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TCC estudo de viabilidade de loteamento

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22
CATÓLICA DE VITÓRIA CENTRO UNIVERSITÁRIO 
GABRIEL DA SILVA TENÓRIO
ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA PARA IMPLANTAÇÃO DE UM LOTEAMENTO EM UMA GLEBA EM VIANA-ES
VITÓRIA 
2019
GABRIEL DA SILVA TENÓRIO
	
ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÔMICA PARA UM LOTEAMENTO EM UMA GLEBA NA CIDADE DE VIANA-ES
Projeto de Pesquisa apresentado à professora Clarisse Pacheco, da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I, do 9ª período do curso Engenharia Civil da Católica de Vitória Centro Universitário.
VITÓRIA
2019
Sumário
1 INTRODUÇÃO	6
1.1	PROBLEMA DA PESQUISA	6
1.2 objetivos	6
1.2.2 Objetivo especifico	6
1.3 HIPÓTESES	7
1.4 JUSTIFICATIVA	7
2 REFERENCIAL TEÓRICO	8
2.1 Engenharia de Avaliações	8
2.2 MetODOS PARA IDENTIFICAR O VALOR DE UM BEM, DE SEUS FRUTOS E DIREITOS.	8
2.2.1 Método involutivo	8
2.2.2 Método Evolutivo	9
2.2.3 Comparativo direto de dados de mercado	10
2.2.4 Método da capitalização de renda	10
2.3 MetODOS PARA IDENTIFICAR O CUSTO DE UM BEM	11
2.3.1 Método Comparativo direto de custo	11
2.3.2 Método da quantificação de custo	11
2.4 Vistoria	12
2.5 PARCELAMENTO DE SOLO URBANO – LEGISLAÇÃO	12
2.6 CLASSIFICAÇÃO DOS METODOS	14
2.7 AVALIAÇÃO DE GLEBAS URBANIZAVEIS	14
2.8 ORÇAMENTO	15
3 metodologia	16
1 INTRODUÇÃO
1.1 PROBLEMA DA PESQUISA
Será viável a implantação do loteamento visto o valor gasto para a implantação?
1.2 objetivos
1.2.1 Objetivo geral
O objetivo deste trabalho será determinar se um projeto de loteamento é viável economicamente tendo em vista a comparação entre o valor total gasto em sua implantação e a receita total adquirida com as vendas de todos os lotes. Trata-se de um estudo de caso, visto que a gleba urbanizável em analise localiza-se no município de Viana-ES.
1.2.2 Objetivo especifico
· Realizar visitas ao local e circunvizinhança afim de apurar as características da região.
· Identificar as condicionantes ambientais e urbanísticas vigentes (legislação).
· Projetar um loteamento levando em consideração o máximo aproveitamento eficiente da gleba.
· Determinar do valor de mercado para lotes padrão.
1.3 HIPÓTESES
As hipóteses levantadas sobre a pesquisa são as seguintes: os recursos financeiros investidos serão ou não ressarcidos no final do período das vendas; caso haja retorno financeiro, qual será a porcentagem de lucro do investimento.
1.4 JUSTIFICATIVA
É sabido que, para a execução de um empreendimento imobiliário, mas especificamente de um loteamento, são necessários vários estudos que confirmem a viabilidade de sua implantação, tais como: sociais, econômico-financeiros, ambientais e urbanísticos. A análise desses estudos e a apuração da taxa de retorno do investimento são de extrema importância tendo em vista que auxilia na tomada de decisão quanto ao tipo de empreendimento mais rentável para a região em estudo.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Engenharia de Avaliações
A engenharia de avaliações segundo Dantas (2005), significa a união de várias áreas de engenharia e arquitetura a fim de determinar tecnicamente o valor de um bem. Outros conhecimentos específicos nas áreas de ciências, exatas e da natureza também são necessários para um melhor entendimento e aproveitamento da avaliação. De acordo com a resolução 218 do CONFEA (Conselho federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) na atividade 06 do art. 1º, é garantida atribuição ao profissional engenheiro civil, realizar serviços de avaliações imobiliárias. Destaca-se a importância das avaliações imobiliárias para melhor entendimento do mercado e consolidação do mercado regional, a fim de garantir ao cidadão, empresas e entidades públicas segurança aos seus bens. 
