contextualizar o seu conteúdo e modo de ensinar e não simplesmente repassar o exatamente o que aprendeu na sua formação(conteúdo e modo), se valendo de recursos como tecnologias ou castigo. ...resiliência, ponte, resistência. A resiliência não é sinônimo de rebeldia, mas do desenvolvimento de mecanismos de defesa sólidos e flexíveis, da construção de uma auto- estima suficientemente estruturada para resistir às vicissitudes e frustrações vivenciadas na escola, diante das dificuldades de aprendizagem e do próprio fracasso acadêmico. A26 Avaliação e poder: dilemas do avaliador Três níveis que fundamentam a credibilidade científica do educador: O nível prático (empírico), que recebe validação dos resultados da ação educativa desenvolvida. O nível de inspiração prática, que envolve a integração dos conhecimentos e concepções pedagógicas inovadores ao cotidiano. O nível do professor / educador, resultante da investigação da própria prática que ele realiza. Algumas exigências na formação do educador: a) Formação em um contexto inter e transdisciplinar. b) Formação nas teorias e na prática da avaliação. c) Compreensão de que não apenas os alunos devem ser avaliados, mas todo o contexto e os atores do processo pedagógico. d) Disponibilidade para a inovação e a mudança na Educação. Todo programa ou estratégia isolada de formação contínua de educadores precisa incluir efetivamente a avaliação como conteúdo. Ela deve estar presente nas quatro grandes áreas de competências que compõem a formação do educador: • Competências de observação. • Competências de planificação (ou de planejamento). • Competências de adaptação e intervenção (ligadas à flexibilização do processo pedagógico). • Competências de controle e regulação pedagógica. Funções da avaliação ...Autoridade racional ou estimulante e a autoridade irracional ou inibidora. O que diferencia as relações de autoridade são os seus métodos e objetivos. Na autoridade racional, os interesses entre as pessoas que se relacionam são os mesmos, enquanto nas relações de autoridade inibidora os interesses são antagônicos. Na autoridade racional, a superioridade do outro serve como auxílio à pessoa sujeita a esta autoridade, enquanto na autoridade inibidora a superioridade de um é condicionada à inferioridade do outro, não existindo objetivos iguais, nem mesmas direções. A relação interpessoal na autoridade racional se baseia no aprendizado do superior em busca de uma igualdade futura, na inexistência de parâmetros diferenciados. Na autoridade inibidora, a distância entre quem comanda e quem é comandado vai se tornando maior ao longo do tempo. É muito frequente, nos dias de hoje, as atitudes de mando explícito cederem lugar às de manipulação e indução, expressivas do exercício do controle social. Em nome dos nobres princípios educacionais, como a facilitação da entrada no mercado de trabalho e o sucesso em variados sistemas seletivos (como o vestibular), a avaliação torna-se coercitiva, baseada na vigilância e na punição. A avaliação fornece ao professor alguns (micro) poderes, na concepção de Foucault: • Poder de recompensa / punição / coerção (sistema de incentivos externos de que a escola dispõe – notas, promoção, sanções, elogios e atribuição de mérito). • Poder cognitivo / acadêmico (resultante do fato de o professor ter maior maturidade e conhecimento dos conteúdos transmitidos e avaliados). • Poder disciplinador (atribuído ao professor e legitimado, formal e associado à estrutura hierárquica da escola). Junta-se a estes um poder pessoal (carismático). Este, se legitimado pelo grupo, torna o professor e os seus juízos avaliativos muito mais aceitos e respeitados pela comunidade acadêmica (incluindo os alunos e a comunidade externa à escola). Correspondendo à primeira forma de autoridade, descrita por Furlani, temos a concepção tradicional, autoritária e puramente classificatória, que tanto criticamos. À segunda associam-se as práticas paternalistas e subjetivistas, em que a avaliação é negada ou apenas executada sob a forma de auto - avaliações. A terceira concepção do exercício da autoridade docente corresponde às formas democráticas de avaliação, cooperativas, formativas e emancipadoras, que consideram as realizações do aluno individualmente, e não em comparação com os demais. A27 Aplicação à prática docente: A avaliação no contexto das Múltiplas Inteligências • Discutir a possibilidade de avaliar no contexto das Múltiplas Inteligências. • Praticar a avaliação conforme a Teoria das Inteligências Múltiplas. 