2.2 MetODOS PARA IDENTIFICAR O VALOR DE UM BEM, DE SEUS FRUTOS E DIREITOS.
2.2.1 Método involutivo
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14653-1 (2001), o método involutico tem a função de identificar o valor de marcado de um bem alicerçado, levando em consideração o seu aproveitamento eficiente. Baseando-se em um modelo de viabilidade técnico-econômica, é feito um modelo hipotético do empreendimento com suas características especificas, além de acrescentar as condições mercadológicas da região onde está inserido. 
O método involutivo é muito utilizado para avaliação de glebas urbanizáveis, mas podendo ser utilizado para qualquer terreno, obras inacabadas, em execução e prédios obsoletos, desde que nos resultados seja utilizado o máximo aproveitamento sobre o mesmo. 
No método de involução, dar-se inicio pelo valor de venda do empreendimento real ou de projeto, onde será subtraído o custo de execução e o lucro mínimo pretendido pelo investidor, obtendo-se o preço máximo pelo qual se pagaria pelo terreno para viabilizar o empreendimento (DANTAS, 2005).
Dentre os métodos de avaliação de glebas urbanizáveis, segundo Dantas (2005) o modelo estatístico mais simples é o seguinte:
X = VL – DT – L (2.1)
Onde:
X = Valor máximo que se pagaria pelo terreno para viabilizar o empreendimento;
VL = Receita total obtida com a venda das unidades resultantes;
DT = Despesas totais com a implantação do empreendimento;
L = Lucro mínimo previsto pelo empreendedor.
2.2.2 Método Evolutivo
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14653-1 (2001) pelo método evolutivo é feito um somatório do valor dos seus componentes e o fator de comercialização, onde será identificado o valor de mercado do bem avaliado, além de ser considerado os custos de reedição das benfeitorias, como sugere Dantas (2005) na formula a seguir.
VI = (VT + CB) . FC
Onde:
VI = Valor estimado do imóvel;
VT = Valor estimado do terreno através do método comparativo de dados do mercado, ou na impossibilidade, pelo método involutivo;
CB = Custo de reedição das benfeitorias, apropriado pelo método comparativo direto de custo ou pelo método da quantificação do custo, e em métodos técnicos de depreciação;
FC = Fator de comercialização, estimado pelo método comparativo de dados do mercado, dependendo da conjuntura do mercado na época da avaliação.
É mostrado que o método evolutivo é utilizado para imóveis que onde não foi obtido características de dados de mercado em números suficientes para a aplicação do método comparativo direto de dados de mercado.
2.2.3 Comparativo direto de dados de mercado
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14653-1(2001) pelo método comparativo direto de dados de mercado é estimado o valor de mercado do bem através de dados técnicos dos atributos dos elementos comparáveis regional. Este método segundo Fiker (2005) é o mais recomendado para avaliação de terrenos urbanos, pois é obtido através da comparação de dados relativos a outros de características próximas.
Dantas (2005) diz que um bem pode ser avaliado pelo método quando é comparado dados semelhantes de mercado, ou seja, características físicas dos imóveis comparados, são observadas características internas, externas, localização e tipo de imóveis locais, sendo condição fundamental a existência de um conjunto de dados no mercado, que representem quantitativa e qualitativamente o mesmo e possa ser tomado estatisticamente como amostra.
2.2.4 Método da capitalização de renda
Conforme diz a Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 14653-1 (2001), considerando-se cenários viáveis, o método da capitalização identifica o valor do bem baseado na capitalização presente da sua renda líquida prevista. Este método busca identificar um valor máximo de viabilidade que um investidor estaria disposto a pagar pelo bem, nas condições por ele estabelecidas, ou seja, procura-se o valor econômico do bem, sendo que o valor de mercado do bem pode ser ainda estimado quando se trabalha com a taxa de rentabilidade deste bem no mercado. Dantas (2005) mostra que os aspectos fundamentais do método são a determinação do período de capitalização e a taxa de desconto a ser utilizada, que devem ser expressamente justificadaspelo engenheiro de avaliações. De modo geral, todo bem que gerar renda pode ser avaliado por este método, tais como: imóveis, máquinas, equipamentos, culturas, empresas, empreendimentos de base imobiliária como shopping centers, hotéis, parques temáticos, criações, jazidas entre outros. O método tem o seu desenvolvimento a partir da estimação das receitas e despesas, montagem do fluxo de caixa, estabelecimento da taxa mínima de atratividade e cálculo do valor do empreendimento. Todos os tópicos citados são fundamentais para obtenção de resultados que expressem da forma mais correta e justa o valor do bem. 
2.3 MetODOS PARA IDENTIFICAR O CUSTO DE UM BEM
2.3.1 Método Comparativo direto de custo
Neste método compara-se o custo de benfeitorias, utilizando como amostra projetos semelhantes. Sendo a benfeitoria, segundo Dantas (2005), qualquer melhoramento, incorporado permanentemente ao solo pelo homem, que não pode ser retirada, sem destruição, fratura ou dano. Pode-se aplicar o método, por exemplo, em auditoria de obras públicas, verificando a possibilidade de superfaturamento, fundamentando-se no custo de outras obras já executadas.
2.3.2 Método da quantificação de custo 
O valor de um bem ou de suas partes pode ser obtido por este método, através do custo das benfeitorias, reproduzindo o custo de seus componentes a partir de um orçamento detalhado ou pelo custo unitário básico, dependendo do grau de fundamentação da avaliação e da precisão pretendida. O custo das benfeitorias apresentados no orçamento, representam o estado de novo, deve-se portanto, subtrair a depreciação, justificando e quantificando os efeitos dos desgastes físicos, quando houver, fornecendo ao final o custo de reedição da benfeitoria.
2.4 Vistoria
Toda avaliação deve prescindir de vistoria técnica, exceto em casos excepcionais onde não é possível o acesso ao bem avaliando, mas deverá ser acordado entre as partes e citado no laudo de avaliação. A vistoria deve ser feita sempre pelo profissional Engenheiro de avaliações que irá realizar a montagem do laudo de avaliação, a fim de obter informações das características do bem avaliando e sua adequação ao seguimento de mercado. Também é recomendado o registro de características físicas e de utilização do bem (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - NBR 14653-1, 2001).
Para avaliar é necessário vistoriar, segundo Dantas (2005), a vistoria é, portanto a aferição cuidadosa de tudo que possa por em risco o valor do bem, tanto interna como externamente. Deve-se conhecer o meio urbano no qual o imóvel está inserido assim como as características das partes internas.
2.5 PARCELAMENTO DE SOLO URBANO – LEGISLAÇÃO
O principal objetivo do parcelamento de solo urbano é criar ordem no espaço urbano proposto a habitação, com base nos princípios das leis federais e adaptando as legislações municipais e estaduais vigentes. Para Silva (1981), o parcelamento do solo urbano propõe a urbanização de uma gleba, mediante sua divisão em parcelas destinadas ao exercício das funções permitidas nas leis municipais urbanísticas.
Para ser feito parcelamento de solo, previamente deverá ser feito loteamento ou desmembramento da gleba, levando em consideração as disposições desta Lei e as das legislações estaduais e municipais pertinentes de acordo com o Art. 2º da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979 (Brasil, 2019). 
Ainda no art. 2º da lei federal de nº 6.766/79, é mostrada a diferença de loteamento e desmembramento, sendo que em seu parágrafo 1º “considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.” e em seu parágrafo 2º “considera-se desmembramento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.”
O art. 3º da lei em questão diz que “somente será admitido o parcelamento do solo
para fins urbanos em zonas urbanas, de expansão urbana ou de urbanização
específica, assim definidas pelo plano diretor ou aprovadas por lei municipal.” E em
seu parágrafo único, determina onde não será permitido o parcelamento do solo, como segue:
I - Em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas; 
II - Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam previamente saneados;
III - Em terreno com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes;
IV - Em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;
V - Em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça
condições sanitárias suportáveis, até a sua correção.
Iniciando seu Capítulo II, que versa sobre os requisitos urbanísticos para loteamento, em seu art. 4º listando-se o mínimo que deve ser atendido:
I - as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à densidade de ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a zona em que se situem.(Redação dada pela Lei nº 9.785, 29.1.99) 17.