7INTELIGENCIAS 54 Lingüística Capacidade de operar com os signi fi ca dos das palavras, a percepção e com as funções da linguagem. Lógico-matemática Capacidade de operar com padrões, or dem e sistematização. Espacial Capacidade de formar um modelo mental de um mundo espacial e de ser capaz de manobrar e operar utilizando esse modelo. Musical Capacidade de apreciar, compor ou reproduzir uma peça musical Corporalcinestésica Capacidade de resolver problemas ou de elaborar produtos utilizando o corpo inteiro, ou partes do corpo. Interpessoal Capacidade de compreender outras pessoas: o que as motiva, como elas trabalham... . Intrapessoal Capacidade de formar um modelo acu ra do e verídico de si mesmo e de utilizar esse modelo para operar efetivamente na vida. Podem haver outros tipos, “o ponto importante é deixar clara a pluralidade do intelecto”. Gardner, coerente às críticas que faz aos testes de QI, é claramente contrário às avaliações e testagens formais, considerando-as como objetivistas e descontextualizadas. Idealiza, em decorrência, uma escola na qual os “especialistas em avaliação” abandonam “as lentes habituais das inteligências lingüística e lógico-matemática” e, defi nitivamente, se afastam dos instrumentos que dão as medidas dessas capacidades. Afi nal, diz ele, “quando começarmos a tentar avaliar outros tipos de inteligências diretamente, estou certo de que determinados alunos revelarão forças em áreas bastante diferentes, e a noção de inteligência geral irá desaparecer ou atenuar-se imensamente” A prática de avaliação que Gardner sugere, parece aproximar-se, então, das avaliações diagnóstico-formativas interessadas em “informar o aluno sobre a sua capacidade e informar o professor sobre o quanto está sendo aprendido” . PONTOS IMPORTANTES • “A avaliação deveria ser realizada primariamente para ajudar os alunos”. Há, conforme Gardner afi rma, quem gaste tempo demais classifi cando os alunos, em vez de ajudá-los, ou oferecer-lhes feedback das suas potencialidades, fragilidades etc. • Os programas de avaliação devem ser sensíveis às diferenças individuais, níveis de desenvolvimento e habilidade. • Os malefícios da restrição dos instrumentos de avaliação à inteligência-em-operação. Sendo assim, é sempre possível favorecer apenas os estudantes aptos no domínio investigado. CRÍTICAS Entre as diversas críticas feitas à teoria de Gardner, uma delas é de ordem epistemológica. Neste sentido, são, de fato, preocupantes as contribuições teóricas advindas da ciência cognitiva e da neurociência que ele incorpora. A partir daí, como observou Miranda (2005), poderia estar prosseguindo na idéia de avaliar potencialidades individuais com relação a talentos diversifi cados, indicativos de sucesso ou insucesso na vida do sujeito. Para esta mesma autora, “valeria a pena observar se não estaria em causa uma reafi rmação da psicometria”. Outra crítica pode ser feita às opções de Gardner, particularmente ao se restringira menos de dez capacidades humanas em meio a inúmeras outras valorizadas socialmente. Talvez, Gardner tenha escolhido determinadas inteligências por consideração de que todas poderiam resultar em múltiplas impossibilidades e inadequações. RESUMO A teoria desenvolvida por Gardner amplia o conceito de inteligência e sugere uma prática pedagógica que promova o desenvolvimento das inteligências que foi capaz de localizar no cérebro humano. A possibilidade de aplicar sua teoria e sua prática à nossa prática pedagógica cotidiana, à primeira vista, parece interessante. Todavia, quando analisada mais detidamente mostra- se ainda pouco consolidada e incapaz de superar aspectos característicos da Psicometria e do comportamentalismo.
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