II - os lotes terão área mínima de 125 m2 (cento e vinte e cinco metros quadrados) e frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quando a legislação estadual ou municipal determinar maiores exigências, ou quando o loteamento se destinar a urbanização específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente aprovados pelos órgãos públicos competentes;
III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias, ferrovias e dutos, será obrigatória a reserva de uma faixa non aedificandi de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica;
III - ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das rodovias e ferrovias, será obrigatória a reserva de uma faixa não-edificável de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica; (Redação dada pela Lei nº 10.932, de 2004).
IV - As vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local.
O art. 5º da lei federal de nº 6.766/79 regulamenta a infra-estrutura básica que o loteamento deve obedecer, constituída pelos equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário, abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de circulação.
2.6 CLASSIFICAÇÃO DOS METODOS 
Segundo Dantas (2005), o método comparativo de dados de mercado e o comparativo de custo, são classificados como diretos, pois o resultado da avaliação é obtido apenas com sua aplicação, sem depender de outro método. Já os outros métodos são considerados indiretos, pois de alguma forma, dependem dos resultados dos métodos diretos.
2.7 AVALIAÇÃO DE GLEBAS URBANIZAVEIS 
De acordo com a NBR 14653-2 (2004), que trata de avaliações de imóveis urbanos, gleba urbanizável pode ser definida com o um terreno passível de receber obras de infra-estrutura urbana, visando o seu aproveitamento eficiente, através de loteamento, desmembramento ou implantação de empreendimento.
O desmembramento da gleba, aproveita o sistema viário existente, já no loteamento ocorre a abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes.
O interesse na avaliação das glebas, pode vir tanto de empresários que desejam investir nesses imóveis visando a venda dos lotes e posterior retorno do investimento, quanto o poder público interessado em seu valor venal para lançamento do IPTU, bem como em sua desapropriação quando do interesse público (IBAPE-SP, 2007).
A avaliaçãode glebas urbanizáveis deve ser feita preferivelmente com a utilização do método comparativo direto de dados de mercado de acordo com a NBR 14653-2 (2004), porém segundo Dantas (2005), existe dificuldade em compor uma amostragem de glebas que permita o avaliador utilizar o método comparativo, principalmente em áreas inseridas em grandes centro urbanos.
Quando não se pode utilizar o método comparativo, as glebas urbanizáveis podem ser avaliadas indiretamente pelo método involutivo. A norma brasileira para avaliação de glebas urbanizáveis NBR-8951, citada por Dantas (2005), diz que o valor de uma gleba é definido pelo método involutivo, a partir da consideração de que o melhor 15 aproveitamento seria obtido com o seu parcelamento em lotes. Seu conceito principal é o de que se for reproduzida na gleba avalianda a situação observada em assentamento urbano próximo, o valor médio dos lotes que a gleba comporta deverá equivaler ao valor médio dos lotes existentes e obtidos em pesquisa. A avaliação por este processo considera a receita provável da comercialização destes lotes com base nos valores obtidos em pesquisa; considera todas as despesas inerentes à transformação da gleba bruta em loteamento, Inclusive o lucro do empreendedor e as despesas financeiras; e define o valor máximo que pode ser atribuído a gleba, para que seja economicamente viável o seu aproveitamento em face das premissas adotadas.
2.8 ORÇAMENTO
Para que o investidor possa estabelecer o seu preço de venda, é primordial que seja realizada uma estimativa dos custos para implantação do empreendimento. Por ser o elemento responsável pela base do preço de venda futuro, a orçamentação torna- se uma das principais áreas no negócio da construção civil. 
O orçamento da obra é uma das primeiras informações que o investidor deseja conhecer ao estudar determinado empreendimento, sabendo que a construção civil implica em gastos consideráveis e por isso devem ser determinados, já que, a partir de seu valor o mesmo será estudado sobre sua viabilidade (GOLDMAN, 2004). 
Complementando, Mattos (2006, p. 22) afirma que orçamento não é um mero exercício de futurologia ou jogo de adivinhação, e sim, um trabalho bem executado, com critérios técnicos bem estabelecidos, informações confiáveis, e um bom julgamento dos orçamentistas, para gerar orçamentos precisos. 
Existem diversas maneiras e procedimentos de como elaborar um orçamento. Na maioria dos casos, em que os empreendimentos estão em suas fases de viabilidade, não se possuem todos os projetos complementares disponíveis (estruturas, instalações especiais), logo, é impossível fazer orçamentos bem detalhados. Em face disto, se sugere os orçamentos por estimativas, que é um modelo simplificado para avaliar o custo total do empreendimento (GOLDMAN, 2004). 
Segundo MOREIRA (1997), os custos de construção de um empreendimento podem ser determinados por três processos: orçamento por quantidades de serviços, por unidades compostas ou estimativo por custo unitário de obra. 
O orçamento por quantidades é detalhado em função das quantidades calculadas de todos os serviços que compõe a obra. Por ser um processo que envolve muitos profissionais e é extremamente dispendioso, não é comumente utilizado na fase de análise de viabilidade econômico-financeira de empreendimentos. 
O orçamento por unidades compostas é elaborado em função dos preços de unidades construtivas prontas, como o metro quadrado de telhado ou o metro cúbico de estrutura em concreto aparente. Esse tipo de orçamento também não é muito utilizado, por necessitar de um projeto básico que deve permitir a quantificação das unidades construtivas, requisito geralmente não disponível na fase de análise de viabilidade. 
O orçamento mais utilizado nos estudos de viabilidade, e que tem como base este estudo, é o estimativo por custo unitário, que consiste no produto da área projetada de construção por um custo unitário básico de obra em unidades monetárias por metro quadrado. 
Este método orçamentário é denominado de orçamento paramétrico e pode ser utilizado para a determinação dos custos quando não se dispõe dos projetos, sendo estes estimados em função da área ou do volume construídos, com a utilização de indicadores do custo unitário de construção publicados por institutos de pesquisa (GONZÁLEZ, 1998). 
Cabe salientar que este orçamento se restringe apenas ao estudo de viabilidade econômica, pois vários aspectos técnicos do empreendimento terão que ser mais bem definidos, levando ao trabalho uma margem de incerteza que deve ser considerada nos projetos de viabilidade.
3 metodologia
Objetivo da elaboração do projeto do loteamento tem por finalidade determinar de forma mais precisa o seu justo valor de mercado utilizando o método involutivo de avaliação de imóveis e considerando o seu máximo aproveitamento eficiente. Trata-se de uma gleba de 82.396,90m².
Para se determinar o valor de mercado dos lotes foi necessário realizar um estudo de massa no qual foi elaborado um projeto de loteamento levando em consideração todos os parâmetros determinados pela lei municipal da prefeitura de Viana/ES de nº 2823/2016.
A gleba estudada localiza-se parte no bairro Marcílio de Noronha e parte no bairro Primavera no município de Viana/ES e está situada dentro das zonas ZEIU 4 (Zona de Expansão e integração Urbana 4) zona integrante do bairro Primavera e ZUC 4 (Zona de Urbanização Consolidada 4) parte integrante do bairro Marcílio de Noronha.
Figura 1: Mapa de Localização.
Fonte: Google Earth.
Figura 2: Zoneamento.
Fonte: Elaboração própria.
VITORIA
A vistoria foi realizada no dia 14 de novembro de 2019 a fim de averiguar a situação da área. A vistoria foi feita apenas por mim, Gabriel da Silva Tenório. Ao visitar a área foi verificado que o terreno já havia passado por regularização e ouve um inicio de obra de terraplanagem com abertura de vias e divisão de quadras. Já foram feitos projetos de loteamento para a área com base na legislação antiga. Mas as obras não foram concluídas. O terreno na data da vistoria estava em perfeitas condições de limpeza e fácil acesso pelo bairro Marcilio de Noronha. Ainda foi verificado um curso d’água que atravessa o loteamento. 
PROJETO DE LOTEAMENTO
Para a elaboração do projeto de loteamento primeiramente foi feito o estudo da poligonal da área fornecida pela empresa que fez o primeiro estudo da área. Vale ressaltar que o estudo de análise prévia feita pela empresa Sollo Engenharia limitada, representada pelo Engenheiro Carlos Joe, o projeto não esta de acordo com o novo Plano diretor municipal de Viana/ES devido a atualizações da lei.
Com a poligonal e as curvas de nível fornecidas pela empresa Sollo Engenharia foi dado o inicio do estudo de análise prévia da área. Foram utilizados os programas Autocad Civil 3D e QGIS. Foi feita uma sobreposição da poligonal da área no zoneamento atual do município de Viana. 
Figura 3: Planta de Situação.
Fonte: Elaboração Própria
Com a poligonal da área no mapa com foi feito a sobreposição do zoneamento do município de Viana como mostra a figura a seguir.
Figura 4: Macro Zoneamento Viana
Fonte: Elaboração própria.
Figura 5: Zoneamento da Poligonal
Fonte: Elaboração própria.
 
Como o projeto foi fornecido pela empresa que já havia feito o estudo de restrições ambientais, foi considerado o córrego e a área definida pelo IDAF como não parcelável como mostra a figura a seguir.
Figura 6: Restrições Ambientais.
Fonte: Elaboração própria.
Como as restrições avaliadas foi feito o projeto levando em consideração as condicionantes urbanísticas e ambientais do município de Viana. De acordo com o artigo 4º do capítulo II seção I das delimitações das áreas de preservação permanente da lei nº 12651/2012 estabelece que: “As faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, em largura mínima de 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de 10 (dez) metros de largura.” Foiadotado no córrego um afastamento de 30 metros de cada lado para preservação das margens, formando APP (áreas de preservação permanente). Ainda o artigo 270 da lei do município de Viana de nº 2823/2016 estabelece critérios obrigatórios mínimos para doação de áreas ao município, sendo à doação de no mínimo 35% (trinta e cinco por cento) da gleba útil parcelável para a instalação de equipamentos urbanos e comunitários, espaços livres de uso público e sistema de circulação observado a seguinte proporção.
I. 5% (cinco por cento) equipamentos comunitários;
II. 5% (cinco por cento) áreas livres de uso público;
III. 25% (vinte e cinco por cento) vias públicas.
No caso de o sistema viário não alcançar 25% deve-se adicionar a diferença nos Equipamentos comunitários e áreas públicas de uso livre.
O projeto foi elaborado com todas as exigências do plano diretor municipal e o resultado do projeto é apresentado no anexo 1 
REFERÊNCIAS
ARÇARI, Vitor Nicchio. Estudo de viabilidade econômica do loteamento de uma gleba urbanizável na cidade de colatina-es. 2012. 54 f. Monografia (Curso de Especialização em Construção Civil) – Departamento de Engenharia de Materiais e Construção, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-1: Avaliação de
Bens. Parte 1: procedimentos gerais. Rio de Janeiro, 2001.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14653-2: Avaliação de
Bens. Parte 2: imóveis urbanos. Rio de Janeiro, 2004.
BRASIL. Parcelamento do solo urbano. Decreto-lei n. 6.766, de 19 de dezembro de 1979.
CUNHA, Vinícius Larsen. Análise de viabilidade: Estudo de caso de incorporação imobiliária. 2016. 83 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Civil) – Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016.
DANTAS, R. A. Engenharia de avaliações: uma introdução a metodologia
científica. 2. ed. São Paulo: Editora Pini, 2005.
FIKER, J. Manual de avaliações e perícias em imóveis urbanos. 2. ed. São Paulo: Editora Pini, 2005.
GONZÁLEZ, M. A. S. Uma Aplicação da Metodologia Científica de Avaliação de Imóveis na Análise de Viabilidade. In: ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 7. 1998, Florianópolis [s.n.], 1998.
GOLDMAN, P. Introdução Ao Planejamento e Controle de Custos na Construção Civil. Brasileira. 4. ed. São Paulo: Pini, 2004.
SILVA, J. A. Direito Urbanístico Brasileiro. 1. ed. São Paulo: RT, 198. 
MATTOS, A. D. Como Preparar Orçamentos de Obras. São Paulo: Pini, 2006.
MOREIRA, A. L. Princípios de engenharia de avaliações. 4. ed. São Paulo: Pini, 1997.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12651.htm

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